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Distúrbios hemodinâmicos Hemodinâmica ▪ 60% do peso corporal corresponde à agua; ▪ 2/3 desta água estão localizados no espaço intracelular; ▪ Compartimentos extracelulares (intersticial) ▪ 5% se localiza no plasma sanguíneo Edema ▪ Aumento do líquido nos espaços teciduais intersticiais; ▪ Equilíbrio entre saída de liquido na terminação arteriolar e influxo na terminação venular; ▪ Liquido no extracelular pode ser drenado pelos vasos linfáticos ▪ Se o movimento de água excede a drenagem linfática, o líquido é acumulado Causas de edema inflamatório ▪ Aumento da pressão hidrostática ▪ Redução da pressão osmótica ▪ Retenção de sódio e água ▪ Obstrução linfática (elefantíase) Correlação clínica ▪ O edema subcutâneo pode denunciar uma doença que não se manifesta claramente; ▪ Entretanto, quando significativo pode dificultar a cicatrização de feriadas ou resolução de infecções; ▪ Edema pulmonar pode levar a morte por interferir na função respiratória; ▪ Edema cerebral é grave e pode ser rapidamente fatal. Hiperemia e congestão ▪ Indicam um aumento local do volume sanguíneo em um determinado tecido ▪ Hiperemia: processo ativo resultante da dilatação arteriolar -Leva a um aumento no influxo sanguíneo - Processos inflamatórios - Tecido afetado torna-se vermelho (eritema) Hiperemia e congestão ▪ Congestão: processo passivo ▪ Redução do efluxo de um tecido ▪ Pode ocasionar hipóxia(aumento de hemoglobinas desoxigenadas) ▪ Pode levar a ruptura de capilares -Resulta da obstrução do retorno venoso Hiperemia e congestão Hiperemia e congestão Hiperemia e congestão Hemorragia ▪ Extravasamento de sangue do espaço vascular para o espaço extravascular; ▪ Ruptura de grande veia ou artéria ▪ Causada por trauma, aterosclerose ou erosão neoplásica Hemorragia ▪ Hemorragia tecidual pode ocorrer com padrões distintos: - Hemorragia interna: confinada dentro de um tecido (hematoma) - Podem ser insignificantes ou tão graves que resultam em óbito - Muitas vezes difícil de ser detectada Hemorragia ▪ Hemorragia tecidual pode ocorrer com padrões distintos: - Hemorragia externa Significado clínico da hemorragia ▪ Depende do volume e taxa de sangramento ▪ Perda rápida de até 20% do volume sanguíneo ou perdas lentas de grandes quantidades podem ter pouco impacto em adultos saudáveis ▪ Perdas mais intensas pode resultar em choque hemorrágico; ▪ O local da hemorragia também é importante Significado clínico da hemorragia ▪ Sangramento menstrual pode levar a anemia ferropriva ▪ Hemorragia em tecido subcutâneo pode ser trivial ▪ Mas a mesma hemorragia no cérebro pode levar a óbito Hemostasia e trombose ▪ Hemostasia: mantém o sangue em um estado líquido nos vasos e livres de coágulos; ▪ Também permite a formação de um tampão rápido no local de uma lesão vascular ▪ Trombose: envolve a formação de um coagulo sanguíneo dentro dos vasos intactos Hemostasia e trombose ▪ A hemostasia e a trombose envolvem três componentes: - Parede vascular (principalmente o endotélio) - As plaquetas - A cascata de coagulação Hemostasia normal ▪ Sequência geral dos eventos hemostáticos no local da lesão vascular - Após a lesão ocorre vasoconstrição arteriolar transitória (reflexo) - Ativação vasoconstritor (endotelina) - Efeito transitório -Precisa haver ativação dos sistemas plaquetários e de coagulação Hemostasia normal Hemostasia normal ▪ Hemostasia primária -Após lesão endotelial, as plaquetas aderem-se ao fator vWF da parede do vaso - São ativadas, alterando sua forma e liberam grânulos - A liberação de grânulos leva a agregação de mais plaquetas - Formação de tampão hemostático primário Hemostasia normal ▪ Hemostasia secundária - Fator tecidual - proteína pró-coagulante-sintetizado por células endoteliais é exposta- ativar trombina - Trombina-converte fibrinogênio em fribina insolúvel Hemostasia normal - Fibrina polimerizada e a agregação plaquetária formam um tampão permanente que previne qq hemorrragia adicional - Mecanismos contrerregulatórios e a trombomodulina limitam o processo hemostático ao local da lesão Endotélio ▪ Células endoteliais apresentam propriedades antiplaquetárias, anticoagulantes e fibrinolíticas ▪ Contudo, após a lesão ou a ativação, elas adquirem numerosas atividades pró-coagulantes ▪ Além do trauma, o endotélio pode ser ativado por agentes infecciosos, forças hemodinâmicas, mediadores plasmáticos e citocinas Propriedades antitrombóticas ▪ Efeitos antiplaquetários - Endotélio intacto previne as plaquetas do encontro com a parede - As plaquetas não ativadas não aderem às células endoteliais - Qdo ativadas são inibidas por vasodilatadores (Prostaciclina) ▪ Efeitos anticoagulantes - Mediado por membrana endotelial, associado a moléculas como trombomodulina Propriedades antitrombóticas ▪ Efeitos fibrinolíticos - Células endoteliais sintetizam moléculas que atuam na clivagem da fibrina que degrada o trombo Ativador de plasminogênio Clivam plasminogênio Plasmina Cliva fibrina= degrada trombo Propriedades Pró-trombóticas ▪ Células endoteliais normais limitam a coagulação ▪ Trauma e a inflamação das células endoteliais induzem estado pró- trombótico, alterando a atividade das plaquetas e sistema fibrinolítico -Efeitos plaquetários: lesão endotelial permite o contato das plaquetas com parede do vaso Propriedades Pró-trombóticas - Efeitos pró-coagulantes: em respostas a citocinas ou endotoxinas bacterianas, células endoteliais sintetizam o fator tecidual - Principal ativador da cascata de coagulação - Efeitos antifibrinolíticos: células endoteliais secretam inibidores do ativador do plasminogênio, limitando o firbinólise e favorecendo a trombose Plaquetas ▪ Após a lesão vascular, as plaquetas encontram-se com os constituintes da MEC ▪ As plaquetas então: - Sofrem adesão e mudança de forma - Secreção (reação de liberação de grânulos) - Agregação Cascata de coagulação ▪ Série de conversões enzimáticas que ativa enzimas inativas ▪ Formação de trombina, que converte o fibrinogênio em fibrina ▪ Formação de tampão hemostático Trombose Trombose ▪ Lesão endotelial: -Hipertensão, endotoxinas bacterianas, fumaças de cigarro - Produzem mais fatores pró-coagulantes - Sintetiza menos moléculas anticoagulantes Trombose ▪ Alterações no fluxo sanguíneo normal: - Promovem a ativação endotelial, aumentando a atividade pró- coagulante, a adesão leucocitária... - Rompem o fluxo laminar e permitem que as plaquetas entrem em contato com o endotélio Trombose ▪ Hipercoagulabilidade - Contribui com menor frequência para os estados trombóticos; - Qualquer alteração nas vias de coagulação - Dividida em distúrbios genéticos ou adquiridos Trombose ❖ Aumento de fatores de coagulação e redução da síntese de antitrombina. Trombose ▪ Os trombos podem causar embolia e levar a morte ▪ Leva a obstrução de artérias e veias ▪ Seu efeito depende de onde ocorre a trombose Embolia ▪ Massa intravascular solta, sólida, líquida ou gasosa ▪ Transportada pelo sangue para um local distante do seu ponto de origem ▪ Os êmbolos representam uma parte de um trombo desalojado ▪ Dependendo de onde são originados, podem alojar-se em qualquer parte da estrutura vascular Embolia Infarto ▪ Oclusão do suprimento arterial ou drenagem venosa – trombótica ▪ Podem ser causados por outros mecanismos ▪ Mais susceptíveis em órgãos com uma única veia Fatores que influenciam o desenvolvimento de um infarto ▪ Natureza do suprimento vascular: a natureza de um suprimento sanguíneoalternativo é muito importante; Pulmão, fígado, mão. Exceção: rim ▪ Taxa de desenvolvimento da oclusão: oclusões mais lentas são menos propensas a causar infarto; ▪ Vulnerabilidade a hipóxia: células miocárdicas, neurônios ▪ Conteúdo sanguíneo de oxigênio Choque ▪ Via comum final de uma série de eventos clínicos, potencialmente letais: hemorragia, traumatismo, queimaduras extensas, infarto... ▪ Constitui uma hipoperfusão sistêmica devido a uma redução do débito cardíaco ou do volume sanguíneo circulante efetivo; ▪ Consequente, hipotensão e hipóxia celular ▪ Inicialmente é reversível, mas pode causar lesão irreversível e morte do paciente. Choque ▪ Via comum final de uma série de eventos clínicos, potencialmente letais: hemorragia, traumatismo, queimaduras extensas, infarto... ▪ Constitui uma hipoperfusão sistêmica devido a uma redução do débito cardíaco ou do volume sanguíneo circulante efetivo; ▪ Consequente, hipotensão e hipóxia celular ▪ Inicialmente é reversível, mas pode causar lesão irreversível e morte do paciente. Choque Estágios de Choque 1. Fase não-progressiva inicial: mecanismos compensatórios reflexos são ativados e a perfusão para órgãos vitais é mantida; 2. Fase progressiva: caracterizado por hipoperfusão tecidual e início de desequilíbrios circulatórios e metabólicos, incluindo acidose; 3. Estágio irreversível: se instala depois que o corpo sofreu uma lesão celular e tecidual tão intensa que, mesmo sendo corrigidos os defeitos hemodinâmicos, a sobrevida é impossível FIM