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DISTÚRBIOS HEMODINÂMICOS EDEMA - Distúrbios cardiovasculares, renais e hepáticos. DISFUNÇÃO ENTRE A PRESSÃO HIDROSTÁTICA E COLOIDOSMÓTICA DO SANGUE. - Acúmulo de líquido em tecidos e de líquido em cavidades corporais fechadas (chamado de efusões, quando líquido se acumula na cavidade serosa). O normal da PHV é empurrar água e sais dos capilares para o interstício e é balanceada pela pressão coloidosmótica de puxar água e sais de volta (para deixar os tecidos ‘’secos’’, esse líquido retorna pelos vasos linfáticos para a corrente sanguínea pelo ducto torácico) - os vasos linfáticos pegam o que sobra (15%) da água que fica nos tecidos. - Etiologia: aumento da filtração (aumento da pressão arterial ou permeabilidade); redução de albumina no sangue e obstrução da drenagem linfática. - Pode resultar em choque (pela diminuição do fluxo sanguíneo) e necrose. - Entre os vasos linfáticos e o sangue, se a taxa de saída do líquido (pressão hidrostática) exceder a capacidade de drenagem linfática, o líquido se acumulará e sairá mais líquido dos vasos. - Esse líquido pode ser inflamatório ou não: ● Exsudatos: ricos em proteínas, aumenta a permeabilidade vascular causados por mediadores inflamatórios. INFLAMAÇÃO!!! ● Transudatos: pobres em proteínas, e estão em diversas doenças: insuficiência cardíaca, hepática, renal e desnutrição grave. ETIOLOGIA: - Aumento da Pressão Hidrostática: Saída de água dos capilares. Causado por disfunções que impedem o retorno venoso. Pode ser localizada (trombose) ou sistêmico (insuficiência cardíaca - tem menos líquido no sangue). - Redução da Pressão Osmótica Plasmática: perde-se albumina na circulação, causada em doenças como a cirrose e a desnutrição proteica; a síndrome nefrótica também inclui-se. A pressão plasmática reduzida leva ao edema e pode ocorrer retenção de sal e água pelos rins e piora o quadro do edema. - Retenção de sódio e água: provoca o aumento da pressão hidrostática devido a diminuição da pressão coloidosmótica vascular. A insuficiência cardíaca congesta leva a hipoperfusão renal (baixa irrigação sanguínea) que resulta na ativação do eixo renina-angiotensina-aldosterona (retenção de água) e isso aumenta o volume sanguíneo e piora o edema. Para normalizar, aumenta o débito cardíaco pelo hormônio antidiurético. - Obstrução linfática: traumas, fibroses, tumores invasivos podem romper os vasos linfáticos e bloquear a eliminação de líquido intersticial - resultando em Linfedema: traumas, fibroses, tumores invasivos, agentes infecciosos. Rompimento dos vasos linfáticos e bloqueio (como na filariose - mosquito culex). Um organismo induz a fibrose obstrutiva. Causa um edema chamado elefantíase. - Morfologia do edema: clareamento e separação da matriz extracelular e uma tumefação celular. Mais envolvido em tecidos subcutâneos, nos pulmões e no cérebro. ● Subcutâneo: difuso e evidente em regiões de pressão hidrostática elevada. Distribuição influenciada pela gravidade (pernas e sacro quando deitado) Gravitacional: pernas (em pé), sacro (deitado). ● Com cacifo: pressão digital deixa depressão no local. ● Disfunção renal: periorbital. Aparecem nas partes do corpo com tecido conjuntivo frouxo (pálpebras) - achado característico de doenças renais graves. ● Cerebral: localizado ou generalizado. ● Pulmonar: aumento do peso do órgão, líquido espumoso e sanguinolento. Mistura de ar, líquido do edema e hemácias extravasadas. - Morfologia das Efusões: ● Cavidade pleural: hidrotórax ou derrame pleural. Geralmente acompanham edemas pulmonares. ● Cavidade pericárdica: derrame pericárdico. ● Cavidade peritoneal: ascite (barriga d' água). Hipertensão portal - propensas a infecções bacterianas graves. ● Aspecto translúcido cor de palha com turvas. Pode ser leve ou fatal: subcutâneo (sinaliza doenças cardíaca ou renal e pode prejudicar cura de feridas ou infecções) e pulmonar (trocas gasosas e ambiente favorável para infecção bacteriana). HIPEREMIA - Aumento do volume sanguíneo em um tecido; processo ativo. - Dilatação arteriolar e aumento do influxo sanguíneo: inflamação e músculo esquelético em exercício. - O tecido fica avermelhado (com sangue oxigenado e eritema). - Inflamações agudas, agressões térmicas e traumatismos. CONGESTÃO - Processo passivo. Comprometimento do fluxo de saída do sangue venoso de um tecido. Comprometimento da saída de sangue do tecido. Sistêmico: insuficiência cardíaca; local: obstrução venosa isolada. - Pode levar ao edema por provocar um aumento da pressão hidrostática. - Localizada: trombo - Sistêmica: Insuficiência cardíaca direita e esquerda - Congestão crônica: ● Perfusão tecidual inadequada e hipóxia: morte celular (lesão isquêmica) - fibrose tecidual secundária (cicatrização); pressão intravascular aumentada (edema e ruptura de capilares (hemorragias focais) - isso pode resultar em agrupamentos de ‘’denunciadores’’ residuais de macrófagos carregados de hemossiderina. - Morfologia da congestão: Características do tecido: azul-avermelhado (cianose) devido à estase (paralisação) das hemácias e a presença de hemoglobina desoxigenada. - microscopicamente: ● Congestão pulmonar aguda: capilares alveolares distendidos, edema septal alveolar e hemorragia intra-alveolar focal. ● Congestão pulmonar crônica: causada geralmente por insuficiência cardíaca congestiva, septos mais espessos e fibróticos; alvéolos com macrófagos carregados com hemossiderina, chamados de células de insuficiência cardíaca. ● Congestão hepática aguda: hepatócitos podem sofrer necrose isquêmica e outros hepatócitos podem sofrer de esteatose. ● Congestão hepática crônica: morte celular. Aspecto em noz moscada: áreas cianóticas comparadas com áreas amarelo-acastanhadas. Microscópicamente no fígado: necrose, hepatocitos degenerados, hemorragia, macrófagos carregados de hemossiderina. - Grânulos de hemossiderina: pigmento marrom, aspecto granuloso, constituído por ferro, aspecto refringente, hemossiderose (acúmulo nos tecidos). ● Hemossiderina: alvéolos pulmonares na insuficiência cardíaca congestiva - septos alveolares espessados, com mais células e colágeno devido a congestão crônica; hemácias extravasadas e englobadas por macrófagos dão origem aos grânulos de hemossiderina. Pigmento se forma dentro da célula, porém pode aparecer no meio extracelular após a morte celular. ● Hemossiderina - hematoma: vermelho azulada (Hb sem O2); azul esverdeado (biliverdina); amarelado (Bilirrubina); castanho amarronzado (hemossiderina). - Hemocromatose: EIM (erros inatos do metabolismo); defeito na barreira intestinal para absorção de ferro - normal de 2 a 6g de ferro e hemocromatose com 50g de ⅓ no fígado; sobrecarga cumulativa - flebotomia/sangria. Propicia o aparecimento de radicais livres. HEMOSTASIA, DISTÚRBIOS HEMORRÁGICOS E TROMBOSE Homeostasia é a coagulação de sangue em locais de lesão vascular. Distúrbios: hemorrágicos (homeostasia é falha) e trombóticos (homeostasia excessiva). Coagulação sanguínea Plaquetas, fatores de coagulação e endotélio. ● Constrição vascular; Hemostasia (formação de tampão primário - agregado de plaquetas e formação de tampão secundário - coágulo); estabilização do coágulo. ● Vasoconstrição arteriolar: Reduz o fluxo sanguíneo na área lesionada. Efeito transitório. Lesão vascular (endotélio e células musculares lisas - geração de contração); ativação de plaquetas (liberação de grânulos); diminuição do fluxo sanguíneo: diminuição da perda sanguínea. ● HEMOSTASIA PRIMÁRIA: formação do tampão plaquetário. Descontinuidade do endotélio expõe o fator de cWF e o colágeno, que promovem aderência e adesão plaquetária. Mudança na conformação das plaquetas e liberação de grânulos secretores. Lesão vascular (exposição de colágeno, fator tecidual). Após a adesão plaquetária - ativação. Mudança conformacional: espículas. Liberação de grânulos alfa: ADP (indução da agregação e recrutamento), tromboxano (vasoconstrição, ativação das plaquetas, agregação). - Distúrbios: ● Doença de Von Willebrand = distúrbios hemorrágicos.Não há adesão plaquetária. Púrpuras. Pode causar epistaxe e menorragia. ● Trombastenia de Glanzmann: deficiência hereditária da Gp IIb/IIIa. Distúrbio hemorrágico pela não agregação do fibrinogênio. ● Síndrome de Bernard-Soulier: GpIb. Aspirina: Inibe COX-2 e tromboxano → inibindo agregação plaquetária. ● HEMOSTASIA SECUNDÁRIA - Cascata de coagulação: Deposição da fibrina e fator tecidual também é exposto no local da lesão. Fator tecidual e glicoproteína pró coagulante, que se liga ao fator VII que com uma cascata de reações forma a trombina, que cliva o fibrinogênio e cria uma malha de fibras e ativa plaquetas. Estabilização e reabsorção do tampão: plaquetas e fibrinas são contraídas para fechar bem a ferida, ocorre após a reabsorção do tampão e reparo tecidual. - Defeitos da hemostasia secundária: ● Defeitos dos fatores de coagulação - sangramentos nos tecidos das partes moles (musc ou art) e hemartrose. ● Equimoses: hemorragias pequenas. Criar hematoma. Divisão: laboratorial - via intrínseca, extrínseca, comum; in vivo. COAGULAÇÃO NO LABORATÓRIO VS COAGULAÇÃO IN VITRO. Via intrínseca: ativação do fator XII - converte o plasminogênio em plasmina - deficiência que causa trombose; fator IX, IX e X. Via comum: Fxa + FV = complexo protrombinase. Via extrínseca: trauma, células endoteliais ativadas, contato com fator tecidual - tromboplastina FIII. Via comum: Fxa + FV = complexo protombinase. Estabilização do coágulo: plaquetas e trombina: ativação fator XII (estabilizador do coágulo), potencializador da ligação dos monômeros de fibrina; contração/retração do coágulo (plaquetas contraem). ● PLAQUETAS: forma um tampão primário . São fragmentos celulares em forma de disco que se originam nos megacariócitos (medula óssea). Depende de grânulos - e um deles são os alfa, que tem selectina-P nas suas membranas e proteínas envolvidas na coagulação e vWF, além de fatores de restauração como fibronectinas e fator plaquetário 4. Após lesão traumática, as plaquetas encontram o colágeno e vWF e em contato com isso, elas reagem e formam um tampão plaquetário. A adesão é mediada pelos vWF (ponto entre as plaquetas e o colágeno exposto). Após a adesão, as plaquetas ficam espiculadas e também as proteínas têm maior afinidade pelo fibrinogênio. Esses eventos são a ATIVAÇÃO PLAQUETÁRIA: secreção e mudanças de forma + fator de coagulação trombina e ADP = ciclos adicionais de ativação plaquetária chamado de = RECRUTAMENTO + prostaglandinas que fazem agregação plaquetária (inibido pela aspirina que pode causar uma leve hemorragia). As alterações conformacionais na glicoproteína IIb/IIIa permitem a ligação do fibrinogênio. A agregação inicial é reversível, mas mais ativação plaquetária pela protrombina no tampão fica irreversível. A trombina converte fibrinogênio em fibrina insolúvel, que sedimenta as plaquetas e cria o TAMPÃO HEMOSTÁTICO SECUNDÁRIO DEFINITIVO. ● Cascata de coagulação: série de reações enzimáticas para a deposição de coágulo de fibrina insolúvel. No laboratório: começa pela adição de fosfolipídio, cálcio e substância negativa (via intrínseca) ou uma fonte tecidual (via extrínseca). In vivo o fator tecidual é o principal iniciador da coagulação, que é amplificada pelas alças de feedback da trombina. Cascata foi dividida em via intrínseca e extrínseca testes na coagulação laboratorial. ● Via Extrínseca: avaliada pelo TP (tempo de protrombina) - fatores VII,X,V e fibrinogênio. ● Via intrínseca: TTPA (tempo de tromboplastina parcial) - fatores XII,XI,IX,VIII,X,V,II e fibrinogênio. In vivo, há diversos distúrbios relacionados aos fatores (dar uma lida neles - página 122 do Robbins). Dentre os fatores de coagulação, a trombina é o mais importante: converte fibrinogênio em fibrina entrecruzada, ativação plaquetária, efeitos pró-inflamatórios (reparo e angiogênese) e efeitos anticoagulantes (evita que a coagulação se estenda). - Fatores que limitam a coagulação: fluxo de sangue e cascata fibrinolítica (que limita o tamanho do coágulo) - plasmina. A fibrinólise é o processo através do qual um coágulo de fibrina (produto da coagulação do sangue) é destruído. A fibrina é degradada pela plasmina levando à produção de fragmentos circulantes que são depois destruídos por outras proteínas ou pelos rins e fígado. - Fibrinólise: a ativação da cascata de coagulação também envolve a cascata fibrinolítica (limitação do tamanho do coágulo e dissolução); atividade enzimática da plasmina (quebra a fibrina); plasminogênio - plasmina (fator XII - por isso a relação com trombose na sua deficiência); controle da fibrina (fator contra regulatório - inibidor da alfa plasmina). ● ENDOTÉLIO: Fatores que inibem as atividades pró-coagulantes das plaquetas (como a prostaciclina, o óxido nítrico e a adenosina difosfatase). Efeitos sobre as plaquetas: endotélio libera fatores que inibem a ativação e agregação plaquetária. Se expostas a atividades pró-inflamatórias, perdem as propriedades antitrombóticas. A trombomodulina se une a trombina que perde a capacidade de ativar os fatores de coagulação e as plaquetas. A heparina também é um inibidor. Efeito anticoagulante: trombomodulina (liga a trombina), receptor de proteína C (liga proteína C), moléculas semelhantes à heparina (ativa antitrombina) e inibidores da via de fator tecidual. Trombina ligada à Trombomodulina não tem capacidade de ativar fatores de coagulação e plaquetas. Cliva e ativa a proteína C (Vit K dependente) que requer o cofator proteína S. Complexo proteína C/S é um potente inibidor dos fatores de coagulação V e VIII. - Distúrbios: hemorragias anormais. ● As deficiências dos fatores V, VII, VIII, IX, e X estão associadas com distúrbios hemorrágicos moderados a severos. ● A deficiência de protrombina (converte fibrinogênio em fibrina) é incompatível com a vida. ● A deficiência do fator XI está associada apenas a hemorragias leves. ● Indivíduos com deficiência do fator XII não têm sangramentos e podem estar suscetíveis à trombose (envolvimento do fator XII na via da fibrinólise). - Substâncias que atuam sobre plaquetas - alargamento do tempo de sangramento: aspirina, etanol, penicilinas, dextran, clorpromazina, hidroxicloroquina e antidepressivos tricíclicos. - Fatores de coagulação: cálcio (acelera a atividade enzimática - catalisador e diminui a hemorragia) e vitamina K (conversão da protrombina em trombina - deficiência: hemorragia). - Significância clínica da hemorragia: ● volume: choque hipovolêmico (perder até 20% do volume sanguíneo). ● velocidade ● local: Pele VS cérebro - aumento da pressão intracraniana. TROMBOSE - Coagulação do sangue no interior do sistema circulatório de um indivíduo vivo; é diferente no morto. - Etiologia: TRÍADE DE VIRCHOW: É a base mais comum de doenças cardíacas. ● lesões endoteliais, ● estase ou fluxo sanguíneo turbulento ● hipercoagulabilidade do sangue - Lesão endotelial: que levam a ativação plaquetária (os trombos cardíacos e arteriais apresentam adesão plaquetária) - uso de aspirina e outros inibidores plaquetários na doença arterial coronária e no infarto agudo do miocárdio. ● Início da trombose: vWF e fator tecidual, além da inflamação: alteração do padrão habitual de expressão genética do endotélio - agressão por agentes químicos, físicos, infecciosos, fluxo sanguíneo anormal, mediadores inflamatórios, hipercolesterolemia. ● Principais alterações pró-trombóticas: alterações pró-coagulantes (endotélio ativado por citocinas diminuiem a trombomodulina e ativação prolongada da trombina que estimula as plaquetas a aumentar a inflamação. Efeitos antifibróticos (endotélio ativado secretam inibidores do ativador do plasminogênio que limitam a fibrinólise e diminuem a fibrinólise). - Alterações no fluxo sanguíneo normal: a turbulência contribui para a trombose cardíaca e arterial. ● Estase: normalmente - fluxo sanguíneo laminar com células centrais e plasma na periferia. Estase e turbulência: ativação endotelial com atividade pró-coagulante e adesão de leucócitos, plaquetas em contato com endotélioe estase permite maior tempo de contato dos fatores com o endotélio. As placas ateroscleróticas expõe o vWF e fator tecidual. Placas ateroscleróticas: exposição do fvW e fator tecidual; turbulência. ● Aneurisma: dilatação aórtica e das artérias em geral - propensão à trombose. Infarto agudo do miocárdio. ● Hiperviscosidade: Policitemia vera: hiperviscosidade. Aumenta resistência ao fluxo sanguíneo e causa estase em pequenos vasos. ● Anemia falciforme: dificuldade do fluxo sanguíneo - estase. - Hipercoagulabilidade - trombofilia: qualquer distúrbio do sangue que predispõe à trombose. ● Distúrbios primários: genéticos, mutações + fatores de risco adquiridos. # Causas hereditárias da hipercoagulabilidade devem ser consideradas em pacientes com idade inferior a 50 anos que apresentem trombose, mesmo quando os fatores de risco adquiridos estão presentes. ● Distúrbios secundários: adquiridos, causam estase e lesão endotelial Níveis elevados de homocisteína contribuem para trombose arterial e venosa, assim como para o desenvolvimento de aterosclerose. Coagulação Intravascular disseminada (ativação difusa da coagulação - início súbito de trombos de fibrina que disseminam pela circulação). Anticoncepcionais orais e tabagismo. - Morfologia: Coágulo pós óbito: não fica aderido à superfície do vaso. ● Trombos arteriais ou cardíacos surgem em locais de lesão endotelial ou turbulência. ● Trombos venosos ocorrem em locais de estase (Como esses trombos se formam na circulação venosa lenta, eles tendem a conter hemácias mais emaranhadas, levando à denominação trombos vermelhos ou estase). ● A porção propagante de um trombo tende a fixar-se mal e é propensa a fragmentação e migração através do sangue como êmbolo. ● Os trombos podem ter laminações chamadas linhas de Zahn; elas representam camadas de plaquetas e fibrinas pálidas com camadas ricas em hemácias mais escuras. DESTINO DO TROMBO: - Após um evento trombótico inicial, o trombo pode evoluir para: propagação, embolização, dissolução, organização e recanalização. ● Propagação: O trombo aumenta por acréscimos de plaquetas adicionais e fibrina, que aumentam a margem de oclusão ou embolização vascular. ● Embolização: O trombo (todo ou parte) se desloca e é transportado para outra parte na vasculatura. ● Dissolução: Se um trombo é recém-formado, pode ativar fatores fibrinolíticos. Trombos antigos: resistência à lise; podem ser formados canais capilares, restabelecendo a continuidade do lúmen original. ● Organização e recanalização: Os trombos antigos se tornam organizados pelo crescimento de células endoteliais, células da musculatura lisa e fibroblastos para dentro de um trombo rico em fibrina. - Importância clínica da trombose: ● Obstrução de veias e artérias. ● Trombos venosos: congestão e edema e tendência de embolizar os pulmões. ● artérias: embolia (menos comum) e oclusão de artéria coronariana ou cerebral. - Avaliação laboratorial da coagulação: ● contagem de plaquetas. ● TAP ou TP (processo fibrinolítico - dissolução): inibição da vitamina K monitora terapia com warfarina ● TTPa - monitora terapia com heparina, via intrínseca. ● TT ● tempo de coagulação. ● D-dímero: O D-dímero consiste em um produto de degradação da fibrina. Um marcador de que o corpo está em processo de produção e degradação elevada de fibrina. ● VPM = volume plaquetário médio ● Vitamina K ● Dosagem de fibrinogênio ● Tempo de sangramento EMBOLIA, INFARTO E CHOQUE EMBOLIA - Um êmbolo é uma massa sólida, líquida ou gasosa que é transportada pelo sangue para um local distante de seu ponto de origem. A vasta maioria dos êmbolos deriva de um trombo desalojado. - Os êmbolos se alojam em vasos muito pequenos para permitir a sua passagem, resultando em oclusão vascular parcial ou completa. - A consequência primária da embolização sistêmica é a necrose isquêmica (infarto) dos tecidos a jusante, enquanto a embolização na circulação pulmonar leva a hipóxia, hipotensão e insuficiência cardíaca direita. - Tromboembolismo pulmonar: Os trombos fragmentados decorrentes de TVPs são transportados através de canais progressivamente maiores e, em geral, atravessam o lado direito do coração antes de pararem na vasculatura pulmonar. ● Trombose – principal causa; 95% dos casos EP são originados de trombos venosos profundos (TVP) da perna. ● Maioria clinicamente silenciosa, pois os êmbolos são pequenos; podem causar colapso cardiovascular, insuficiência cardíaca ou até morte súbita. - Tromboembolismo sistêmico: As consequências da embolização dependem do calibre do vaso ocluído, do suprimento colateral e da vulnerabilidade do tecido afetado à anóxia; os êmbolos arteriais muitas vezes se alojam nas artérias terminais e causam infarto. - Embolia gordurosa: A lesão por esmagamento de tecido mole ou a ruptura de sinusóides vasculares medulares (fratura de osso longo) libera na circulação glóbulos de gordura microscópicos. ● Edema e trombos associados - ácidos graxos são lesivos ao endotélio. ● Podem ser vistos histologicamente com o uso de colorações específicas para gordura. ● Síndrome da embolia gordurosa: insuficiência pulmonar e trombocitopenia. - Embolia do líquido amniótico - Embolia aérea (gasosa): Bolhas de gás na circulação podem coalescer e obstruir o fluxo vascular causando lesão isquêmica distal. Assim, pequeno volume de ar capturado em uma artéria coronária, durante revascularização do miocárdio ou introduzido na circulação arterial cerebral por neurocirurgia realizada em “posição sentada” ereta, pode ocluir o fluxo, com péssimas consequências. INFARTO - Área tecidual de necrose isquêmica causada pela obstrução arterial ou venosas. A trombose arterial ou embolia arterial é a causa da grande maioria dos infartos. - Morfologia: podem ser vermelhos (hemorrágicos) ou brancos (anêmicos) e podem ser ainda sépticos e assépticos. ● Vermelhos: oclusões venosas em órgãos frouxos, tecidos de circulação dupla e tecidos previamente congestos. ● Brancos: oclusões arteriais em órgãos sólidos. Fica uma cicatriz fibrosa mais ou menos 1 mês após o infarto. ● Necrose coagulativa isquêmica, no cérebro é necrose liquefativa. Infartos sépticos ocorrem na embolia das valvas cardíacas e na infecção dos tecidos necróticos. ● No intestino, os infartos são sempre hemorrágicos, sejam eles de origem arterial ou venosa. - Diagnósticos: ● Creatina-quinase (CK-MB) – 6h (creatinoquinase é um indicador específico de lesão miocárdica), aspartatoaminotransferase (AST) – tardia e inespecífica; Lactatodesidrogenase (LDH) – tardia e inespecífica; Troponina – específico e tardio; Mioglobina – precoce e inespecífico (falso + com lesão muscular) ● OBS.: as formas cardíacas das troponinas são consideradas marcadores bioquímicos padrão ouro de diagnóstico de IAM. A combinação da troponina T (nível < 0,01 ng/mL) com copeptin (nível < 14 pg/mL) permite alta acurácia na exclusão de IAM, com valor preditivo negativo de 99,7% e capaz de eliminar a necessidade de acompanhamento e de exames de sangue em série para sua confirmação, na maioria dos pacientes. - Influenciam no infarto: ● Anatomia do suprimento vascular: disponibilidade de suprimento sanguíneo, tecidos de suprimento duplo (fígado, pulmão e artérias do antebraço). ● Velocidade de oclusão ● Vulnerabilidade do tecido à hipóxia: danos nos neurônios são irreversíveis, mas o miocárdio leva até 30min para necrosar. ● Hipoxemia. ● Infarto resultante de oclusão venosa – Se hemorragia extensa, pode-se observar resíduo marrom → hemossiderina. CHOQUE - Via final comum de uma série de eventos clínicos potencialmente letais: ● Hemorragia severa; ● Trauma ou queimaduras extensas; ● Infarto do miocárdio severo; ● Embolia pulmonar maciça; ● Sepse microbiana; - Estado de má perfusão tecidual. DOENÇAS - Processos infecciosos bacterianos intensos: ● neutrofilia, aumento dos bastonetes, presença de granulações grosseiras (dos neutrófilos), corpúsculo de Dohle. - Anemia hemolítica autoimune: - Sepse: - Apendicite aguda: - Mononucleaseinfecciosa: A mononucleose infecciosa é uma doença viral que provoca febre, dor de garganta, fadiga e aumento dos linfonodos. É causada pelo vírus Epstein-Barr. Do ponto de vista diagnóstico, o hemograma com linfocitose relativa – usualmente superior a 50% dos leucócitos – configura um importante marcador da mononucleose infecciosa. Com frequência, há linfócitos atípicos, em proporção maior que 10% dos totais, os quais correspondem a células T CD8 citotóxicas ativadas. - Sífilis: - HIV: - Anemia ferropriva: Esse tipo de anemia faz parte do grupo das anemias hemolíticas que têm como anormalidade comum a diminuição da vida média dos glóbulos vermelhos. Geralmente, a falta de ferro ocorre por deficiência na ingesta, porém pode ocorrer por perda crônica de sangue ou por defeitos de absorção; - Anemia megaloblástica: - Rinite alérgica: - Tuberculose: - Gatrite: VCM = volume corpuscular médio HCM = hemoglobina corpuscular média CHCM = concentração de HCM RSW = tamanho das células vermelhas VPM = volume plaquetário médio Os testes sorológicos utilizam o soro como amostra para detectar a presença de anticorpos contra parasitas, fungos, bactérias ou vírus, indicando que o indivíduo esteve em algum momento em contato com estes agentes.
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