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Pontifícia Universidade Católica de Goiás Departamento de Engenharia Curso de Graduação em Engenharia de Produção ENG 1090 – Introdução à Engenharia de Produção Prof. Gustavo Suriani de Campos Meireles, M.Sc. A globalização torna a competição entre as empresa mais acirrada, alterando o sistema de produção Se anteriormente eram produzidos grandes lotes de poucos produtos e com altos volumes, hoje são muitos modelos, de menor vida útil, em prazos mais curtos e entregues em menos tempo A empresa moderna busca eficiência e produtividade, sendo que a maioria de suas decisões envolve aspectos financeiros O preço de venda é definido pelo mercado e o lucro é viabilizado por meio de um custo menor que o preço obtido De forma que o conhecimento dos custos é fundamental e saber combiná-los com conceitos de matemática financeira (juros, taxas de retorno, depreciações, etc.) possibilita que o Engº de Produção utilize métodos de engenharia econômica para avaliação de investimentos: O investimento é rentável? Qual é o mais atrativo do ponto de vista econômico? A máquina da linha de produção deve ser substituída? Neste capítulo serão estudados: O sistema de custos A engenharia econômica Na produção artesanal do passado, o lucro era calculado da seguinte forma: Vieram as empresas industriais, e o custo das mercadorias vendidas (CMV) deixou de ser conhecido Após a Revolução Industrial, surgiu a avaliação dos inventários, e o valor dos insumos consumidos para a produção dos itens vendidos equivalia ao CMV As empresas cresceram e se tornaram mais complexas Constatou-se então que os dados da contabilidade eram potencialmente úteis ao auxílio gerencial: Controle – indica onde problemas ou situações não previstas podem estar ocorrendo pela comparação de padrões e orçamentos Tomadas de decisões – o subsídio a processos decisórios normalmente são determinados pelas questões financeiras da empresa Para o Engenheiro de Produção, o interesse maior reside no uso gerencial dos sistemas de custos Custo de fabricação – é o valor dos insumos usados na fabricação dos produtos da empresa: materiais, MDO, energia, máquinas e equipamentos, etc. Custos de matéria-prima (MP) – relacionam-se com os principais materiais integrantes do produto Custos de mão-de-obra direta (MOD) – são aqueles diretamente relacionados com os trabalhadores (salários) Custos indiretos de fabricação (CIF) – todos os demais custos de produção: depreciação, energia, água, ... Depreciação – representa a perda de valor do equipamento no período considerado Despesa – é o valor dos insumos consumidos para o funcionamento da empresa e não identificados com a fabricação: são as despesas administrativas, comerciais e financeiras; relacionam-se com a administração geral Custo gerencial – é o valor dos insumos (bens e serviços) utilizados pela empresa; englobam os custos de fabricação e as despesas Perda – é o valor dos insumos consumidos de forma anormal; também pode representar o trabalho não- eficiente ou desperdício, que é o esforço econômico que não agrega valor ao produto da empresa Existem 2 classificações principais para os custos: Classificação pela variabilidade Classificação pela facilidade de alocação Para compreendê-las, faz-se necessária a diferenciação de 2 tipos de custos: Custo total – é o montante despendido no período para se fabricarem todos os produtos; Custo unitário – é o custo para se fabricar uma unidade do produto A classificação dos custos, considerando sua relação com o volume de produção, divide-os em custos fixos (que independem do nível de atividade da empresa) e custos variáveis (intimamente relacionados com a produção) Aqui separa-se os custos em diretos e indiretos Custos diretos são aqueles facilmente relacionados com os produtos, processos, setores, clientes, etc. Os custos indiretos não podem ser facilmente atribuídos às unidades, necessitando de alocações para isso; são exemplos destes custos a mão-de-obra indireta e o aluguel Em empresas modernas, os custos indiretos estão se tornando cada vez mais importantes, fazendo com que a discussão sobre a alocação desses custos tenha relevância crescente A maioria das decisões sobre investimentos em uma empresa envolve a consideração sobre várias possibilidades de pagamento em períodos diferentes de tempo Pode-se comprar à vista, em parcelas mensais ou ainda em prestações ao longo dos anos O dinheiro muda de valor com o tempo por causa dos juros envolvidos: a propaganda anuncia a venda de um produto à vista, com desconto, ou em 2 ou 3 vezes à prazo, sem desconto; maiores parcelas pode implicar na adição de uma taxa de juros Consideremos o seguinte cálculo de valor futuro – F, em uma operação elementar: No regime de juros simples não há capitalização de todos os juros niPF 1 Reinvestindo os juros junto com o principal da operação elementar, tem-se: No regime de juros compostos há capitalização de todos os juros niPF 1 • Para calcular o futuro, F: • Para calcular o presente, P: • Para calcular a taxa de juro, i: • Para calcular o período da taxa de juro i, n: niPF 1 ni F P 1 1 1 n P F i i P F n 1lg lg • Em uma empresa, os projetos se classificam em: Projetos para criação de valor • Projetos de expansão de produtos existentes • Projetos de lançamento de novos produtos • Projetos de inovação de produtos existentes • Projetos de pesquisa e desenvolvimento • Projetos de redução de custos Projetos para manutenção do valor • Projetos de substituição de equipamentos e instalações • Projetos de informatização • Projetos para atendimento de acordos ou leis Ao analisar alternativas de investimentos, há alguns métodos para verificar qual delas apresenta mais vantagens, em termos econômicos Os principais métodos utilizados são: Payback Descontado (PBD) – mede o tempo necessário para recuperar o investimento remunerado Método do Índice de Lucratividade (IL) - relaciona o valor presente dos retornos e o valor do investimento, desconsiderando o sinal negativo do desembolso Método da Taxa Interna de Retorno (TIR) – apresenta uma taxa de juro que anula o valor presente líquido do fluxo de caixa convencional
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