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Tintas e Pinturas na Construção Civil

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Universidade Luterana do Brasil
Canoas
Engenharia Civil
	Tintas e Sistemas de Pintura
Andressa Ceccon
Canoas
2018
Andressa Ceccon
	Tintas e Sistemas de Pintura
	Monografia apresentada como exigência para obtenção do grau de Bacharelado em Engenharia Civil da Universidade Luterana do Brasil.
	Orientador: Décio Collatto
Canoas 2018
RESUMO
Pintar significa proteção e beleza. Com a construção civil evoluindo o acabamento se torna muito requisitado pelos proprietários da obra. Com isso, é necessário assegurar que as qualidades da tinta permanecerão intactas, e com, passado determinado tempo, as propriedades essenciais se mantenham.
Palavras-chave: Pintar,Construção Civil,Qualidade
ABSTRACT
Painting means protection and beauty. With the civil construction evolving the finishing becomes much requested by the owners of the work. Thus, it is necessary to ensure that the qualities of the ink will remain intact, and after a certain time the essential properties will remain.
Keywords: Painting,Construction,Quality
LISTA DE FIGURAS
Figura 1 - Aplicação de cal em alvenaria	11
Figura 2 - Efeito de pintura PVA	11
Figura 3 - Efeito de pintura acrílica	12
Figura 4 - Execução de pintura com tinta óleo	13
Figura 5 - Demonstração de pintura em tinta esmalte	13
Figura 6 - Efeito de pintura em verniz	14
Figura 7 - Aplicação de tinta epóxi em piso polido	14
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO	8
2 DEFINIÇÃO	9
3 PROCESSO DE FABRICAÇÃO	9
4 MATÉRIAS PRIMAS	10
5 TIPOS E SUBSTRATOS	10
5.1 Cal	10
5.2 Latex PVA	11
5.3 Acrilica	12
5.4 Tinta oléo	12
5.5 Tinta esmalte	13
5.6 Verniz	14
5.7 Epóxi	14
6 EQUIPAMENTOS DE APLICAÇÃO	15
6.1 Trincha (Pincel de formato chato)	15
6.2 Rolo	15
6.3 Pistola Convencional	15
6.4 Pistola Sem Ar (Airless)	16
6.5 Pintura Eletrostática	16
6.6 Imersão	16
7 EXECUÇÃO	17
7.1 Preparo de superfícies	17
7.1.1 Concreto reboco e argamassa	17
7.1.2 Cimento Amianto	18
7.1.3 Pisos	19
7.1.4 Superfícies vitrificadas ou esmaltadas	19
7.1.5 Madeira	19
7.1.6 Pisos em concreto ou cimentados (queimados ou não)	20
7.1.7 Ferro e aço	20
7.1.8 Alumínio	21
7.1.9 Ferro galvanizado	21
7.1.10 Superfícies emassadas	21
7.1.11 Superfícies mofadas	22
7.1.12 Superfícies caiadas	22
7.1.13 Superfícies já pintadas	22
8 MANIFESTAÇÕES PATOLÓGICAS	23
9 CONCLUSÃO	25
REFERÊNCIAS	26
1 INTRODUÇÃO
 Na construção civil a pintura representa uma operação de grande importância, uma vez que as áreas pintadas são, normalmente, muito extensas, implicando num alto custo. Há uma tendência natural em considerar a pintura uma operação de decoração, porém, além de decorar e proteger o substrato, a tinta pode oferecer melhor higienização dos ambientes, servindo também para sinalizar, identificar, isolar termicamente, controlar luminosidade e podendo ainda ter suas cores utilizadas para influir psicologicamente sobre as pessoas.
2 DEFINIÇÃO
Tinta é um composto na forma líquida, aquosa ou em gel, que quando aplicado sobre uma superfície, forma um filme transparente ou opaco, aderente ao substrato e flexível, com finalidade de proteger e decorar a superfície e proporcionar uma melhor qualidade de vida aos ambientes construídos.
3 PROCESSO DE FABRICAÇÃO
No processo de fabricação das tintas, são feitas apenas operações unitárias, como pesagem, misturação, moagem, dispersão e diluição. As conversões químicas ocorrem na fabricação dos constituintes e na secagem da película (SHREVE; BRINK JR., 2008).
O processo inicia-se pesando, reunindo e misturando os pigmentos e veículos fixos. Após a mistura, em uma amassadeira com laminas em sigma, o material é transportado para outra sessão da fábrica, onde ocorre a moagem e posterior mistura (SHREVE; BRINK JR., 2008).
Raramente, os materiais são encontrados em tamanho exigido, e isso geralmente é necessário tanto para aumentar quanto para diminuir o tamanho da partícula. Para conseguir esse tamanho ideal nos processos industriais, utiliza-se a cominuição (redução) (RICHARDSON, et al.,2002).
Na indústria de revestimentos é usada a moagem: operação que combina impacto, compressão, abrasão e atrito, para reduzir o tamanho da partícula sólida (LUZ, et al., 2004). É importante que as partículas (pigmentos, resinas, etc.) que compõem as tintas tenham um tamanho aceitável, pois pode comprometer a qualidade da tinta. Nesse contexto, as partículas em tamanho menor darão um nivelamento mais uniforme às tintas quando forem aplicadas (SHREVE; BRINK JR., 2008).
É importante ressaltar que a cominuição diminui o tamanho da partícula, aumentando a área superficial. Ao aumentar essa área, aumenta-se a superfície de contato da substância, fazendo com que qualquer reação envolvendo a tinta se processe em um menor período. Consequentemente, essa tinta terá uma secagem mais rápida (SHREVE; BRINK JR., 2008; RICHARDSON, et al., 2002).
4 MATÉRIAS PRIMAS
Na indústria das tintas utiliza-se uma panóplia enorme de matérias primas, estas podem ser incluídas em cinco grupos:
1.	Cargas
2.	As Resinas
3.	Os solventes (orgânicos e inorgânicos)
4.	Os pigmentos
5.	Os aditivos
Os pigmentos e solventes são basicamente importadas, ao processo que as cargas (areias e carbonatos de cácio), e algumas resinas e emulsões.
5 TIPOS E SUBSTRATOS
•	Foscas: (a base de água, como a cal ,látex PVA, Acrílicas e alquídicas),
•	Resinosas: (óleo, esmalte, vernizes e lacas),
•	Especiais: (Metálicas, asfálticas e epoxidadas). 
5.1 Cal
Mais econômica das tintas, mas tem pouca qualidade. A parede respira e não adere a metais e madeira.
	
	
Figura Erro! Indicador não definido. - Aplicação de cal em alvenaria
	
5.2 Latex PVA
Tinta plástica ideal para paredes novas. Pode ser usada como selador se adicionado água, resistem a umidade e alcalinidade e deixa a parede respirar. Possui secagem rápida.
	
	
Figura Erro! Indicador não definido. - Efeito de pintura PVA
5.3 Acrilica
Tinta plástica semelhante à tinta PVA, mas mais impermeável. Deve ser aplicada sobre selador ou massa para nivelamento. Possui mais brilho que a PVA, e pode ser lavada.
	
	
Figura Erro! Indicador não definido. - Efeito de pintura acrílica
	
5.4 Tinta oléo
Ideal para madeiras e metais. Possuem boa qualidade de revestimento e boa proteção, mas deve ser aplicada sobre selador ou fundo. Tem como característica marcante à demora na secagem, e a pegajosidade residual.
	
	
Figura Erro! Indicador não definido. - Execução de pintura com tinta óleo
	
5.5 Tinta esmalte
Tipo de tinta óleo que vitrifica. Podem ser brilhosas ou foscas, e tem secagem rápida. Ideal para madeira e metais, e devem ser aplicadas com rolo de espuma ou pincel, sobre selador ou fundo.
	
	
Figura Erro! Indicador não definido. - Demonstração de pintura em tinta esmalte
	
5.6 Verniz
Resinas com adição de diluente, ideal para madeiras, tijolos e telhas. Pode ser à base de óleo (mais resistentes e menos brilho), a base de essências (mais brilhosas, mais usada para móveis), a base de álcool (mais fino, para aplicação com pistola) ou base plástica (poliuretanos, para aplicação em pisos).
	
	
Figura Erro! Indicador não definido. - Efeito de pintura em verniz
	
5.7 Epóxi Revestimento de alta qualidade.
A Pintura Epóxi é utilizada em setores como: indústria e comércio no geral, laboratórios, garagens, cozinhas, banheiros, etc.
	
	
Figura Erro! Indicador não definido. - Aplicação de tinta epóxi em piso polido
	
6 EQUIPAMENTOS DE APLICAÇÃO
Instrumentos que auxiliam na aplicação da tinta. É importante que a ferramenta usada seja adequada.
6.1 Trincha (Pincel de formato chato)
É o método de aplicação mais antigo e até hoje é de grande utilidade, sendo considerada uma ferramenta insubstituível na pintura industrial. É o mais elementar dos métodos de pintura, por ser uma ferramenta simples e, consequentementede baixo custo, além de não requerer grande capacitação do aplicador.
6.2 Rolo
Este método tem a vantagem de proporcionar maior rendimento produtivo em relação a trincha. As perdas de tinta durante a aplicação são em principio superiores à da trincha, devido principalmente a respingos, porém, o fato de se conseguir espessuras mais uniformes do que aquele método tende a igualar suas perdas. Exigem diluições ligeiramente superiores às exigidas pela trincha.
6.3 Pistola Convencional
Na pistola convencional, ou pistola a ar, a tinta depositada no recipiente é expulsa em direção ao bico da pistola pela ação da pressão do ar. É um método de aplicação de tinta muito utilizado em pintura industrial, não só na pintura de campo como na de oficina, apresenta grande produtividade, tem como característica a obtenção de espessura de película quase que constante ao longo de toda a superfície pintada.
6.4 Pistola Sem Ar (Airless)
A pintura com pistola “airless spray” ou pistola sem ar, também conhecida como pistola hidráulica, é um método de aplicação por pulverização indicado para pintura de grandes áreas, como casco de navios, tanques de armazenamento, etc. Ao contrário da pistola convencional, que utiliza o ar para atomização da tinta, a pintura sem ar utiliza uma bomba, acionada pneumaticamente, para pressurizar à tinta, e a energia com que a mesma chega ao bico da pistola provoca sua pulverização.
6.5 Pintura Eletrostática
A pintura eletrostática é um método de aplicação de tintas muito utilizado na aplicação de pintura de fábrica e somente há poucos anos passou a ser usada na aplicação de esquemas de pintura no campo. Vem sendo largamente utilizada na pintura de tubos que são usados na construção de dutos enterrados ou submarinos. Nestes casos, a aplicação da pintura dos tubos é feita na oficina, e as juntas são aplicadas eletrostaticamente no campo.
6.6 Imersão
A pintura por imersão pode ser dividida em imersão eletroforética e imersão simples. Na imersão eletroforética, a peça a ser pintada é mergulhada em um banho de tinta contida em um tanque, sendo que entre o tanque e a peça é estabelecida uma diferença de potencial em torno de 300 volts, com película uniforme, da ordem de 15 a 30µm. O banho dever ser mantido com agitação constante. Já na imersão simples, não é estabelecida a diferença de potencial entre a peça e o tanque, havendo simplesmente o banho de tinta com agitação constante.
7 EXECUÇÃO
Todos os substratos deverão ser preparados adequadamente a fim de garantir o sucesso do sistema de pintura. Este procedimento é de máxima importância, e sua não observância causará graves patologias no revestimento de pintura em períodos curtos após a aplicação.
7.1 Preparo de superfícies
Se o resultado final de um sistema de pintura é o produto direto do adequado preparo da superfície, é importante observar alguns cuidados gerais:
• A superfície deverá estar firme, curada, limpa, seca, isenta de poeira, óleo, gordura, sabão, mofo, ceras e ou graxa. As Graxas, óleos e agentes desmoldantes, deverão ser removidos com solução de água e detergente neutro;
• Todas as e ou partes soltas ou mal aderidas devem ser eliminadas através de raspagem ou escavação da superfície;
• Todas as fissuras e imperfeições profundas das paredes devem ser corrigidas com massa acrílica em superfícies externas ou internas ou com massa PVA em superfícies internas;
• Paredes mofadas devem ser raspadas e a seguir lavadas com uma solução de água e água sanitária (1:1) e a seguir lavadas e enxaguadas com água potável;
• No caso de repintura sobre superfícies brilhantes, o brilho deve ser eliminado com uma lixa fina.
Além dos cuidados citados acima, se deve observar cuidados específicos para cada tipo e situação de superfície a ser pintada:
7.1.1 Concreto reboco e argamassa
Aguardar pelo menos 30 dias para cura total. Sobre rebocos fracos e ou pulverulentos, deve-se aplicar o fundo preparador de paredes (base solvente ou a base d’água) para aumentar a coesão das partículas da superfície, evitando problemas de má aderência e descascamento. Quando essas superfícies tiverem absorções diferenciadas, deverá ser aplicado um selador acrílico pigmentado para uniformizar a absorção. Somente o fundo preparador de parede atuará em situações em que ocorrem problemas de alcalinidade, pulverulência e absorção ao mesmo tempo.
O concreto deve estar seco, limpo, isento de pó, sujeira, óleo e agentes desmoldantes.
Superfícies com fissuras internas ou externas deverão ser corrigidas com massa acrílica;
As superfícies com trincas deverão ter as causas identificadas, para posterior correção;
Superfícies de origem básica (pH básico), onde será utilizado acabamento com sistema de pintura ácido, deverão receber selador ou fundo de correção e equilíbrio químico (selador acrílico, fundo preparador de parede, verniz acrílico a base d’água);
Selador acrílico e PVA não se aplicam a superfícies pulverulentas;
Superfícies com incidência de umidade passiva e umidade por capilaridade deverão ter tratamento de impermeabilização específico e anterior ao serviço de pintura;
O lixamento será executado com lixa de parede, por ser mais adequado a este tipo de superfície do que a lixa d’água;
Após o lixamento a superfície será limpa com escova;
A área será limpa após o lixamento, afim de evitar impregnação de material particulado nas tintas aplicadas posteriormente.
7.1.2 Cimento Amianto
Esta superfície é altamente alcalina, sendo indicada a aplicação de um fundo resistente à alcalinidade (fundo preparador de parede, base solvente ou base d’água) para selar a superfície. Este procedimento não é necessário se for utilizado látex acrílico, que tem excelente resistência à alcalinidade.
É importante remover totalmente o pó sobre a superfície, através de lavagem, enxaguamento e secagem;
7.1.3 Pisos
Só podem ser pintados os tipos porosos, pois pisos vitrificados e polidos (concreto liso, ladrilhos, etc.) não proporcionam boa aderência. O piso deverá estar limpo e seco, isento de impregnações (óleo, graxa, cera, etc.). Pisos de concreto liso (cimento queimado) devem ser submetidos a um tratamento prévio com solução de ácido muriático e água (1:1), que terá a finalidade de abrir porosidade na superfície. Após esse tratamento, o piso deve ser enxaguado, seco e então pintado. O tratamento com ácido muriático é ineficaz sobre pisos de ladrilhos vitrificados.
7.1.4 Superfícies vitrificadas ou esmaltadas
Para o preparo destas superfícies deve-se limpar completamente as superfícies removendo gorduras, óleos, mofos e fungos, inclusive nos rejuntamentos, não se esquecendo de enxaguar bem. Em muitos casos é necessário que o rejuntamento seja refeito.
7.1.5 Madeira
Deve ser limpa, aparelhada, seca e isenta de óleos, graxas, sujeiras ou outros contaminantes e também receber tratamento bactericida e fungicida (fundo preservativo). Madeiras resinosas ou áreas que contém nós devem ser seladas com verniz. Um procedimento aconselhável é selar a parte traseira e os cantos da madeira antes de instalá-la, para evitar a penetração de umidade por esse lado. Uma cuidadosa vedação de furos, frestas, junções é necessária para prevenir infiltrações de água de chuva.
Caso a madeira seja resinosa, é importante aplicar verniz sintético plástico como fundo.
7.1.6 Pisos em concreto ou cimentados (queimados ou não)
O preparo dos pisos para pintura será realizado da seguinte forma:
- O piso deverá estar limpo, seco, isento de impregnações, tais como: óleo, gordura, graxa e cera;
- As juntas devem estar firmes e as arestas perfeitas; caso contrário, deverão sofrer intervenção para correção, antes do serviço de pintura;
- Pisos lisos deverão sofrer um tratamento químico de abertura de poros, banho com ácido muriático e escovamento com vassoura de cerdas duras;
- Lavar e enxaguar muito bem com detergente neutro;
- Lavar e enxaguar com água potável;
- Secar;
- Aplicar fundo resistente a alcalinidade (selador acrílico) afim de economizar na primeira demão de acabamento,visto a porosidade do substrato.
7.1.7 Ferro e aço
Este tipo de material é muito vulnerável à corrosão. Devem ser removidos todos os contaminantes que possam interferir na aderência máxima do revestimento, inclusive a ferrugem através de lixamento manual com lixa de ferro. Os óleos e graxas devem ser removidos através da fricção com estopa embebida em solventes como por exemplo o thinner. O lixamento mecânico com lixadeira elétrica ou por processos químicos também é utilizado, atentando-se para a eliminação total do produto após a remoção da oxidação. O processo de preparo depende do tipo e concentração dos contaminantes e as exigências específicas de cada tipo de tinta. Alguns tipos de tinta têm uma boa aderência somente quando a superfície é preparada com jateamento abrasivo, que produz um perfil rugoso adequado para a perfeita ancoragem do revestimento.
7.1.8 Alumínio
É um metal facilmente atacado por ácidos ou álcalis, e sua preparação deve constar de uma limpeza com solventes para eliminar óleo, gordura, graxas, ou outros contaminantes. É importante aplicar inicialmente um primer (wash primer) de ancoragem para garantir uma perfeita aderência do sistema de pintura.
7.1.9 Ferro galvanizado
É um metal ferroso com uma camada de zinco, usado para dar proteção à corrosão por mecanismos físicos e químicos, portanto, não é o ferro que será pintado, mas sim o zinco, que é um metal alcalino. As superfícies galvanizadas devem ser limpas, secas e livres de contaminantes. Um primer específico para este tipo de superfície, também denominado primer de aderência, deve ser aplicado inicialmente.
A superfície galvanizada é aquela que recebeu um tratamento químico através da aplicação de uma camada de zinco eletrodepositada, necessitando de um fundo aderente (primer para galvanizados ou wash primer).
7.1.10 Superfícies emassadas
São, em sua maioria, muito absorventes e sujeitas à contaminação pela poeira residual, proveniente da operação de lixamento. (O qual procedimento deve ser feito com lixa d’água) Para garantir boa aderência do acabamento a ser aplicado, qualquer que seja o sistema adotado, massa PVA, acrílica ou esmalte ou a óleo, é fundamental, após o lixamento, a máxima remoção do pó residual produzido. Limpar completamente o recinto, a fim de evitar o pó, para que não haja impregnação da tinta; O uso da escova juba é importante para não danificar o fundo nivelador, os quais dependem do tipo de superfície a ser pintada. Em seguida, deve ser aplicado um selador tipo incolor, (selador PVA, selador acrílico) que penetrará e selará a massa. A própria tinta de acabamento poderá ser utilizada diretamente sobre a superfície emassada, desde que a 1ª demão, servindo de seladora, seja aplicada com maior diluição. Acabamentos à base de água devem ser diluídos, como regra, de 50 a 100% por volume. Acabamentos à óleo ou sintéticos devem ser diluídos na condição máxima recomendada, conforme o método de aplicação e solvente.
7.1.11 Superfícies mofadas
Devem ser cuidadosamente limpas, com a total destruição destas colônias. Para tanto, deve-se escovar a superfície, e, a seguir, lavá-la com uma solução de água potável e água sanitária (1:1), deixando agir por cerca de 30 minutos, após o que a superfície deve ser novamente lavada com água potável, aguardando no mínimo trinta minutos para a completa secagem antes de iniciar a pintura.
Caso o sistema de pintura adotado não seja bactericida (ex. acrílico), aplicar fundo acrílico (selador acrílico ou fundo preparador de parede)
7.1.12 Superfícies caiadas
Não oferecem boa base para pintura, tornando-se necessário uma raspagem completa.
Estas superfícies devem ser preparadas observando o seguinte procedimento:
- Escovar bem;
- Lavar e enxaguar bem;
- Aplicar fundo preparador de parede.
7.1.13 Superfícies já pintadas
Quando a superfície estiver em boas condições, será suficiente limpá-la bem, para a remoção do pó, após um lixamento, e a seguir aplicar as tintas de acabamento escolhidas. Quando em más condições, a tinta antiga deve ser completamente removida, por meio manual, mecânico, químico e/ou mesmo jateamento de partículas de sílica, e a seguir deve-se proceder como se a superfície fosse nova.
8 MANIFESTAÇÕES PATOLÓGICAS
As patologias mais frequentes na pintura variam desde um simples enrugamento na superfície, até casos mais aparentes como o descascamento. Abaixo segue uma lista que enquadra algumas patologias e suas causas comuns ligadas a pintura de uma construção civil.
	
	
	
	
	
	
	
	
9 CONCLUSÃO
A pintura, antes de ser um elemento estético que vai decorar o ambiente é um elemento que vai proteger o material da agressão dos agentes externos, tornando-o importante quanto qualquer outra etapa da construção Apesar dessa importância, em muitos casos, não acontece sua devida execução, manutenção e, em casos que já sofrem com problemas, sua solução. Acarretando numa degradação estrutural, onde os problemas serão cada vez maiores, gerando mais dificuldades e custos para a solução.
Tal degradação pode aparecer de várias formas, cabendo ao responsável ter a consciência que é prejudicial e que deve-se procurar soluções um quanto antes para não acarretar em problemas maiores e com mais riscos. Formas essas que, na pintura, são extremamente aparentes, e, na maioria dos casos de fácil solução . Vale lembrar que nenhuma tinta é para sempre e que a nova pintura deve ser providenciada antes que a pintura atual esteja deteriorada.
REFERÊNCIAS
SHREVE, R. N.; BRINK Jr., J. A. Indústrias de tintas e correlatos. Indústrias de processos químicos. 4. ed. Rio de Janeiro, 2008. p. 339-356.
RICHARDSON, J. F.; HARKER, J. H.; BACKHURST. J. R. Particle Size Reduction and Enlargement. Chemical Engineering - Particle technology and separation processes. 5. ed. Amsterdam, 2002. p. 95-107.
BREITBACH, Aécio M
Patologia de pinturas na construção civil.
 IBAPE-SC, Março 2014.
CALLISTER Jr., W. D. Características, aplicações e processamento de polímeros. Ciência e engenharia de materiais – uma introdução. 7. ed. Rio de Janeiro, 2008. p. 380-421.
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