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Teoria e História da 
Arquitetura e Urbanismo
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Prof. Dr. João Carlos Di Genio
Reitor
Prof. Fábio Romeu de Carvalho
Vice-Reitor de Planejamento, Administração e Finanças
Profa. Melânia Dalla Torre
Vice-Reitora de Unidades Universitárias
Prof. Dr. Yugo Okida
Vice-Reitor de Pós-Graduação e Pesquisa
Profa. Dra. Marília Ancona-Lopez
Vice-Reitora de Graduação
Unip Interativa – EaD
Profa. Elisabete Brihy 
Prof. Marcelo Souza
Prof. Dr. Luiz Felipe Scabar
Prof. Ivan Daliberto Frugoli
 Material Didático – EaD
 Comissão editorial: 
 Dra. Angélica L. Carlini (UNIP)
 Dra. Divane Alves da Silva (UNIP)
 Dr. Ivan Dias da Motta (CESUMAR)
 Dra. Kátia Mosorov Alonso (UFMT)
 Dra. Valéria de Carvalho (UNIP)
 Apoio:
 Profa. Cláudia Regina Baptista – EaD
 Profa. Betisa Malaman – Comissão de Qualificação e Avaliação de Cursos
 Projeto gráfico:
 Prof. Alexandre Ponzetto
 Revisão:
 Janandréa do Espírito Santo
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Sumário
Teoria e História da Arquitetura e Urbanismo
Unidade I
1 AS BASES CONCEITUAIS DE NOVAS ARQUITETURAS...........................................................................7
1.1 Arquitetura radical ..................................................................................................................................7
1.1.1 Arquitetura radical – grupo Archigram ............................................................................................7
1.1.2 Arquitetura radical – os metabolistas ...............................................................................................9
1.1.3 Arquitetura radical – Superstudio.................................................................................................... 10
1.2 Arquitetura High-Tech ....................................................................................................................... 11
1.2.1 Arquitetura High-Tech – Norman Foster .......................................................................................11
1.2.2 Arquitetura High-Tech – Renzo Piano ........................................................................................... 12
1.2.3 Arquitetura High-Tech – Richard Rogers ...................................................................................... 13
1.2.4 Arquitetura High-Tech – Jean Nouvel ............................................................................................ 13
1.3 Arquitetura pós-moderna ................................................................................................................. 14
1.3.1 Arquitetura pós-moderna – Robert Venturi ................................................................................ 15
1.3.2 Arquitetura pós-moderna – Charles Moore ................................................................................ 16
1.3.3 Arquitetura Pós-moderna – Paolo Portoghesi ............................................................................ 16
1.4 Arquitetura Desconstrutivista ......................................................................................................... 17
1.4.1 Arquitetura Desconstrutivista – Bernard Tschumi .................................................................... 17
1.4.2 Arquitetura Desconstrutivista – Zaha Hadid ............................................................................... 18
1.4.3 Arquitetura Desconstrutivista – Frank Gehry .............................................................................. 19
1.4.4 Arquitetura Desconstrutivista – Daniel Libeskind ..................................................................... 20
Unidade II
2 REGIONALISMO CRíTICO .............................................................................................................................. 21
2.1 Regionalismo crítico – Tadao Ando .............................................................................................. 21
2.1.1 Regionalismo crítico – Luís Barragán ............................................................................................. 22
2.1.2 Regionalismo crítico – Álvaro Siza .................................................................................................. 23
2.1.3 Regionalismo crítico – Vittorio Gregotti ....................................................................................... 24
2.2 Pluralismo moderno ............................................................................................................................ 24
2.2.1 Pluralismo moderno – Zaha Hadid .................................................................................................. 25
2.2.2 Pluralismo moderno – Santiago Calatrava .................................................................................. 25
2.2.3 Pluralismo moderno – Herzog & de Meuron .............................................................................. 26
2.2.4 Pluralismo moderno – Rem Koolhaas ............................................................................................ 27
2.3 Bioarquitetura ........................................................................................................................................ 28
2.3.1 Bioarquitetura – critérios projetuais ............................................................................................... 28
2.3.2 Bioarquitetura – definições projetuais ........................................................................................... 28
2.3.3 Bioarquitetura – limites ....................................................................................................................... 30
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2.4 Arquitetura nos países emergentes .............................................................................................. 30
2.4.1 Arquitetura – China ............................................................................................................................... 30
2.4.2 Arquitetura – Brasil ................................................................................................................................ 31
2.4.3 Arquitetura – Rússia .............................................................................................................................. 31
2.4.4 Arquitetura – índia ................................................................................................................................. 32
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Teoria e HisTória da arquiTeTura e urbanismo
Unidade I
1 As bAses conceiTUAis de novAs ArqUiTeTUrAs
Os anos 1960 foram um divisor de águas quanto à utilização dos conceitos da arquitetura moderna 
presentes na primeira metade do século 20. As principais críticas vieram de profissionais e arquitetos 
dos Estados Unidos e, em seguida, alinharam-se também arquitetos europeus. Essa reflexão e crítica aos 
conceitos modernos geraram, a partir dos Estados Unidos, textos escritos por Jane Jacobs com “Morte e 
vida das grandes cidades” (1961), o primeiro deles, Robert Venturi com “Complexidade e contradição na 
arquitetura” (1966) e, na Europa, por Aldo Rossi com “Arquitetura da cidade” (1966), Vittorio Gregotti 
com “Território da Arquitetura”(1966) e Hassan Fathy com “Construindo com o povo; arquitetura para 
os pobres” (1969), lançando um novo caminho para a arquitetura regional e vernacular.
1.1 Arquitetura radical
A arquitetura radical se manifesta durante as décadas de 1960 e 1970 em diversos países. A principal 
característica é a radicalidade, ou seja, suas propostas rediscutem todos os conceitos existentes, tanto 
na arquitetura, quanto no urbanismo; gerando formas, soluções e construções que beiram a fantasia, 
usando o máximo da tecnologia disponível.
As propostas são tão ousadas que nem sempre puderam ser transferidas do papel para a realidade, 
mas influenciaram muitos outros arquitetos. Muitas eram baseadas no uso de megaestruturas.
Os principais grupos dessa arquitetura são o Archigram (Inglaterra), os Metabolistas (Japão) e o 
Superstudio (Itália).
1.1.1 Arquitetura radical – grupo Archigram
O Archigram era formado por um grupo de arquitetos ingleses, entre eles Peter Cook, no início dos 
anos 1960. Suas propostas buscavam aplicar o máximo da tecnologia para gerar objetos e ambientes 
completamente diferentes do que era produzido na época, com um desenho futurista e ousado.
Em 1964, o grupo lança o projeto Walking City (figuras 1 e 2), ou Cidade Andante, que representa 
o auge do esforço criativo do grupo. Uma arquitetura sem fundações e sem raízes, constituída 
por imensos blocos metálicos com pernas tubulares que se deslocam pelo solo e pelas águas em 
constante movimento. Uma cidade sem lugar fixo, uma espécie de mistura de nave espacial com 
submarino atômico.
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Unidade I
Figura 1 - Walking City: um dos blocos com sua megaestrutura (1964). 
Disponível em: <http://www.archigram.net/projects_pics/walkingcity/walking_city_1.jpg>. Acesso em 15 jan. 2016.
Figura 2 - Walking City: a proposta inserida em Nova Iorque. 
Disponível em: <https://archkiosk.files.wordpress.com/2013/11/archigram-walking-city.jpg?w=800>. Acesso em 15 jan. 2016.
A Plug-in-City (figura 3) foi criada como suporte de todo um sistema sofisticado de serviços. Além 
das residências básicas, em alguns nós dessa cidade-rede eram posicionadas unidades arquitetônicas 
“inteligentes“ voltadas para todo tipo de serviços, com o objetivo de suprir todas as necessidades dos 
moradores. Nela podiam-se encontrar hotéis, restaurantes, supermercados, farmácias etc. No interior 
desses espaços encontrava-se todo tipo de instalações, equipadas com aparelhos eletrônicos de última 
geração, que tinham a função de apoiar as operações domésticas corriqueiras com um simples apertar 
de botão. É importante destacar que as propostas do grupo Archigram eram projetos especulativos de 
alta tecnologia.
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Teoria e HisTória da arquiTeTura e urbanismo
Figura 3 - A proposta da Plug-in-City (cidade conectada), feita em 1964.
Disponível em: https://relationalthought.files.wordpress.com/2012/05/peter-cook-archizoom-maimum-pressure-area-plug-in-city-
1962-64-section.jpg. Acesso em 10 jan. 2016.
1.1.2 Arquitetura radical – os metabolistas
Os Metabolistas eram um grupo de arquitetos que buscava aplicar a tecnologia da época para tentar 
resolver os problemas da alta densidade populacional nas cidades japonesas durante a década de 1960. 
A preocupação com o meio ambiente também era parte integrante dos seus projetos.
Entre os arquitetos que fizeram parte desse grupo estão Kisho Kurokawa (figura 5), Kenzo Tange, 
Arata Isozaki, Kiyonori Kikutake, Fumihiko Maki e Kunio Maekawa.
Sua arquitetura era baseada na fusão entre megaestruturas e formas biológicas (figura 4), com 
aplicação de alta tecnologia.
As suas propostas também eram experimentais e de difícil execução, mas, a partir da década de 
1980, esses arquitetos começam a executar vários projetos reais.
Figura 4 - Plano urbano para a Baía de Tóquio, proposta por Kenzo Tange (1960). 
Disponível em: <https://s-media-cache-ak0.pinimg.com/564x/7e/b9/d5/7eb9d51bfa93328993292538a3dde049.jpg>. Acesso em 15 
jan. 2016.
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Figura 5 - Hotel cápsula Nakagin (1970-1972), localizado em Tókio, projeto de Kisho Kurokawa. 
Disponível em: <http://grainedit.com/wp-content/uploads/2009/12/nakagin-capsule-1.jpg>. Acesso em 15 jan. 2016.
1.1.3 Arquitetura radical – Superstudio
Em 1966, os arquitetos Adolfo Natalini e Cristiano Toraldo di Francia criaram o escritório de 
arquitetura Superstudio, em Florença, na Itália.
Assim como os outros grupos de arquitetura radical, suas propostas beiravam a ficção e tinham 
muita influência das histórias em quadrinhos.
O trabalho que lhes deu notoriedade foi o Monumento Contínuo: um modelo de arquitetura para 
urbanização total, de 1969. A proposta conceitual é de uma megaestrutura que engloba a cidade atual 
e nela se resolvem as principais questões urbanas.
Figura 6 - Movimento Contínuo: um modelo arquitetônico para urbanização total (1969), proposta conceitual do Superstudio. 
Disponível em: <http://4.bp.blogspot.com/-3nkhd-7smpY/T9sSBte4VeI/AAAAAAAAABI/DXfwgmm7AvM/s1600/614b626a1fb16c4cf89
164ebad9df443-orig.jpg>. Acesso em 15 jan. 2016.
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Teoria e HisTória da arquiTeTura e urbanismo
1.2 Arquitetura High-Tech
A arquitetura High-Tech é baseada na aplicação de alta tecnologia na construção civil. Ela inicia 
na década de 1970 e é realizada até hoje, pois muitos de seus arquitetos ainda trabalham dentro dessa 
lógica arquitetônica. As características dessa arquitetura são a leveza, a flexibilidade e a transparência 
vinculadas à aplicação da tecnologia em arquitetura. Note-se que esse vínculo é essencialmente 
conceitual, pois outros arquitetos também utilizam a tecnologia em seus projetos, mas não dessa 
maneira.
Os principais arquitetos que seguem esse conceito são Norman Foster, Renzo Piano, Richard Rogers 
e Jean Nouvel. Eles atuam por meio de grandes escritórios com dezenas ou centenas de arquitetos e 
engenheiros.
A aplicação da alta tecnologia nos projetos dessa categoria não se limita à estrutura ou aos 
revestimentos. Ela transparece em todos os aspectos do projeto, incluindo instalações, como iluminação, 
elevadores e condicionamento térmico, consumo energético e economia de recursos naturais.
O termo High-Tech também significa que a arquitetura, em sua leitura formal e espacial, é materializada 
por essa tecnologia de ponta; ou seja, a própria arquitetura não é um mero invólucro, ela se materializa 
formalmente com a aplicação tecnológica de materiais, instalações e técnicas construtivas.
1.2.1 Arquitetura High-Tech – Norman Foster
Certamente, ele é o mais conhecido dos arquitetos da linha High-Tech, com projetos distribuídos por 
vários países. Foster, de origem inglesa, acredita que a tecnologia na arquitetura é endêmica, ou seja, é 
parte integrante da própria arquitetura e sem ela não pode ser feita.
Os projetos desenvolvidos por seu escritório envolvem dezenas e, às vezes, centenas de profissionais. 
O projeto arquitetônico inclui a elaboração de peças específicas com materiais nobres, elevando bastante 
o custo da construção.
Uma das características de suas obras é que a estrutura aparece com clareza como elemento definidor 
da volumetria arquitetônica, como se vê no edifício Gherkin.
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Unidade I
Figura 7 - Edifício Gherkin (30 St. Mary Axe), projeto de Norman Foster Associates (2001-2003).
Disponível em: <http://personaltravelshopper.blogs.elle.es/files/2013/03/flat550x550075f.jpg>. Acesso em 15 jan. 2016.
1.2.2 Arquitetura High-Tech – Renzo Piano
A primeira grande obra do arquiteto italiano Renzo Piano, o Centro Pompidou, foi feita em conjunto 
com Richard Rogers e Gianfranco Franchini. Esse projeto contém algumas das principais características 
da arquitetura High Tech que fariam parte da carreira de Piano: aplicação extensiva da tecnologia, uso 
das instalações e estrutura como elementos formais da arquitetura, espaços internos conectados com o 
exterior e a influência das propostas do Archigram inglês.
Ao longo do tempo, Renzo Piano modifica o seu repertório arquitetônico, mas mantém o uso de alta 
tecnologia em suas obras. Em seus projetos amplia a relação com o meio ambiente e busca soluções 
arquitetônicas mais específicas para o lugar.
Figura 8 - Centro Cultural Jean Marie Tjibaou (1993-1998), Nova Caledônia, Polinésia Francesa, projeto de Renzo Piano Building 
Workshop. 
Disponível em: <http://s3.amazonaws.com/magoo/ABAAAgrJ0AJ-10.jpg>. Acesso em 15 jan. 2016.
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Teoria e HisTória da arquiTeTura e urbanismo
1.2.3 Arquitetura High-Tech – Richard Rogers
O arquiteto ítalo-inglês Richard Rogers é um dos precursores da arquitetura High-Tech, como se 
vê na sua primeira grande obra, o Centro Pompidou, feito em conjunto com Renzo Piano e Gianfranco 
Franchini. Nesse centro cultural já estão todas as características da arquitetura que Rogers desenvolveria 
ao longo do tempo. Uma das principais é o desnudamento do edifício, colocando as instalações (canos 
de água, dutos de fiação elétrica e de ar condicionado) e elementos estruturais do lado externo da 
edificação.
Essas características aparecem em outras obras como a sede da seguradora inglesa Lloyd“s (1978-
1986), em Londres.
Rogers é autor de “Cidades para um pequeno planeta”, influente livro sobre urbanização 
contemporânea.
Figura 9 - Centro Pompidou, Paris, França, conhecido como Beaubourg. Projeto feito por Richard Rogers, Renzo Piano e Gianfranco 
Franchini, foi inaugurado em 1977.
Disponível em: <http://www.oguiadeparis.com.br/wp-content/uploads/2015/02/centro-georges-pompidou_museu-de-arte-moderna-
de-paris-1024x768.jpg>. Acesso em 15 jan. 2016.
1.2.4 Arquitetura High-Tech – Jean Nouvel
Jean Nouvel é um arquiteto francês e sua primeira obra de grande porte foi o Instituto do Mundo 
Árabe, em Paris. Nesse projeto, a volumetria relativamente simples (o conjunto é formado por dois 
blocos, um linear e um curvo) esconde a sofisticada trama mecânica de controle da luminosidade das 
fachadas, que lembra a forma dos arabescos característicos da arquitetura islâmica.
Um dos seus mais ousados projetos é a Torre Agbar (figuras 10 e 11), em Barcelona, na Espanha. A 
torre usa um sistema construtivo baseado em uma casca externa de concreto e um núcleo rígido. Entre 
esses dois elementos situam-se os pavimentos, que acompanham a forma externa da edificação.
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Unidade I
Figura 10 - Torre Agbar, Barcelona, Espanha, projeto de Jean Nouvel e b720 Arquitectos (2000-2003). 
Disponível em: <https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/6/68/Torre_Agbar_(Barcelona)_01.JPG>. Acesso em 15 jan. 2016.
Figura 11 - Corte da Torre Agbar. Note a disposição excêntrica da circulação vertical dentro do edifício.
Disponível em: <http://1.bp.blogspot.com/-xHEARsbYP18/Tn7x2Ti2lUI/AAAAAAAAAVk/BZgtXz5ZuOc/s1600/section+agbar.jpg>. 
Acesso em 15 jan. 2016.
1.3 Arquitetura pós-moderna
A arquitetura pós-moderna inicia na década de 1960 e se estende até os anos 1980, como uma 
resposta de jovens arquitetos às posturas funcionalistas, universais e formais da arquitetura moderna 
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Teoria e HisTória da arquiTeTura e urbanismo
(1920-1940) e do Estilo Internacional (1950-1960). É caracterizada, de um lado, pela busca de uma nova 
arquitetura, menos dogmática e universal e, por outro lado, pelo uso constante de referências formais 
do passado histórico, sem se preocupar em legitimar essas escolhas por razões lógicas.
Essa postura crítica dos arquitetos pós-modernos era acompanhada, em certos momentos, de uma 
atitude irônica e caricatural, usando elementos antigos de maneira ousada e livre.
É possível dividir a arquitetura pós-moderna em duas vertentes principais. Uma de caráter historicista, 
muito presente nos EUA, e da qual participam Robert Venturi e Charles Moore, entre muitos outros. A 
outra, de caráter mais tipológico, buscava usar as formas arquitetônicas do passado e de outras culturas, 
porém buscando uma coerência com os contextos projetuais e urbanos. Essa vertente é mais comum na 
Europa, com arquitetos como James Stirling, Aldo Rossi, Ricardo Bofill e Paolo Portoghesi.
A influência do pós-moderno chega ao Brasil, mas de maneira mais superficial. O pós-modernismo 
aparece com mais intensidade nas obras de Sylvio Podestá, Éolo Maia e Jô Vasconcellos nas décadas de 
1970 e 1980.
1.3.1 Arquitetura pós-moderna – Robert Venturi
Venturi é um arquiteto norte-americano, principal fundador do escritório Venturi, Scott Brown 
Associates e um dos mais influentes teóricos da arquitetura pós-moderna. Tão importantes quanto seus 
projetos são os livros que publicou e que foram divulgados mundialmente: “Complexidade e Contradição 
na Arquitetura” e “Aprendendo com Las Vegas”. Mais do que criticar a arquitetura moderna (1920-1940) 
e o Estilo Internacional (1950-1960), Venturi propõe uma nova abordagem formal e espacial, evitando 
o racionalismo e buscando soluções na arquitetura popular e na historiografia.
Seus projetos são pautados pelo uso de formas arquitetônicas do passado de maneira livre, evitando 
soluções universais.
Figura 12 - Residência de Vanna Venturi, projetada por seu filho Robert Venturi e construída entre 1962-1964 na Pensilvânia, EUA. 
Disponível em: <http://cdn.cstatic.net/images/gridfs/55a8188ef92ea12a4100e66d/ld2e05445-m1r.jpg>. Acesso em 15 jan. 2016.
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Unidade I
1.3.2 Arquitetura pós-moderna – Charles Moore
Dos arquitetos pós-modernos, Charles Moore é considerado um dos mais irônicos e sarcásticos. Ele 
acreditava que os edifícios podiam e deviam falar, estabelecendo ligações com o passado e contando 
histórias. No projeto da Piazza (praça) d’Italia, o arquiteto transportou cenários das cidades italianas 
e da história da arquitetura para Nova Orleans, nos EUA. O que se vê da praça não é funcional ou 
estruturalmente verdadeiro. Tudo é revestido e a própria praça não tem a função de local de reunião 
social. Ela é, de fato, um cenário com um discurso irônico e contraditório sobre a arquitetura.
Além de atuar como autor de projetos, foi professor e escreveu vários livros. Sua forma de projetar 
é tão exagerada que é considerada kitsch por seus críticos.
Figura 13 - Piazza d’Italia, Nova Orleans, EUA (1978). Projeto de Charles Moore e Perez Architects. 
Disponível em: <http://www.gonola.com/images/piazza.jpg>. Acesso em 15 jan. 2016.
1.3.3 Arquitetura Pós-moderna – Paolo Portoghesi
Paolo Portoghesi é um arquitetoitaliano cuja carreira começa como estudioso da arquitetura clássica 
e barroca. A partir da década de 1960 abre um escritório de arquitetura e, com a ampliação dos seus 
estudos sobre arquitetura moderna, começa a buscar formas mais orgânicas, influenciado pelo seu 
colega, o historiador italiano Bruno Zevi.
Uma das características de seus trabalhos é o uso coerente e cuidadoso de elementos históricos. Essa 
preocupação aparece claramente em suas obras, como a Mesquita de Roma. Nela, o uso dos sofisticados 
desenhos geométricos da arquitetura árabe aparece na estrutura, assim como outros elementos típicos 
de uma mesquita, mas aplicados dentro de uma tecnologia construtiva atual.
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Teoria e HisTória da arquiTeTura e urbanismo
Figura 14 - Mesquita de Roma (1974), Itália, projeto de Paolo Portoghesi, Vittorio Gigliotti e Sami Mousawi. 
Disponível em: <http://www.mimoa.eu/images/1395_l.jpg>. Acesso em 15 jan. 2016.
1.4 Arquitetura desconstrutivista
O Descontrutivismo surge na arquitetura na segunda metade dos anos 1980, tendo como base 
aspectos filosóficos. Essa origem conceitual se traduz em uma forma de operar que “desconstrói“ os 
conceitos de fechamento e de tipologias. Essa arquitetura, partindo de dentro do conceito do projeto 
para fora, abre a construção e os espaços, evitando soluções tipológicas convencionais.
No início, a maioria dos arquitetos que seguiam essa linha projetual desconstruíam sistemas 
cartesianos simples, como se vê nas folies do Parc La Villette, projeto de Bernard Tschumi, ou nas 
primeiras propostas conceituais de Peter Eisenmann.
Mais tarde, a partir dos anos 1990, a profundidade das desconstruções vai além de sistemas 
compostos por uma geometria comum distorcida e se amplia em direção a formas abertas e livres, 
cujo único vínculo é o espaço que a construção precisa criar para se tornar um edifício. Nessa forma 
de trabalhar se encaixam as primeiras obras da arquiteta Zaha Hadid e Frank Gehry. Suas obras são 
formalmente e espacialmente ousadas.
Nessa arquitetura não há uma relação direta entre os espaços internos e os externos, e a estrutura 
do edifício não é, necessariamente, um elemento definidor do volume.
1.4.1 Arquitetura Desconstrutivista – Bernard Tschumi
Bernard Tschumi é um arquiteto suíço, que inicia sua carreira como intelectual, pesquisador e professor, 
logo depois de se formar. Nas suas pesquisas começa a desenvolver novos conceitos arquitetônicos e 
urbanos, que teriam de esperar uma oportunidade para serem aplicados na prática.
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Unidade I
Essa oportunidade surge com o concurso para o Parque La Villette, em Paris. É o seu primeiro 
grande projeto executado, em que ele pôde propor os conceitos arquitetônicos e urbanos que estava 
desenvolvendo. A proposta é uma nova estratégia de organização urbana, um novo tipo de parque, 
baseado mais em um conceito de cultura do que no conceito de natureza. A partir dele inicia o seu 
escritório de arquitetura, Bernard Tschumi Architects.
Figura 15 - Parque La Villette (1982-1998), Paris, França. A percepção do seu espaço é, em grande parte, definida pelas folies de cor 
vermelha. 
Disponível em: <http://images.lesechos.sdv.fr/archives/2012/LesEchos/21096/ECH21096037_1.jpg>. Acesso em 15 jan. 2016.
Figura 16 - Vista de uma das folies. 
Disponível em: <http://www.lemoniteur.fr/media/IMAGE/2010/02/25/IMAGE_2010_02_25_1069812.jpg>. Acesso em 20 jan. 2016.
1.4.2 Arquitetura Desconstrutivista – Zaha Hadid
A estação de combate a incêndio do Museu Vitra, na Alemanha, em 1993, foi a primeira obra 
construída de Zaha Hadid, e a projetou internacionalmente. Nesse projeto já estão presentes as 
características formais e de organização espacial dos seus futuros projetos: decomposição das formas 
em elementos autônomos, ausência de simetria e de ortogonalidade, organização interna fluida e uso 
de formas abertas.
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Teoria e HisTória da arquiTeTura e urbanismo
Além de ter ganhado vários prêmios, ela foi a primeira mulher a ganhar o Prêmio Pritzker de 
Arquitetura, em 2004.
As suas obras mais recentes possuem volumes menos desconstruídos e mais flexíveis e curvos.
Figura 17 - Estação de Bombeiros e de combate a incêndio (1993), Museu Vitra, Weil am Rheim, Alemanha. 
Disponível em: <https://archeetah.files.wordpress.com/2012/11/zahahadidfirestationmain.jpg>. Acesso em 15 jan. 2016.
1.4.3 Arquitetura Desconstrutivista – Frank Gehry
Frank Gehry, arquiteto naturalizado norte-americano, começa a carreira com projetos relativamente 
comuns. Em uma mudança radical em sua vida, começa a propor uma arquitetura deslocada e 
formalmente desmontada, com uma lógica construtiva ousada.
O Museu Guggenheim, situado em Bilbao, na Espanha, é um dos mais importantes projetos do 
escritório desse arquiteto. Essa obra foi parte de um esforço para revitalizar aquela cidade e hoje recebe 
visitantes de todo o mundo. De acordo com Leonardo Benevolo, esse museu é um artefato insólito, em 
que a aparência externa é mais importante do que os espaços internos.
Figura 18 - Museu Guggenheim (1992-1997), Bilbao, Espanha. Projeto de Frank Gehry para a Fundação Solomon R. Guggenheim. 
Disponível em: <https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/d/de/Guggenheim-bilbao-jan05.jpg>. Acesso em 15 jan. 2016.
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Unidade I
1.4.4 Arquitetura Desconstrutivista – Daniel Libeskind
Daniel Libeskind é um arquiteto norte-americano de origem polonesa e seu primeiro grande 
projeto internacional foi a ampliação do Museu Judaico. Apesar de a sua arquitetura ser considerada 
desconstrutivista, seus projetos não são definidos pela justaposição de elementos formais discrepantes 
ou desconexos. Sua arquitetura é principalmente formada por volumes fechados, com ângulos variados. 
Essa solução formal permite uma inserção no terreno mais livre, principalmente quando se trata de criar 
ampliações de edifícios existentes.
Atualmente, tornou-se conhecido por ser o arquiteto principal da construção do novo World Trade 
Center, cujas torres foram destruídas nos ataques a Nova Iorque, em 2001.
Figura 19 - Anexo e ampliação do Museu Judaico (aberto em 2001), Berlim, Alemanha. Projeto do Studio Daniel Libeskind. 
Disponível em: <https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/d/dd/JewishMuseumBerlin.jpg>. Acesso em 15 jan. 2015.

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