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Síndrome do Anticorpo Antifosfolípide

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Centro Universitário do Vale do Ipojuca
Portaria Nº 86 do Ministério da Educação (MEC)
Dárya Willyanne de Moura Cezário da SILVA
Fátima Micaely da SILVA
Gabriel Ribeiro da SILVA
Hingridy Medeiros de Asevêdo LÚCIO
Isabela Pereira da SILVA
Islâne Ayane FERREIRA
SINDROME DO ANTICORPO ANTIFOSFOLÍPIDE
Trabalho apresentado a Prof. Lidiane Silva como requisito parcial para aprovação na disciplina de Imunologia do Centro Universitário do Vale do Ipojuca.
Caruaru, 2018
1. INTRODUÇÃO
A síndrome do Anticorpo Antifosfolípide ou simplesmente SAF, é designada por manifestações de tromboses arterial e/ou venosa, trombocitopenia, anemia hemolítica, alterações cardíacas, neurológicas e cutâneas. A expressão síndrome explica o fato de grande diversidade de quadros clínicos de trombose, principalmente as tromboses trombocitopenia e a de perda fetal. 
A SAF primária que também pode ser chamada de idiopática acontece quando os anticorpos dos fosfolipídios aparecem sem associação a uma patologia. A SAF segundaria, ocorre com associação a uma doença que já existe. É comum que a SAF secundária seja relacionada com Lúpus Eritematoso Sistêmico que representa 50% dos caos, além dessa patologia, a SAF também pode ser secundária de neoplasia, doenças infecciosas ou uso de drogas como a cocaína. 
Os anticorpos Antifosfolípides podem ser apontados por meio de testes imunoenzimaticos (ELISA) ou coagulação. Podemos denomina-los das seguintes formas, se for detectado por ELISA podem ser chamados de Anticorpos Cardiolipina. Se for detectado por coagulação é chamado de Inibidor Lúpico. 
 
2. ANTICORPO ANTIFOSFOLÍPIDE 
Pacientes com sífilis comumente tem o anticorpo antifosfolípide ele não leva a complicações no quadro clinico do paciente, mas se for associado a Lúpus Eritematoso Sistêmico (LES) torna-se um caso de atenção.
IgG1, IgG2 e IgG3 são as imoglobulinas que são implicadas na SAF com correlação a LES, aparecendo IgG4 ocasionalmente quando há suspeita da LES já ser do tipo crônica. As imoglobulinas associadas à Lués são as IgG1 e IgG3.
Constatou-se que alguns pacientes portadores de LES e Lúpus anticoagulante desenvolvia um quadro clinico de trombose ao invés de sangramento. Alguns pacientes inclusos nesse quadro apresentavam um resultado falso, resultado este que era negativo dava positivo para Lués. 
Encontrasse dois tipos de Anticorpos Antifosfolipídes, o Anticorpo Anticardioplina e o Inibidor Lúpico. O primeiro pode ser uma imunoglobulina G ou uma imunoglobulina M dependendo com que ela for relacionada, se for relacionada com trombose venosa recorrentes ou se for relacionada com abortos de repetição e a trombose arteriais recorrentes. 
Outra característica da SAF primaria e segundaria é a presença da ACA e LES, respectivamente. Existe também certa equivalência entre Anticorpo Antifosfolípide e Anticorpo Anti-DNA, pois a parte polar do fosfato do fosfolipídio é semelhante a parte fosfodiéster do DNA. 
3. AÇÃO E ASPECTOS DOS ANTICORPOS ANTIFOSFOLÍPIDES NA SAF
INIBIDOR 
LÚPICO 
40%
LÚPUS ERITEMATOSO SISTÊMICO
40%
Prevalência 
Anticorpo Antifosfolípide
30 A 40%
DOS PACIENTES QUE POSSUEM O ANTICORPO
Manifestação da SAF 
10 A 15% SÃO PACIENTE LÚPICOS
PERDAS FETAIS RECORRENTES SÃO ATRIBUÍDAS À SAF, EM CERCA DE 5 A 15%
PREVALÊNCIA DA SAF PRIMÁRIA VARIA DE 7 A 30% PACIENTE COM TROMBOSE
	
3.1. TROMBOSE
Os locais mais comuns são as veias superficiais e profundas nos membros inferiores, veias ilíacas, renais, hepáticas, retinianas, intracranianas e membros superiores para a trombose venosa, associado à SAF. Já na trombose arterial, a forma mais conhecida é o Acidente Vascular Cerebral (AVC), podendo ocorrer também em outros locais como nas artérias coronarianas, retinianas, carótidas, subclávias, etc.
A trombose pode acontecer decorrente de uma patologia já existente, perda gestacional podem ser um exemplo, disfunção renal (trombose de vãos intra-renias), úlceras cutâneas e hipertensão pulmonar. 
A prevenção contra trombose é feita com anticoagulantes, porém esse tratamento é de alto risco e devem-se levar em consideração alguns fatores, como a idade do paciente, nível de anticorpo. Existe diferentes tipos de anticoagulantes dependendo do local onde aconteceu a trombose. (Tabela 1.).
	Local da trombose
	Tipo de anticoagulante
	Sistema nervoso dos membros inferiores com ou sem embulismo pulmonar
	heparina subcutânea
	Artérias retinianas ou artérias cerebrovascular
	usa anticoagulantes da vitamina K.
	Doença de base, LES ou outra colagenose
	imunossupressores ou corticosteróides
 (Tabela 1. Tipos de trombose e anticoagulantes usados)
	A presença de Anticorpo Antifosfolípide nos componentes da trombose pode levar a diminuição de proteínas C/S, Antitrombina III, prostaciclinas. A 2-GPI é uma glicoproteína ligante de lipídeos de grande importância presente na ligação entre anticorpo antifosfolípide e fosfolípides aniônicos.	
3.1. ABORTAMENTOS DE REPETIÇÃO
	Possibilidade de um paciente portador de LES ter aborto espontâneo é muito grande e mulher com Anticorpo Antifosfolipide é de 50%. Esse anticorpo pode ser o causador de algumas complicações durante e depois do nascimento da criança, como, pré-eclâmpsia, retardo do crescimento intrauterino, parto prematuro e trombose materno no pós-parto. 
10% das mulheres que apresenta ACA positivo já teve no mínimo dois abortamentos repentinos. O tratamento profilático é ofertado a essas mulheres e são divididos em três fases dependendo do tempo de gestação: 1ª fase acontece entre 0 e 12 semana, a 2ª fase, 13ª a 32ª semana e a fase final, a 3ª fase, na 33ª semana. 
4. DIAGNÓSTICO 
	A prensa da SAF é diagnosticada por meio de exames laboratoriais como a ELISA que determina a capacidade de reagir com fosfolípide ou proteína ligada a fosfolípide. Os resultados podem ser: fracamente positivo, moderadamente positivo, fortemente positivo. Pode ser diagnosticado por distúrbios trombolíticos, infecções e outras patologias. 
	
5. TRATAMENTO
	Quando o paciente não histórico de trombose porém apresenta os anticorpos antifosfolípides não tem nenhuma indicação de tratamento preventivo. O uso de aspirina no tratamento profilático é de grande valia na prevenção de trombose em mulheres com histórico de aborto de repetição, porém nos homens não surte nenhum efeito contra a trombose venosa que apresentam SAF. 
Para paciente com LES ou SAF secundária é comprovado que o uso de hidroxicloroquina tem efeito protetor contra trombose. Pacientes que se submetem a cirurgias requer o uso de heparinização. Nas gestante é indicado o uso de prednisona que diminui a ocorrência de abortos, porém, há uma grande chance de nascimentos pré-maturos. 
6. CONCLUSÃO
	Vimos que a Síndrome do Anticorpo Antifosfolípides é caracterizada por trombose e perdas fetais, e que podem se manifestar de formas diferentes e tem tratamento especifico para cada caso. 
	
	
	
	
	
	 
5. REFERÊNCIAS
PAULO LOUZADA JR., SELVIO MACHADO SIMON, JÚLIO C. VOLTARELLI & EDUARDO A. DONADI. Síndrome do anticorpo antifosfolípide. Disponível: http://www.periodicos.usp.br/rmrp/article/view/7677. Acessado em: 19 de Maio de 2018
SANTAMARIA, J. R.; BADZIAKA, D.; BARROS, M. F.; MANDELLI, F. L.; CAVALIN, L. C.; SATO, M. S. Sindrome do antifosfolípide. Disponível: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S036505962005000300002&lng=pt&tlng=pt. Acessado em: 26 de Maio de 2018.

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