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Det simultanea de Mn e Cr 2018

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JULIANA DIOSTI DEBIASI
MARIA VITÓRIA FERREIRA DA SILVA
	PEDRO EDUARDO HORACIO CLETO	
RAFAELLA CARDOSO GRAVENA
RENATA MUZI RAMOS
THALITA ESTEVAM DO AMARAL
DETERMINAÇÃO SIMULTÂNEA DE Mn E Cr.
LONDRINA
2018
INTRODUÇÃO
A mistura que foi utilizada nesta prática continha: Manganês e Cromo. O elemento químico Cromo é um metal de transição branco, cristalino com baixa maleabilidade e ductibilidade. É encontrado na natureza na forma de cromita (FeCr2O4), um óxido duplo de ferro e cromo de coloração amarelo ocre, de onde o cromo é extraído industrialmente por processos térmicos ou eletrolíticos. Os sais desse elemento formam soluções extremamente coloridas, os íons Cr+2, Cr+3 apresentam coloração verde e violeta, de acordo como meio reacional. Enquanto o dicromato é laranja e cromato é amarelo por apresentarem Nox +6. O cromo é um metal que tem uma forte tendência a sofrer oxi-redução podendo formar inúmeros compostos ora comportando-se como ácido ora como base. O cromo é um metal pesado que tem efeito acumulativo, e causa diversos males à saúde do ser humano e de animais quando sua presença no meio ambiente ultrapassa os limites predeterminados. (MAHAN; 2003)
Já o manganês, é o nome dado a um metal branco cinzento distribuído em diversos ambientes geológicos, encontrando-se na forma de óxidos, hidróxidos, silicatos e carbonatos. É um elemento dotado de qualidades importantes à utilização na indústria siderúrgica, devido à sua composição físico-químicas, atuando como agente dessulfurante (diminuidor da quantidade de enxofre) e desoxidante (propício à corrosão e ferrugem, por possuir maior afinidade com o oxigênio do que com o ferro). O elemento possui similaridades com o ferro, sendo duro e bastante frágil, refratário e de fácil oxidação. (COSTA, FIGUEIREDO; 2001)
A espectrofotometria pode ser definida como uma medida de absorção ou transmissão de luz, sendo uma das principais técnicas analíticas para identificar componentes desconhecidos de uma solução através de seus espectros. É aplicada tanto para compostos orgânicos como inorgânicos. Tem como fundamento a interação da radiação eletromagnética com a matéria constituinte da amostra. (SILVERSTEIN, BASSLER, MORRILL; 1994)
O espectrofotômetro é destinado à utilização da radiação na zona da luz, ou seja, entre o infravermelho e o ultravioleta, que permite analisar o comprimento da onda da radiação adequado à análise de um determinado componente, medir a intensidade do feixe emergente, convertendo o sinal recebido em medida de absorbância para o comprimento de onda da análise e determinar a concentração de uma espécie em solução a partir do gráfico da variação de absorbância (ou transmitância) em função da concentração de várias soluções-padrão. Além disso, por meio da espectrofotometria é possível também quantificar a substância, uma vez que a quantidade de luz absorvida por ela está diretamente relacionada à sua concentração. (VINADÉ, 2005)
Porém, para realizar a quantificação espectrofotométrica de uma substância em solução é preciso antes construir a chamada curva padrão, que permite descobrir a constante de proporcionalidade de absorção do método colorimétrico. Assim, para construir tal curva, prepara-se uma série de soluções padrões com um composto de concentração conhecida. Utilizamos o método colorimétrico elegido e realizamos a medição das absorbâncias em um dado comprimento de onda. A curva padrão permitirá estabelecer a relação entre absorbância e concentração por meio de uma equação de primeiro grau, que, no futuro, permitirá relacionar as absorbâncias obtidas para a solução de interesse com a concentração da substância a qual se quer determinar. (VINADÉ, 2005)
 
OBJETIVO
Nesta prática deve-se obter as concentrações de Mn e Cr em mistura, a partir do preparo de soluções padrão de K2Cr2O7 e KMnO4 e o branco de H2SO4, as quais devem ser lidas em 440nm e 525nm. 
METODOLOGIA
3.1 VIDRARIAS E EQUIPAMENTOS
10 Tubos de ensaio
3 Beckers de 150 ml-FMG
3 pipetas de 10 ml- VIDROLARBOR
1 Espectrofotômetro GENESYS 2 – Thermo Spectronic
3.2 PREPARO DE SOLUÇÕES
Solução padrão de K2Cr2O7 (0,001 mol/L): Foi dissolvido 0,3g de K2Cr2O7 em cerca de 500 ml de água. Adicionou-se 14 ml de H2SO4 concentrado e diluir a 1 litro.
Solução padrão de KMnO4 (0,0003 mol/L): Foi dissolvido 0,050g de KMnO4 em cerca de 500 ml de água. Adicionou-se 14 ml de H2SO4 concentrado e diluir a 1 litro.
Solução de H2SO4 (~0,25 mol/L): a 250 ml de água foi adicionado lentamente 7 ml de H2SO4 concentrado. Diluiu-se a solução fria com água para 500 ml.
3.3 MISTURAS
Foi feito uma mistura com 2,0 mL de KMnO4 0,0003 mol/L + 8,0 de K2Cr2O7 0,001 mol/L. Realizou-se a leitura em 440 e 525 nm.
Foi feito uma mistura com 7,0 mL de KMnO4 0,0003 mol/L + 3,0 mL de K2Cr2O7 0,001 mol/L. Realizou-se a leitura em 440 e 525 nm.
3.3 PROCEDIMENTO
 O K2Cr2O7 tem um máximo de absorção a 440 nm e por isso foi medido a absorbância a 440 e 525 nm. Já o KMnO4 tem o máximo a 525 nm e por isso mediu-se a absorbância a 440 e 525 nm. Para melhores resultados, ambos foram medidos em 2 ou 3 concentrações diferente diluindo o padrão de acordo com a tabela 1: 
Tabela 1. Diluições dos padrões de K2Cr2O7 e de KMnO4.
	Soluções Padrões
	Diluições
	K2Cr2O7
	2ml P + 8 ml B
	K2Cr2O7
	5ml P + 5 ml B
	K2Cr2O7
	8 ml P + 2 ml B
	K2Cr2O7
	Sem diluir
	KMnO4
	2ml P + 8 ml B
	KMnO4
	5ml P + 5 ml B
	KMnO4
	8 ml P + 2 ml B
	KMnO4
	Sem diluir
Fonte: Próprio autor.
RESULTADOS E DISCUSSÕES
A partir das leituras das diluições e das amostras realizadas no espectrofotômetro, obtivemos os seguintes valores de absorbância (Tabela 2):
Tabela 2 - Valores de absorbância obtidos pela leitura espectrofotométrica das diluições e amostras nos comprimentos de onda de 440nm e 525 nm.
	Analito
	Diluição
	[Analito] (mol/L)
	A (440nm)
	A (525nm)
	K2Cr2O7
	2mL P + 8mL B
	2,04x10-4
	0,086
	0,014
	
	5mL P + 5mL B
	5,1x10-4
	0,215
	0,028
	
	8mL P + 2mL B
	8,16x10-4
	0,340
	0,043
	
	Sem Diluir
	1,02x10-3
	0,425
	0,053
	KMnO4
	2mL P + 8mL B
	6,4x10-3
	-0,012
	0,131
	
	5mL P + 5mL B
	1,6x10-4
	0,009
	0,361
	
	8mL P + 2mL B
	2,56x10-4
	0,004
	0,590
	
	Sem Diluir
	3,2x10-4
	0,027
	0,752
	Mistura 1
	2mL KMnO4 + 8mL K2Cr2O7
	- 
	0,403
	0,215
	Mistura 2
	7mL K MnO4 + 3mL K2Cr2O7
	-
	0,202
	0,599
Fonte: Próprio autor.
Com esses valores de concentração e absorbância foi possível montar gráficos de curva de calibração, aonde obtivemos a equação da reta de cada espécie nos comprimentos de onda de 440nm e 525 nm. (Figura 1, figura 2, figura 3 e figura 4).
Figura 1. Gráfico de Absorbância (440nm) x [K2Cr2O7]
Fonte: Próprio autor.
Figura 2. Gráfico de Absorbância (525nm) x [K2Cr2O7]
Fonte: Próprio autor.
Figura 3. Gráfico de Absorbância (440nm) x [KMnO4]
Fonte: Próprio autor.
Figura 4. Gráfico de Absorbância (525nm) x [KMnO4]
Fonte: Próprio autor.
	Através das equações das retas, onde , com os valores de “b” que equivale a sua inclinação e o comprimento da cubeta (também denominado de “b”), obteve-se a absortividade molar de ambas as espécies nos dois comprimentos de onda analisados, através então, da fórmula .
Ex: Absortividade molar (ε) de K2Cr2O7 a 440nm.
	Assim tem-se:
Absortividade molar (ε) de K2Cr2O7 a 440nm = 414,7
Absortividade molar (ε) de K2Cr2O7 a 525nm = 47,886
Absortividade molar (ε) de KMnO4 a 440nm = 148,28
Absortividade molar (ε) de KMnO4 a 525nm = 2418,8
	Com a absortividade molar conseguimos obter a concentração da mistura 1 e 2 inicialmente desconhecidas, através do método de determinantes, onde:
	
	K2Cr2O7
	KMnO4
	440nm
	ε 440nm 
	ε 440nm
	525nm
	ε 525nm
	ε 525nm
	Sendo assim, com os valores:
	
	K2Cr2O7
	KMnO4
	440nm
	414,7
	148,28
	525nm47,886
	2418,8
Det A = 995975,82
	Este determinante será usado nas etapas seguintes para descobrir as concentrações dos analítos nas misturas.
Mistura 1 – Onde a Absorbância (440nm) = 0,403 e em 525nm = 0,215
	
	K2Cr2O7
	KMnO4
	440nm
	0,403
	148,28
	525nm
	0,215
	2418,8
Det A1 = 942,896
Para achar a concentração de [K2CR2O7] é utilizada a formula: 
[K2Cr2O7] = 
Para o Det A2, realiza-se o mesmo procedimento:
	
	K2Cr2O7
	KMnO4
	440nm
	414,7
	0,403
	525nm
	47,886
	0,215
Det A2 = 69,8625
[KMnO4] = 7,014 x 10-5
Mistura 2 – Absorbância 440nm = 0,202 e 525nm = 0,599
	
	K2Cr2O7
	KMnO4
	440nm
	0,202
	148,28
	525nm
	0,599
	2418,8
Det A3 = 399,7779
[K2Cr2O7] = 4,013 x 10-4
	
	K2Cr2O7
	KMnO4
	440nm
	414,7
	0,202
	525nm
	47,886
	0,599
Det A4 = 238,7324
[KMnO4] = 2,396 x 10-4
CONCLUSÃO
O método de determinação de crômio e manganês proposto se baseou em curvas espectrofotométricas para a determinação da concentração dos mesmos em uma determinada amostra. 
Feitos os cálculos constata-se que a concentração de Cr na primeira mistura é de 9,4670 x 10-4 e a de Mn é de 7,014 x 10-5, já na segunda mistura a concentração de Cr é de 4,013 x 10-4 e a de Mn é de 2,396 x 10-4.
REFERÊNCIAS 
- MAHAN, B. M. Química: um curso universitário, 2003. 4a ed. São Paulo: Edgard Blücher.
- COSTA, Maria do Rosário M.; FIGUEIREDO, Rômulo Castro. 2001. Página do DNPM, Departamento Nacional de Produção Mineral, Manganês. Disponível em: http://www.dnpm.gov.br/assets/galeriadocumento/balancomineral2001/manganes.pdf. Acesso em: 11 de Junho de 2018.
- SILVERSTEIN, R. M., BASSLER, G. C., MORRILL, T. C., Identificação espectrométrica de compostos orgânicos 5ª ed., LTC: Rio de Janeiro, 1994.
- VINADÉ, Maria Elisabeth do Canto; 2005, Métodos espectroscópicos de análise quantitativa, 1ª Ed. editora UFSM.

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