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19/09/2012 1 Acidente Vascular Cerebral / Encefálico Profa. Aline Braga ESTÁCIO / FATERN DISCIPLINA: NEUROLOGIA ADULTO E INFANTIL Natal – RN 2012 Definição Dano neurológico agudo de origem vascular, com início súbito e duração maior que 24 horas, tendo como resultado sinais e sintomas correspondentes ao comprometimento de áreas focais (ou globais) do cérebro World Health Organization, 2006 Epidemiologia Brasil (incidência) 108:100.000/ano (1º AVE) Minelli et al, Stroke (2007) Uma das principais causas de morte e incapacidade no mundo (1ª causa morte no Brasil) WHO (2006); Ministério da Saúde BR(2007); Arya et al, J Bodywork & Movement Therapies (2011) HMWG Prevalência idosos (64 anos); 74,7% AVE-I Martins et al, 2007 Tipos de AVC (Causas) Isquêmico Hemorrágico AVC Isquêmico - Trombo Privação de glicose e oxigênio Morte Celular Oclusão da artéria Isquemia Trombo Agregação plaquetária nas placas Aterosclerose Formação de placas (lipídeos, carboidratos, fibrina, cálcio) AVC Isquêmico - Trombo 19/09/2012 2 AVC Isquêmico - Êmbolo Privação de glicose e oxigênio Morte Celular Oclusão da artéria de pequeno calibre Isquemia Êmbolos Fragmentos de trombos formados em outros locais (cardíacos) AVC Isquêmico - Êmbolo AIT Ataque Isquêmico Transitório (AIT) Formação de microêmbolos ou queda brusca da PA Isquemia revertida espontaneamente, antes de ocorrer infarto cerebral Os sintomas desaparecem em menos de 24h após o seu início Podem podem indicar futuro AVC AVC Hemorrágico Sangramento anormal, causado por rupturas de aneurismas ou trauma, para as áreas extravasculares do cérebro Intimamente relacionado à HAS crônica Resulta em ↑ da PIC, lesionando os tecidos cerebrais e restringindo o fluxo sanguíneo distal Elevado risco de morte – áreas maiores atingidas Menos frequente: 12 a 20% AVC Hemorrágico Fatores de Risco HAS Diabetes Cardiopatias 70% 15% 30% AITs: 10% são precedidos por AITs, porém 36% dos pacientes que sofrem 1 ou mais AITs passam a desenvolver AVC dentro de 5 anos Tabagismo, sedentarismo e obesidade 19/09/2012 3 Manifestações Clínicas Manifestações Clínicas AVC LNMS: Afeta o NMS, no córtex cerebral (corpo neuronal) ou em outras áreas encefálicas (axônios) NMS controla o tônus e reflexos espasticidade e hiperreflexia NMS inibe reflexos patológicos Sinal de Babinski + Manifestações Clínicas AVC LNMS: NMS controla o movimento voluntário Plegia ou paresia contralateral (hemiplegia / hemiparesia) NMS controla o NMI contração muscular e fatores neurotróficos hipotrofia muscular Manifestações Clínicas AVC Além das manifestações motoras, podem haver comprometimentos sensoriais e perceptuais, de cognição e da fala, dependendo da área cerebral afetada Manifestações Clínicas Manifestações Clínicas 19/09/2012 4 Manifestações Clínicas Manifestações Clínicas Manifestações Clínicas Manifestações Clínicas Manifestações Clínicas Manifestações Clínicas De acordo com a localização Artéria cerebral média Artéria cerebral anterior Artéria cerebral posterior 19/09/2012 5 Manifestações Clínicas De acordo com a localização Artéria cerebral média Artéria cerebral anterior Artéria cerebral posterior Manifestações Clínicas Artéria cerebral média Comprometimento motor e sensorial contralateral do rosto, MS e MI Distúrbio motor da fala (afasia de Broca); Afasia receptiva (Wernicke) Problemas perceptivos (negligência unilateral, apraxias, relações espaciais) Hemianopsia homônima / desvio conjugado do olhar Manifestações Clínicas De acordo com a localização Artéria cerebral média Artéria cerebral anterior Artéria cerebral posterior Manifestações Clínicas Artéria cerebral anterior Comprometimento contralateral motor e sensorial do MI, e em menor grau, do MS Problemas com imitação e tarefas bimanuais, apraxia Manifestações Clínicas De acordo com a localização Artéria cerebral média Artéria cerebral anterior Artéria cerebral posterior Manifestações Clínicas Artéria cerebral posterior Território periférico: Hemianopsia homônima contralateral Prosopagnosia Dislexia 19/09/2012 6 Manifestações Clínicas Artéria cerebral posterior Território central (menos comum): Síndrome talâmica – comprometimentos sensoriais de todas as modalidades Movimentos involuntários Síndrome de Weber (paralisia do III nervo e hemiplegia contralateral) Manifestações Clínicas Fase aguda Fase crônica Fase subaguda Manifestações Clínicas Fase aguda Fase crônica Fase subaguda •Perda da consciência •Desvio do olhar •Paralisia •Hipotonia •Arreflexia •Anestesia •Edemas periféricos Manifestações Clínicas Fase aguda Fase crônica Fase subaguda •Recuperação da consciência e lado não afetado •Hemiplegia/paresia •Hemianestesia •Reflexos anormais •Flacidez ou espasticidade Manifestações Clínicas Fase aguda Fase crônica Fase subaguda •Hemiplegia espástica •Alterações sensoriais •Alterações de postura e equilíbrio •Alterações na marcha Manifestações Clínicas Padrão espástico típico do paciente com AVC 19/09/2012 7 Complicações Incontinência urinária; Subluxação do ombro/dor no ombro; distrofia simpático-reflexa; Flacidez/espasticidade; Redução expansibilidade torácica lado parético; PV de Cheyne-Stokes; disfagia; tosse produtiva; Distúrbios do ciclo sono-vigília; Ansiedade; depressão; labilidade emocional; TVP; úlceras de decúbito... Avaliação Padrão de surgimento Progressão dos sintomas História pregressa: AVC, AIT, família Presença dos fatores de risco História e antecedentes Avaliação Exames complementares TC: descartar AVC hemorrágico RM: mais sensível – AVC agudo Angiografia: avaliação pré-cirúrgica Tratamento médico inicial Fase Aguda (primeiras horas) Avaliação - AVE-I ou AVE-H TC, exames clínicos/laboratoriais Medicações; avaliar necessidade procedimento cirúrgico *Unidades de AVC (Nível I de evidência) European Stroke Initiative, 2003 Tratamento fisioterapêutico inicial Fase Aguda (48h – 72h) Neuroproteção: EVITAR HIPÓXIA – manter VA pérvia, PaO2 e SatO2 adequadas; suporte ventilatório Manter PIC adequada – Pintratorácica; regular parâmetros ventilatórios e cuidado com mobilizações bruscas/aspiração traqueal * Mobilização precoce assim que possível Prognóstico Depende: Causa Gravidade Localização AVC prévio Idade Comorbidades Motivação do paciente Participação da família Início do tratamento 19/09/2012 8 Tratamento Fisioterapêutico Objetivos Prevenir complicações: úlceras, contraturas, deformidades, posturas viciosas Prevenir ou tratar complicações respiratórias Estimular propriocepção e tato Estimular movimento voluntário normal Inibir espasticidade Facilitar AVDs Recuperar a marcha Tratamento Fisioterapêutico Condutas A escolha das técnicas a serem utilizadas dependerá dos achados identificados na avaliação e nos resultados pretendidos em cada fase do processo de reabilitação Tratamento Fisioterapêutico Mudança de decúbito e posicionamentos Tratamento Fisioterapêutico Condutas respiratórias: Manobras de higiene brônquica Manobras de reexpansão pulmonar Cinesioterapia respiratória Tratamento Fisioterapêutico Estimulação sensorial: método Rood, crioestimulação, escovação, percussão Tratamento Fisioterapêutico Alongamentos e mobilizações Exercícios ativo-assistidos e livres 19/09/2012 9 Tratamento Fisioterapêutico Treino de transferências Tratamento Fisioterapêutico Treino de transferências Tratamento Fisioterapêutico Treino de equilíbrio e controle postural, sedestação e bipedestação precoces Tratamento Fisioterapêutico Treino funcional Sequência: sentar – ficar de quatro – engatinhar – ficar de joelhos – ficar de pé + Bobath (pontos- chave, tappings, estabilização) Treino intensivo de atividades específicas envolvendo: deslocar-se, agarrar, manusear/ mover, soltar Conter membro sadio Tratamento Fisioterapêutico Tratamento Fisioterapêutico Treinamento de AVDs Higiene Vestimenta Alimentação Obs.: Uso de adaptações, orientação ao paciente e familiares, cartilhas, órteses. 19/09/2012 10 Tratamento Fisioterapêutico Treino de marcha Barras paralelas Rampa Escada Obstáculos Tratamento Fisioterapêutico Eletroestimulação p subluxação e marcha Tratamento Fisioterapêutico Treino de marcha em Esteira com Suporte Parcial de Peso Tratamento Fisioterapêutico Treino funcional – Realidade virtual
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