Buscar

EXMO SENHOR DOUTOR JUIZ DA 2ª VARA CÍVEL DA COMARCA DE SÃO LUÍS

Prévia do material em texto

CURSO DE DIREITO
NÚCLEO DE PRÁTICA JURÍDICA 
 Aluno:XXXXXX
___________________________________________________________________________
EXMO SENHOR DOUTOR JUIZ DA 2ª VARA CÍVEL DA COMARCA DE SÃO LUÍS/MA
Nº PROCESSO XXXXX-XX.2017.X.XX.XXXX – AÇÃO INDENIZATÓRIA
AUTOR: FULANO DE TAL
RÉU: CONDOMÍNIO DELTA-ZETA
OBJETO: CONTESTAÇÃO
O réu CONDOMÍNIO DELTA-ZETA, pessoa jurídica de direito privado, com endereço na Rua..., quadra..., nº..., Bairro ..., São José de Ribamar/MA, CEP 65000-000, com inscrição no CNPJ xx.xxx/xxxx-x, representado pela síndica Beltrana, brasileira, aposentada, solteira, inscrita no CPF nº xxx.xxx.xxx-xx, RG nº xxxxxxxxxx-x SSP/MA, com endereço eletrônico condeltazeta@gmail.com, residente e domiciliada na Rua ..., quadra ..., nº..., Bairro ..., São José de Ribamar/MA, CEP 65000-000, vem, respeitosamente, por intermédio dos patronos constituídos, com endereço profissional à Av..., nº ..., Bairro..., São Luís/MA, com endereço eletrônico..., através desta, com fulcro nos art. 335 e seguintes do Código de Processo Civil de 2015, apresentar CONTESTAÇÃO.
DA GRATUIDADE DE JUSTIÇA							
Inicialmente o réu requer a V. Exa. a concessão de gratuidade de justiça, nos termos do art. 98 do CPC.
I – DAS PRELIMINARES
I.I – DA INCOMPETÊNCIA RELATIVA
Compulsando nos autos, verifica-se que o juízo competente para apreciação da lide deve ser de acordo com o art. 53, IV, CPC, que enuncia foro competente do lugar do ato ou fato para a ação de reparação do dano, no caso, a Comarca de São José de Ribamar/MA. Desta forma, o juízo é incompetente relativamente para a ação.
I.II – DA AUSÊNCIA DE LEGITIMIDADE PASSIVA
Conforme o art. 337, XI, CPC, cabe ao réu alegar em sede de preliminar, ausência de legitimidade passiva. Levando-se em consideração a previsão no art. 938, CC, não há que se falar em responsabilidade por parte do condomínio, e sim, do condômino que deu causa ao dano, in verbis: 
Art. 938. Aquele que habitar prédio, ou parte dele, responde pelo dano proveniente das coisas que dele caírem ou forem lançadas em lugar indevido. 
Ademais, corroborando do mesmo entendimento, a 18ª Câmara do Tribunal de Justiça do Estado do Rio Grande do Sul entendeu que o condomínio não pode ser responsabilizado por um ato de vandalismo praticado por um morador em específico.
Em face disso, o Condomínio Delta-Zeta não pode ser responsabilizado pelo dano ocasionado pelo condômino do apartamento nº....
I.III – DO CHAMAMENTO AO PROCESSO
Em razão do acidente sofrido pelo autor, este passou por procedimento médico no Hospital Particular ..., permanecendo impossibilitado de trabalhar por 30 dias. Contudo, após 20 dias de retorno às atividades laborais, o autor teve de voltar ao hospital, o que para sua surpresa, precisou ser submetido a uma nova intervenção cirúrgica em decorrência de infecção causada por uma gaze que foi esquecida no corpo do autor, demonstrando assim que houve uma negligência do hospital, permanecendo mais trinta dias ausente do trabalho.
Desta forma, caso o Douto Magistrado entenda, o Réu como responsável pelo dano, faz-se necessário chamar o Hospital Particular..., conforme o art. 130, III, CPC, para integrar o pólo passivo da lide.
II – DO MÉRITO
II.I DA NÃO INTEGRALIDADE DOS DANOS
O Réu não é responsável pelos danos sofridos pelo Autor, uma vez que o Condômino é quem deve responder por seus atos de vandalismo, conforme art. 938, CC, já transcrito anteriormente. No entanto, se houver responsabilidade do Requerido, este não deve arcar com a integralidade dos danos enunciados pelo Autor, visto que o Hospital foi inequivocadamente negligente quando do atendimento médico ao Requerido.
Nesse sentido, a atitude da equipe médica resultou em um segundo afastamento das atividades laborais, prejudicando ainda mais o Autor.
III – DOS PEDIDOS
A improcedência dos pedidos formulados pelo autor, quais sejam: R$30.000,00 a título de lucros cessantes, 50 salários mínimos a título de danos morais e o benefício da justiça gratuita. 
Caso o Douto Juízo julgue procedente os pedidos do autor, requer condenação 
Máxima de R$5.000,00.
Produção de provas periciais, documentais e testemunhais.
Nestes termos, 
Pede deferimento.
São Luís/MA, (dia) de (mês) de 2017.
________________________________________
 ADVOGADA OAB Nº xx-xxx

Continue navegando