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JURISDIÇÃO CONSTITUCIONAL

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JURISDIÇÃO CONSTITUCIONAL 
 
 
 
 
AULA 7 
Controle Abstrato de Constitucionalidade 
JURISDIÇÃO CONSTITUCIONAL 
 
Questões 
JURISDIÇÃO CONSTITUCIONAL 
 
 
 
 
 
Sistema difuso: inspirado no sistema americano 
 
 Sistema concentrado: inspirado no sistema alemão 
 
 
JURISDIÇÃO CONSTITUCIONAL 
 
Sistema alemão 
 
 - Art. 93 e outras normas da lei fundamental de Bonn : jurisdição 
constitucional -> bundesverfassungsgericht 
 
 Não é instância de revisão; 
 
 Inexistência de via processual própria de acesso ao 
bundesverfassungsgericht; 
 
 Recurso constitucional: impetrado por particulares 
 
“Instrumento constitucional extraordinário, que permite afastar 
ofensas aos direitos fundamentais perpetradas pelo poder público” 
(Gilmar Mendes) 
 
JURISDIÇÃO CONSTITUCIONAL 
Controle no sistema alemão 
 
- É controle abstrato de normas (só válido para norma pós-
constitucional) 
- Concreto de normas: suspensão dos processos pendentes 
e submissão da questão constitucional à Corte. Exercido 
por todos os juízes ordinários. 
- Conflito entre órgãos federais; 
- Outras atribuições. 
 
JURISDIÇÃO CONSTITUCIONAL 
Controle concentrado 
Sistema alemão e sistema brasileiro 
 Sistema alemão Brasil 
-Lei fundamental de bonn de 23/05/1949 (serve de 
constituição a republica federal da alemanha) 
-Constituição de 1988 
-Bundesverfassungsgericht. STF 
-Não é instância de revisão 
-Inexistência de via processual própria de 
acesso. 
 
-Não é instância de revisão 
-Existência de via processual de acesso. 
-Recurso constitucional (particulares) 
 
-Conflitos entre entes federativos. 
Controle abstrato (só normas pós-
constitucionais) 
-Controle concreto (todos os juízes ordinários) 
-Writs constitucionais (particulares ou não) 
-Representação interventiva (questões ligadas a 
salvaguarda do sistema federativo) 
-Recurso extraordinãrio 
-Controle concentrado (abstrato) 
-Controle difuso 
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Controle Abstrato no Brasil 
JURISDIÇÃO CONSTITUCIONAL 
Ação Direta de Inconstitucionalidade 
Genérica 
ADin 
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Fundamentos: Art. 103 da CRFB e Lei 9868 de 1999 
Natureza: Objetiva. Institucional 
Competência: STF 
Antecedentes: Representação interventiva – 1934 /Ação 
genérica de inconstitucionalidade (EC 16 de 1965) 
 
 
 
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Características 
 
 
 
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 Exercício atípico da jurisdição. 
 
 Inexistência de pretensões antagônicas, de lide. 
 
 Misto entre processo judicial e legislativo (político). 
 
 É abstrato: o controle se dá sobre a lei em tese. 
 
 Não há caso concreto. 
 
 Não se presta a tutela de direitos subjetivos (situações jurídicas 
individuais) 
 
 “Peculiar instrumento de correção do sistema geral 
incidente”(Gilmar Mendes) 
 
JURISDIÇÃO CONSTITUCIONAL 
Objetivo 
 
 
Proteção do ordenamento jurídico, evitando 
incompatibilidades com a Constituição. 
 
 
 
 
 
JURISDIÇÃO CONSTITUCIONAL 
O que pode ser objeto de Adin? 
 
 
. 
 
 
 
 
 
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- Juízo de constitucionalidade como questão principal. 
 
- A norma deve ter um alto coeficiente de abstração. Ela 
deve criar ou modificar relações jurídicas. 
 
. Não há classificação doutrinária que faça esta definição 
de forma satisfatória  definição da generalidade e 
abstração pela jurisprudência. 
 
 
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 Limitação temporal: a norma deve ter sido produzida 
após a CRFB (norma pós Constitucional). 
 
 Limitação espacial: incide sobre ato normativo 
emanado da União, dos Estado e do Distrito Federal, na 
sua competência própria de distrito. 
 
 
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 O que não pode ser objeto de ADin: 
 
 
Norma de competência originária. 
Norma distrital com conteúdo municipal. 
Ato normativo tipicamente regulamentar. 
 
 
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 O STF deve “manifestar-se acerca da validade de uma lei e, 
consequentemente sobre sua permanência ou não no sistema.” 
(L.R. Barroso). 
 
 
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Declaração da inconstitucionalidade de lei ou ato normativo. 
 
 
 STF: A declaração de inconstitucionalidade não pode se estender 
a dispositivos que não tenham sido impugnados pelo autor, 
mesmo que os fundamentos sejam os mesmos. 
 Exceção: inconstitucionalidade por arrastamento (dispositivos 
que embora não impugnados são logicamente afetados pela 
decisão a ser proferida (QO na ADin 2982-CE) 
 
 . 
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 O STF funciona como legislador positivo: paralisa a eficácia da 
norma inconstitucional. 
 
 
 “a ação direta de inconstitucionalidade não pode ser utilizada 
como o objetivo de transformar STF, indevidamente, em 
legislador positivo, eis que o poder de inovar o sistema 
normativo, em caráter inaugural, constitui função típica da 
instituição parlamentar. Não se revela lícito pretender, em sede de 
controle normativo abstrato, que o supremo tribunal federal, a 
partir da supressão seletiva de fragmentos do discurso normativo 
inscrito no ato estatal impugnado, proceda à virtual criação de 
outra regra legal, substancialmente divorciada do conteúdo 
material que lhe deu o legislador.”(AGrg em AI 211.422). 
 
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 Objeto 
 
Lei ou ato normativo federal ou estadual incompatíveis com a 
Constituição Federal (art. 102,I, a) – Art. 59 da CRFB 
Regra Geral: atos normativos primários 
 
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1) Emenda constitucional 
 
 
 Limitações circunstanciais: art. 60, § 1° da CRFB 
 
 Limitações formais (rigidez): art. 60, I, II, II c/c os §§ 2°, 3° 
E 5º da CRFB. 
 
 . Iniciativa 
 . Elaboração 
 . Proposta rejeitada 
 
 
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 . Limitações materiais explícitas 
 
 . Cláusulas pétreas contidas no § 4 ° do art. 60 da CRFB 
 
  Podem sofrer acréscimo, mas jamais redução ou 
 supressão. 
 
 - Estado federal, democracia, separação dos poderes, 
direitos e garantias individuais. 
 
 
 
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 . Limitações materiais implícitas: 
 
 . Direitos fundamentais 
 . Referentes ao titular do poder constituinte 
 . Art. 34, VII: princípios sensíveis 
 . Regras para modificação da Constituição. 
 
 
 
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2) Lei complementar 
 
 
 Quorum próprio* (art. 69 da CRFB – maioria absoluta) e 
matérias reservadas e taxativamente previstas na constituição 
(exemplo: art. 7º, I da CRFB) 
 
 
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 - É “tertius genius” de leis, às quais o legislador constituinte legou 
determinadas matérias de inegável importância, mas que não seriam 
regulamentadas na própria constituição, por conta de um 
engessamento de futuras alterações, mas que ao mesmo tempo não 
poderiam ser modificadas pelo processe legislativo ordinário. 
 
 - “A lei complementar somente deverá ser a espécie normativa 
adotada nas hipóteses em que haja menção expressa a ela no texto 
constitucional”. 
 
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- A questão da hierarquia entre a lei ordinária e lei complementar 
 
 1) Existência de hierarquia: lei complementar é terceiro gênero de 
lei, entre a lei ordinária e a Constituição (e suas Emendas) – Manoel 
Gonçalves F. Filho, Haroldo Valadão, Pontesde Miranda, Alexandre 
de Moraes...) 
 
 2)Não existência de hierarquia: ambas retiram seu fundamento de 
validade da Constituição. 
 - Para o STF, não existe hierarquia entre essas espécies 
normativas, sendo que a distinção entre elas deve ser aferida em face 
da Constituição, considerando o campo de atuação de cada uma. 
 
 
 
 
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Lei ordinária 
 
 
 Via mais comum de inovação na ordem jurídica. 
 Competência residual 
 
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 - Processo legislativo ordinário: art. 61 e seguintes da CRFB 
 
- Iniciativa: parlamentar e extraparlamentar / concorrente e 
privativa. Elaboração e apresentação da lei ao Congresso 
Nacional. 
 
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Controle de Lei ordinária 
Formal: 
 
Vício de iniciativa e sanção presidencial: STF 
 Impossibilidade de convalidação da norma com vício de 
iniciativa pela sanção Presidencial (ADin 1201-RO) – o vício de 
iniciativa macula de nulidade toda a formação da lei. 
 
 
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Controle de Lei ordinária 
 
Formal: 
 
Processo: Fase constitutiva e fase complementar 
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Fase constitutiva: 
 - Discussão e votação em cada casa – iniciadora e revisora (Câmara e 
Senado) –deliberação parlamentar (passando pela instrução nas 
Comissões – Controle preventivo). 
 - Se de iniciativa do Presidente, STF e Tribunais superiores: 
início na Câmara (art. 64). 
 . Revisão pelo Senado (art. 65) 
 - Se aprovado pelas casas  sanção ou veto 
presidencial - deliberação executiva (art. 66). 
 
 
 
 
 
 
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Fase complementar: 
 
 - Promulgação e publicação da lei (art. 66, § 5 e 6 e 
LINDB) 
 
 
 
 
 
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Medida provisória 
 
 
 
- Ato normativo com força de lei. (Art. 62 da CRFB 
- Iniciativa: chefe do executivo 
. 
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- Tem força de lei; 
- Prazo de vigência é de sessenta dias, prorrogáveis uma vez por 
igual período; 
- Produz efeitos imediatos, mas depende de aprovação do 
Congresso Nacional para transformação definitiva em lei; 
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Controle de constitucionalidade da MP 
 
- Forma: procedimento do art. 62 da CRFB 
 
 . Rejeição expressa pelo C.N.  Veda a reedição na mesma 
sessão legislativa. 
 . Rejeição tácita pelo C.N. Silêncio de 60 dias, prorroga por 
mais 60 dias  veda a reedição (art. 62, § 3°). 
 
 
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Controle de constitucionalidade da MP 
Matéria: Art. 62, § 1° e 2 ° 
 
§ 1º É vedada a edição de medidas provisórias sobre matéria: (Incluído pela 
Emenda Constitucional nº 32, de 2001) 
I - relativa a: (Incluído pela Emenda Constitucional nº 32, de 2001) 
a) nacionalidade, cidadania, direitos políticos, partidos políticos e direito 
eleitoral; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 32, de 2001) 
b) direito penal, processual penal e processual civil; (Incluído pela Emenda 
Constitucional nº 32, de 2001) 
c) organização do Poder Judiciário e do Ministério Público, a carreira e a 
garantia de seus membros; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 32, de 
2001) 
d) planos plurianuais, diretrizes orçamentárias, orçamento e créditos 
adicionais e suplementares, ressalvado o previsto no art. 167, § 3º; (Incluído 
pela Emenda Constitucional nº 32, de 2001) 
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Controle de constitucionalidade da MP 
 
II - que vise a detenção ou seqüestro de bens, de poupança popular ou 
qualquer outro ativo financeiro; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 32, 
de 2001) 
III - reservada a lei complementar; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 
32, de 2001) 
IV - já disciplinada em projeto de lei aprovado pelo Congresso Nacional e 
pendente de sanção ou veto do Presidente da República. (Incluído pela 
Emenda Constitucional nº 32, de 2001) 
§ 2º Medida provisória que implique instituição ou majoração de impostos, 
exceto os previstos nos arts. 153, I, II, IV, V, e 154, II, só produzirá efeitos 
no exercício financeiro seguinte se houver sido convertida em lei até o 
último dia daquele em que foi editada. (Incluído pela Emenda 
Constitucional nº 32, de 2001) 
 
. 
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Relevância e urgência 
 
 - STF 
 
 Controle político. Presidente da República ao editá-la e o 
Congresso Nacional, ao aprová-la. 
 
 Controle jurisdicional  abuso no poder de legislar ou 
falta de razoabilidade da medida. 
 
JURISDIÇÃO CONSTITUCIONAL 
 
 “Os conceitos de relevância e urgência a que se refere o 
art. 62 da constituição, como pressupostos para a edição 
das medidas provisórias, decorrem, em princípio, do juízo 
discricionário de oportunidade e valor do presidente 
da república, mas admitem o controle judiciário 
quanto ao excesso do poder de legislar...”(Adin-162-1-
df – Min.Moreira Alves). 
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 “Deferida medida cautelar em ação direta de 
inconstitucionalidade proposta pelo conselho federal da 
Ordem dos advogados do Brasil contra a MP 1.798, de 9.4.99 
(reedição da MP 1.703, de 27.10.98), que altera a redação do 
art. 188 do CPC.... O tribunal decidiu, por unanimidade, 
suspender a eficácia do art. 188 do CPC (na redação dada pelo 
art. 5º da MP nº 1.703/98, em sua reedição no art. 1º DA MP 
nº 1.798-03, de 08/04/99), por entender... pela falta de 
urgência necessária à edição da medida provisória.” 
(Adinmc 1.910-df, rel. Min. Sepúlveda Pertence, 22.4.99 
 
 
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Controle de M.P. 
 
Não há óbice alguma para que uma medida provisória tenha 
sua constitucionalidade aferida em ADIn, eis que se trata de 
ato normativo primário, com força de lei desde a sua edição. 
 
JURISDIÇÃO CONSTITUCIONAL 
 
 Se não apreciada no prazo constitucional, a medida 
provisória perde sua eficácia desde a edição, aplicando-se a 
regra acima expendida sobre a competência do Congresso 
Nacional para disciplinar as relações jurídicas surgidas no 
período. Cabe lembrar que o prazo constitucional é de 
sessenta dias iniciais, admitida uma única prorrogação 
por igual período, não correndo esse prazo nos períodos 
de recesso do Congresso Nacional (CF, art. 62, § 4º) 
JURISDIÇÃO CONSTITUCIONAL 
 
 
 A Constituição veda expressamente a edição de medida 
provisória para disciplinar a organização do Poder Judiciário, 
a carreira e a garantia de seus membros (CF, art. 62, § 1º). 
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JURISDIÇÃO CONSTITUCIONAL 
Decretos legislativos: (art. 49 e 62da CRFB) 
 
 . Iniciativa: C.N. 
 . Procedimento disciplinado pelo C.N. 
 . Tratados internacionais: art. 49, I 
 
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Resoluções 
 
Ato do C.N. ou de qualquer de suas casas destinado a 
regular matéria de competência do Congresso, da 
Câmara ou do Senado. 
 . R.G: efeitos internos 
 . Procedimento: dado pelo Regimento Interno de 
cada uma das casas. 
 
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Decretos autônomos 
 
 - São atos normativos secundários: 
 - Decretos regulamentares, instruções normativas, 
portarias, resoluções  conformam-se com as leis e não 
diretamente à Constituição – não se sujeitam ao controle 
abstrato. 
 
 Exceção: atos que tenham forma de atos secundários e que 
realmente inovem da ordem jurídica, atuando com força de 
lei – submetem-se ao controle abstrato – decretos 
autônomos. 
 
 
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 “É admissível ação direta de inconstitucionalidade cujoobjeto seja decreto quanto este, no todo ou em parte, 
manifestamente não regulamenta a lei, apresentando-se, 
assim, como decreto autônomo, o que dá margem a que 
seja examinado diretamente em face da constituição no 
que diz respeito ao princípio da reserva legal.” 
 
 
 
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O Pedido nas ADIn´s 
JURISDIÇÃO CONSTITUCIONAL 
- Art. 3 da lei 9868 de 1999 
 
- Autor: indicação dos atos infraconstitucionais que considera 
incompatíveis com a constituição e quais os dispositivos 
constitucionais que estão sendo violados. 
- Por escrito, fundamentado e que deixe reconhecer 
determinada pretensão. 
 
 
 
 
 
JURISDIÇÃO CONSTITUCIONAL 
 “...Necessário, em ação direta de inconstitucionalidade, que 
venham expostos os fundamentos jurídicos do pedido com 
relação às normas impugnadas, não sendo de admitir-se 
alegação genérica sem qualquer demonstração razoável, nem 
ataque a quase duas dezenas de medidas provisórias em sua 
totalidade com alegações por amostragem.” (Adin 259, min. 
Moreira Alves) 
 
 
 
 
 
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Legitimidade ativa 
JURISDIÇÃO CONSTITUCIONAL 
 “...Um instituto completamente novo, mas digno de ser 
experimentado seria a criação de um advogado da constituição 
(verfassungdsnwalt) perante a corte constitucional, que – em 
analogia com promotor público no processo penal – instaurasse de 
ofício o controle de normas em relação aos atos que reputasse 
inconstitucionais. (Kelsen, 1928) 
 
Até 1988: monopólio do PGR 
 
Após a CRFB 
 Vários legitimados (Art. 103 da CRFB e art. 2 da lei 9868 de 99) 
 
JURISDIÇÃO CONSTITUCIONAL 
 
 
3 Pessoas 
3 Mesas 
3 Entidade 
JURISDIÇÃO CONSTITUCIONAL 
 
 Universais: I, II, III, VI, VII e VIII 
 Obs: inciso V 
Legitimados ativos 
Art. 103 da CRFB 
 Especiais: IV, V, IX 
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Legitimados Universais 
 
 Papel institucional de defesa da Constituição em qualquer 
hipótese. Aquele que tem implicitamente o dever de 
tutela da Constituição 
 Art. Incisos I, II, II, VI, VII e VIII do art. 103 da CRFB e 
art. 2 da Lei 9868/99). 
 
 
 
 
 
JURISDIÇÃO CONSTITUCIONAL 
 Presidente da República (art. 103, I): atos promulgados com 
derrubada do veto, quando for sua a iniciativa ou a sanção. 
 
 Procurador Geral da República (art. 103, VI): decide sobre a 
propositura ou não da ação (encaminhamento ao STF pautado na 
seriedade e plausabilidade). 
 Mesas da Câmara e do Senado (art. 103, II, III) 
 # Mesa do Congresso que não é legitimado 
 
 
 
 
 
 
JURISDIÇÃO CONSTITUCIONAL 
 
 
 Conselho Federal da OAB (art. 103, VII): essencial ao exercício 
da democracia (as Seccionais não são legitimadas) 
 
 
 
 
 
 
 
 
JURISDIÇÃO CONSTITUCIONAL 
 
 Partido político com representação no C.N. (art. 103, VIII): O 
diretório nacional age em nome da agremiação (AGrg na ADin 
779-DF). 
O STF não reconhece mais a Perda de legitimidade 
superveniente 
“A legitimidade se afere no momento da propositura da ação, sendo 
irrelevante a perda ulterior da representação parlamentar. (Adin 
(AGrg) 2159-df e ADin 2054-QO) 
 
 
 
 
 
 
 
 
JURISDIÇÃO CONSTITUCIONAL 
 
Legitimados especiais 
 
- Órgãos e entidades cuja atuação é restrita às questões que 
repercutem diretamente sobre suas esfera jurídica ou de seus 
filiados 
- Art. 103, IV, V e IX 
 
Devem demonstrar pertinência temática, sob pena de 
indeferimento da inicial 
 
 
 
JURISDIÇÃO CONSTITUCIONAL 
 
 “A legitimidade ativa da confederação sindical, entidade 
de classe de âmbito nacional, Mesas das Assembleias 
Legislativas e governadores, para a ação direta de 
inconstitucionalidade, vincula-se ao objeto da ação, pelo 
que deve haver pertinência da norma impugnada com 
os objetivos do autor da ação. Precedentes do 
STF: ADI 305/RN (RTJ 153/428); ADI 1.151/MG 
(DJ de 19-5-1995); ADI 1.096/RS (Lex-JSTF, 
211/54); ADI 1.519/AL, julgamento em 6-11-1996; ADI 
1.464/RJ, DJ de 13-12-1996. Inocorrência, no caso, de 
pertinência das normas impugnadas com os objetivos da 
entidade de classe autora da ação direta).” (ADI 1.507-
MC-AgR, rel. min. Carlos Velloso, julgamento em 3-2-
1997, Plenário, DJ de 6-6-1997.) 
 
JURISDIÇÃO CONSTITUCIONAL 
 
Pertinência temática 
 
 Vínculo de pertinência entre o conteúdo material das normas 
impugnadas e a competência ou os interesses que cabe ao autor 
tutelar. (Adin 1307-MS – min. Francisco Rezek) 
 
JURISDIÇÃO CONSTITUCIONAL 
 
 Mesa das Assembleias Legislativas ou da Câmara 
Legislativa do DF (art. 103, IV) 
 
"É de se reconhecer a legitimidade ativa ad causam da Câmara 
Legislativa do Distrito Federal, dado que a presente impugnação tem 
por alvo dispositivos da LC 101/2000. Dispositivos que versam, 
justamente, sobre a aplicação dos limites globais das despesas com 
pessoal do Poder Legislativo distrital." (ADI 3.756, rel. 
min. Ayres Britto, julgamento em 21-6-2007, Plenário, DJ de 19-
10-2007. 
JURISDIÇÃO CONSTITUCIONAL 
 
 Governado do Estado ou do DF (Art. 103, V) 
 - Quando argui a inconstitucionalidade de norma de seu 
próprio Estado, o governador é legitimado universal e não 
precisa demonstrar a pertinência temática, mas quando de 
norma de outro Estado, deve demonstrar a pertinência 
temática. 
 
 
JURISDIÇÃO CONSTITUCIONAL 
 
 "Legitimidade -- Governador de Estado -- Lei do Estado -- Ato 
normativo abrangente -- Interesse das demais Unidades da 
Federação -- Pertinência temática. Em se tratando de 
impugnação a diploma normativo a envolver outras Unidades da 
Federação, o Governador há de demonstrar a pertinência 
temática, ou seja, a repercussão do ato considerados os 
interesses do Estado." (ADI 2.747, rel. min. Marco Aurélio, 
julgamento em 16-5-2007, DJ de 17-8-2007.) 
JURISDIÇÃO CONSTITUCIONAL 
 
 “Lei editada pelo Governo do Estado de São Paulo. Ação direta 
de inconstitucionalidade proposta pelo governador do Estado de 
Goiás. Amianto crisotila. Restrições à sua comercialização 
imposta pela legislação paulista, com evidentes reflexos na 
economia de Goiás, Estado onde está localizada a maior reserva 
natural do minério. Legitimidade ativa do governador de Goiás 
para iniciar o processo de controle concentrado de 
constitucionalidade e pertinência temática.” (ADI 2.656, rel. 
min. Maurício Corrêa, julgamento em 8-5-2003, 
Plenário, DJ de 1º-8-2003 
JURISDIÇÃO CONSTITUCIONAL 
 
 Entidades de classe –sindicatos. (art. 103, IX) 
 
 . De âmbito nacional: associação de pessoas físicas de pelo menos de nove 
estados. (1/3 do nº total de estados). 
 . Classe: filiados ligados pela mesma atividade econômica ou profissional 
(homogeneidade de interesses). 
 . Composição da entidade: Federação (sindicatos) e Confederação 
(Federações) 
 STF: entendimento anterior  a associação de associações não tem 
 legitimidade, pois são confederados. 
 
 
JURISDIÇÃO CONSTITUCIONAL 
 
 Confederação: STF 
 Estabelecidas com um mínimo de 3 Federações e com 
abrangência em pelo menos 3 Estados (Adin 505-DF). 
 “...Prova, nos autos, da composição associativa ampla, estando 
presente a associação em mais de nove Estados da federação. 
Cumprimento da exigência da pertinência temática, ante a existência 
de correlação entre o objeto do pedido de declaração de 
inconstitucionalidadee os objetivos institucionais da associação.” 
(ADI 3.702, rel. min. Dias Toffoli, julgamento em 1º-6-2011, 
Plenário, DJE de 30-8-2011.) 
JURISDIÇÃO CONSTITUCIONAL 
 
 
Legitimidade passiva 
JURISDIÇÃO CONSTITUCIONAL 
 
Defesa da norma: Advogado Geral da União (AGU) 
 
 - Art. 103 
 
 § 3º Quando o Supremo Tribunal Federal apreciar a 
inconstitucionalidade, em tese, de norma legal ou ato 
normativo, citará, previamente, o Advogado-Geral da 
União, que defenderá o ato ou texto impugnado. 
 
 
JURISDIÇÃO CONSTITUCIONAL 
 
 A AGU deve sempre defender a constitucionalidade 
da lei? 
 
 Sim, exceto se já houver outra ADin declarando a 
inconstitucionalidade de norma dispondo sobre a 
mesma matéria (leis idênticas). Para o STF sem o AGU 
não há contraditório. 
 
 
 
JURISDIÇÃO CONSTITUCIONAL 
 
 
 "O munus a que se refere o imperativo constitucional (CF, art. 
103, § 3º) deve ser entendido com temperamentos. O advogado-
geral da União não está obrigado a defender tese jurídica se sobre 
ela esta Corte já fixou entendimento pela sua 
inconstitucionalidade.” (ADI 1.616, rel. min. Maurício Corrêa, 
julgamento em 24-5-2001, Plenário, DJ de 24-8-
2001.) Vide: ADI 3.916, rel. min. Eros Grau, julgamento em 3-
2-2010, Plenário, DJE de 14-5-2010 
 
 
JURISDIÇÃO CONSTITUCIONAL 
 "A função processual do advogado-geral da União, nos processos de 
controle de constitucionalidade por via de ação, é eminentemente 
defensiva. Ocupa, dentro da estrutura formal desse processo objetivo, a 
posição de órgão agente, posto que lhe não compete opinar e nem 
exercer a função fiscalizadora já atribuída ao PGR. Atuando como 
verdadeiro curador (defensor legis) das normas infraconstitucionais, 
inclusive daquelas de origem estadual, e velando pela preservação 
de sua presunção de constitucionalidade e de sua integridade e 
validez jurídicas no âmbito do sistema de direito, positivo, não cabe 
ao advogado-geral da União, em sede de controle normativo abstrato, 
ostentar posição processual contrária ao ato estatal impugnado, sob pena 
de frontal descumprimento do munus indisponível que lhe foi imposto 
pela própria CR." (ADI 1.254-AgR, rel. min. Celso de Mello, 
julgamento em 14-8-1996, Plenário, DJ de 19-9-1997.) No mesmo 
sentido: ADI 3.413, rel. min. Marco Aurélio, julgamento em 1º-6-
2011, Plenário, DJE de 1º-8-2011. 
JURISDIÇÃO CONSTITUCIONAL 
 
 
 STF 
 
 A AGU deve defender a constitucionalidade da norma, 
mas se não o faz não há sanção possível, já que não há 
previsão constitucional. 
JURISDIÇÃO CONSTITUCIONAL 
 
 
O amicus curiae (amigo da Corte) 
 
JURISDIÇÃO CONSTITUCIONAL 
JURISDIÇÃO CONSTITUCIONAL 
Notícias STF. Segunda-feira, 17 de março de 2014 
 
“A empresária Paula Mafra Lavigne, em nome da Uns Produções 
Artísticas e da Uns e Outros Produções e Filmes, defendeu, na 
audiência pública sobre direitos autorais, a Lei 12.853/2013, 
questionada nas Ações Diretas de Inconstitucionalidade (ADIs) 
5062 e 5065. A expositora disse que não pretendia abordar 
questões técnicas, mas falar “de sentimentos”, do processo que 
levou à criação de um grupo que atuou, no Congresso Nacional, 
pela aprovação da lei.” 
 
 
JURISDIÇÃO CONSTITUCIONAL 
 
Intervenção assistencial em processos de controle de 
constitucionalidade por parte de entidades que tenham 
representatividade adequada para se manifestar nos 
autos sobre questão de direito pertinente à controvérsia 
constitucional. Não são partes dos processos; atuam 
apenas como interessados na causa. Plural: Amici curiae 
(amigos da Corte). 
JURISDIÇÃO CONSTITUCIONAL 
 
 
Art. 7º, da lei 9868/99 
§ 2º. O relator, considerando a relevância da matéria e a 
representatividade dos postulantes, poderá, por despacho 
irrecorrível, admitir, observado o prazo fixado no parágrafo 
anterior, a manifestação de outros órgãos ou entidades. 
 
 
 
 
 
JURISDIÇÃO CONSTITUCIONAL 
 
 
- Justificativa: legitimação social das decisões do STF (Min 
Celso de Mello na Adin 2130-MC/SC) 
 
 
- O Deferimento é ato do relator (Adin 2238): requisitos e 
conveniência e oportunidade (discricionariedade) 
 
 
 
 
JURISDIÇÃO CONSTITUCIONAL 
 
- Requisitos para admissão do amicus 
 
 relevância da matéria 
 representatividade dos postulantes 
 
- Sustentação oral (art. 131, § 3º do RISFT) 
JURISDIÇÃO CONSTITUCIONAL 
 'O amicus curiae é um colaborador da Justiça que, embora possa deter algum 
interesse no desfecho da demanda, não se vincula processualmente ao 
resultado do seu julgamento. É que sua participação no processo ocorre e se 
justifica, não como defensor de interesses próprios, mas como agente 
habilitado a agregar subsídios que possam contribuir para a qualificação da 
decisão a ser tomada pelo Tribunal. A presença de amicus curiae no processo 
se dá, portanto, em benefício da jurisdição, não configurando, 
consequentemente, um direito subjetivo processual do interessado. A 
participação do amicus curiae em ações diretas de inconstitucionalidade no 
STF possui, nos termos da disciplina legal e regimental hoje vigentes, 
natureza predominantemente instrutória, a ser deferida segundo juízo do 
Relator. A decisão que recusa pedido de habilitação de amicus curiae não 
compromete qualquer direito subjetivo, nem acarreta qualquer espécie de 
prejuízo ou de sucumbência ao requerente, circunstância por si só suficiente 
para justificar a jurisprudência do Tribunal, que nega legitimidade recursal ao 
preterido." (ADI 3.460-ED, rel. min. Teori Zavascki, julgamento em 12-2-
2015, Plenário, DJE de 12-3-2015.) 
JURISDIÇÃO CONSTITUCIONAL 
 
 
 
Procedimento 
 
 
 
JURISDIÇÃO CONSTITUCIONAL 
 INICIAL 
 liminar? 
 INFORMAÇÕES AO ÓRGÃO/AUTORIDADE DO QUAL EMANOU 
O ATO (30 dias) / PODE ADMITIR AMICUS CURIAE 
 
 A.G.U. 
 
 P.G.R. (custus legis- mesmo quando legitimado ativo) 
 
 
 PLENO (ART. 5º RISTF) 
 
 
 
 PROCEDENTE IMPROCEDENTE 
 legislador atípico 
 negativo 
 
JURISDIÇÃO CONSTITUCIONAL 
 
 
• Se o STF entende improcedente a ADin, a lei continua vigorando 
e mais, a decisão tem efeito vinculante, ou seja, não se pode mais 
requerer a inconstitucionalidade da mesma norma. (Art. 28, p.u. 
da lei 6899/99). 
 
• Se o STF julga procedente a ADin, ele legisla, mas como 
legislador atípico negativo, revogando a lei. A decisão é oponível 
erga omnes e vinculante. 
JURISDIÇÃO CONSTITUCIONAL 
 
 
 
 
Medida cautelar (Art. 102, I. p) 
Suspensão provisória da vigência da lei ou ato normativo 
 
 
JURISDIÇÃO CONSTITUCIONAL 
 
- Requisitos (STF) 
 
. Fummus boni iuris 
. Periculum in mora 
 
 - Não ocorrência: ajuizamento tardio da ADin. 
 - Irreparabilidade ou insuportabilidade dos danos emergentes 
dos próprios atos impugnados. 
 - Necessidade de garantir a ulterior eficácia da decisão. 
JURISDIÇÃO CONSTITUCIONAL 
 
 
 Jurisprudência STF 
 
- Relevância do pedido: fummus + necessidade de garantir 
ulterior eficácia da decisão. 
 
- Conveniência da medida: ponderação entre o proveito e o 
ônus da suspensão provisória. 
 
JURISDIÇÃO CONSTITUCIONAL 
 
 "A proximidade das eleições gerais de 3 de outubro de 2010 e 
a invulgar importância do tema enfrentado na presente ação 
direta, relativo ao livre exercício da cidadania pela expressão 
do voto, autorizam o procedimento de urgênciaprevisto no 
art. 10, § 3º, da Lei 9.868/99, a fim de que o Tribunal possa se 
manifestar antes de eventual perecimento de direito." (ADI 
4.467-MC, rel. min. Ellen Gracie, julgamento em 30-9-2010, 
Plenário, DJE de 1º-6-2011.) 
JURISDIÇÃO CONSTITUCIONAL 
 
 
 Indeferimento da cautelar 
 
 
- Não tem efeito vinculante. 
- Permite a reiteração do pedido diante da ocorrência de fatos 
supervenientes que justifiquem o reexame. 
JURISDIÇÃO CONSTITUCIONAL 
 
 Deferimento 
 
 - Só por decisão da maioria absoluta dos membros do tribunal (6 
ministros), reunidos em sessão do pleno com a participação de pelo 
menos 8 ministros (art. 10 da lei 9868/99) 
 
 - Suspensão do julgamento de qualquer processo em andamento 
perante o STF que tenha como objeto a norma impugnada, até a 
decisão final. 
 - Não cabe pedido de reconsideração. 
 
 
JURISDIÇÃO CONSTITUCIONAL 
 
Efeitos 
 
 
 Art. 11 da lei 9868/99 
 § 1º. A medida cautelar, dotada de eficácia contra todos (erga omnes 
e vinculante), será concedida com efeito ex nunc, salvo se o 
Tribunal entender que deva conceder-lhe eficácia retroativa. 
 §. A concessão da medida cautelar torna aplicável a legislação 
anterior acaso existente (efeito repristinatório tácito), salvo 
expressa manifestação em sentido contrário. 
JURISDIÇÃO CONSTITUCIONAL 
“Declaração de inconstitucionalidade em tese e efeito repristinatório. A 
declaração de inconstitucionalidade in abstracto, considerado o efeito 
repristinatório que lhe é inerente (RTJ 120/64 -- RTJ 194/504-505-- ADI 
2.867/ES, v.g.), importa em restauração das normas estatais revogadas pelo 
diploma objeto do processo de controle normativo abstrato. É que a lei 
declarada inconstitucional, por incidir em absoluta desvalia jurídica 
(RTJ 146/461-462), não pode gerar quaisquer efeitos no plano do direito, 
nem mesmo o de provocar a própria revogação dos diplomas normativos a 
ela anteriores..." (ADI 3.148, rel. min. Celso de Mello, julgamento em 13-
12-2006, DJ de 28-9-2007.) No mesmo sentido: (ADI 2.903, rel. 
min. Celso de Mello, julgamento em 1º-12-2005, DJE de 19-9-2008.)” 
JURISDIÇÃO CONSTITUCIONAL 
Rito mais célere 
 
 - Art. 12 da lei. 9868 
 - Relevância da matéria, especial significado para a 
ordem social e a segurança jurídica. 
 - Após a oitiva do AGU e do PGR, o relator submete ao 
 tribunal que julgará a ação definitivamente. 
 
JURISDIÇÃO CONSTITUCIONAL 
 
 
A decisão final na ADin 
 
 
JURISDIÇÃO CONSTITUCIONAL 
 
 
- Art. 22 a 28 da lei 9868 de 99 
 
- Natureza declaratória: constata ou não a existência de um 
vício e proclama a invalidade da norma e a perda de sua 
eficácia ou a mantem válida e eficaz. 
 
- Unidade conceitual: Adin e ADC– art. 24 
- Procedente a ADin improcedente a ADC e vice-versa. 
 
JURISDIÇÃO CONSTITUCIONAL 
- Decisão por maioria absoluta do Tribunal (mínimo de 6 ministros) 
e com a presença de no mínimo 8 (art. 22 da lei 9868/99) 
 
- Decisão irrecorrível 
.Embargos de declaração (não é recurso) pelo requerente e requerido 
– art. 26 da lei 9868/99 
 
- Reclamação – preservação da competência do STF (art. 102, I, i). 
Exercício constitucional do direito de petição aos poderes públicos 
(Grinover e STF – Adin 2480 
JURISDIÇÃO CONSTITUCIONAL 
 Efeitos 
 
No tempo  Ex tunc 
 
 O art. 27 da lei 9868/99 permite a modulação temporal, decidida por 
maioria de 2/3 dos membros. 
 
Subjetivo  Erga omnes e vinculante (art. 28, p.u.) 
 
Vincula o Poder Judiciário e Adm. pública – art. 28, p.u.. 
 
JURISDIÇÃO CONSTITUCIONAL 
 
 
Repristinatório tácito 
 
 “A declaração final de inconstitucionalidade, quando proferida em sede 
de fiscalização normativa abstrata, importa (considerado o efeito 
repristinatório que lhe é inerente) em restauração das normas estatais 
anteriormente revogadas pelo diploma normativo objeto do juízo de 
inconstitucionalidade, eis que o ato inconstitucional, por juridicamente 
inválido (RTJ 146/461-462), não se reveste de qualquer carga de eficácia 
derrogatória. Doutrina. Precedentes (STF)." (ADI 2.884, Rel. Min. Celso 
de Mello, julgamento em 2-12-2004, Plenário, DJ de 20-5-2005.) 
 
JURISDIÇÃO CONSTITUCIONAL 
Limites objetivos – quanto ao objeto do litígio 
Norma cuja inconstitucionalidade se pretendeu declarar. 
 
 
Na procedência 
 
 . Eficácia preclusiva: não será possível o ajuizamento de outra 
ADin sobre a mesma norma. 
 
 . Eficácia vinculante: juízes e tribunais estão submetidos à decisão 
proferida, não podendo desconsiderar a inconstitucionalidade da 
lei ou ato normativo (Coisa julgada inconstitucional). 
 
JURISDIÇÃO CONSTITUCIONAL 
- Na improcedência: controvérsia 
 
. A decisão não se reveste da autoridade da coisa julgada 
material – a lei considerada válida pode vir a não ser assim 
considerada em virtude de novos argumentos, novos fatos, 
mudanças formais e materiais na constituição... 
 - O ato impugnado continua existente, válido e eficaz. 
 
. Apenas efeito vinculante com relação a todos os tribunais e a 
Adm Publica. mas não ao STF que pode rever a questão. 
 
 
JURISDIÇÃO CONSTITUCIONAL 
 Limites subjetivos 
 
Erga omnes 
- Substituição processual: legitimados agindo em nome da 
coletividade. 
- Art. 28, Parágrafo único. A declaração de constitucionalidade ou 
de inconstitucionalidade, inclusive a interpretação conforme a 
Constituição e a declaração parcial de inconstitucionalidade sem 
redução de texto, têm eficácia contra todos e efeito vinculante 
em relação aos órgãos do Poder Judiciário e à Administração 
Pública federal, estadual e municipal. 
 
 
JURISDIÇÃO CONSTITUCIONAL 
 
 
 
 
 Mecanismos de interpretação constitucional 
JURISDIÇÃO CONSTITUCIONAL 
Interpretação conforme a Constituição 
 
“ Ao recomendar – nisso se resume este princípio – que os 
aplicadores da Constituição, em face das normas 
infraconstitucionais de múltiplos significados, escolham o 
sentido que as torne constitucionais e não aquele que resulte na 
sua declaração de inconstitucionalidade.” 
 
“...Se uma lei pode ser interpretada em dois sentidos, um que a 
torne incompatível com a lei suprema, outro que permite sua 
eficácia, a última interpretação é a que deve prevalecer” 
(lucio bittencourt) 
JURISDIÇÃO CONSTITUCIONAL 
 
Interpretação conforme a constituição 
 
 
 
 “o princípio da interpretação conforme a constituição é um 
instrumento hermenêutico de conhecimento das normas 
constitucionais que impõe o recurso a estas para determinar e 
apreciar o conteúdo intrínseco da lei.” (J.J. Canotilho) 
JURISDIÇÃO CONSTITUCIONAL 
 
 
 “A interpretação das leis em conformidade com a 
constituição deve afastar-se quando, em lugar do resultado 
querido pelo legislador, se obtém uma regulação nova e 
distinta, em contradição com o sentido literal ou sentido 
objectivo claramente recognoscível da lei ou em manifesta 
dessintonia com os objectivos pretendidos pelo legislador” 
(Canotilho) 
JURISDIÇÃO CONSTITUCIONAL 
 Declaração da inconstitucionalidade parcial sem 
redução de texto (espécie) 
 
 
 Exclusão de determinada interpretação possível da norma e 
afirmação de uma interpretação alternativa, compatível com a 
constituição. Não se reduz o texto. 
 Só pode ser utilizado quando o sentido da norma não é 
unívoco. 
 
 
JURISDIÇÃO CONSTITUCIONAL 
 
 
 Na Interpretação conforme a norma continua no 
ordenamento jurídico coma interpretação que lhe foi dada e 
que lhe restitui a constitucionalidade (adiciona-se uma 
interpretação). Na declaração parcial sem redução de texto 
se exclui determinado sentido (abdução). Neste último caso, 
a norma continua com seu texto inalterado, mas com a 
exclusão de uma determinada interpretação. 
 
JURISDIÇÃO CONSTITUCIONAL 
 
Tese da parcelaridade (STF) 
 
Interpretação conforme com redução de texto (Adin 1227-8) 
 
 O STF pode decidir parcialmente o pedido de declaração de 
inconstitucionalidade, expurgando do texto apenas uma palavra, 
uma expressão. Não há necessidade de declarar inconstitucional 
todo o texto. (Lenza) 
JURISDIÇÃO CONSTITUCIONAL 
Transcendência dos motivos determinantes 
STF 
 
 Juízes e Tribunais devem seguir tanto à parte dispositiva do 
acórdão quanto aos seus fundamentos. O efeito vinculante 
estende-se à ratio decidendi (QO na RCL 1880-sp) 
 
Possibilidade de reclamação 
 - Requerente ou terceiros estranhos ao processo. 
 
JURISDIÇÃO CONSTITUCIONAL 
 
Questão objetiva 
Para fins de propositura da ação direta de inconstitucionalidade e da 
ação declaratória de constitucionalidade, são legitimados universais e 
especiais, 
respectivamente: 
a) Presidente da República e Mesa do Senado Federal. 
b) Mesa de Assembleia Legislativa e Confederação Sindical. 
c) Conselho Federal da OAB e Governador de Estado. 
d) Procurador Geral da República e Conselho Federal da OAB. 
e) Procurador Geral da República e Governador de Estado. 
JURISDIÇÃO CONSTITUCIONAL 
 
O Procurador Geral da República ajuizou uma Ação Direta de Inconstitucionalidade 
em face da Lei distrital n. 3.669/2005, que cria a carreira de atividades penitenciárias 
e respectivos cargos no quadro de pessoal do Distrito Federal. Alega, em síntese, que 
o DF teria usurpado competência da União (arts. 21, XIV c/c 32, § 4°, CRFB/88), 
que atribui a responsabilidade pelas funções exercidas por tal carreira aos agentes 
penitenciários integrantes da carreira da polícia civil. Citado na forma do art. 103, § 
3°, CRFB/88, o Advogado Geral da União manifestou-se pela procedência da ação, 
pedindo, consequentemente, a declaração de inconstitucionalidade da referida lei 
distrital. Diante de tal situação, responda, justificadamente: 
Poderia o AGU ter deixado de proceder à defesa do ato normativo impugnado? 
JURISDIÇÃO CONSTITUCIONAL 
Entendeu-se ser necessário fazer uma interpretação sistemática, no sentido de que o § 
3º do art. 103 da CF concede à AGU o direito de manifestação, haja vista que exigir 
dela defesa em favor do ato impugnado em casos como o presente, em que o interesse 
da União coincide com o interesse do autor, implicaria retirar-lhe sua função 
primordial que é a defender os interesses da União (CF, art. 131). Além disso, a 
despeito de reconhecer que nos outros casos a AGU devesse exercer esse papel de 
contraditora no processo objetivo, constatou- se um problema de ordem prática, qual 
seja, a falta de competência da Corte para impor-lhe qualquer sanção quando assim 
não procedesse, em razão da inexistência de previsão constitucional para tanto. 
Vencidos, no ponto, os Ministros Marco Aurélio, suscitante, e Joaquim Barbosa que 
o acompanhava. ADI 3916/DF, rel. Min. Eros Grau, 7.10.2009. (ADI-3916) b) A ADI 
só é cabível quando a lei distrital decorre do exercicio de competência legislativa 
estadual, conforme Súmula 642 do STF (Não cabe ação direta de 
inconstitucionalidade de lei do Distrito Federal derivada da sua competência 
legislativa municipal). Informativo 562, STF: 
 
JURISDIÇÃO CONSTITUCIONAL 
 
 
 
 
 
 Exercícios aula 7 
JURISDIÇÃO CONSTITUCIONAL 
 
CASO 1-Questão objetiva 
Sobre o processo da ADI é incorreto afirmar que: (0.5 
pontos) 
a) A atuação do AGU somente será possível se o mesmo 
não representar o autor da ação. 
b) O PGR é chamado ao processo para apresentar o seu 
parecer. 
c) O amigo da corte participará do processo à convite do 
relator, figurando como um técnico na questão. 
d) O pedido liminar deferido suspenderá todas as ações do 
controle concreto que versem sobre a referida 
inconstitucionalidade. 
 
 
JURISDIÇÃO CONSTITUCIONAL 
 
2 - Questão discursiva: 
 
O Procurador Geral da República ajuizou uma Ação Direta de Inconstitucionalidade 
em face da Lei distrital n. 3.669/2005, que cria a carreira de atividades 
penitenciárias e respectivos cargos no quadro de pessoal do Distrito Federal. Alega, 
em síntese, que o DFteria usurpado competência da União (arts. 21, XIV c/c 32, § 
4°, CRFB/88), que atribui a responsabilidade pelas funções exercidas por tal 
carreira aos agentes penitenciários integrantes da carreira da polícia civil. 
Citado na forma do art. 103, § 3°, CRFB/88, o Advogado Geral da União 
manifestou-se pela procedência da ação, pedindo, consequentemente, a 
declaração de inconstitucionalidade da referida lei distrital. Diante de tal situação, 
responda, justificadamente: 
Poderia o AGU ter deixado de proceder à defesa do ato normativo impugnado? 
JURISDIÇÃO CONSTITUCIONAL 
 
Informativo 562, STF....” questão de ordem suscitada pelo Min. Marco Aurélio que, diante do 
parecer da Advocacia Geral da União que se manifestava pela declaração de 
inconstitucionalidade da lei impugnada ... 
Entendeu-se ser necessário fazer uma interpretação sistemática, no sentido de que o § 3º do 
art. 103 da CF concede à AGU o direito de manifestação, haja vista que exigir dela defesa em 
favor do ato impugnado em casos como o presente, em que o interesse da União coincide 
com o interesse do autor, implicaria retirar-lhe sua função primordial que é a defender os 
interesses da União (CF,art. 131). Além disso, a despeito de reconhecer que nos outros casos 
a AGU devesse exercer esse papel de contraditora no processo objetivo, constatou- se um 
problema de ordem prática, qual seja, a falta de competência da Corte para impor-lhe 
qualquer sanção quando assim não procedesse, em razão da inexistência de previsão 
constitucional para tanto. Vencidos, no ponto, os Ministros Marco Aurélio, suscitante, e 
Joaquim Barbosa que o acompanhava. ADI 3916/DF, rel. Min. Eros Grau, 7.10.2009. (ADI-
3916) b) A ADI só é cabível quando a lei distrital decorre do exercicio de competência 
legislativa estadual, conforme Súmula 642 do STF (Não cabe ação direta de 
inconstitucionalidade de lei do Distrito Federal derivada da sua competência legislativa 
municipal).

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