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JURISDIÇÃO CONSTITUCIONAL AULA 7 Controle Abstrato de Constitucionalidade JURISDIÇÃO CONSTITUCIONAL Questões JURISDIÇÃO CONSTITUCIONAL Sistema difuso: inspirado no sistema americano Sistema concentrado: inspirado no sistema alemão JURISDIÇÃO CONSTITUCIONAL Sistema alemão - Art. 93 e outras normas da lei fundamental de Bonn : jurisdição constitucional -> bundesverfassungsgericht Não é instância de revisão; Inexistência de via processual própria de acesso ao bundesverfassungsgericht; Recurso constitucional: impetrado por particulares “Instrumento constitucional extraordinário, que permite afastar ofensas aos direitos fundamentais perpetradas pelo poder público” (Gilmar Mendes) JURISDIÇÃO CONSTITUCIONAL Controle no sistema alemão - É controle abstrato de normas (só válido para norma pós- constitucional) - Concreto de normas: suspensão dos processos pendentes e submissão da questão constitucional à Corte. Exercido por todos os juízes ordinários. - Conflito entre órgãos federais; - Outras atribuições. JURISDIÇÃO CONSTITUCIONAL Controle concentrado Sistema alemão e sistema brasileiro Sistema alemão Brasil -Lei fundamental de bonn de 23/05/1949 (serve de constituição a republica federal da alemanha) -Constituição de 1988 -Bundesverfassungsgericht. STF -Não é instância de revisão -Inexistência de via processual própria de acesso. -Não é instância de revisão -Existência de via processual de acesso. -Recurso constitucional (particulares) -Conflitos entre entes federativos. Controle abstrato (só normas pós- constitucionais) -Controle concreto (todos os juízes ordinários) -Writs constitucionais (particulares ou não) -Representação interventiva (questões ligadas a salvaguarda do sistema federativo) -Recurso extraordinãrio -Controle concentrado (abstrato) -Controle difuso JURISDIÇÃO CONSTITUCIONAL Controle Abstrato no Brasil JURISDIÇÃO CONSTITUCIONAL Ação Direta de Inconstitucionalidade Genérica ADin JURISDIÇÃO CONSTITUCIONAL Fundamentos: Art. 103 da CRFB e Lei 9868 de 1999 Natureza: Objetiva. Institucional Competência: STF Antecedentes: Representação interventiva – 1934 /Ação genérica de inconstitucionalidade (EC 16 de 1965) JURISDIÇÃO CONSTITUCIONAL Características JURISDIÇÃO CONSTITUCIONAL Exercício atípico da jurisdição. Inexistência de pretensões antagônicas, de lide. Misto entre processo judicial e legislativo (político). É abstrato: o controle se dá sobre a lei em tese. Não há caso concreto. Não se presta a tutela de direitos subjetivos (situações jurídicas individuais) “Peculiar instrumento de correção do sistema geral incidente”(Gilmar Mendes) JURISDIÇÃO CONSTITUCIONAL Objetivo Proteção do ordenamento jurídico, evitando incompatibilidades com a Constituição. JURISDIÇÃO CONSTITUCIONAL O que pode ser objeto de Adin? . JURISDIÇÃO CONSTITUCIONAL - Juízo de constitucionalidade como questão principal. - A norma deve ter um alto coeficiente de abstração. Ela deve criar ou modificar relações jurídicas. . Não há classificação doutrinária que faça esta definição de forma satisfatória definição da generalidade e abstração pela jurisprudência. JURISDIÇÃO CONSTITUCIONAL Limitação temporal: a norma deve ter sido produzida após a CRFB (norma pós Constitucional). Limitação espacial: incide sobre ato normativo emanado da União, dos Estado e do Distrito Federal, na sua competência própria de distrito. JURISDIÇÃO CONSTITUCIONAL O que não pode ser objeto de ADin: Norma de competência originária. Norma distrital com conteúdo municipal. Ato normativo tipicamente regulamentar. JURISDIÇÃO CONSTITUCIONAL O STF deve “manifestar-se acerca da validade de uma lei e, consequentemente sobre sua permanência ou não no sistema.” (L.R. Barroso). JURISDIÇÃO CONSTITUCIONAL Declaração da inconstitucionalidade de lei ou ato normativo. STF: A declaração de inconstitucionalidade não pode se estender a dispositivos que não tenham sido impugnados pelo autor, mesmo que os fundamentos sejam os mesmos. Exceção: inconstitucionalidade por arrastamento (dispositivos que embora não impugnados são logicamente afetados pela decisão a ser proferida (QO na ADin 2982-CE) . JURISDIÇÃO CONSTITUCIONAL O STF funciona como legislador positivo: paralisa a eficácia da norma inconstitucional. “a ação direta de inconstitucionalidade não pode ser utilizada como o objetivo de transformar STF, indevidamente, em legislador positivo, eis que o poder de inovar o sistema normativo, em caráter inaugural, constitui função típica da instituição parlamentar. Não se revela lícito pretender, em sede de controle normativo abstrato, que o supremo tribunal federal, a partir da supressão seletiva de fragmentos do discurso normativo inscrito no ato estatal impugnado, proceda à virtual criação de outra regra legal, substancialmente divorciada do conteúdo material que lhe deu o legislador.”(AGrg em AI 211.422). JURISDIÇÃO CONSTITUCIONAL Objeto Lei ou ato normativo federal ou estadual incompatíveis com a Constituição Federal (art. 102,I, a) – Art. 59 da CRFB Regra Geral: atos normativos primários JURISDIÇÃO CONSTITUCIONAL 1) Emenda constitucional Limitações circunstanciais: art. 60, § 1° da CRFB Limitações formais (rigidez): art. 60, I, II, II c/c os §§ 2°, 3° E 5º da CRFB. . Iniciativa . Elaboração . Proposta rejeitada JURISDIÇÃO CONSTITUCIONAL . Limitações materiais explícitas . Cláusulas pétreas contidas no § 4 ° do art. 60 da CRFB Podem sofrer acréscimo, mas jamais redução ou supressão. - Estado federal, democracia, separação dos poderes, direitos e garantias individuais. JURISDIÇÃO CONSTITUCIONAL . Limitações materiais implícitas: . Direitos fundamentais . Referentes ao titular do poder constituinte . Art. 34, VII: princípios sensíveis . Regras para modificação da Constituição. JURISDIÇÃO CONSTITUCIONAL 2) Lei complementar Quorum próprio* (art. 69 da CRFB – maioria absoluta) e matérias reservadas e taxativamente previstas na constituição (exemplo: art. 7º, I da CRFB) JURISDIÇÃO CONSTITUCIONAL - É “tertius genius” de leis, às quais o legislador constituinte legou determinadas matérias de inegável importância, mas que não seriam regulamentadas na própria constituição, por conta de um engessamento de futuras alterações, mas que ao mesmo tempo não poderiam ser modificadas pelo processe legislativo ordinário. - “A lei complementar somente deverá ser a espécie normativa adotada nas hipóteses em que haja menção expressa a ela no texto constitucional”. JURISDIÇÃO CONSTITUCIONAL - A questão da hierarquia entre a lei ordinária e lei complementar 1) Existência de hierarquia: lei complementar é terceiro gênero de lei, entre a lei ordinária e a Constituição (e suas Emendas) – Manoel Gonçalves F. Filho, Haroldo Valadão, Pontesde Miranda, Alexandre de Moraes...) 2)Não existência de hierarquia: ambas retiram seu fundamento de validade da Constituição. - Para o STF, não existe hierarquia entre essas espécies normativas, sendo que a distinção entre elas deve ser aferida em face da Constituição, considerando o campo de atuação de cada uma. JURISDIÇÃO CONSTITUCIONAL Lei ordinária Via mais comum de inovação na ordem jurídica. Competência residual JURISDIÇÃO CONSTITUCIONAL - Processo legislativo ordinário: art. 61 e seguintes da CRFB - Iniciativa: parlamentar e extraparlamentar / concorrente e privativa. Elaboração e apresentação da lei ao Congresso Nacional. JURISDIÇÃO CONSTITUCIONAL Controle de Lei ordinária Formal: Vício de iniciativa e sanção presidencial: STF Impossibilidade de convalidação da norma com vício de iniciativa pela sanção Presidencial (ADin 1201-RO) – o vício de iniciativa macula de nulidade toda a formação da lei. JURISDIÇÃO CONSTITUCIONAL Controle de Lei ordinária Formal: Processo: Fase constitutiva e fase complementar JURISDIÇÃO CONSTITUCIONAL Fase constitutiva: - Discussão e votação em cada casa – iniciadora e revisora (Câmara e Senado) –deliberação parlamentar (passando pela instrução nas Comissões – Controle preventivo). - Se de iniciativa do Presidente, STF e Tribunais superiores: início na Câmara (art. 64). . Revisão pelo Senado (art. 65) - Se aprovado pelas casas sanção ou veto presidencial - deliberação executiva (art. 66). JURISDIÇÃO CONSTITUCIONAL Fase complementar: - Promulgação e publicação da lei (art. 66, § 5 e 6 e LINDB) JURISDIÇÃO CONSTITUCIONAL Medida provisória - Ato normativo com força de lei. (Art. 62 da CRFB - Iniciativa: chefe do executivo . JURISDIÇÃO CONSTITUCIONAL - Tem força de lei; - Prazo de vigência é de sessenta dias, prorrogáveis uma vez por igual período; - Produz efeitos imediatos, mas depende de aprovação do Congresso Nacional para transformação definitiva em lei; JURISDIÇÃO CONSTITUCIONAL Controle de constitucionalidade da MP - Forma: procedimento do art. 62 da CRFB . Rejeição expressa pelo C.N. Veda a reedição na mesma sessão legislativa. . Rejeição tácita pelo C.N. Silêncio de 60 dias, prorroga por mais 60 dias veda a reedição (art. 62, § 3°). JURISDIÇÃO CONSTITUCIONAL Controle de constitucionalidade da MP Matéria: Art. 62, § 1° e 2 ° § 1º É vedada a edição de medidas provisórias sobre matéria: (Incluído pela Emenda Constitucional nº 32, de 2001) I - relativa a: (Incluído pela Emenda Constitucional nº 32, de 2001) a) nacionalidade, cidadania, direitos políticos, partidos políticos e direito eleitoral; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 32, de 2001) b) direito penal, processual penal e processual civil; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 32, de 2001) c) organização do Poder Judiciário e do Ministério Público, a carreira e a garantia de seus membros; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 32, de 2001) d) planos plurianuais, diretrizes orçamentárias, orçamento e créditos adicionais e suplementares, ressalvado o previsto no art. 167, § 3º; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 32, de 2001) JURISDIÇÃO CONSTITUCIONAL Controle de constitucionalidade da MP II - que vise a detenção ou seqüestro de bens, de poupança popular ou qualquer outro ativo financeiro; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 32, de 2001) III - reservada a lei complementar; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 32, de 2001) IV - já disciplinada em projeto de lei aprovado pelo Congresso Nacional e pendente de sanção ou veto do Presidente da República. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 32, de 2001) § 2º Medida provisória que implique instituição ou majoração de impostos, exceto os previstos nos arts. 153, I, II, IV, V, e 154, II, só produzirá efeitos no exercício financeiro seguinte se houver sido convertida em lei até o último dia daquele em que foi editada. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 32, de 2001) . JURISDIÇÃO CONSTITUCIONAL Relevância e urgência - STF Controle político. Presidente da República ao editá-la e o Congresso Nacional, ao aprová-la. Controle jurisdicional abuso no poder de legislar ou falta de razoabilidade da medida. JURISDIÇÃO CONSTITUCIONAL “Os conceitos de relevância e urgência a que se refere o art. 62 da constituição, como pressupostos para a edição das medidas provisórias, decorrem, em princípio, do juízo discricionário de oportunidade e valor do presidente da república, mas admitem o controle judiciário quanto ao excesso do poder de legislar...”(Adin-162-1- df – Min.Moreira Alves). JURISDIÇÃO CONSTITUCIONAL “Deferida medida cautelar em ação direta de inconstitucionalidade proposta pelo conselho federal da Ordem dos advogados do Brasil contra a MP 1.798, de 9.4.99 (reedição da MP 1.703, de 27.10.98), que altera a redação do art. 188 do CPC.... O tribunal decidiu, por unanimidade, suspender a eficácia do art. 188 do CPC (na redação dada pelo art. 5º da MP nº 1.703/98, em sua reedição no art. 1º DA MP nº 1.798-03, de 08/04/99), por entender... pela falta de urgência necessária à edição da medida provisória.” (Adinmc 1.910-df, rel. Min. Sepúlveda Pertence, 22.4.99 JURISDIÇÃO CONSTITUCIONAL Controle de M.P. Não há óbice alguma para que uma medida provisória tenha sua constitucionalidade aferida em ADIn, eis que se trata de ato normativo primário, com força de lei desde a sua edição. JURISDIÇÃO CONSTITUCIONAL Se não apreciada no prazo constitucional, a medida provisória perde sua eficácia desde a edição, aplicando-se a regra acima expendida sobre a competência do Congresso Nacional para disciplinar as relações jurídicas surgidas no período. Cabe lembrar que o prazo constitucional é de sessenta dias iniciais, admitida uma única prorrogação por igual período, não correndo esse prazo nos períodos de recesso do Congresso Nacional (CF, art. 62, § 4º) JURISDIÇÃO CONSTITUCIONAL A Constituição veda expressamente a edição de medida provisória para disciplinar a organização do Poder Judiciário, a carreira e a garantia de seus membros (CF, art. 62, § 1º). JURISDIÇÃO CONSTITUCIONAL JURISDIÇÃO CONSTITUCIONAL Decretos legislativos: (art. 49 e 62da CRFB) . Iniciativa: C.N. . Procedimento disciplinado pelo C.N. . Tratados internacionais: art. 49, I JURISDIÇÃO CONSTITUCIONAL Resoluções Ato do C.N. ou de qualquer de suas casas destinado a regular matéria de competência do Congresso, da Câmara ou do Senado. . R.G: efeitos internos . Procedimento: dado pelo Regimento Interno de cada uma das casas. JURISDIÇÃO CONSTITUCIONAL Decretos autônomos - São atos normativos secundários: - Decretos regulamentares, instruções normativas, portarias, resoluções conformam-se com as leis e não diretamente à Constituição – não se sujeitam ao controle abstrato. Exceção: atos que tenham forma de atos secundários e que realmente inovem da ordem jurídica, atuando com força de lei – submetem-se ao controle abstrato – decretos autônomos. JURISDIÇÃO CONSTITUCIONAL “É admissível ação direta de inconstitucionalidade cujoobjeto seja decreto quanto este, no todo ou em parte, manifestamente não regulamenta a lei, apresentando-se, assim, como decreto autônomo, o que dá margem a que seja examinado diretamente em face da constituição no que diz respeito ao princípio da reserva legal.” JURISDIÇÃO CONSTITUCIONAL O Pedido nas ADIn´s JURISDIÇÃO CONSTITUCIONAL - Art. 3 da lei 9868 de 1999 - Autor: indicação dos atos infraconstitucionais que considera incompatíveis com a constituição e quais os dispositivos constitucionais que estão sendo violados. - Por escrito, fundamentado e que deixe reconhecer determinada pretensão. JURISDIÇÃO CONSTITUCIONAL “...Necessário, em ação direta de inconstitucionalidade, que venham expostos os fundamentos jurídicos do pedido com relação às normas impugnadas, não sendo de admitir-se alegação genérica sem qualquer demonstração razoável, nem ataque a quase duas dezenas de medidas provisórias em sua totalidade com alegações por amostragem.” (Adin 259, min. Moreira Alves) JURISDIÇÃO CONSTITUCIONAL Legitimidade ativa JURISDIÇÃO CONSTITUCIONAL “...Um instituto completamente novo, mas digno de ser experimentado seria a criação de um advogado da constituição (verfassungdsnwalt) perante a corte constitucional, que – em analogia com promotor público no processo penal – instaurasse de ofício o controle de normas em relação aos atos que reputasse inconstitucionais. (Kelsen, 1928) Até 1988: monopólio do PGR Após a CRFB Vários legitimados (Art. 103 da CRFB e art. 2 da lei 9868 de 99) JURISDIÇÃO CONSTITUCIONAL 3 Pessoas 3 Mesas 3 Entidade JURISDIÇÃO CONSTITUCIONAL Universais: I, II, III, VI, VII e VIII Obs: inciso V Legitimados ativos Art. 103 da CRFB Especiais: IV, V, IX JURISDIÇÃO CONSTITUCIONAL Legitimados Universais Papel institucional de defesa da Constituição em qualquer hipótese. Aquele que tem implicitamente o dever de tutela da Constituição Art. Incisos I, II, II, VI, VII e VIII do art. 103 da CRFB e art. 2 da Lei 9868/99). JURISDIÇÃO CONSTITUCIONAL Presidente da República (art. 103, I): atos promulgados com derrubada do veto, quando for sua a iniciativa ou a sanção. Procurador Geral da República (art. 103, VI): decide sobre a propositura ou não da ação (encaminhamento ao STF pautado na seriedade e plausabilidade). Mesas da Câmara e do Senado (art. 103, II, III) # Mesa do Congresso que não é legitimado JURISDIÇÃO CONSTITUCIONAL Conselho Federal da OAB (art. 103, VII): essencial ao exercício da democracia (as Seccionais não são legitimadas) JURISDIÇÃO CONSTITUCIONAL Partido político com representação no C.N. (art. 103, VIII): O diretório nacional age em nome da agremiação (AGrg na ADin 779-DF). O STF não reconhece mais a Perda de legitimidade superveniente “A legitimidade se afere no momento da propositura da ação, sendo irrelevante a perda ulterior da representação parlamentar. (Adin (AGrg) 2159-df e ADin 2054-QO) JURISDIÇÃO CONSTITUCIONAL Legitimados especiais - Órgãos e entidades cuja atuação é restrita às questões que repercutem diretamente sobre suas esfera jurídica ou de seus filiados - Art. 103, IV, V e IX Devem demonstrar pertinência temática, sob pena de indeferimento da inicial JURISDIÇÃO CONSTITUCIONAL “A legitimidade ativa da confederação sindical, entidade de classe de âmbito nacional, Mesas das Assembleias Legislativas e governadores, para a ação direta de inconstitucionalidade, vincula-se ao objeto da ação, pelo que deve haver pertinência da norma impugnada com os objetivos do autor da ação. Precedentes do STF: ADI 305/RN (RTJ 153/428); ADI 1.151/MG (DJ de 19-5-1995); ADI 1.096/RS (Lex-JSTF, 211/54); ADI 1.519/AL, julgamento em 6-11-1996; ADI 1.464/RJ, DJ de 13-12-1996. Inocorrência, no caso, de pertinência das normas impugnadas com os objetivos da entidade de classe autora da ação direta).” (ADI 1.507- MC-AgR, rel. min. Carlos Velloso, julgamento em 3-2- 1997, Plenário, DJ de 6-6-1997.) JURISDIÇÃO CONSTITUCIONAL Pertinência temática Vínculo de pertinência entre o conteúdo material das normas impugnadas e a competência ou os interesses que cabe ao autor tutelar. (Adin 1307-MS – min. Francisco Rezek) JURISDIÇÃO CONSTITUCIONAL Mesa das Assembleias Legislativas ou da Câmara Legislativa do DF (art. 103, IV) "É de se reconhecer a legitimidade ativa ad causam da Câmara Legislativa do Distrito Federal, dado que a presente impugnação tem por alvo dispositivos da LC 101/2000. Dispositivos que versam, justamente, sobre a aplicação dos limites globais das despesas com pessoal do Poder Legislativo distrital." (ADI 3.756, rel. min. Ayres Britto, julgamento em 21-6-2007, Plenário, DJ de 19- 10-2007. JURISDIÇÃO CONSTITUCIONAL Governado do Estado ou do DF (Art. 103, V) - Quando argui a inconstitucionalidade de norma de seu próprio Estado, o governador é legitimado universal e não precisa demonstrar a pertinência temática, mas quando de norma de outro Estado, deve demonstrar a pertinência temática. JURISDIÇÃO CONSTITUCIONAL "Legitimidade -- Governador de Estado -- Lei do Estado -- Ato normativo abrangente -- Interesse das demais Unidades da Federação -- Pertinência temática. Em se tratando de impugnação a diploma normativo a envolver outras Unidades da Federação, o Governador há de demonstrar a pertinência temática, ou seja, a repercussão do ato considerados os interesses do Estado." (ADI 2.747, rel. min. Marco Aurélio, julgamento em 16-5-2007, DJ de 17-8-2007.) JURISDIÇÃO CONSTITUCIONAL “Lei editada pelo Governo do Estado de São Paulo. Ação direta de inconstitucionalidade proposta pelo governador do Estado de Goiás. Amianto crisotila. Restrições à sua comercialização imposta pela legislação paulista, com evidentes reflexos na economia de Goiás, Estado onde está localizada a maior reserva natural do minério. Legitimidade ativa do governador de Goiás para iniciar o processo de controle concentrado de constitucionalidade e pertinência temática.” (ADI 2.656, rel. min. Maurício Corrêa, julgamento em 8-5-2003, Plenário, DJ de 1º-8-2003 JURISDIÇÃO CONSTITUCIONAL Entidades de classe –sindicatos. (art. 103, IX) . De âmbito nacional: associação de pessoas físicas de pelo menos de nove estados. (1/3 do nº total de estados). . Classe: filiados ligados pela mesma atividade econômica ou profissional (homogeneidade de interesses). . Composição da entidade: Federação (sindicatos) e Confederação (Federações) STF: entendimento anterior a associação de associações não tem legitimidade, pois são confederados. JURISDIÇÃO CONSTITUCIONAL Confederação: STF Estabelecidas com um mínimo de 3 Federações e com abrangência em pelo menos 3 Estados (Adin 505-DF). “...Prova, nos autos, da composição associativa ampla, estando presente a associação em mais de nove Estados da federação. Cumprimento da exigência da pertinência temática, ante a existência de correlação entre o objeto do pedido de declaração de inconstitucionalidadee os objetivos institucionais da associação.” (ADI 3.702, rel. min. Dias Toffoli, julgamento em 1º-6-2011, Plenário, DJE de 30-8-2011.) JURISDIÇÃO CONSTITUCIONAL Legitimidade passiva JURISDIÇÃO CONSTITUCIONAL Defesa da norma: Advogado Geral da União (AGU) - Art. 103 § 3º Quando o Supremo Tribunal Federal apreciar a inconstitucionalidade, em tese, de norma legal ou ato normativo, citará, previamente, o Advogado-Geral da União, que defenderá o ato ou texto impugnado. JURISDIÇÃO CONSTITUCIONAL A AGU deve sempre defender a constitucionalidade da lei? Sim, exceto se já houver outra ADin declarando a inconstitucionalidade de norma dispondo sobre a mesma matéria (leis idênticas). Para o STF sem o AGU não há contraditório. JURISDIÇÃO CONSTITUCIONAL "O munus a que se refere o imperativo constitucional (CF, art. 103, § 3º) deve ser entendido com temperamentos. O advogado- geral da União não está obrigado a defender tese jurídica se sobre ela esta Corte já fixou entendimento pela sua inconstitucionalidade.” (ADI 1.616, rel. min. Maurício Corrêa, julgamento em 24-5-2001, Plenário, DJ de 24-8- 2001.) Vide: ADI 3.916, rel. min. Eros Grau, julgamento em 3- 2-2010, Plenário, DJE de 14-5-2010 JURISDIÇÃO CONSTITUCIONAL "A função processual do advogado-geral da União, nos processos de controle de constitucionalidade por via de ação, é eminentemente defensiva. Ocupa, dentro da estrutura formal desse processo objetivo, a posição de órgão agente, posto que lhe não compete opinar e nem exercer a função fiscalizadora já atribuída ao PGR. Atuando como verdadeiro curador (defensor legis) das normas infraconstitucionais, inclusive daquelas de origem estadual, e velando pela preservação de sua presunção de constitucionalidade e de sua integridade e validez jurídicas no âmbito do sistema de direito, positivo, não cabe ao advogado-geral da União, em sede de controle normativo abstrato, ostentar posição processual contrária ao ato estatal impugnado, sob pena de frontal descumprimento do munus indisponível que lhe foi imposto pela própria CR." (ADI 1.254-AgR, rel. min. Celso de Mello, julgamento em 14-8-1996, Plenário, DJ de 19-9-1997.) No mesmo sentido: ADI 3.413, rel. min. Marco Aurélio, julgamento em 1º-6- 2011, Plenário, DJE de 1º-8-2011. JURISDIÇÃO CONSTITUCIONAL STF A AGU deve defender a constitucionalidade da norma, mas se não o faz não há sanção possível, já que não há previsão constitucional. JURISDIÇÃO CONSTITUCIONAL O amicus curiae (amigo da Corte) JURISDIÇÃO CONSTITUCIONAL JURISDIÇÃO CONSTITUCIONAL Notícias STF. Segunda-feira, 17 de março de 2014 “A empresária Paula Mafra Lavigne, em nome da Uns Produções Artísticas e da Uns e Outros Produções e Filmes, defendeu, na audiência pública sobre direitos autorais, a Lei 12.853/2013, questionada nas Ações Diretas de Inconstitucionalidade (ADIs) 5062 e 5065. A expositora disse que não pretendia abordar questões técnicas, mas falar “de sentimentos”, do processo que levou à criação de um grupo que atuou, no Congresso Nacional, pela aprovação da lei.” JURISDIÇÃO CONSTITUCIONAL Intervenção assistencial em processos de controle de constitucionalidade por parte de entidades que tenham representatividade adequada para se manifestar nos autos sobre questão de direito pertinente à controvérsia constitucional. Não são partes dos processos; atuam apenas como interessados na causa. Plural: Amici curiae (amigos da Corte). JURISDIÇÃO CONSTITUCIONAL Art. 7º, da lei 9868/99 § 2º. O relator, considerando a relevância da matéria e a representatividade dos postulantes, poderá, por despacho irrecorrível, admitir, observado o prazo fixado no parágrafo anterior, a manifestação de outros órgãos ou entidades. JURISDIÇÃO CONSTITUCIONAL - Justificativa: legitimação social das decisões do STF (Min Celso de Mello na Adin 2130-MC/SC) - O Deferimento é ato do relator (Adin 2238): requisitos e conveniência e oportunidade (discricionariedade) JURISDIÇÃO CONSTITUCIONAL - Requisitos para admissão do amicus relevância da matéria representatividade dos postulantes - Sustentação oral (art. 131, § 3º do RISFT) JURISDIÇÃO CONSTITUCIONAL 'O amicus curiae é um colaborador da Justiça que, embora possa deter algum interesse no desfecho da demanda, não se vincula processualmente ao resultado do seu julgamento. É que sua participação no processo ocorre e se justifica, não como defensor de interesses próprios, mas como agente habilitado a agregar subsídios que possam contribuir para a qualificação da decisão a ser tomada pelo Tribunal. A presença de amicus curiae no processo se dá, portanto, em benefício da jurisdição, não configurando, consequentemente, um direito subjetivo processual do interessado. A participação do amicus curiae em ações diretas de inconstitucionalidade no STF possui, nos termos da disciplina legal e regimental hoje vigentes, natureza predominantemente instrutória, a ser deferida segundo juízo do Relator. A decisão que recusa pedido de habilitação de amicus curiae não compromete qualquer direito subjetivo, nem acarreta qualquer espécie de prejuízo ou de sucumbência ao requerente, circunstância por si só suficiente para justificar a jurisprudência do Tribunal, que nega legitimidade recursal ao preterido." (ADI 3.460-ED, rel. min. Teori Zavascki, julgamento em 12-2- 2015, Plenário, DJE de 12-3-2015.) JURISDIÇÃO CONSTITUCIONAL Procedimento JURISDIÇÃO CONSTITUCIONAL INICIAL liminar? INFORMAÇÕES AO ÓRGÃO/AUTORIDADE DO QUAL EMANOU O ATO (30 dias) / PODE ADMITIR AMICUS CURIAE A.G.U. P.G.R. (custus legis- mesmo quando legitimado ativo) PLENO (ART. 5º RISTF) PROCEDENTE IMPROCEDENTE legislador atípico negativo JURISDIÇÃO CONSTITUCIONAL • Se o STF entende improcedente a ADin, a lei continua vigorando e mais, a decisão tem efeito vinculante, ou seja, não se pode mais requerer a inconstitucionalidade da mesma norma. (Art. 28, p.u. da lei 6899/99). • Se o STF julga procedente a ADin, ele legisla, mas como legislador atípico negativo, revogando a lei. A decisão é oponível erga omnes e vinculante. JURISDIÇÃO CONSTITUCIONAL Medida cautelar (Art. 102, I. p) Suspensão provisória da vigência da lei ou ato normativo JURISDIÇÃO CONSTITUCIONAL - Requisitos (STF) . Fummus boni iuris . Periculum in mora - Não ocorrência: ajuizamento tardio da ADin. - Irreparabilidade ou insuportabilidade dos danos emergentes dos próprios atos impugnados. - Necessidade de garantir a ulterior eficácia da decisão. JURISDIÇÃO CONSTITUCIONAL Jurisprudência STF - Relevância do pedido: fummus + necessidade de garantir ulterior eficácia da decisão. - Conveniência da medida: ponderação entre o proveito e o ônus da suspensão provisória. JURISDIÇÃO CONSTITUCIONAL "A proximidade das eleições gerais de 3 de outubro de 2010 e a invulgar importância do tema enfrentado na presente ação direta, relativo ao livre exercício da cidadania pela expressão do voto, autorizam o procedimento de urgênciaprevisto no art. 10, § 3º, da Lei 9.868/99, a fim de que o Tribunal possa se manifestar antes de eventual perecimento de direito." (ADI 4.467-MC, rel. min. Ellen Gracie, julgamento em 30-9-2010, Plenário, DJE de 1º-6-2011.) JURISDIÇÃO CONSTITUCIONAL Indeferimento da cautelar - Não tem efeito vinculante. - Permite a reiteração do pedido diante da ocorrência de fatos supervenientes que justifiquem o reexame. JURISDIÇÃO CONSTITUCIONAL Deferimento - Só por decisão da maioria absoluta dos membros do tribunal (6 ministros), reunidos em sessão do pleno com a participação de pelo menos 8 ministros (art. 10 da lei 9868/99) - Suspensão do julgamento de qualquer processo em andamento perante o STF que tenha como objeto a norma impugnada, até a decisão final. - Não cabe pedido de reconsideração. JURISDIÇÃO CONSTITUCIONAL Efeitos Art. 11 da lei 9868/99 § 1º. A medida cautelar, dotada de eficácia contra todos (erga omnes e vinculante), será concedida com efeito ex nunc, salvo se o Tribunal entender que deva conceder-lhe eficácia retroativa. §. A concessão da medida cautelar torna aplicável a legislação anterior acaso existente (efeito repristinatório tácito), salvo expressa manifestação em sentido contrário. JURISDIÇÃO CONSTITUCIONAL “Declaração de inconstitucionalidade em tese e efeito repristinatório. A declaração de inconstitucionalidade in abstracto, considerado o efeito repristinatório que lhe é inerente (RTJ 120/64 -- RTJ 194/504-505-- ADI 2.867/ES, v.g.), importa em restauração das normas estatais revogadas pelo diploma objeto do processo de controle normativo abstrato. É que a lei declarada inconstitucional, por incidir em absoluta desvalia jurídica (RTJ 146/461-462), não pode gerar quaisquer efeitos no plano do direito, nem mesmo o de provocar a própria revogação dos diplomas normativos a ela anteriores..." (ADI 3.148, rel. min. Celso de Mello, julgamento em 13- 12-2006, DJ de 28-9-2007.) No mesmo sentido: (ADI 2.903, rel. min. Celso de Mello, julgamento em 1º-12-2005, DJE de 19-9-2008.)” JURISDIÇÃO CONSTITUCIONAL Rito mais célere - Art. 12 da lei. 9868 - Relevância da matéria, especial significado para a ordem social e a segurança jurídica. - Após a oitiva do AGU e do PGR, o relator submete ao tribunal que julgará a ação definitivamente. JURISDIÇÃO CONSTITUCIONAL A decisão final na ADin JURISDIÇÃO CONSTITUCIONAL - Art. 22 a 28 da lei 9868 de 99 - Natureza declaratória: constata ou não a existência de um vício e proclama a invalidade da norma e a perda de sua eficácia ou a mantem válida e eficaz. - Unidade conceitual: Adin e ADC– art. 24 - Procedente a ADin improcedente a ADC e vice-versa. JURISDIÇÃO CONSTITUCIONAL - Decisão por maioria absoluta do Tribunal (mínimo de 6 ministros) e com a presença de no mínimo 8 (art. 22 da lei 9868/99) - Decisão irrecorrível .Embargos de declaração (não é recurso) pelo requerente e requerido – art. 26 da lei 9868/99 - Reclamação – preservação da competência do STF (art. 102, I, i). Exercício constitucional do direito de petição aos poderes públicos (Grinover e STF – Adin 2480 JURISDIÇÃO CONSTITUCIONAL Efeitos No tempo Ex tunc O art. 27 da lei 9868/99 permite a modulação temporal, decidida por maioria de 2/3 dos membros. Subjetivo Erga omnes e vinculante (art. 28, p.u.) Vincula o Poder Judiciário e Adm. pública – art. 28, p.u.. JURISDIÇÃO CONSTITUCIONAL Repristinatório tácito “A declaração final de inconstitucionalidade, quando proferida em sede de fiscalização normativa abstrata, importa (considerado o efeito repristinatório que lhe é inerente) em restauração das normas estatais anteriormente revogadas pelo diploma normativo objeto do juízo de inconstitucionalidade, eis que o ato inconstitucional, por juridicamente inválido (RTJ 146/461-462), não se reveste de qualquer carga de eficácia derrogatória. Doutrina. Precedentes (STF)." (ADI 2.884, Rel. Min. Celso de Mello, julgamento em 2-12-2004, Plenário, DJ de 20-5-2005.) JURISDIÇÃO CONSTITUCIONAL Limites objetivos – quanto ao objeto do litígio Norma cuja inconstitucionalidade se pretendeu declarar. Na procedência . Eficácia preclusiva: não será possível o ajuizamento de outra ADin sobre a mesma norma. . Eficácia vinculante: juízes e tribunais estão submetidos à decisão proferida, não podendo desconsiderar a inconstitucionalidade da lei ou ato normativo (Coisa julgada inconstitucional). JURISDIÇÃO CONSTITUCIONAL - Na improcedência: controvérsia . A decisão não se reveste da autoridade da coisa julgada material – a lei considerada válida pode vir a não ser assim considerada em virtude de novos argumentos, novos fatos, mudanças formais e materiais na constituição... - O ato impugnado continua existente, válido e eficaz. . Apenas efeito vinculante com relação a todos os tribunais e a Adm Publica. mas não ao STF que pode rever a questão. JURISDIÇÃO CONSTITUCIONAL Limites subjetivos Erga omnes - Substituição processual: legitimados agindo em nome da coletividade. - Art. 28, Parágrafo único. A declaração de constitucionalidade ou de inconstitucionalidade, inclusive a interpretação conforme a Constituição e a declaração parcial de inconstitucionalidade sem redução de texto, têm eficácia contra todos e efeito vinculante em relação aos órgãos do Poder Judiciário e à Administração Pública federal, estadual e municipal. JURISDIÇÃO CONSTITUCIONAL Mecanismos de interpretação constitucional JURISDIÇÃO CONSTITUCIONAL Interpretação conforme a Constituição “ Ao recomendar – nisso se resume este princípio – que os aplicadores da Constituição, em face das normas infraconstitucionais de múltiplos significados, escolham o sentido que as torne constitucionais e não aquele que resulte na sua declaração de inconstitucionalidade.” “...Se uma lei pode ser interpretada em dois sentidos, um que a torne incompatível com a lei suprema, outro que permite sua eficácia, a última interpretação é a que deve prevalecer” (lucio bittencourt) JURISDIÇÃO CONSTITUCIONAL Interpretação conforme a constituição “o princípio da interpretação conforme a constituição é um instrumento hermenêutico de conhecimento das normas constitucionais que impõe o recurso a estas para determinar e apreciar o conteúdo intrínseco da lei.” (J.J. Canotilho) JURISDIÇÃO CONSTITUCIONAL “A interpretação das leis em conformidade com a constituição deve afastar-se quando, em lugar do resultado querido pelo legislador, se obtém uma regulação nova e distinta, em contradição com o sentido literal ou sentido objectivo claramente recognoscível da lei ou em manifesta dessintonia com os objectivos pretendidos pelo legislador” (Canotilho) JURISDIÇÃO CONSTITUCIONAL Declaração da inconstitucionalidade parcial sem redução de texto (espécie) Exclusão de determinada interpretação possível da norma e afirmação de uma interpretação alternativa, compatível com a constituição. Não se reduz o texto. Só pode ser utilizado quando o sentido da norma não é unívoco. JURISDIÇÃO CONSTITUCIONAL Na Interpretação conforme a norma continua no ordenamento jurídico coma interpretação que lhe foi dada e que lhe restitui a constitucionalidade (adiciona-se uma interpretação). Na declaração parcial sem redução de texto se exclui determinado sentido (abdução). Neste último caso, a norma continua com seu texto inalterado, mas com a exclusão de uma determinada interpretação. JURISDIÇÃO CONSTITUCIONAL Tese da parcelaridade (STF) Interpretação conforme com redução de texto (Adin 1227-8) O STF pode decidir parcialmente o pedido de declaração de inconstitucionalidade, expurgando do texto apenas uma palavra, uma expressão. Não há necessidade de declarar inconstitucional todo o texto. (Lenza) JURISDIÇÃO CONSTITUCIONAL Transcendência dos motivos determinantes STF Juízes e Tribunais devem seguir tanto à parte dispositiva do acórdão quanto aos seus fundamentos. O efeito vinculante estende-se à ratio decidendi (QO na RCL 1880-sp) Possibilidade de reclamação - Requerente ou terceiros estranhos ao processo. JURISDIÇÃO CONSTITUCIONAL Questão objetiva Para fins de propositura da ação direta de inconstitucionalidade e da ação declaratória de constitucionalidade, são legitimados universais e especiais, respectivamente: a) Presidente da República e Mesa do Senado Federal. b) Mesa de Assembleia Legislativa e Confederação Sindical. c) Conselho Federal da OAB e Governador de Estado. d) Procurador Geral da República e Conselho Federal da OAB. e) Procurador Geral da República e Governador de Estado. JURISDIÇÃO CONSTITUCIONAL O Procurador Geral da República ajuizou uma Ação Direta de Inconstitucionalidade em face da Lei distrital n. 3.669/2005, que cria a carreira de atividades penitenciárias e respectivos cargos no quadro de pessoal do Distrito Federal. Alega, em síntese, que o DF teria usurpado competência da União (arts. 21, XIV c/c 32, § 4°, CRFB/88), que atribui a responsabilidade pelas funções exercidas por tal carreira aos agentes penitenciários integrantes da carreira da polícia civil. Citado na forma do art. 103, § 3°, CRFB/88, o Advogado Geral da União manifestou-se pela procedência da ação, pedindo, consequentemente, a declaração de inconstitucionalidade da referida lei distrital. Diante de tal situação, responda, justificadamente: Poderia o AGU ter deixado de proceder à defesa do ato normativo impugnado? JURISDIÇÃO CONSTITUCIONAL Entendeu-se ser necessário fazer uma interpretação sistemática, no sentido de que o § 3º do art. 103 da CF concede à AGU o direito de manifestação, haja vista que exigir dela defesa em favor do ato impugnado em casos como o presente, em que o interesse da União coincide com o interesse do autor, implicaria retirar-lhe sua função primordial que é a defender os interesses da União (CF, art. 131). Além disso, a despeito de reconhecer que nos outros casos a AGU devesse exercer esse papel de contraditora no processo objetivo, constatou- se um problema de ordem prática, qual seja, a falta de competência da Corte para impor-lhe qualquer sanção quando assim não procedesse, em razão da inexistência de previsão constitucional para tanto. Vencidos, no ponto, os Ministros Marco Aurélio, suscitante, e Joaquim Barbosa que o acompanhava. ADI 3916/DF, rel. Min. Eros Grau, 7.10.2009. (ADI-3916) b) A ADI só é cabível quando a lei distrital decorre do exercicio de competência legislativa estadual, conforme Súmula 642 do STF (Não cabe ação direta de inconstitucionalidade de lei do Distrito Federal derivada da sua competência legislativa municipal). Informativo 562, STF: JURISDIÇÃO CONSTITUCIONAL Exercícios aula 7 JURISDIÇÃO CONSTITUCIONAL CASO 1-Questão objetiva Sobre o processo da ADI é incorreto afirmar que: (0.5 pontos) a) A atuação do AGU somente será possível se o mesmo não representar o autor da ação. b) O PGR é chamado ao processo para apresentar o seu parecer. c) O amigo da corte participará do processo à convite do relator, figurando como um técnico na questão. d) O pedido liminar deferido suspenderá todas as ações do controle concreto que versem sobre a referida inconstitucionalidade. JURISDIÇÃO CONSTITUCIONAL 2 - Questão discursiva: O Procurador Geral da República ajuizou uma Ação Direta de Inconstitucionalidade em face da Lei distrital n. 3.669/2005, que cria a carreira de atividades penitenciárias e respectivos cargos no quadro de pessoal do Distrito Federal. Alega, em síntese, que o DFteria usurpado competência da União (arts. 21, XIV c/c 32, § 4°, CRFB/88), que atribui a responsabilidade pelas funções exercidas por tal carreira aos agentes penitenciários integrantes da carreira da polícia civil. Citado na forma do art. 103, § 3°, CRFB/88, o Advogado Geral da União manifestou-se pela procedência da ação, pedindo, consequentemente, a declaração de inconstitucionalidade da referida lei distrital. Diante de tal situação, responda, justificadamente: Poderia o AGU ter deixado de proceder à defesa do ato normativo impugnado? JURISDIÇÃO CONSTITUCIONAL Informativo 562, STF....” questão de ordem suscitada pelo Min. Marco Aurélio que, diante do parecer da Advocacia Geral da União que se manifestava pela declaração de inconstitucionalidade da lei impugnada ... Entendeu-se ser necessário fazer uma interpretação sistemática, no sentido de que o § 3º do art. 103 da CF concede à AGU o direito de manifestação, haja vista que exigir dela defesa em favor do ato impugnado em casos como o presente, em que o interesse da União coincide com o interesse do autor, implicaria retirar-lhe sua função primordial que é a defender os interesses da União (CF,art. 131). Além disso, a despeito de reconhecer que nos outros casos a AGU devesse exercer esse papel de contraditora no processo objetivo, constatou- se um problema de ordem prática, qual seja, a falta de competência da Corte para impor-lhe qualquer sanção quando assim não procedesse, em razão da inexistência de previsão constitucional para tanto. Vencidos, no ponto, os Ministros Marco Aurélio, suscitante, e Joaquim Barbosa que o acompanhava. ADI 3916/DF, rel. Min. Eros Grau, 7.10.2009. (ADI- 3916) b) A ADI só é cabível quando a lei distrital decorre do exercicio de competência legislativa estadual, conforme Súmula 642 do STF (Não cabe ação direta de inconstitucionalidade de lei do Distrito Federal derivada da sua competência legislativa municipal).
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