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Resumo PROCESSO CIVIL

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1 
RESUMO DE PROCESSO CIVIL 
 
(Atualizado com as leis 11.382/2006, 11.417/2006, 11.418/2006, 11.341/2006, 
11.419/2006, 11.441/2007 e 11.448/2007) 
 
Conceito: O Processo Civil é a instrumentalidade do Direito Civil, que disciplina 
a aplicação da jurisdição sobre as partes em litígio, visando a pacificação social. 
Princípios – O Processo Civil é regido por princípios, dentre os quais 
podemos citar: devido processo legal: obrigação de se aplicar um processo 
justo e legal; contraditório: todas as partes da relação processual têm 
assegurado o direito de exposição de suas razões; ampla defesa: garantia de 
promover a ampla defesa de seus direitos; isonomia: igualdade de tratamento 
no decorrer do processo; juiz natural: as sentenças serão expedidas por juízo 
competente, proibido o juízo ou tribunal de exceção - o tribunal criado por lei 
apara julgar um caso específico; proibição de prova ilícita: não são aceitas 
provas obtidas por meios ilícitos e usadas no processo; motivação das 
decisões judiciais: toda sentença deve ser motivada; publicidade: atos 
processuais devem ser públicos, com exceção dos legalmente impedidos de 
publicação (segredo de justiça); duplo grau de jurisdição: direito de recorrer 
das decisões judiciais; e, finalmente, o princípio da boa-fé, segundo o qual as 
partes devem litigar sob a lealdade. 
JURISDIÇÃO E AÇÃO 
Jurisdição (artigos 1º a 6º do CPC) – É a capacidade do Estado de substituir 
as partes em conflito, mediante uma provocação expressa, tendo o Estado o 
poder de expedir uma decisão que gere a pacificação do litígio. Em síntese, a 
jurisdição é o comprometimento do Estado em dar solução a litígios, aplicando 
a imperatividade da legislação pertinente. 
 2 
Tipos de Jurisdição: Voluntária – inexiste conflito entre as partes, mas a 
intervenção do Estado se faz, mediante provocação, quando algum interesse 
envolvido precisa ser assegurado por sua relevância; Contenciosa – 
intervenção do Estado junto aos conflitos, para solução mediante definição da 
razão em favor de uma das partes envolvidas (pode ocorrer de mais de um 
indivíduo ser beneficiado) . 
 
Ação – Pedido de intervenção do Estado para efetivação da jurisdição em um 
determinado conflito. 
 
Condições da Ação – Legitimidade - direito da parte em invocar a prestação 
jurisdicional; Interesse - vontade de agir, que se concretiza com a proposição 
da ação em juízo; e Possibilidade jurídica do pedido - legalidade do pedido junto 
ao ordenamento pertinente. 
 
Elementos da Ação – Constituem elementos da ação: as partes: que são os 
agentes em litígio que sofrerão os efeitos da jurisdição; e o pedido: que é o 
objeto da pretensão estancada em juízo, e pode ser mediato (delimitação do 
bem pretendido), ou imediato (delimitação do bem pretendido diretamente ao 
juiz); e a causa de pedir: que é o objeto da pretensão proposta em juízo. 
 
Partes e Procuradores (artigos 7º a 45 do CPC) 
Partes – Todas as pessoas que se acham no exercício de seus direitos. Os 
incapazes serão representados ou assistidos por seus pais, tutores ou 
curadores. 
Deveres – São deveres das partes: expor os fatos em juízo conforme a 
verdade; proceder com lealdade e boa-fé; não formular pretensões, nem alegar 
defesa, cientes de que são destituídas de fundamento; não produzir provas, 
nem praticar atos inúteis ou desnecessários à declaração ou defesa do direito; 
 3 
cumprir com exatidão os provimentos mandamentais; e não criar embaraços à 
efetivação de provimentos judiciais, de natureza antecipatória ou final. O autor, 
o réu ou o interveniente sempre respondem por perdas e danos no caso de seu 
pleito vir eivado de má-fé. 
Procuradores - A parte será representada em juízo por advogado legalmente 
habilitado. Ser-lhe-á lícito, no entanto, postular em causa própria, quando tiver 
habilitação legal, ou, não a tendo, no caso de falta de advogado no local, ou no 
caso de recusa ou impedimento dos que houver. 
Litisconsórcio (artigos 46 a 49) - Facultativo: duas ou mais pessoas podem 
litigar no mesmo processo, em conjunto, ativa ou passivamente, quando entre 
elas houver comunhão de direitos ou de obrigações em relação à lide; quando 
os direitos ou as obrigações derivarem do mesmo fundamento de fato ou de 
direito; quando entre as causas houver conexão pelo objeto ou pela causa de 
pedir; e quando ocorrer afinidade de questões, por um ponto comum de fato ou 
de direito. Necessário: há litisconsórcio necessário, quando, por disposição de 
lei ou pela natureza da relação jurídica, o Juiz tiver de decidir a lide de modo 
uniforme para todas as partes; caso em que a eficácia da sentença dependerá 
da citação de todos os litisconsortes no processo. 
Assistência (artigos 50 a 55) - Pendendo uma causa entre duas ou mais 
pessoas, um terceiro, que tenha interesse jurídico em que a sentença seja 
favorável a uma delas poderá intervir no processo para assisti-la. Simples: é a 
relação entre assistente e assistido. Litisconsorcial – é a relação do assistente 
com a parte contrária do assistido. 
 
 4 
INTERVENÇÃO DE TERCEIROS 
Oposição (artigos 56 a 61) - Quem pretender, no todo ou em parte, a coisa ou 
o direito sobre que controvertem autor e réu poderá, até ser proferida a 
sentença, oferecer oposição contra ambos. 
Nomeação a Autoria (artigos 62 a 69) - Aquele que detiver a coisa em nome 
alheio, sendo-lhe demandada em nome próprio, deverá nomear à autoria o 
proprietário ou o possuidor. Em síntese, é o pedido de retirada do processo, 
com nomeação de um terceiro. 
Denunciação a Lide (artigos 70 a 76) – Denúncia feita sobre terceiro para que 
este pague a sucumbência sobre a lide, por ser uma espécie de garantia desta. 
A denunciação acontece em casos específicos, dos quais podemos citar, de 
acordo com o art. 70 do CPC: a denunciação ao alienante, na ação em que 
terceiro reivindica a coisa, cujo domínio foi transferido à parte, a fim de que esta 
possa exercer o direito que da evicção Ihe resulta; a denunciação ao 
proprietário ou ao possuidor indireto, quando, por força de obrigação ou direito, 
em casos como o do usufrutuário, do credor pignoratício ou do locatário, o réu 
citado em nome próprio exerça a posse direta da coisa demandada; e a 
denunciação àquele que estiver obrigado, pela lei ou pelo contrato, a indenizar, 
em ação regressiva, o prejuízo do que perder a demanda. 
Chamamento ao Processo (artigos – 77 a 80) – Chamamento no prazo da 
contestação para que os coobrigados venham a integrar o pólo passivo da lide. 
Possibilidades: do devedor, na ação em que o fiador for réu; dos outros 
fiadores, quando para a ação for citado apenas um deles; e de todos os 
devedores solidários, quando o credor exigir de um ou de alguns deles, parcial 
ou totalmente, a dívida comum. 
 5 
Ministério Público (artigos 81 a 85) – O Ministério Público terá direito de ação 
nas causas em que houver interesses de incapazes; nas causas concernentes 
ao estado da pessoa, pátrio poder, tutela, curatela, interdição, casamento, 
declaração de ausência e disposições de última vontade; nas ações que 
envolvam litígios coletivos pela posse de terra rural; e nas demais causas em 
que há interesse público evidenciado pela natureza da lide ou pela qualidade da 
parte. 
Competência (artigos 83 a 153) – É a medida da Jurisdição. Determina-se a 
competência no momento em que a ação é proposta. São irrelevantes as 
modificações do estado de fato ou de direito ocorridas posteriormente, salvo 
quando suprimirem o órgão judiciário ou alterarem a competência em razão da 
matéria ou da hierarquia. 
Definição da Competência – O CPC adota três critérios para definir acompetência: o objetivo - segundo o qual se fixa a competência com base nos 
elementos da causa, ou seja, natureza, valor e condição das partes; o territorial 
- competência relativa, fixada basicamente no domicílio do réu; e o funcional - 
competência absoluta, prevista em lei, na qual os órgãos do judiciário 
funcionam dentro de uma hierarquia verticalizada e dividida em instâncias de 
atuação). 
A competência territorial possuí as seguintes características: firmada 
basicamente no domicílio do réu (artigo 94); no local dos fatos (artigo 100); e no 
domicílio delimitado e foro da situação da coisa. 
Modificação da Competência (artigos 86 a 124) - A competência, em razão 
do valor e do território, poderá modificar-se pela conexão (duas ou mais ações, 
quando Ihes for comum o objeto ou a causa de pedir) ou pela continência 
(duas ou mais ações, sempre que há identidade quanto às partes e à causa de 
 6 
pedir, mas o objeto de uma, por ser mais amplo, abrange o das outras). 
Atos Processuais (artigos 154 a 171) – Todas as atividades praticadas pelas 
partes com um objeto comum. Não se apresentam de forma isolada, e seu 
conjunto visa a uma finalidade comum ( o resultado). 
Princípios – Liberdade das formas - forma mais idônea de se atingir o objetivo; 
documentação - todos os documentos relevantes ao julgamento da ação; 
publicidade - todos os atos são públicos, com exceção dos que devem 
preservar os interesses particulares das partes; obrigatoriedade de vernáculo - 
uso obrigatório da Língua Portuguesa. 
Classificação – Atos das partes - praticados por autor, réu, terceiros 
interessados e Ministério Público; atos do juiz - sentenças e decisões 
interlocutórias (não põem fim ao processo), e despachos - atos praticados 
pelos auxiliares da justiça para a devida prestação jurisdicional. 
Feriados Forenses – A regra é para que os atos não sejam praticados nos 
feriados forenses, com exceção das medidas de natureza urgente. 
Prazos – Se não houver previsão legal, a lei diz que os prazos omissos devem 
ser praticados em cinco dias. 
Contagem – Exclui-se o dia de início e inclui-se o dia de final. No caso de o dia 
de início ou fim cair em final de semana (sábado ou domingo), em feriado, ou 
em dias em que não haja expediente forense, os prazos são prorrogados para o 
dia útil subseqüente. 
 7 
 
Prazo para Fazenda Pública e Ministério Público - O prazo é contado em 
dobro para recorrerem, e é quadruplicado para contestar. 
Prazo para Defensoria Pública - Os prazos são contados em dobro. 
Prazo para Litisconsortes - No caso de litisconsortes tiverem diferentes 
procuradores, ser-lhes-ão contados em dobro os prazos para contestar, recorrer 
e de modo geral falar nos autos. 
Citação (artigos 213 a 233) – É o ato processual de chamamento do réu ou do 
interessado para se defenderem. A citação válida previne o juízo, produz 
litispendência, torna a coisa litigiosa, constitui o devedor em mora e interrompe 
a prescrição. Sua nulidade pode ser argüida em qualquer fase processual. 
Formas de citação: 
 Por correio ou Postal – Com exceção das ações de Estado, quando o réu 
for incapaz, ou quando ele for pessoa jurídica de direito público; nas execuções, 
e quando o réu se encontrar em local incerto ou não sabido; ou quando o autor 
requerer de outra forma. 
 Por Oficial de Justiça – Efetivada por funcionário público com fé pública 
para colher a assinatura do citado ou dar informações sobre sua condição no 
ato da citação. 
 Por Edital – É sempre feita quando o réu se encontra em local incerto ou não 
 8 
sabido e quando outros atos para a citação não tiverem produzido os efeitos 
necessários. 
 Por Hora Certa – Sempre que o Oficial de Justiça suspeitar da ocultação do 
citado, e após três tentativas, poderá, a pedido, efetivar a citação de qualquer 
pessoa encontrada no local. Nesse caso, o ato é feito com designação, pelo 
Oficial, de dia e hora para ocorrência. 
Impedimentos para citação – Para quem estiver assistindo a ato religioso; 
para cônjuge ou parente de até segundo grau; por até sete dias do falecimento 
da parte; e para os doentes em estado grave. Existe exceção nos casos de 
possibilidade de perda de direito. 
Efetivadas as citações, os prazos para resposta começam com a data de 
juntada de sua efetivação nos autos do processo. 
Intimação (artigos 234 a 242) – É a chamada ao processo para que se efetive 
atos sob sua responsabilidade. Pode efetivar-se por meio de publicação para 
advogados, e deve ser feita pessoalmente nos casos de existência de Defensor 
Público ou representante do Ministério Público. 
Formação e Extinção dos Processos (artigos 262 a 269) - A formação do 
processo começa com a iniciativa da parte e, logo após, pelo impulso do 
Estado. A distribuição é o marco inicial de formação do processo, podendo 
ocorrer modificação do pedido e da causa de pedir até a citação ou o 
saneamento (com autorização e consentimento da parte). A extinção ocorre, 
mediante sentença, com ou sem a resolução do mérito. Sem a resolução de 
mérito (artigo 267 do CPC) ocorrerá: quando o juiz indefere a petição inicial; 
quando o processo ficar parado durante mais de um ano, por negligência das 
 9 
partes; quando, por não promover os atos e diligências que Ihe competir, o 
autor abandonar a causa por mais de trinta dias; quando se verificar a ausência 
de pressupostos de constituição e de desenvolvimento válido e regular do 
processo; quando o juiz acolher a alegação de perempção, litispendência ou de 
coisa julgada; quando não concorrer qualquer das condições da ação, como a 
possibilidade jurídica, a legitimidade das partes e o interesse processual; 
quando o autor desistir da ação; quando a ação for considerada intransmissível 
por disposição legal; quando ocorrer confusão entre autor e réu; ou ainda pela 
convenção de arbitragem. A extinção com a resolução de mérito (artigo 269 do 
CPC) ocorrerá: quando o juiz acolher ou rejeitar o pedido do autor; quando o 
réu reconhecer a procedência do pedido; quando as partes transigirem; quando 
o juiz pronunciar a decadência ou a prescrição; ou quando o autor renunciar ao 
direito sobre que se funda a ação. 
Suspensão (artigos 265 a 266) - Suspende-se o processo: pela morte ou 
perda da capacidade processual de qualquer das partes, de seu representante 
legal, ou de seu procurador; pela convenção das partes; ou ainda quando for 
oposta exceção de incompetência do juízo, da câmara ou do tribunal, bem 
como exceção de suspeição ou impedimento do juiz. Suspende-se também o 
processo quando a sentença de mérito depender do julgamento de outra causa, 
ou da declaração da existência ou inexistência da relação jurídica que constitua 
o objeto principal de outro processo pendente; quando a sentença não puder 
ser proferida senão depois de verificado determinado fato, ou depois de 
produzida certa prova, requisitada a outro juízo; quando tiver por pressuposto o 
julgamento de questão de estado, requerido como declaração incidente; ou por 
motivo de força maior. 
DO PROCESSO E DO PROCEDIMENTO (artigos 270 a 296 do CPC) 
Antecipação de Tutela (artigo 273) - O juiz poderá, a requerimento da parte, 
 10 
antecipar, total ou parcialmente, os efeitos da tutela pretendida no pedido inicial, 
desde que, existindo prova inequívoca, se convença da verossimilhança da 
alegação, e haja fundado receio de dano irreparável ou de difícil reparação; ou 
desde que fique caracterizado o abuso de direito de defesa ou o manifesto 
propósito protelatório do réu. A tutela antecipada poderá ser revogada ou 
modificada a qualquer tempo, em decisão fundamentada. Concedida ou não a 
antecipaçãoda tutela, prosseguirá o processo até o final do julgamento. A tutela 
antecipada também poderá ser concedida quando um ou mais dos pedidos 
cumulados, ou parcela deles, mostrar-se incontroverso. 
Procedimento Ordinário (artigo 274) – Esse procedimento é o padrão, e 
sempre será utilizado quando não houver previsão em lei de procedimento 
diverso. Suas regras, contidas no artigo 282 do CPC, são as seguintes: a 
petição inicial indicará o juiz ou tribunal a que é dirigida; os nomes, prenomes, 
estado civil, profissão, domicílio e residência do autor e do réu; o fato e os 
fundamentos jurídicos do pedido; o pedido, com as suas especificações; o valor 
da causa; as provas com que o autor pretende demonstrar a verdade dos fatos 
alegados; e o requerimento para a citação do réu. A petição inicial será 
instruída com os documentos indispensáveis à propositura da ação. 
Procedimento Sumário (artigos 275 a 281) – É o procedimento simplificado, 
para maior celeridade processual. É utilizado principalmente: nas causas cujo 
valor não exceda a sessenta vezes o valor do salário mínimo; e nas causas 
de qualquer valor, referentes a: arrendamento rural e parceria agrícola; nas de 
cobrança a condômino de qualquer quantia devida ao condomínio; de 
ressarcimento por danos em prédio urbano ou rústico; nas ações de 
ressarcimento por danos causados em acidente de veículo de via terrestre; nas 
de cobrança de seguro, relativamente aos danos causados em acidente de 
veículo, ressalvados os casos de processo de execução; e nas de cobrança de 
honorários dos profissionais liberais, ressalvado o disposto em legislação 
 11 
especial. O Procedimento Sumário segue as bases do artigo 282, e deve 
conter, ainda, o rol de testemunhas e os quesitos, além da indicação de 
assistente técnico, no caso da necessidade de produção de provas. 
Resposta do Réu (artigos 297 a 328) – Nos casos previstos em lei (rito 
sumário), a resposta do réu pode ser oral. O prazo é de quinze dias para 
contestação, reconvenção e exceção. Compete ao réu alegar, na contestação, 
toda a matéria de defesa, expondo as razões, de fato e de direito, pelas 
quais impugna o pedido do autor, e especificando as provas que pretende 
produzir. Compete-lhe, porém, antes de discutir o mérito, alegar: inexistência ou 
nulidade da citação; incompetência absoluta; inépcia da petição inicial; 
perempção; litispendência; coisa julgada; conexão; incapacidade da parte; 
defeito de representação ou falta de autorização; convenção de arbitragem; 
carência de ação; falta de caução ou de outra prestação que a lei exige como 
preliminar. 
Exceções (artigos 304 a 306) – Ato pelo qual podem ser afastadas do 
processo pessoas incapazes de gerir e dar andamento à ação, tais como juízes 
e auxiliares da justiça. 
Exceção de Incompetência (artigos 307 a 311) – Tem sua eficácia sempre 
que se discute a competência territorial (relativa). Esse direito pode ser exercido 
em qualquer tempo ou grau de jurisdição, cabendo à parte oferecer exceção, no 
prazo de quinze dias, contados do fato que ocasionou a incompetência, o 
impedimento ou a suspeição. A petição pode ser protocolizada no juízo de 
domicílio do réu, com requerimento de sua imediata remessa ao juízo que 
determinou a citação. Recebida a exceção, o processo ficará suspenso até que 
ela seja definitivamente julgada. Exceção de incompetência não se confunde 
com a alegação de incompetência absoluta, que pode ser requerida em 
 12 
qualquer momento ou fase processual, e pode ser declarada de ofício. 
Impedimento e Suspeição (artigos 312 a 314) – São aplicados todas as 
vezes que o juiz tiver ligação objetiva com as partes ou com o mérito da causa, 
o que pode provocar a nulidade do processo, se não for aplicada em momento 
oportuno. Impedimentos (relacionados no artigo 134 do CPC): É defeso ao 
juiz exercer suas funções em processo contencioso ou voluntário: de que for 
parte, ou em que interveio como mandatário da parte, oficiou como perito, 
funcionou como órgão do Ministério Público, ou prestou depoimento como 
testemunha; em processo que conheceu em primeiro grau de jurisdição, tendo-
lhe proferido sentença ou decisão, ou quando nele estiver postulando, como 
advogado da parte, seu cônjuge ou qualquer parente seu, consangüíneo ou 
afim, em linha reta ou, na linha colateral, até o segundo grau; quando for 
cônjuge, parente, consangüíneo ou afim, de alguma das partes, em linha reta 
ou, na colateral, até o terceiro grau; e ainda quando for órgão de direção ou de 
administração de pessoa jurídica, parte na causa. Suspeição: Todas as vezes 
que a parcialidade do juiz comprometer o julgamento da lide. Sua aplicabilidade 
se revela: quando o juiz é amigo íntimo ou inimigo capital de qualquer das 
partes; quando alguma das partes for credora ou devedora do juiz, de seu 
cônjuge ou de parentes destes, em linha reta ou, na colateral, até o terceiro 
grau; quando for herdeiro presuntivo, donatário ou empregador de alguma das 
partes; quando receber dádivas antes ou depois de iniciado o processo; quando 
aconselhar alguma das partes acerca do objeto da causa, ou subministrar 
meios para atender às despesas do litígio; ou quando interessado no 
julgamento da causa em favor de uma das partes. Poderá ainda o juiz declarar-
se suspeito por motivo íntimo. 
Reconvenção – Ato pelo qual o réu pode, no mesmo processo, apresentar 
pedido contra o autor. Esse ato processual só é possível quando a reconvenção 
é conexa com a ação principal ou com o fundamento da defesa. As duas ações 
 13 
tramitarão em um mesmo processo e serão julgadas na mesma sentença. A 
reconvenção é apresentada junto com a contestação e em peça separada. 
Após recebida, o autor tem prazo de quinze dias para contestá-la sob pena de 
revelia, podendo a reconvenção prosseguir em caso de desistência pelo autor 
da ação principal. 
Revelia – Ocorre pela perda do prazo para resposta do réu, e seus efeitos são 
a transformação dos fatos afirmados pelo autor da ação em verdadeiros. 
Contudo seus efeitos não se efetivam: se houver pluralidade de réus e algum 
deles contestar a ação; se o litígio versar sobre direitos indisponíveis; e se a 
petição inicial não estiver acompanhada do instrumento público que a lei 
considere indispensável à prova do ato. Ainda que ocorra revelia, o autor não 
poderá alterar o pedido, ou a causa de pedir, nem demandar declaração 
incidente, salvo se promover nova citação do réu, a quem será assegurado o 
direito de responder no prazo de quinze dias. 
Declaração Incidente (artigo 325) – Ocorre todas as vezes que for 
necessária a apreciação pelo juiz de uma questão prejudicial, e dessa 
declaração depender, no todo ou em parte, o julgamento final da lide. 
Julgamento Conforme o Estado do Processo (artigos 329 a 331) - Na 
ocorrência de qualquer das hipóteses previstas nos arts. 267 e 269, II a V, o juiz 
declarará extinto o processo. No caso de encerrada a fase de postulação das 
partes, o juiz conhecerá diretamente do pedido, proferindo sentença: quando a 
questão de mérito for unicamente de direito, ou , sendo de direito e de fato, não 
houver necessidade de produzir prova em audiência; e quando ocorrer a revelia 
(art. 319). 
Das Provas (artigos 332 a 443) – São todos os meios legais, bem como os 
moralmente legítimos, ainda que não especificados no Código de Processo 
 14 
Civil. São hábeis para provar a verdade dos fatos em que se fundam a ação ou 
a defesa. 
Ônus da Prova (artigos 333 do CPC) - O ônus da prova incumbe: ao autor, 
quanto ao fato constitutivo do seu direito; ao réu, quanto à existência de fato 
impeditivo, modificativo ou extintivo do direito do autor.Toda convençãoque 
distribui, de maneira diversa, o ônus da prova é nula quando recair sobre direito 
indisponível da parte ou quando tornar excessivamente difícil a uma parte o 
exercício do direito. 
Tipos de Prova: 
Depoimento Pessoal – Determinado de ofício ou a pedido da parte contrária, é 
o ato pelo qual as partes comparecem em juízo para serem ouvidas pelo juiz. 
Ressalvam-se o sigilo de certas profissões e a imputação de culpa sobre o 
depoente. 
Confissão – Admissão em juízo da verdade de um fato que beneficia a parte 
em contrário. Não se aplica em direito disponível, e pode ser aplicada pelo juiz 
no caso de negativa de depoimento da parte devidamente intimada para tal ato. 
Exibição de Documento ou Coisa – Ordem judicial emanada por juiz para que 
a parte exiba documento ou coisa sob sua guarda. 
Prova Documental – São todos os documentos que compõem o corpo 
probatório do processo, os quais devem acompanhar a inicial ou a contestação, 
podendo ser juntados aos autos após decorridos os prazos desses, somente 
quando se tratar de fato novo relativo à causa (fato já existente, cuja prova foi 
 15 
conseguida posteriormente). 
Prova Testemunhal – Consiste na apresentação de testemunhas para serem 
ouvidas em juízo (no prazo de até dez dias antes da audiência), para fim de 
complementação de prova anteriormente produzida, ou a ser produzida em 
audiência. 
Prova Pericial – São provas produzidas por meio de exame, vistoria ou 
avaliação efetivada por perito técnico, que pode ser acompanhado por 
assistentes nomeados pelas partes. 
Inspeção Judicial – Ato pelo qual o juiz, de ofício ou a requerimento da parte, 
pode, em qualquer fase do processo, inspecionar pessoas ou coisas, a fim 
de se esclarecer fato que interesse à decisão da causa. 
Da Audiência (Artigos 444 a 457) – Ato processual no qual as provas orais 
serão produzidas em juízo. A audiência será pública, com exceção dos casos 
previstos em lei (art. 155). O juiz exerce o poder de polícia, competindo-lhe: 
 manter a ordem e o decoro na audiência; ordenar que se retirem da sala de 
audiência os que se comportarem inconvenientemente; e requisitar, quando 
necessário, a força policial. Compete ao juiz em especial: dirigir os trabalhos da 
audiência; proceder direta e pessoalmente à colheita das provas; e exortar os 
advogados e o órgão do Ministério Público a que discutam a causa com 
elevação e urbanidade. Enquanto depuserem as partes, o perito, os assistentes 
técnicos e as testemunhas, os advogados não podem intervir ou apartear sem 
licença do juiz. Antes de iniciar a instrução, o juiz tentará conciliar as partes. 
Chegando-se a acordo, o juiz mandará tomá-lo por termo. O termo de 
conciliação, assinado pelas partes e homologado pelo juiz, terá valor de 
sentença. 
 16 
Instrução e julgamento – Para instrução e julgamento, as provas serão 
produzidas na audiência na seguinte ordem: o perito e os assistentes técnicos 
responderão aos quesitos de esclarecimentos, requeridos no prazo e na forma 
do art. 435; o juiz tomará os depoimentos pessoais, primeiro do autor e depois 
do réu; finalmente, serão inquiridas as testemunhas arroladas pelo autor e pelo 
réu. Finda a instrução, o juiz dará a palavra ao advogado do autor e ao do réu, 
bem como ao órgão do Ministério Público, sucessivamente, pelo prazo de vinte 
minutos para cada um, prorrogável por mais dez, a critério do juiz. Quando a 
causa apresentar questões complexas, de fato ou de direito, o debate oral 
poderá ser substituído por memoriais, caso em que o juiz designará dia e hora 
para o seu oferecimento. Encerrado o debate, ou oferecidos os memoriais, o 
juiz proferirá a sentença, desde logo, ou no prazo de dez dias. 
Coisa Julgada (artigo 467) – Ato pelo qual, após a expedição da sentença, e 
esgotamento de recursos, sua eficácia se firma de forma imutável. Coisa 
Julgada Formal - Terminado o processo, não caberá nova discussão sobre seu 
objeto. No entanto, outras ações poderão ser propostas sobre o mesmo tema 
(Ex. Ação de Alimentos). Coisa Julgada Material - Denomina-se coisa julgada 
material a eficácia, que torna imutável e indiscutível a sentença, não mais 
sujeita a recurso ordinário ou extraordinário. Em caso de grave invalidade, a 
coisa julgada pode ser desconstituída em até dois anos, por meio de ação 
rescisória. 
Liquidação de Sentença (artigo 475, incluído pela Lei 11.232/2005) - 
Quando a sentença não determinar o valor devido, procede-se à sua 
liquidação. Para requerimento de liquidação de sentença, a parte será intimada, 
na pessoa de seu advogado. A liquidação poderá ser requerida na pendência 
de recurso, processando-se em autos apartados, ou no juízo de origem, 
cumprindo ao liquidante instruir o pedido com cópias das peças processuais 
pertinentes. Quando a determinação do valor da condenação depender apenas 
 17 
de cálculo aritmético, o credor requererá o cumprimento da sentença, na forma 
do art. 475-J do CPC, instruindo o pedido com a memória discriminada e 
atualizada do cálculo. Será feita a liquidação por arbitramento, quando 
determinado pela sentença ou convencionado pelas partes, e quando o exigir a 
natureza do objeto da liquidação. Requerida a liquidação por arbitramento, o 
juiz nomeará o perito e fixará o prazo para a entrega do laudo. Será feita 
a liquidação por artigos, quando, para determinar o valor da condenação, 
houver necessidade de alegar e provar fato novo. Na liquidação por artigos, 
será observado, no que couber, o procedimento comum (art. 272). É defeso, na 
liquidação, discutir de novo a lide ou modificar a sentença que a julgou. Da 
decisão de liquidação caberá agravo de instrumento. 
Cumprimento da Sentença - O cumprimento da sentença será 
feito conforme arts. 461 e 461-A do Código de Processo Civil, tratando-se de 
obrigação por quantia certa, por execução. É definitiva a execução da sentença 
transitada em julgado, e provisória quando se tratar de sentença impugnada 
mediante recurso ao qual não foi atribuído efeito suspensivo. Quando na 
sentença houver uma parte líquida e outra ilíquida, será lícito ao 
credor promover, simultaneamente, a execução da parte líquida e, em autos 
apartados, a liquidação da ilíquida. Caso o devedor, condenado ao pagamento 
de quantia certa, ou já fixada em liquidação, não o efetue no prazo de quinze 
dias, o montante da condenação será acrescido de multa no percentual de dez 
por cento e, a requerimento do credor, será expedido mandado de penhora e 
avaliação. 
Dos Títulos Executivos - São títulos executivos judiciais: a sentença proferida 
no processo civil que reconheça a existência de obrigação de fazer, de não 
fazer, de entregar coisa ou pagar quantia; a sentença penal condenatória 
transitada em julgado; a sentença homologatória de conciliação ou de 
transação, ainda que inclua matéria não posta em juízo; a sentença arbitral; o 
 18 
acordo extrajudicial de qualquer natureza, homologado judicialmente; a 
sentença estrangeira, homologada pelo Superior Tribunal de Justiça; a formal e 
a certidão de partilha, exclusivamente em relação ao inventariante, aos 
herdeiros e aos sucessores a título singular ou universal. 
Competência para Cumprimento da Sentença - O cumprimento da 
sentença será efetuado: perante os tribunais, nas causas de sua competência 
originária; perante o juízo que processou a causa no primeiro grau de jurisdição; 
ou ainda perante o juízo cível competente, quando se tratar de sentença penal 
condenatória, de sentença arbitral ou de sentença estrangeira. 
 
Execução Definitiva – Execução efetivada sobre título imutável, oriundo de 
sentença transitada em julgado. 
Execução Provisória – Execução efetivadasobre título provisório, de sentença 
ainda não transitada em julgado. Corre sob a responsabilidade do exeqüente 
em reparar danos no caso de reforma da sentença, e depende de caução, no 
caso de levantamento de dinheiro e atos de alienação de bens. 
Dos Recursos (artigos 496 a 546) – Os recursos têm a função de impugnar 
decisões judiciais dentro da relação processual existente, visando à reforma ou 
simplesmente à declaração da decisão. O artigo 496 do CPC enumera e 
classifica os recursos da seguinte forma: apelação; agravo; embargos 
infringentes; embargos de declaração; recurso ordinário; recurso especial; 
 recurso extraordinário; e embargos de divergência em recurso especial e em 
recurso extraordinário. 
Prazos: A apelação, os embargos infringentes, o recurso extraordinário e os 
 19 
embargos de divergência têm prazo de quinze dias para interposição e 
resposta. Para agravo retido e agravo de instrumento, o prazo é de dez dias. 
Agravos internos e embargos de declaração, cinco dias. 
Juízo de Admissibilidade – Verificação preliminar do recurso; em primeiro 
momento, para aferir a sua oportunidade, e, em segundo, para apreciação de 
seu mérito. O juízo de admissibilidade tem a função de verificar se as 
exigências legais foram cumpridas pelo recorrente na imposição do recurso. 
 
Pressupostos Recursais Objetivos – Cabimento; adequação; tempestividade; 
preparo; motivação; e verificação de fato impeditivo ou extintivo. 
Pressupostos Recursais Subjetivos – Ligados ao recorrente. São eles: 
legitimidade e interesse. 
Recurso de Apelação (artigos 513 a 521) - Da sentença definitiva, caberá 
apelação. A apelação, interposta por petição dirigida ao juiz, conterá: os nomes 
e a qualificação das partes; os fundamentos de fato e de direito; e o pedido de 
nova decisão. A apelação devolverá ao tribunal o conhecimento da matéria 
impugnada. Nos casos de extinção do processo sem julgamento do mérito (art. 
267), o tribunal pode julgar desde logo a lide, se a causa versar sobre questão 
exclusivamente de direito e estiver em condições de imediato julgamento. 
Constatando a ocorrência de nulidade sanável, o tribunal poderá determinar a 
realização ou a renovação do ato processual, intimadas as partes; cumprida a 
diligência, sempre que possível prosseguirá o julgamento da apelação. O juiz 
não receberá o recurso de apelação quando a sentença estiver em 
conformidade com súmula do Superior Tribunal de Justiça ou do Supremo 
 20 
Tribunal Federal. A apelação será recebida em seu efeito devolutivo e 
suspensivo. Será, no entanto, recebida só no efeito devolutivo, quando 
interposta de sentença que: homologar a divisão ou a demarcação; condenar à 
prestação de alimentos; decidir o processo cautelar; rejeitar liminarmente 
embargos à execução ou julgá-los improcedentes; julgar procedente o pedido 
de instituição de arbitragem; ou confirmar a antecipação dos efeitos da tutela. 
Recebida a apelação em ambos os efeitos, o juiz não poderá inovar no 
processo; recebida só no efeito devolutivo, o apelado poderá promover, desde 
logo, a execução provisória da sentença, extraindo a respectiva carta. 
Recurso de Agravo (artigos 522 a 529)- Das decisões interlocutórias caberá 
agravo, no prazo de dez dias, na forma retida, salvo quando se tratar de 
decisão suscetível de causar à parte lesão grave e de difícil reparação, bem 
como nos casos de inadmissão da apelação e nos relativos aos efeitos em que 
a apelação é recebida, quando será admitida a sua interposição por 
instrumento. O agravo retido não depende de preparo. Na modalidade de 
agravo retido, o agravante requererá que o tribunal dele conheça, 
preliminarmente, por ocasião do julgamento da apelação. Não se conhecerá do 
agravo se a parte não requerer expressamente, nas razões ou na resposta da 
apelação, sua apreciação pelo Tribunal. Interposto o agravo, e ouvido o 
agravado no prazo de dez dias, o juiz poderá reformar sua decisão. Das 
decisões interlocutórias proferidas na audiência de instrução e julgamento, 
caberá agravo na forma retida, devendo ser interposto oral e imediatamente, 
bem como constar do respectivo termo (art. 457), nele expostas sucintamente 
as razões do agravante. O agravo de instrumento será dirigido diretamente ao 
tribunal competente, por meio de petição, com os seguintes requisitos: a 
exposição do fato e do direito; as razões do pedido de reforma da decisão; e o 
nome e o endereço completos dos advogados constantes do processo. A 
petição de agravo de instrumento será instruída: obrigatoriamente, com cópias 
da decisão agravada, da certidão da respectiva intimação e das procurações 
outorgadas aos advogados do agravante e do agravado; e facultativamente, 
 21 
com outras peças que o agravante entender úteis. O agravante, no prazo 
de três dias, requererá juntada aos autos do processo, de cópia da petição do 
agravo de instrumento e do comprovante de sua interposição, assim como da 
relação dos documentos que instruíram o recurso. O não-cumprimento, desde 
que argüido e provado pelo agravado, importa inadmissibilidade do agravo. 
Embargos Infringentes (artigos 530 a 534) - Cabem embargos infringentes 
quando o acórdão não-unânime houver reformado, em grau de apelação, a 
sentença de mérito, ou houver julgado procedente a ação rescisória. Se o 
desacordo for parcial, os embargos serão restritos à matéria objeto da 
divergência. Interpostos os embargos, abrir-se-á vista ao recorrido para contra-
razões; após, o relator do acórdão embargado apreciará a admissibilidade do 
recurso. Da decisão que não admitir os embargos, caberá agravo, em cinco 
dias, para o órgão competente para o julgamento do recurso. Admitidos os 
embargos, serão processados e julgados conforme dispuser o regimento do 
tribunal. 
Embargos de Declaração (artigos 535 a 538) - Cabem embargos de 
declaração quando houver, na sentença ou no acórdão, obscuridade ou 
contradição; e ainda quando omitido ponto sobre o qual devia pronunciar-se o 
juiz ou tribunal. Os embargos serão opostos, no prazo de cinco dias, em petição 
dirigida ao juiz ou relator, com indicação do ponto obscuro, contraditório ou 
omisso, não estando sujeitos a preparo. O juiz julgará os embargos em cinco 
dias. Nos tribunais, o relator apresentará os embargos em mesa na sessão 
subseqüente, proferindo voto. Os embargos de declaração interrompem o prazo 
para a interposição de outros recursos, por qualquer das partes. 
RECURSOS PARA OUTROS TRIBUNAIS 
Recurso Ordinário (artigos 539 a 540) - Serão julgados em recurso 
 22 
ordinário, pelo Supremo Tribunal Federal, os mandados de segurança, os 
habeas data e os mandados de injunção decididos em única instância pelos 
tribunais superiores, quando denegatória a decisão. Serão julgados pelo 
Superior Tribunal de Justiça os mandados de segurança decididos em única 
instância pelos Tribunais Regionais Federais ou pelos Tribunais dos Estados e 
do Distrito Federal e Territórios, quando denegatória a decisão; e as causas em 
que forem partes, de um lado, Estado estrangeiro ou organismo internacional e, 
do outro, Município ou pessoa residente ou domiciliada no País. 
Recurso Extraordinário e Especial (artigos 541 a 546) – O recurso 
extraordinário e o recurso especial (nos casos previstos nos artigos 102, III, e 
105, III, da Constituição Federal), serão interpostos perante o presidente ou o 
vice-presidente do tribunal recorrido, em petições distintas, que conterão: a 
exposição do fato e do direito; a demonstração do cabimento do recurso 
interposto; e as razões do pedido de reforma da decisão recorrida. Quando o 
recurso fundar-se em dissídio jurisprudencial, o recorrente fará a prova dadivergência, mediante certidão, cópia autenticada ou pela citação do repositório 
de jurisprudência, oficial ou credenciado, inclusive em mídia eletrônica, em que 
tiver sido publicada a decisão divergente, ou ainda pela reprodução de julgado 
disponível na internet, com indicação da respectiva fonte, mencionando, em 
qualquer caso, as circunstâncias que identifiquem ou assemelhem os casos 
confrontados. Recebida a petição pela secretaria do tribunal, será intimado o 
recorrido, abrindo-se-lhe vista para apresentar contra-razões. Findo esse prazo, 
serão os autos conclusos para admissão ou não do recurso, no prazo de quinze 
dias, em decisão fundamentada. Os recursos extraordinário e especial serão 
recebidos no efeito devolutivo. Admitidos ambos os recursos, os autos serão 
remetidos ao Superior Tribunal de Justiça. Concluído o julgamento do recurso 
especial, serão os autos remetidos ao Supremo Tribunal Federal, para 
apreciação do recurso extraordinário, se este não estiver prejudicado. Na 
hipótese de o relator do recurso especial considerar que o recurso 
extraordinário é prejudicial àquele, em decisão irrecorrível sobrestará o seu 
 23 
julgamento e remeterá os autos ao Supremo Tribunal Federal, para o 
julgamento do recurso extraordinário. Nesse caso, se o relator do recurso 
extraordinário, em decisão irrecorrível, não o considerar prejudicial, devolverá 
os autos ao Superior Tribunal de Justiça, para o julgamento do recurso 
especial. O Supremo Tribunal Federal, em decisão irrecorrível, não conhecerá 
do recurso extraordinário, quando a questão constitucional nele versada não 
oferecer repercussão geral. Para efeito da repercussão geral, será considerada 
a existência, ou não, de questões relevantes do ponto de vista econômico, 
político, social ou jurídico, que ultrapassem os interesses subjetivos da causa. 
Não admitido o recurso extraordinário ou o recurso especial, caberá agravo de 
instrumento, no prazo de dez dias, para o Supremo Tribunal Federal ou para o 
Superior Tribunal de Justiça, conforme o caso. 
Embargos de Divergência – Em conformidade com o artigo 546 do CPC, 
todas as vezes que houver divergência de julgamento entre turmas, seção ou 
órgão especial, sobre o recurso especial, e, em recurso extraordinário, entre 
turma ou plenário do STF, o recurso cabível é o embargo de divergência. 
Processo de Execução (artigos 566 a 735) – Podem promover a execução: o 
credor a quem a lei confere título executivo; o Ministério Público, nos casos 
prescritos em lei; o espólio, os herdeiros ou os sucessores do credor, sempre 
que, por morte deste, Ihes for transmitido o direito resultante do título executivo; 
o cessionário, quando o direito resultante do título executivo Ihe for transferido 
por ato entre vivos; e o sub-rogado, nos casos de sub-rogação legal ou 
convencional. São sujeitos passivos na execução: o devedor, reconhecido 
como tal no título executivo; o espólio, os herdeiros ou os sucessores do 
devedor; o novo devedor, que assumiu, com o consentimento do credor, a 
obrigação resultante do título executivo; o fiador judicial e o responsável 
tributário, assim definido na legislação própria. 
 24 
Competência (artigos 575 a 579) - A execução, fundada em título judicial, será 
processada perante os tribunais superiores, nas causas de sua competência 
originária; perante o juízo que decidiu a causa no primeiro grau de jurisdição; ou 
perante o juízo cível competente, quando o título executivo for sentença penal 
condenatória ou sentença arbitral. A execução, fundada em título extrajudicial, 
será processada perante o juízo competente. Não dispondo a lei de modo 
diverso, o juiz determinará os atos executivos e os oficiais de justiça os 
cumprirão. 
Requisitos (artigos 580 a 582) - A execução pode ser instaurada no caso de o 
devedor não satisfazer a obrigação certa, líquida e exigível, consubstanciada 
em título executivo. O credor não poderá iniciar a execução, ou nela prosseguir, 
se o devedor cumprir a obrigação. Entretanto, ele poderá recusar o recebimento 
da prestação, estabelecida no título executivo, se ela não corresponder ao 
direito ou à obrigação. Nesse caso, ele requererá ao juiz a execução, 
ressalvado ao devedor o direito de embargá-la. Em todos os casos em que é 
defeso a um contraente, antes de cumprida a sua obrigação, exigir o 
implemento da do outro, não se procederá à execução, se o devedor se propõe 
a satisfazer a prestação, com meios considerados idôneos pelo juiz, mediante a 
execução da contraprestação pelo credor, e este, sem justo motivo, recusar a 
oferta. O devedor poderá, entretanto, exonerar-se da obrigação, depositando 
em juízo a prestação ou a coisa; caso em que o juiz suspenderá a execução, 
não permitindo que o credor a receba, sem cumprir a contraprestação que Ihe 
tocar. 
Títulos Executivos (artigos 583 a 587) - São títulos executivos extrajudiciais: a 
letra de câmbio, a nota promissória, a duplicata, a debênture e o cheque; a 
escritura pública ou outro documento público assinado pelo devedor; o 
documento particular, assinado pelo devedor e por duas testemunhas; o 
instrumento de transação referendado pelo Ministério Público, pela Defensoria 
 25 
Pública ou pelos advogados dos transatores; os contratos garantidos por 
hipoteca, penhor, anticrese e caução, bem como os de seguro de vida; o crédito 
decorrente de foro e laudêmio; o crédito, documentalmente comprovado, 
decorrente de aluguel de imóvel, bem como de encargos acessórios, tais como 
taxas e despesas de condomínio; o crédito de serventuário de justiça, de perito, 
de intérprete, ou de tradutor, quando as custas, os emolumentos ou os 
honorários forem aprovados por decisão judicial; a certidão de dívida ativa da 
Fazenda Pública da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos Territórios e 
dos Municípios, correspondente aos créditos inscritos na forma da lei; todos os 
demais títulos a que, por disposição expressa, a lei atribuir força executiva. 
 
Elementos de Constituição do Título - A execução para cobrança de crédito 
fundar-se-á sempre em título de obrigação certa, líquida e exigível. É definitiva 
a execução fundada em título extrajudicial; e provisória, enquanto pendente a 
apelação da sentença de improcedência dos embargos do executado, quando 
recebidos com efeito suspensivo. 
 
Espécies de Execução - Da Entrega de Coisa Certa (artigos 621 a 628) – 
Ato pelo qual o devedor entrega objeto específico. Caso a coisa não seja 
entregue em prazo determinado por contrato, o credor poderá exigir o valor da 
coisa, além de perdas e danos. O devedor terá prazo de dez dias para 
apresentar a coisa, momento no qual lhe será dado prazo de dez dias para 
apresentação de embargos. 
 
Execução para Entrega de Coisa Incerta (artigos 629 a 631) - Quando a 
execução recair sobre coisas determinadas pelo gênero e pela quantidade, o 
devedor será citado para entregá-las individualizadas, se Ihe couber a escolha; 
mas se a escolha couber ao credor, este a indicará na petição inicial. Qualquer 
das partes poderá, em quarenta e oito horas, impugnar a escolha feita pela 
outra, e o juiz decidirá de plano, ou, se necessário, ouvindo perito de sua 
 26 
nomeação. 
 
Execução da Obrigação de Fazer (artigos 632 a 638)- Quando o objeto da 
execução for obrigação de fazer, o devedor será citado para satisfazê-la no 
prazo que o juiz Ihe assinar, se outro não estiver determinado no título 
executivo. Se, no prazo fixado, o devedor não satisfizer a obrigação, é lícito ao 
credor, nos próprios autos do processo, requerer que ela seja executada à 
custa do devedor, ou haver perdas e danos; caso em que ela se converte em 
indenização.Se o fato puder ser prestado por terceiro, é lícito ao juiz, a 
requerimento do exeqüente, decidir que aquele o realize à custa do 
executado. Havendo recusa ou mora do devedor, a obrigação pessoal do 
devedor será convertida em perdas e danos. 
 
Execução da Obrigação de Não Fazer (artigos 642 a 643)- Se o devedor 
praticou o ato, a cuja abstenção estava obrigado pela lei ou pelo contrato, o 
credor requererá ao juiz que Ihe assine prazo para desfazê-lo. Havendo recusa 
ou mora do devedor, o credor requererá ao juiz que mande desfazer o ato à sua 
custa, respondendo o devedor por perdas e danos. Não sendo possível 
desfazer-se o ato, a obrigação resolve-se em perdas e danos. 
 
Execução por Quantia Certa Contra Devedor Solvente - A execução por 
quantia certa tem por objeto expropriar bens do devedor, a fim de satisfazer o 
direito do credor. A expropriação consiste na adjudicação em favor do 
exeqüente; na alienação por iniciativa particular; na alienação em hasta pública; 
e no usufruto de bem móvel ou imóvel. Não estão sujeitos à execução os bens 
que a lei considera impenhoráveis ou inalienáveis. 
Bens Impenhoráveis - São absolutamente impenhoráveis: os bens inalienáveis 
e os declarados, por ato voluntário, não sujeitos à execução; os móveis, 
pertences e utilidades domésticas que guarnecem a residência do executado, 
salvo os de elevado valor ou os que ultrapassem às necessidades comuns 
 27 
correspondentes a um médio padrão de vida; os vestuários, bem como os 
objetos de uso pessoal do executado, salvo se de elevado valor; os 
vencimentos, subsídios, soldos, salários, remunerações, proventos de 
aposentadoria, pensões, pecúlios e montepios; as quantias recebidas por 
liberalidade de terceiro, e destinadas ao sustento do devedor e de sua família; 
os ganhos de trabalhador autônomo e os honorários de profissional liberal; os 
livros, as máquinas, as ferramentas, os utensílios, os instrumentos ou outros 
bens móveis necessários ou úteis ao exercício de qualquer profissão; o seguro 
de vida; os materiais necessários para obras em andamento, salvo se estas 
forem penhoradas; a pequena propriedade rural, assim definida em lei, desde 
que trabalhada pela família; os recursos públicos recebidos por instituições 
privadas para aplicação compulsória em educação, saúde ou assistência social; 
a quantia depositada em caderneta de poupança, até o limite de quarenta 
salários mínimos. 
Embargos à Execução (artigos 736 a 795) – Ato de oposição do devedor para 
com o credor, conforme disposição legal. Os embargos serão oferecidos no 
prazo de quinze dias, contados da data da juntada aos autos do mandado de 
citação. O juiz rejeitará liminarmente os embargos: quando intempestivos; 
quando inepta a petição; ou quando manifestamente protelatórios. Recebidos 
os embargos, será o exeqüente ouvido no prazo de quinze dias; a seguir, o juiz 
julgará imediatamente o pedido (art. 330), ou designará audiência de 
conciliação, instrução e julgamento, proferindo sentença no prazo de dez dias. 
Nos embargos, poderá o executado alegar a nulidade da execução, por não ser 
executivo o título apresentado; por penhora incorreta ou avaliação errônea; por 
excesso de execução ou cumulação indevida de execuções; por retenção de 
benfeitorias necessárias ou úteis, nos casos de título para entrega de coisa 
certa, e por qualquer matéria que lhe seria lícito deduzir como defesa em 
processo de conhecimento. 
 28 
Ações Cautelares (artigos 796 a 889 do CPC) – Ato pelo qual se conservam 
situações de fato e de direito, com o fim de ser resguardada e garantida a sua 
utilidade, quando de uma futura decisão judicial. O procedimento cautelar pode 
ser instaurado antes ou no curso do processo principal, e é sempre dependente 
deste. O requerente pleiteará a medida cautelar em petição escrita, que 
indicará: a autoridade judiciária a que for dirigida; o nome, o estado civil, a 
profissão e a residência do requerente e do requerido; a lide e seu fundamento; 
 a exposição sumária do direito ameaçado e do receio da lesão; e as provas 
que serão produzidas. É lícito ao juiz conceder, liminarmente ou após 
justificação prévia, a medida cautelar, sem ouvir o réu, quando verificar que 
este, sendo citado, poderá torná-la ineficaz. Nesse caso, o juiz poderá 
determinar que o requerente preste caução real ou fidejussória de ressarcir os 
danos que o requerido possa vir a sofrer. Cabe à parte propor a ação, no prazo 
de trinta dias, contados da data da efetivação da medida cautelar, quando esta 
for concedida em procedimento preparatório. 
Cautelares inominadas são aquelas não previstas em lei, firmadas no poder de 
cautela do juiz. Cautelares são aquelas cuja previsão existe em lei. 
PRINCIPAIS MEDIDAS CAUTELARES 
Arresto (artigos 813 a 821) – Apreensão de bens do devedor para devida 
efetividade de futura execução. O arresto tem lugar: - quando o devedor, sem 
domicílio certo, intenta ausentar-se ou alienar os bens que possui, ou deixa de 
pagar a obrigação no prazo estipulado; - quando o devedor, que tem domicílio, 
se ausenta ou tenta ausentar-se furtivamente, ou, caindo em insolvência, aliena 
ou tenta alienar bens que possui; quando ele contrai ou tenta contrair dívidas 
extraordinárias; põe ou tenta pôr os seus bens em nome de terceiros; ou 
comete outro qualquer artifício fraudulento, a fim de frustrar a execução ou lesar 
credores; - e quando o devedor, que possui bens de raiz, intenta aliená-los, 
 29 
hipotecá-los ou dá-los em anticrese, sem ficar com algum ou alguns, livres e 
desembargados, equivalentes às dívidas. O juiz concederá o arresto 
independentemente de justificação prévia quando for requerido pela União, 
Estado ou Município. 
Seqüestro – Ato que visa a entrega de coisa ou objeto em litígio. O juiz, a 
requerimento da parte, pode decretar o seqüestro: de bens móveis, semoventes 
ou imóveis, quando Ihes for disputada a propriedade ou a posse, havendo 
fundado receio de rixas ou danificações; dos frutos e rendimentos do imóvel 
reivindicando, se o réu, depois de condenado por sentença ainda sujeita a 
recurso, os dissipar; e dos bens do casal, nas ações de separação judicial e de 
anulação de casamento, se o cônjuge os estiver dilapidando. Outras medidas 
cautelares: Busca e Apreensão, Exibição, Produção Antecipada de Provas, 
Alimentos Provisionais, Arrolamento de Bens, Justificação, Protestos, 
Notificações e Interpelações, Homologação do Penhor Legal, Posse em Nome 
do Nascituro, Atentado, Protesto e Apreensão de Títulos,

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