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Fichamento de Desenvolvimento da infância e da adolescência Mãe suficientemente boa, Self verdadeiro e Self falso Mãe suficientemente boa A ideia de mãe suficientemente boa significa, em linhas gerais, um ambiente satisfatório, adequado às necessidades do bebê. De acordo com Winnicott, a mulher às vésperas de ter um filho encontra-se no ápice de um processo de mudanças fisiológicas e psicológicas que a sensibilizam para a função que irá exercer. Se não houver distorções nesse processo de transformações, a mãe saberá prover satisfatoriamente as necessidades de seu filho, e o desenvolvimento saudável, para o qual o bebê traz potencial, transcorrerá naturalmente. Assim, “pode-se dizer que um ambiente satisfatório é aquele que facilita as várias tendências individuais herdadas, de tal forma que o desenvolvimento ocorre de acordo com elas” (Winnicott, 1996:18). Self verdadeiro Winnicott diz que a “mãe suficientemente boa” é a que responde a onipotência do lactante e, de certo modo, dá-lhe sentido. O self verdadeiro começa a adquirir vida, através da força que a mãe, ao cumprir as expressões da onipotência infantil, dá ao ego débil da criança. Self Falso A mãe que “não é boa” é incapaz de cumprir a onipotência da criança, pelo que repentinamente deixa de responder ao gesto da mesma, em seu lugar coloca o seu próprio gesto, cujo sentido depende da submissão ou acatamento do mesmo por parte da criança. Esta submissão constitui a primeira fase do self falso e é própria da incapacidade materna para interpretar as necessidades da criança. O falso self desenvolve-se a partir da necessidade de defender-se de um ambiente que não facilita a afirmação do verdadeiro self.
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