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Questionario de Direito Empresarial 1 Unidade 1

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Direito Empresarial I 
Questionário de fixação – Teoria Geral do Direito Empresarial – Unidade I 
 
1. Diferencie a teoria dos atos de comércio da teoria da empresa. 
 
A teoria de Atos de Comércio tinha como uma de suas funções essenciais a de atribuir a 
quem praticasse os denominados atos de comércio, a qualidade de comerciante, o que 
era pressuposto para aplicação das normas do Código Comercial. Tal teoria não 
abrangia atividades econômicas tão ou mais importantes que o comércio de bens, tais 
como a prestação de serviços, a agricultura, a pecuária e a negociação imobiliária. A 
teoria da Empresa faz com que o direito comercial não se ocupe apenas com alguns 
atos, mas como uma forma específica de exercer uma atividade econômica: a forma 
empresarial. Assim, em princípio qualquer atividade econômica, desde que seja 
exercida empresarialmente, está submetida à disciplina das regras do Direito 
Empresarial. 
 
2. Indique pelo menos seis possibilidades em que podemos visualizar a função 
social das empresas. 
 
A função social da empresa está implícita nos inciso do Artigo 170 da CF/88, sendo 
alguns deles: 
 
III - função social da propriedade; 
IV - livre concorrência; 
V - defesa do consumidor; 
VI - defesa do meio ambiente; 
VII - redução das desigualdades regionais e sociais; 
VIII - busca do pleno emprego; 
 
3. Dentre as leis gerais, onde se encontra larga parte da disciplina do Direito 
Empresarial brasileiro? 
 
Grande parte do Direito Empresarial Brasileiro encontra disciplina no Código Civil de 
2002, nos artigos 966 ao 1.195, bem como na Lei nº 6.404/1976 (Lei das S/A); Lei nº 
11.101/2005 (Lei de Falências), Lei nº 5.474/1968 (Lei de Duplicatas) etc... 
 
4. O Código Comercial foi totalmente revogado? 
 
A primeira parte do Código Comercial de 1850 foi revogado com a entrada em vigor do 
Código Civil de 2002, em que tratou do Direito de Empresa nos artigos 966 ao 1.195. 
Atualmente, somente parte referente ao comércio marítimo (Art. 457 a 796) continua 
em vigor no Código Comercial. 
 
5. Qual o conceito de empresário? 
 
Empresário é aquele que exerce profissionalmente atividade econômica, organizada 
para a produção ou circulação de bens ou de serviços, conforme prevê o Art. 966, do 
CC/02. 
 
6. Quais são as espécies de empresários existentes? 
 
- Pessoa Física – Empresário Individual (Art. 972, do CC/02) 
- Pessoa Jurídica – Sociedade empresarial (Art. 44, II, do CC/02) 
- EIRELI – Empresa Individual de Responsabilidade Limitada (Art. 44, VI, do CC/02); 
na descrição de EIRELI o E inicial deveria significar Empresário e não Empresa. 
Direito Empresarial I 
Questionário de fixação – Teoria Geral do Direito Empresarial – Unidade I 
 
 
7. O que é a EIRELI? 
 
É a empresa individual de responsabilidade limitada que será constituída por uma única 
pessoa titular da totalidade do capital social, devidamente integralizado, que não será 
inferior a 100 (cem) vezes o maior salário-mínimo vigente no País, conforme prevê o 
Art. 980-A do CC/02. 
 
8. Os sócios de sociedades empresárias são considerados empresários? 
 
O sócio de sociedade empresarial não é considerado comerciante, uma vez que a prática 
dos atos nessa qualidade são imputados à pessoa jurídica à qual está vinculada, esta sim, 
detentora de personalidade jurídica própria. 
 
9. Quem pratica atividade intelectual pode ser considerado empresário? 
 
Não, pois não se considera empresário quem exerce profissão intelectual, de natureza 
científica, literária ou artística, ainda com o concurso de auxiliares ou colaboradores, 
salvo se o exercício da profissão constituir elemento de empresa, conforme prevê o 
parágrafo único do artigo 966, do CC/02. 
 
10. Que formalidade deve o empresário preencher antes de iniciar sua atividade? 
 
Antes de iniciar suas atividades o empresário individual e a sociedade empresária 
devem, obrigatoriamente, registrar-se no órgão competente, que é a Junta Comercial da 
respectiva sede da empresa, conforme o Art. 967, do CC/02. 
 
11. Como deverá ser feita a inscrição do empresário? 
 
A inscrição será feita mediante requerimento dirigido à Junta Comercial contendo os 
seguintes requisitos dispostos no Art. 968, do CC/02: o nome, nacionalidade, domicílio, 
estado civil e, se casado, o regime de bens; a firma, com a respectiva assinatura 
autógrafa que poderá ser substituída pela assinatura autenticada com certificação digital 
ou meio equivalente que comprove a sua autenticidade; o capital; o objeto por ela 
desenvolvido e a sede da empresa. 
 
12. Como é juridicamente disciplinado o registro das empresas? (regulação legal e 
sistema nacional de registro de empresas mercantis) 
 
O Serviço do Registro Público de Empresas Mercantis e Atividades Afins é exercido em 
todo o Território Nacional, de maneira uniforme, pelo Sistema Nacional de Registro de 
Empresas Mercantis (SINREM). A disciplina dos órgãos que o compõem, bem como do 
sistema registral, está disciplinada na Lei nº 8.934/94, que é a Lei de Registro de 
Empresas (LRE). 
 
 
13. Quais as principais competências do DNRC e das Juntas Comerciais? 
 
O SINREM (Sistema Nacional de Registros Mercantis) é integrado pelo DNRC 
(DEPARTAMENTO NACIONAL DO REGISTRO DO COMÉRCIO) e pelas Juntas 
Comerciais, órgãos locais, responsáveis pelo registro dos empresários individuais, 
sociedades empresariais e cooperativas, conforme o Art. 3º, da LRE. 
Direito Empresarial I 
Questionário de fixação – Teoria Geral do Direito Empresarial – Unidade I 
 
 
14. Quais são as finalidades do Registro Mercantil? 
 
Conforme o Art. 1º da Lei nº 8.934/94, as finalidades do Registro Mercantil, são: 
 
I - Dar garantia, publicidade, autenticidade, segurança e eficácia aos atos jurídicos 
das empresas mercantis, submetidos a registro na forma desta lei; 
II - cadastrar as empresas nacionais e estrangeiras em funcionamento no País e 
manter atualizadas as informações pertinentes; 
III - proceder à matrícula dos agentes auxiliares do comércio, bem como ao seu 
cancelamento. 
 
15. Quais são os requisistos para o exercício da atividade de empresário? 
 
Os requisitos para o exercício de atividade empresarial é estar em pleno gozo da 
capacidade civil e não for legalmente impedidos, conforme prevê o Art. 972, do CC/02. 
O registro na Junta Comercial não é pré-requisito para determinar se alguém é 
empresário ou não. 
 
16. Quem está impedido de empresariar? 
 
Conforme o Art. 1011, § 1º, do CC/02, não podem ser administradores, além das 
pessoas impedidas por lei especial, os condenados à pena que vede, ainda que 
temporariamente, o acesso a cargos públicos; ou por crime falimentar, de prevaricação, 
peita ou suborno, concussão, peculato; ou contra a economia popular, contra o sistema 
financeiro nacional, contra as normas de defesa da concorrência, contra as relações de 
consumo, a fé pública ou a propriedade, enquanto perdurarem os efeitos da condenação. 
 
17. Os impedidos podem ser sócios de sociedades empresárias? 
 
Sim, os impedidos legalmente podem ser sócios acionistas de sociedade empresária, 
desde que não ocupe cargo administrativo, respondendo pela pessoa jurídica. A 
proibição é para o exercício de empresário, não sendo vedado, pois, serem sócios. 
 
 
18. Qual a consequência do exercício de atividade própria de empresário por 
pessoa legalmente impedida de fazê-lo? 
 
A pessoa legalmente impedida de exercer atividade própria de empresário, se a exercer, 
responderá pelas obrigações contraídas, conforme o Art. 973, do CC/02. 
 
 
19. O empresário que é acometido de incapacidade superveniente poderá 
continuaro exercício da empresa? 
 
Conforme prevê o Art. 974, do CC/02: poderá o incapaz, por meio de representante ou 
devidamente assistido, continuar a empresa antes exercida por ele enquanto capaz, por 
seus pais ou pelo autor de herança; precederá autorização judicial, após exame das 
circunstâncias e dos riscos da empresa, bem como da conveniência em continuá-la, 
podendo a autorização ser revogada pelo juiz, ouvidos os pais, tutores ou representantes 
legais do menor ou do interdito, sem prejuízo dos direitos adquiridos por terceiros. 
 
Direito Empresarial I 
Questionário de fixação – Teoria Geral do Direito Empresarial – Unidade I 
 
20. O menor pode exercer atividade empresária de forma individual? 
 
Teoricamente, a partir dos 16 anos já seria possível ser empresário. O maior empecilho 
que alguns doutrinadores opõem a essa tese é o de que somente o maior de 18 anos pode 
ser acusado por eventuais crimes falimentares praticados. Assim, os maiores de 16 anos 
não podem ser empresários individuais, nada obstando, porém, que sejam sócios de 
sociedade empresária, desde que não sejam gerentes, administradores, ou diretores, 
porque estes respondem pessoalmente pelos atos praticados em nome da empresa. 
 
21. Os conjugês podem livremente contratar sociedade entre si ou com terceiros? 
 
Conforme o previsto no Art. 977, do CC/02: faculta-se aos cônjuges contratar 
sociedade, entre si ou com terceiros, desde que não tenham casado no regime da 
comunhão universal de bens, ou no da separação obrigatória. 
 
22. O empresário casado necessita de outorga conjugal para alienar ou gravar de 
ônus real os imóveis que integram o patrimônio afetado ao exercício da empresa? 
 
Não, o empresário casado pode, sem necessidade de outorga conjugal, qualquer que seja 
o regime de bens, alienar os imóveis que integrem o patrimônio da empresa ou gravá-
los de ônus real, conforme prevê o Art. 978, do CC/02. 
 
23. O que é a MARCA? 
 
A Marca é um sinal distintivo que identifica produtos ou serviços do empresário, 
conforme o Art. 122, da Lei nº 9.279/96. 
 
24. O que é estabelecimento empresarial? 
 
O estabelecimento é a “base física da empresa”, pelo estatuto civil, todo complexo de 
bens organizado, para exercício da empresa, por empresário, ou por sociedade 
empresária, estão abrangidos nesse conceito bens corpóreos móveis e imóveis e também 
bens incorpóreos. 
 
25. O que é AVIAMENTO? 
 
É o valor organizacional acrescido aos bens que compõem o estabelecimento, de modo 
que constituam uma empresa produtora de riquezas, dá-se o nome de “aviamento” 
(Achalandage). É uma qualidade do estabelecimento. 
 
26. O que é o TRESPASSE? 
 
É o negócio jurídico pelo qual se transmite um estabelecimento comercial, em sua 
integralidade, ou seja, transfere-se o direito de propriedade sobre o estabelecimento. 
Salvo disposto contratual em contrário, a venda do estabelecimento abarca todos os 
bens corpóreos e incorpóreos, sejam eles imóveis ou móveis, desde que considerados 
indispensáveis à continuidade do exercício da atividade empresarial pelo adquirente. 
 
27. Para que serve o contrato de TRESPASSE? 
 
Serve para que ocorra a transferência do conjunto de bens organizados pelo alienante ao 
adquirente, para que este, no lugar do primeiro, prossiga com a exploração da atividade 
Direito Empresarial I 
Questionário de fixação – Teoria Geral do Direito Empresarial – Unidade I 
empresarial. Ao assumir a posição de empresário, o adquirente deve arcar com todos os 
contratos celebrados pelo alienante, por força da atividade exercida. 
 
28. Quais os requisitos para a efetivação da alienação do estabelecimento? 
 
Os requisitos para efetivação da alienação do estabelecimento (ou trespasse) estão 
previstos primeiro, no Art. 1144, do CC/02, que prevê: o contrato que tenha por objeto a 
alienação, o usufruto ou arrendamento do estabelecimento, só produzirá efeitos quanto a 
terceiros depois de averbado à margem da inscrição do empresário, ou da sociedade 
empresária, no Registro Público de Empresas Mercantis, e de publicado na imprensa 
oficial; e em segundo, no Art. 1145, também do CC/02, com o seguinte texto: se ao 
alienante não restarem bens suficientes para solver o seu passivo, a eficácia da alienação 
do estabelecimento depende do pagamento de todos os credores, ou do consentimento 
destes, de modo expresso ou tácito, em trinta dias a partir de sua notificação. 
 
29. Quais as consequências ao desrespeito aos requisitos de eficácia do 
TRESPASSE? 
 
As consequências ao desrespeito aos requisitos de eficácia do TRESPASSE é a 
alienação fraudulenta de estabelecimento, isto é, sua venda sem a anuência de todos os 
credores e sem ficar com bens suficientes par solver seu passivo, constitui ato de 
falência, de acordo com o Art. 94, inciso III, alínea c), da Lei nº 11.101/05. 
 
30. Quais os principais efeitos da alienação do estabelecimento? 
 
Os principais efeitos da alienação do estabelecimento são as seguintes: 
 
1ª) Prevista no Art. 1146, do CC/02: O adquirente do estabelecimento responde pelo 
pagamento dos débitos anteriores à transferência, desde que regularmente 
contabilizados, continuando o devedor primitivo solidariamente obrigado pelo prazo de 
um ano, a partir, quanto aos créditos vencidos, da publicação, e, quanto aos outros, da 
data do vencimento; 
2ª) Prevista no Art. 1146, do CC/02: Não havendo autorização expressa, o alienante do 
estabelecimento não pode fazer concorrência ao adquirente, nos cinco anos 
subsequentes à transferência; 
3ª) Prevista no Art. 1146, do CC/02: Salvo disposição em contrário, a transferência 
importa a sub-rogação do adquirente nos contratos estipulados para exploração do 
estabelecimento, se não tiverem caráter pessoal, podendo os terceiros rescindir o 
contrato em noventa dias a contar da publicação da transferência, se ocorrer justa causa, 
ressalvada, neste caso, a responsabilidade do alienante; e 
4ª) Prevista no Art. 1146, do CC/02: A cessão dos créditos referentes ao 
estabelecimento transferido produzirá efeito em relação aos respectivos devedores, 
desde o momento da publicação da transferência, mas o devedor ficará exonerado se de 
boa-fé pagar ao cedente. 
 
EXCEÇÕES: Art. 448, da CLT, que prevê: A mudança na propriedade ou na estrutura 
jurídica da empresa não afetará os contratos de trabalho dos respectivos empregados. 
Art. 133, do CTN, que prevê: A pessoa natural ou jurídica de direito privado que 
adquirir de outra, por qualquer título, fundo de comércio ou estabelecimento comercial, 
industrial ou profissional, e continuar a respectiva exploração, sob a mesma ou outra 
razão social ou sob firma ou nome individual, responde pelos tributos, relativos ao 
fundo ou estabelecimento adquirido, devidos até à data do ato: 
Direito Empresarial I 
Questionário de fixação – Teoria Geral do Direito Empresarial – Unidade I 
 
I - integralmente, se o alienante cessar a exploração do comércio, indústria ou 
atividade; 
II - subsidiariamente com o alienante, se este prosseguir na exploração ou iniciar 
dentro de seis meses a contar da data da alienação, nova atividade no mesmo ou em 
outro ramo de comércio, indústria ou profissão. 
 
31. O nome do alienante pode ser negociado? 
 
Não, pois pelo Princípio da VERACIDADE, se o título do estabelecimento tiver como 
base um nome civil, este deverá corresponder ao daquele que seja efetivamente o 
empresário individual ou sócio da sociedade empresarial e por ser o nome civil uma 
coisa personalíssima. 
 
32. Os bens do patrimônio do empresário ou da sociedade empresária se 
confundem com os bens do estabelecimento empresarial? 
 
Em regra,os sócios não respondem, com seu patrimônio pessoal, pelas dívidas da 
sociedade. Esta, por ser pessoa jurídica a quem o ordenamento jurídico confere 
existência própria, possui, em consequência, responsabilidade patrimonial própria. 
Trata-se do chamado princípio da autonomia patrimonial das pessoas jurídicas, previsto 
no Art. 1024, do Código Civil: os bens particulares dos sócios não podem ser 
executados por dívidas da sociedade, senão depois de executados os bens sociais. 
 
33. O que é o PONTO no Direito Empresarial? 
 
É o local em que o empresário exerce sua atividade e se encontra com sua clientela. Nos 
dias atuais, não se deve entender o ponto de negócio apenas como local físico, em 
função da proliferação dos negócios pela internet. 
 
34. De que forma o PONTO é protegido pelo Direito? 
 
Pela proteção especial jurídico-comercial dada ao empresário locatário de permanecer 
no imóvel locado mesmo contra a vontade do locador, quando preenchidos certos 
requisitos, tendo o direito à renovação compulsória do contrato de aluguel ou direito 
inerente ao ponto, conforme o Art. 51, da Lei nº 8.245/91. 
 
35. Qual o prazo para propositura de ação renovatória por parte do locatário? 
 
A propositura da referida ação renovatória, segundo o disposto no Art. 51, § 5º, da Lei 
nº 8.245/91, deve ser feita “no interregno de um ano, no máximo até seis meses, no 
mínimo, anteriores à data de finalização do prazo do contrato em vigor”. Dizendo de 
outra forma, a ação renovatória dever ser ajuizada nos 06 (seis) primeiros meses do 
último anos do contrato de aluguel. 
 
36. Que condições deverá o locatário de imóvel comercial (não residencial), 
preencher para renovar o contrato de locação? 
 
Deve preencher as condições previstas no Art. 51, da Lei nº 8.245/91, que fala nos 
requisitos formal (contrato escrito e por prazo determinado), temporal (mínimo de 05 
(cinco) anos de relação contratual contínua) e material (mínimo de 03 (três) anos na 
exploração de atividade no mesmo ramo). 
 
Direito Empresarial I 
Questionário de fixação – Teoria Geral do Direito Empresarial – Unidade I 
 
37. O direito do empresário ao ponto supera o direito de propriedade sobre o 
imóvel? 
 
Não, pois há hipóteses legais em que autorizam ao locador a retomada do imóvel. O 
direito de propriedade é constitucional, já o de locação é infraconstitucional. 
 
 
38. Quais as hipóteses legais que autorizam a retomada do imóvel pelo locador? 
 
A primeira hipótese (art. 72, inciso II, da Lei nº 8.245/1991) é a de o locatário fazer 
uma proposta insuficiente para a renovação do contrato do aluguel. Esta insuficiência é 
aferida em função do valor locativo real do imóvel. Assim, se o locatário, mesmo 
preenchendo os requisitos do art. 52 da lei, fizer uma nova proposta de aluguel abaixo 
do valor locativo do bem, o locador não será obrigado a renovar o contrato. 
 
A segunda hipótese (art. 72, inciso III, da Lei nº 8.245/1991) é a de o locador possuir 
uma proposta de aluguel feita por um terceiro, em melhores condições que a proposta 
do locatário. Nesse caso, “o locador deverá juntar prova documental da proposta do 
terceiro, subscrita por este e por duas testemunhas, com clara indicação do ramo a ser 
explorado, que não poderá ser o mesmo do locatário”, podendo o locatário, “em réplica, 
aceitar tais condições para obter a renovação pretendida” (art. 72, § 2º). 
 
A terceira hipótese (art. 72, inciso I, da Lei nº 8.245/1991) é a de o locador precisar 
fazer uma reforma substancial no imóvel locado, seja “por determinação do Poder 
Público” ou “para fazer modificações de tal natureza que aumente o valor do negócio ou 
da propriedade”. O locador na contestação, “deverá trazer prova da determinação do 
Poder Público o relatório pormenorizado das obras a serem realizadas e da estimativa de 
valorização que sofrerá o imóvel, assinado por engenheiro devidamente habilitado” (art. 
72, § 3º). 
 
A quarta hipótese (art. 72, inciso II, da Lei nº 8.245/1991) é a de o locador necessitar 
do imóvel para uso próprio, e a quinta hipótese (art. 72, inciso II, parte final, da Lei nº 
8.245/1991) é a de ele precisar do imóvel para transferência de estabelecimento 
empresarial existente há mais de um ano cuja maioria do capital seja de sua titularidade 
ou de seu cônjuge, ascendente ou descendente. Nestas duas últimas hipóteses, retomado 
o imóvel, este “não poderá ser destinado ao uso do mesmo ramo do locatário”, salvo se 
se tratava de locação-gerência, ou seja, aquela em que o aluguel também envolvia o 
próprio estabelecimento empresarial, com as instalações e pertences necessários ao 
exercício da atividade (art. 52, § 1º, da Lei nº 8.245/1991). 
 
 
39. Quais as hipóteses em que o empresário ou a sociedade empresária poderá ser 
indenizado pela perda do ponto? 
 
O empresário ou a sociedade empresária poderá ser indenizado pela perda do ponto, 
quando a lei determina que no caso de reforma substancial, uso próprio ou transferência 
de estabelecimento empresarial, o locador tem um prazo de 03 (três) meses (salvo caso 
fortuito ou força maior), contados a partir da entrega do imóvel, para dar a este o destino 
alegado ou iniciar as obras determinadas pelo Poder Público ou que declarou pretender 
realizar, sob pena de ter que indenizar o locatário pelos prejuízos e lucros cessantes 
que tiver quer arcar com mudança, perda do lugar e desvalorização do estabelecimento 
empresarial (Art. 52, § 3º, da Lei nº 8.245/1991). 
Direito Empresarial I 
Questionário de fixação – Teoria Geral do Direito Empresarial – Unidade I 
 
40. Diferencie título do estabelecimento, marca e nome empresarial. 
Título do estabelecimento ou nome fantasia é a expressão que identifica o 
estabelecimento; a marca é um sinal distintivo cujas funções principais são identificar a 
origem e distinguir produtos ou serviços de outros idênticos, semelhantes ou afins de 
origem diversa, conforme disposto no art. 122 da Lei nº 9.279/96 (Lei da Propriedade 
Industrial) e o nome empresarial é a expressão que identifica na relações jurídicas que 
formalizam em decorrência do exercício da atividade empresarial, é aquela sob o qual o 
empresário ou sociedade empresária exercem suas atividades e se obrigam nos atos a 
elas pertinentes. O nome empresarial é um direito personalíssimo. 
 
41. O título do estabelecimento deve ser registrado? 
 
Não existe um local onde se faça o registro do título do estabelecimento, entendendo-se 
que a proteção a ele decorre do próprio registro da empresa. 
 
42. Quais as espécies de nome empresarial existentes no direito brasileiro? 
 
O nome empresarial pode ser de duas espécies: firma, também chamada por alguns de 
“razão social”, ou denominação, conforme o Art. 1155, do CC/02. 
 
43. O que é a FIRMA? 
 
A firma, que pode ser individual ou social, é espécie de nome empresarial, formada por 
um nome civil – do próprio empresário, no caso de firma individual, ou de um ou mais 
sócios, no caso de firma social. O núcleo da firma é sempre um nome civil, podendo 
juntamente ser indicado, na firma, o ramo da atividade. 
 
44. O que é a DENOMINAÇÃO? 
 
A denominação, que só pode ser social – o empresário individual somente opera sob 
firma -, pode ser formada por qualquer expressão linguística (o que alguns 
doutrinadores chamam de elemento fantasia) e a indicação do objeto social (ramo da 
atividade), esta obrigatória (vide art. 1.158, § 2º, 1.160 e 1.161, todos do CC/02). 
 
45. O que é o NOME FANTASIA? 
 
O nome fantasia é a expressão que identifica o título do estabelecimento. Grosso modo, 
o nome fantasia está para o nome empresarial, assim como o apelido está para o nome 
civil. 
 
46. Comosão compostos os nomes empresariais? 
 
O empresário individual identifica-se, obrigatoriamente, por meio de firma. Esta será 
constituída por seu nome civil, completo ou abreviado, podendo, facultativamente, ser 
seguida da designação mais precisa de sua pessoa ou do gênero da atividade empresarial 
por ele exercida, conforme o Art. 1.156, do CC/02. 
A sociedade empresária que possuir sócios com responsabilidade ilimitada pelas 
obrigações sociais, adotará como nome empresarial a firma, na qual somente poderão 
figurar os nomes dos referidos sócios, seja um deles, de alguns ou de todos. Se a firma 
Direito Empresarial I 
Questionário de fixação – Teoria Geral do Direito Empresarial – Unidade I 
não for composta pelo nome de todos esses sócios, deverá ser seguida da expressão “e 
companhia”, ou sua abreviatura “& Cia.”, conforme o Art. 1.157, do CC/02. 
 
47. Quais as duas funções relevantes que o nome empresarial possui? 
 
As duas funções relevantes que o nome empresarial possui são uma de ordem subjetiva 
de individualizar e identificar o sujeito de direito exercente da atividade empresarial – e 
outra de ordem objetiva, de lhe garantir fama, renome, reputação etc... 
 
48. Quais os princípios informadores do regime que regula o nome empresarial? 
 
Os princípios formadores do regime que regula o nome empresarial são o da 
VERACIDADE e da NOVIDADE, conforme o Art. 34, da Lei nº 8.934/1994. 
 
 
49. O que é o princípio da VERACIDADE? 
 
De acordo com o princípio da veracidade, o nome empresarial não poderá conter 
nenhuma informação falsa. Sendo a expressão que identifica o empresário em suas 
relações como tal, é imprescindível que o nome empresarial só forneça dados 
verdadeiros àquele que negocia com o empresário. 
 
50. O que é o princípio da NOVIDADE? 
 
Por princípio da novidade, por sua vez, entende a proibição de se registrar um nome 
empresarial igual ou muito parecido com outro já registrado. Com efeito, segundo o 
disposto no Art. 1.163 do Código Civil, “o nome de empresário deve distinguir-se de 
qualquer outro já inscrito no mesmo registro”. O parágrafo único desse dispositivo 
prevê que “se o empresário tiver nome idêntico ao de outros já inscritos, deverá 
acrescentar designação que o distinga”. 
 
51. Qual o conceito de EMPRESA? 
 
Empresa é a atividade desenvolvida pelo empresário ou sociedade empresária, e é toda 
aquela exercida profissionalmente, de forma economicamente organizada, para a 
produção ou circulação de bens ou serviços, visando à obtenção de lucros por parte 
daqueles que a exploram, os quais, em contrapartida, devem assumir uma série de 
riscos. Empresa é sinônimo de atividade empresarial. 
 
52. A EMPRESA é sujeito de Direito? 
 
A empresa não é sujeito de direito, pois o empresário ou sociedade empresária são os 
que desenvolvem a atividade empresarial, sendo que este último responde juridicamente 
pela atividade. 
 
53. O que é necessário para que uma empresa seja considerada Microempresa 
(ME) ou Empresa de Pequena Porte (EPP)? 
 
Para uma empresa ser considerada Microempresa (ME), é necessário que ela aufira, em 
cada ano-calendário, receita bruta igual ou inferior a R$ 360.000,00 (trezentos e 
sessenta mil reais); e para ser considerada Empresa de Pequena Porte (EPP), é 
necessário que ela aufira, em cada ano-calendário, receita bruta superior a R$ 
360.000,00 (trezentos e sessenta mil reais) e igual ou inferior a R$ 4.800.000,00 
Direito Empresarial I 
Questionário de fixação – Teoria Geral do Direito Empresarial – Unidade I 
(quatro milhões e oitocentos mil reais); conforme prevê respectivamente o inciso I e II, 
do Art. 3º, da Lei Complementar nº 123/2006. 
 
54. Como se dá o enquadramento de uma empresa enquanto Microempresa (ME) 
ou Empresa de Pequeno Porte (EPP)? 
 
O enquadramento, tratando-se de sociedade empresária ou de empresário individual que 
já operava antes da promulgação da lei (Lei Complementar nº 123/2006), basta fazer 
uma simples comunicação ao órgão de registro (Junta Comercial, no caso de sociedades 
empresárias e empresários individuais, e Cartório de registro civil de pessoas jurídicas, 
no caso de sociedades simples) quanto ao preenchimento dos requisitos de 
enquadramento como ME ou EPP. Em se tratando, todavia, de empreendimento em 
constituição, previa a lei anterior que deveriam o titular ou os sócios, conforme o caso, 
declarar à Junta Comercial (i) a sua condição de ME ou EPP, (ii) que a receita bruta 
anual não excederá, no ano da constituição, os limites fixados na lei, e (iii) que a ME ou 
EPP não se enquadra em qualquer das hipóteses de exclusão do regime legal (era o que 
estabelecia claramente o art. 5º da revogada Lei nº 9.841/1999). 
 
 
55. Quais são as hipóteses de reenquadramento e desenquadramento da 
Microempresa (ME) ou Empresa de Pequena Porte (EPP)? 
 
A Lei Complementar nº 123/2006, optou justamente por um sistema que prevê o 
reenquadramento e o desenquadramento automáticos. Com efeito, dispõe o seu art. 3º, 
§ 7º, que “observado o disposto no § 2º deste artigo, no caso de início de atividades, a 
ME que, no ano-calendário, exceder o limite de receita bruta anual previsto no inciso I 
do caput deste artigo passa, no ano-calendário seguinte, à condição de EPP”. Da mesma 
forma, prevê o § 8º, do mesmo art. 3º, que “observado o disposto no § 2º deste artigo, 
no caso de início de atividades, a empresa de pequeno porte que, no ano-calendário, não 
ultrapassar o limite de receita bruta anual previsto no inciso I do caput deste artigo 
passa, no ano-calendário seguinte, à condição de ME”. O § 9º que: “A empresa de 
pequeno porte que, no ano-calendário, exceder o limite de receita bruta anual previsto 
no inciso II do caput fica excluída, no mês subsequente à ocorrência do excesso, do 
tratamento jurídico diferenciado previsto na Lei Complementar, incluído o regime que 
trata o art. 12, para todos os efeitos legais, ressalvado o disposto nos §§ 9º-A, 10 e 12”. 
Por fim prevê o § 9º-A: “Os efeitos da exclusão prevista no § 9o dar-se-ão no ano-
calendário subsequente se o excesso verificado em relação à receita bruta não for 
superior a 20% (vinte por cento) do limite referido no inciso II do caput.” 
 
56. Indique pelo menos cinco hipóteses de tratamento diferenciado que são 
concedidos as Microempresas (ME) ou Empresas de Pequeno Porte (EPP)? 
 
A Lei Complementar nº 123/06 veio regulamentar um benefício concedido pela 
Constituição Federal de 1988, garantido as ME e EPP o direito constitucional do 
tratamento diferenciado, favorecido e simplificado referente à apuração e recolhimento 
de impostos e contribuições da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos 
Municípios, mediante regime jurídico único de arrecadação, obrigações acessórias, 
obrigações trabalhistas, previdenciárias, acesso a crédito e ao mercado, à tecnologia, 
ao associativismo e as regras de inclusão. 
 
Sendo as seguintes hipóteses de tratamento diferenciado dado as ME e EPP: 
 
Direito Empresarial I 
Questionário de fixação – Teoria Geral do Direito Empresarial – Unidade I 
1ª) Plano especial de recuperação para ME e EPP, conforme a Lei nº 11.101/2005 (Lei 
de Falência); 
 
2ª) As ME e EPP podem demandar em JEC (Juizado Especial Civil), conforme o Art. 
74 e 75 da Lei Complementar nº 123/2006; 
 
3ª) Tratamento tributário diferenciado, conforme o Art. 12, da Lei Complementar nº 
123/2006; 
 
4ª) Apoio creditício, conforme o Art. 57 ao 63, da Lei Complementar nº 123/2006; 
 
5ª) Regras especiais para participação em Licitações, conforme o Art. 47, da Lei 
Complementar nº 123/2006; e 
 
6ª) Permissão para tomada de decisões de forma simplificada, conforme o Art. 70,da 
Lei Complementar nº 123/2006. 
 
 
57. O que é o SIMPLES NACIONAL? 
 
O Simples Nacional é um regime compartilhado de arrecadação, cobrança e fiscalização 
de tributos aplicável às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte, previsto nos Art. 
12 e 13, da Lei Complementar nº 123, de 14 de dezembro de 2006. 
 
58. A Microempresa ou Empresa de Pequeno Porte (EPP) está obrigada a recolher 
seus impostos através do SIMPLES NACIONAL? 
 
Não, a ME ou EPP não está obrigada a recolher impostos através do Simples Nacional, 
mas se assim o quiser fazer, deverá declarar sua opção pelo SIMPLES NACIONAL 
junto à Receita Federal até o dia 30 de janeiro de cada ano dentro do ano-calendário, 
conforme o Art. 16, da Lei Complementar nº 123/2006.

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