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FRAUDE À EXECUÇÃO

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FRAUDE À EXECUÇÃO
Conceito:
Segundo o art. 593 do Código de Processo Civil, considera-se fraude de execução a alienação ou oneração de bens quando sobre eles pender ação fundada em direito real; quando, ao tempo da alienação ou oneração, corria contra o devedor demanda capaz de reduzi-lo à insolvência ou nos demais casos expressos em lei.
Sendo necessário, para o reconhecimento da fraude à execução, o registro da penhora do bem alienado e/ou da prova de má-fé do terceiro adquirente, com base na Súmula 375 do STJ.
Bens alienados em fraude de execução:
A alienação de bens em qualquer uma das hipóteses do art. 593 do CPC é ineficaz em relação ao autor da ação. Quer dizer que a venda do bem não poderá ser-lhe oposta e o bem continuará respondendo pela dívida. É importante lembrar que não ocorrerá nulidade e sim ineficácia da venda, uma vez que inciso I do citado artigo afirma que o credor se tornará dono do direito real em discussão.
O inciso II do referido artigo, prevê como ineficaz a alienação ou gravação do bem em garantia, que frustre a ação judicial que no final venha a levar à penhora e à venda judicial como forma de satisfazer os créditos dos autores da ação judicial, deixando, assim, o devedor em estado de insolvência. Na seguinte situação, é suficiente a existência de ação em curso que seja capaz de reduzi-lo à insolvência, sendo, como dito anteriormente, desnecessário o registro de citação ou da penhora ou que o adquirente saiba do estado de insolvência do alienante.
Casos de fraude de execução:
Os casos de fraude de execução se encontram previstos no art. 593 do Código de Processo Civil, bem como outros casos previstos em lei. Existentes no próprio Código de Processo Civil ou em outras leis, como, por exemplo, no art. 672, § 3º, do Código de Processo Civil, relativo à penhora sobre crédito.
Consequência Jurídica: 
Após apresentada a fraude à execução e instaurada a ação judicial competente, por meio de uma petição simples que visa demonstrar os pressupostos da ação, a consequência jurídica sofrida é a ineficácia do negócio, exclusivamente, perante o credor prejudicado que demanda. Sendo este sujeito a multa prevista no art. 601 do Código de Processo Civil.

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