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ARTIGO DE SINDROME DE DOWN

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SÍNDROME DE DOWN NO AMBITO ESCOLAR
MENEZ, Volmar. RU 1244753.
SCOPEL, Natanael. RU 1341651
POLO CHAPECÓ-SC
UNINTER
Resumo
O presente trabalho apresenta reflexões sobre desafios, conquistas e frustações enfrentadas durante o processo de inclusão de alunos com síndrome de Down. O objetivo principal foi identificar e analisar suas principais características e aspectos envolvidos na promoção da inclusão desses alunos e compreender as implicações no processo educacional. A inclusão dentro da escola é uma forma de trabalho diferenciada que envolve professores, alunos e toda a comunidade escolar despertando dentro da escola um ambiente de amizade, ternura e afeto uns com os outros deixando em evidencia a importância do outro. Vale lembrar que a inclusão deve ser de forma a igualar ou pelo menos que se aproxime da rotina dos demais alunos no meio escolar. 
Palavras-chave: Inclusão escolar, características, desafios, conquistas.
1.INTRODUÇÃO 
O presente trabalho tem como principal objetivo abordar a importância do processo inclusivo para crianças com Síndrome de Down. Além disso, aborda registros históricos despontam como a sociedade encarava o deficiente no decorrer dos séculos. Nós séculos passados, ou seja, nas antigas civilizações acontecia muito o ato de banir as pessoas deficientes da sociedade por considerar que as mesmas não se enquadravam no padrão social considerado “normal”. Por isso, ressalto aqui a Síndrome de Down, sendo esta uma condição genética, que constitui uma das causas mais frequentes de deficiência mental por distinguir-se pela alteração do cromossomo 21, apresentando um cromossomo a mais nas células de quem é portador e acarreta um variável grau de retardo no desenvolvimento motor, físico e mental.
Contudo, é valido destacar que um dos principais fatores responsáveis pelo desenvolvimento de uma pessoa com Síndrome de Down é o lugar no qual o mesmo está inserido, por ter aspectos relacionados ao seu desenvolvimento biopsicossocial, o qual a mesma vai desenvolver vínculos e relação. E é a partir desta que poderá atingir suas potencialidades, tendo o outro como uma referência para si, além de ser possível a percepção de diferentes papeis, seja ele culturais ou sociais de modo que aprende a conviver com sua deficiência, além de facilitar a visão de ser um membro útil da sociedade.
Sendo assim, é possível perceber que a ação de inclusão é marcada por quatro fases as quais ocorrerão no decorrer do processo de desenvolvimento da história da inclusão. Tendo como primeira fase a da exclusão, onde não existia a atenção para com as pessoas com necessidades especiais e então elas eram mortas; a segunda, sendo a fase da segregação institucional, onde as mesmas eram afastadas das famílias para receber tratamentos em instituições religiosas e filantrópicas. A terceira, que era a fase da integração, sendo que nesta a pessoa com deficiência era encaminhada para escolas regulares, porém precisavam passar em um teste de inteligência de modo que eram avaliadas se seria possível ou não que se adaptassem a sociedade. E a quarta e última fase é a da inclusão, sendo esta a fase a qual vivenciamos hoje, onde as pessoas com deficiência são inseridas nas classes escolares comuns, sendo que o processo educativo ou os ambientes escolares é quem devem se adequar/adaptar aos alunos com necessidade.
2. CARACTERÍSTICAS DA SÍNDROME DE DOWN 
 Em nosso artigo referente à inclusão social, abordamos o assunto relacionado aos alunos com síndrome de Down. Diante das pesquisas realizadas sobre este assunto, identificamos que as principais características dessas pessoas no que se refere ao seu físico são: olhos amendoados, maior possibilidade de desenvolver algumas doenças, hipotonia muscular e deficiência intelectual, ou seja, acaba afetando seu cognitivo. De maneira geral, as crianças com síndrome de Down são menores em tamanho e seu desenvolvimento físico e mental são mais lentos em relação a outras crianças da mesma idade.
Além disso, na maioria dos casos existe um grande espaço entre o dedão e o segundo dedo, com uma dobra entre eles na sola do pé, amortecimento geral dos ligamentos articulares; genitália desenvolvida; no caso masculino, o pênis é pequeno e nas mulheres o clitóris é pouco desenvolvido, de modo que os meninos são estéreis e as meninas ovulam, porém o período não costuma ser regular.
Diante das características apresentadas é valido destacar que as pessoas que possuem síndrome de Down podem ter problemas de saúde e de aprendizado, porém varia muito de pessoa para pessoa, pois cada indivíduo é único, assim os sintomas podem ser de moderados a severos. 
3. POTENCIALIDADES DA PESSOA COM SINDROME DE DOWN
De acordo com Déa e Duarte (2009) aqueles que possuem síndrome de Down tem capacidade de aprendizado como de qualquer pessoa, podem realizar tarefar simples do dia a dia até as mais complexas. Porém para que seu aprendizado ocorra é necessária uma disposição maior de tempo para ensina-las.
Ter um preconceito a respeito de uma pessoa que possui alguma deficiência somente limita a possibilidade do desenvolvimento de suas capacidades podendo causar impactos permanentes na sua vida (ALMEIDA, 2017).
 Ainda segundo Almeida (2017)
Os esforços atuais buscam um olhar mais direcionado à pessoa do que à deficiência, implicando maiores oportunidades e necessidades de participação em diversos contextos sociais como família, escola, lazer, trabalho e outros. Um marco na trajetória das representações sociais da pessoa com deficiência é a mudança na conceituação. Concepções baseadas em concepções funcionais sendo substituídas por concepções funcionais.
O desenvolvimento integral das habilidades de uma pessoa depende de um ambiente que venha incentivar e oferecer possibilidades para tal, disponibilizando a inclusão e respeito as dificuldades e limitações (ALMEIDA, 2017). 
A inclusão das crianças com síndrome de Down em ambientes sociais é fundamental, pois em grande parte dos casos estas crianças tem uma grande capacidade de copiar as atitudes das outras pessoas, aprendendo como agir e realizar atividades (DÉA e DUARTE, 2009).
De acordo com Almeida (2017) a principal habilidade pessoal é a autoestima, ou seja, o autoconhecimento, a valorização pessoal, é conhecer e aceitar as nossas forças e as nossas fraquezas e para isso precisamos construir a nossa identidade como indivíduo único.
É conhecido atualmente que grande parte das dificuldades enfrentadas pelas pessoas com a síndrome de Down não é devida a presença de um cromossomo extra em suas células, mas principalmente ocorrem por causa da forma como são tratadas em suas famílias e na sociedade (ALMEIDA, 2017).
Segundo Almeida (2017)
As habilidades sociais são comportamentos específicos que resultam em interações positivas e abrangem tanto comportamentos verbais, quanto não-verbais, necessários para uma comunicação interpessoal efetiva. Estas habilidades são comportamentos aprendidos e socialmente aceitáveis que permitem a pessoa possa interagir com os outros, evitando ou fugindo de comportamentos não aceitáveis como a agressividade, auto sabotagem e a destrutividade, que resultem em interações sociais negativas. Tais habilidades, se presentes no repertório de crianças e adolescentes, facilitam a iniciação e manutenção de relações sociais positivas, contribuindo para a aceitação de colegas, resultando, principalmente, em ajustamento escolar satisfatório.
Então a pessoa que possui síndrome de Down precisa de um ambiente que seja propício para que suas habilidades sejam desenvolvidas como um todo, necessita haver muita paciência e compreensão com essa pessoa, é necessário entender a forma de agir dessa pessoa, suas dificuldades e suas potencialidades, pois todas são diferentes.
4. PROPOSTA DE ESCOLA INCLUSIVA
A educação da criança com Down precisa ter início ao nascimento, como forma de estimular e integrar a criança à vida social. Alguns estudos realizados apontam que as crianças que eram estimuladas desdebebês possuem diferença das crianças que eram estimuladas mais tarde.
Por isso a escola precisa ter uma estrutura para receber crianças com síndrome de Down desde a mais tenra idade trazendo a família em momentos juntamente com a criança para que possam aprender juntamente com a criança e serem estimulados a não terem uma visão de que não se trata de uma criança que veio como um fardo ou uma decepção.
Segundo Déa e Duarte (p.55, 2009)
família é o contexto imediato e primordial e o que exerce maior influência sobre seu desenvolvimento e que irmãos e pais são, diariamente, os agentes propulsores que estimulam as aprendizagens cognitivas, afetivas e motoras, ampliando o potencial de desenvolvimento futuro. Essa aprendizagem diária das crianças dos comportamentos da sua cultura representa os cuidados e os vínculos construídos entre filhos e pais, irmãos, avós e outras pessoas extremamente significativas para sua inserção social.
Por isso propomos uma escola com ensino integral que atenda as crianças com síndrome de Down desde os 4 anos. Essa escola obrigatoriamente terá professores habilitados e especializados para cuidar dessas crianças como além da capacitação para cuidar dos demais alunos que não possuírem a síndrome.
Como estas crianças necessitam de uma atenção maior e um período maior de tempo para o ensino optamos por uma escola de ensino integral. E como a família possui papel fundamental no melhor desenvolvimento da criança, será sempre feito um reconhecimento das características da família e do seu contexto social.
A família das crianças com Síndrome de Down deve ser orientada, motivadas a colaborar e participar do programa educacional, ajudando a promover a interação para com a criança. Além disso, é necessário que a família incentive que a criança pratique tudo aquilo que ela assimila. Sendo que, a qualidade da estimulação e a interação dos pais com as crianças se agreguem ao desenvolvimento e aprendizagem das crianças com deficiência mental.
O desenvolvimento e as possibilidades psicomotoras da criança com Down permitem que está realize atividades didáticas e simples, assim iniciando o processo de alfabetização, onde a criança vai estar não somente criando, mas também formando conceitos os quais tornam possíveis a percepção da realidade que os rodeia. A fase de participação da criança é fundamental, contribuindo para que a escola desenvolva nela todas as potencialidades possíveis do conhecimento.
Assim, o trabalho com a criança deve promover a interação com o outro de maneira, que as atividades pedagógicas desenvolvidas sejam informais, através de materiais adequados. Logo, se as atividades forem de forma agradável e prazerosa a criança irá desenvolver atividades emocionais, físicas e cognitivas entre elas a elaboração do pensamento. 
Referências
DÉA, V. H. S. D; DUARTE, E. Síndrome de Down: Informações, caminhos e histórias de amor. São Paulo: Phorte, 2009.
ALMEIDA, Marina S. R. Habilidade Pessoais e Sociais da Pessoa com Síndrome de Down. Disponível em: < http://www.institutoinclusaobrasil.com.br/habilidades-pessoais-e-sociais-da-pessoa-com-sindrome-de-down/>. Acesso em: 19 de mai. 2018.
BELTRAME, Beatriz. Principais características da síndrome de Down. Disponível em: <https://www.tuasaude.com/sintomas-da-sindrome-de-down/>. Acesso em: 19 de mai. 2018.
DOWN, Movimento. Características da Síndrome de Down. Disponível em: <www.movimentodown.org.br/sindrome-de-down/caracteristicas/>. Acesso em: 19 de mai. 2018.

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