Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Infórmula A necessidade de um tratamento antifúngico regular e prolongado e a dificuldade na administração de medicamentos por via oral aos gatos domésticos, são fatores que podem contribuir para o baixo percentual de cura clínica da esporotricose felina. Pensando em facilitar a Fórmula Animal desenvolveu formas farmacêuticas palatáveis para o tratamento preconizado da esporotricose felina, aumento à adesão e a continuidade ao protocolo. A esporotricose em felinos apresenta uma característica que distingue das outras espécies devido à exuberância de células fúngicas nas lesões cutâneas, o que potencializa a capacidade infectante das lesões para o homem e outros animais. Tratamento com itraconazol e iodeto de potássio Esporotricose Felina Atualização A esporotricose felina é uma enfermidade piogranulomatosa de evolução subaguda a crônica, causada pelo fungo Sporothrix schenckii. A infecção ocorre através da implantação traumática do fungo na pele ou tecido subcutâneo e até mesmo pelo contato direto com animais infectados. Atinge várias espécies animais, no entanto os gatos vem sendo considerados os maiores transmissores, se infectam ao arranhar pedaços de madeira, ou em brigas por alimento ou disputa por território com outros gatos. Nesta espécie, a forma cutânea é a mais frequente e se manifesta como lesões pápulo-nodulares geralmente localizadas na região cefálica, na parte distal dos membros ou na base da cauda e a riqueza parasitária potencializa a capacidade infectante das lesões. A transmissão da esporotricose felina aos humanos ocorre por meio de mordeduras e arranhaduras de gatos infectados ou ainda pelo contato da pele ou mucosa com secreções das lesões causadas pela esporotricose. O diagnóstico baseia-se na anamnese, exame físico, exame dermatológico e exames laboratoriais. Dentre os exames complementares, existem o citodiagnóstico, cultivo micológico, intradermorreação e histopatologia. O diagnóstico definitivo é baseado na identificação e isolamento do microrganismo. A droga de eleição para tratamento é o itraconazol, um composto triazólico primariamente fungistático, que tem como mecanismo de ação alterar a permeabilidade da célula fúngica. Este medicamento tem mostrado maior atividade contra o S. schenckii quando comparado a outros antifúngicos e possui eficácia e segurança para o uso em diversas espécies. A utilização de iodeto de potássio pode ser uma opção de tratamento, considerando-se a regressão das lesões e ausência de sinais de intoxicação em protocolos experimentais, no entanto, deve-se atentar aos sinais de intoxicação, pois os gatos são particularmente sensíveis aos compostos iodados desenvolvendo iodismo. A manipulação em formas farmacêuticas palatáveis constitui uma alternativa para aumentar à adesão ao tratamento, visto que a irregularidade no tratamento pode conduzir a recorrência da doença o que dificulta o processo de cura. Infórmula www.formulanimal.com.br OBSERVAÇÕES O tratamento deve prolongar-se por 30 dias após a cura clínica, visto que sua interrupção antes desse período pode resultar em recidivas. O itraconazol é bastante seguro. As reações colaterais, apesar de raras, se manifestam através de distúrbios gastrointestinais (vômito, diarreia, anorexia, náuseas). A vasculite também foi relatada em raros casos. Em função de alguns raríssimos casos relatados de hepatotoxicidade induzida pelo itraconazol pode-se, solicitar monitorização bioquímica sérica das transferases (ALT e AST) e da fosfatase alcalina. Protocolo Sugerido - Pasta de Itraconazol Itraconazol..............................................................................10mg/kg/dose Pasta sabor salmão.........................................................q.s.p. 30 doses Dar 1 dose a cada 24 horas. Protocolo Sugerido - Solução de iodeto de potássio Iodeto de potássio...........................................................20mg/kg/dose Solução sabor azeitona................................................q.s.p. 60 doses Dar 1 dose a cada 12 horas, associado à alimentação. OBSERVAÇÕES O tratamento deve prolongar-se por 30 dias após a cura clínica, visto que sua interrupção antes desse período pode resultar em recidivas. Monitorar o animal quanto a sinais de intoxicação como, anorexia, vômitos, depressão, contração muscular, hipotermia, miocardiopatia e colapso cardiovascular, principalmente felinos que são sensíveis a iodetos. Infórmula Campinas – SP • 19 325206246 | Chapecó – SC • 49 3304 3080 | Cuiabá – MT • 65 3359 9666 • 3359 9664 Jaraguá do Sul – SC • 47 3275 0674 | Porto Alegre – RS • 51 3095 0057 | Presidente Prudente – SP • 18 3908 5354 Ribeirão Preto – SP • 16 3421 7427 | Rio de Janeiro – RJ • 21 3066 7340 | Salvador – BA • 71 3240 0050 www.formulanimal.com.br Literatura consultada: 1. BARROS, M.B.L. ; SCHUBACH, T.M.P. ; GALHARDO, M.C.G. et al . Sporotrichosis:an emergent zoonosis in Rio de Janeiro. Memória do Instituto Oswando Cruz. v. 96, n.6 , p.777-779, 2001. 2. CAGNINI, D.Q; et al . Diagnóstico citológico e tratamento da esporotricose fel ina: Re- lato de caso Vet. e Zootec. jun. ; 19(2): 186-191, 2012. 3. CARAVALHO, J. ; CADWELL, J.B. ; RADFORD, B.L. et al . Fel ine-transmitted sporotrichosis in the south western United States. The western journal of medicine. , v. 154, p. 462-465, 1991. 4. GARRISON, R. G. ; BOYD, K. S. ; KIER, A. B. et al . Spontaneous fel ine sporotrichosis: a f ine structural study. Mycopathology, v. 69, n. 1-2, p. 57-62,1979. 5. HARGIS, A. M. Sistema Tegumentar. In: THOMSON, R. G. Patologia Veterinária Especial . São Paulo: Manole, 1990. cap. 1. p. 1-78. 6. LARSSON, C. E. Esporotricose. Braz. J. Vet. Res. Anim. Sci . , Sao Paulo, v. 48, n. 3, p. 250-259, 2011 7. MARQUES, S. A ; et al . Esporotricose do gato doméstico (Felis catus) : Transmissão hu- mana. Rev. Inst. Med. trop. São Paulo. 35(4), 327-330. julho-agosto, 1993. 8. OLIVEIRA , M, M , E; et al . Sporotrichosis caused by Sporothrix globosa in Rio d e Janeiro, Brazi l : case repor t. Mycopathologia. 169:359-63, 2010. 9. SCHUBACH, T. M. P. ; SCHUBACH, A. O Esporotricose em gatos e cães – revisão. Clínica Vete- rinária, Sao Paulo, v. 29, p.21-24, 2000. Page 1 Page 2 Page 3
Compartilhar