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LEUCOSE ENZOOTICA BOVINA

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LEUCOSE ENZOO TICA BOVINA 
- ETIOLOGIA: Vírus da leucemia bovina (Bovine Leukemia Virus – BLV), do 
gênero Deltaretrovirus e da família Retroviridae. É uma doença infectocontagiosa 
crônica, com características neoplásicas (linfossarcoma) após período prolongado de 
incubação, que evolui para morte do animal. 
- EPIDEMIOLOGIA: Ocorre principalmente em gado de leite no Brasil, com 
prevalência variada. 
- PATOGENIA: Inicia-se com a fusão da membrana do vírus com a membrana 
da célula. Esse patógeno liberará seu RNA no interior da célula, onde haverá transcrição 
reversa e formação de dsDNA, que entrará no núcleo e se fundirá com o DNA da célula. 
Após isso, ocorrerá transcrição do DNA da célula (processo natural), que originará 
RNAm para ser traduzido e utilizado na síntese de proteínas. Com isso, serão montados 
novos vírus, para serem liberados por brotamento (na membrana). 
Inoculação de sangue contaminado gera o vírus livre no plasma, que infectam os 
linfócitos B, onde fazem a integração do genoma viral (em que ocasiona a infecção 
vitalícia e transmissão) e ficam por um longo período de incubação. Após isso, é 
desencadeada uma linfocitose persistente (aumento de linfócitos) e/ou um linfossarcoma 
(neoplasia linfoide maligna), o que gerará o quadro crônico da doença com sinais 
clínicos variados. Porém, o vírus pode-se incorporar seu genoma aos linfócitos B, onde 
produzirá suas partículas livres ou formar sincícios (grupos de células com continuidade 
citoplasmática). 
 - VIAS DE TRANSMISSÃO: Veiculação de partículas virais livres, 
transferência de células portadoras de material genético viral (Linf. B) e transmissão 
direta (entre animais e materiais recém-contaminados). Ademais, qualquer fluido que 
contenha sangue ou exsudato, leite e colostro, secreções respiratórias, insetos 
hematófagos, agulhas, luvas de palpação, cordas e cabrestos e instrumentos cirúrgicos 
também transmitem o vírus. 
- SINAIS CLÍNICOS: desenvolvimento da forma neoplásica da doença, 
linfadenopatias internas e externas (linfonodos palpáveis superficialmente, aumento dos 
linfonodos e compressão de órgãos, formando nódulos, dificuldade respiratória e de 
eructação – arroto), diarreia (má absorção devido a infiltração de massas tumorais), 
constipação intestinal, timpanismo (acumulo anormal de gases) e melena (sangue nas 
fezes). Já no sistema cardiovascular, há edemas de partes baixas, fraqueza e 
insuficiência cardíaca (devido a neoplasias) e no sistema reprodutor, causa infertilidade 
crônica e infiltrações neoplásicas no útero. Para finalizar, no sistema nervoso, pode 
causar compressão dos nervos, das meninges ou medula espinhal, causando alterações 
locomotoras, neurológicas, paralisias e paraplegias, cegueira e exoftamia, alterações 
comportamentais, alterações pupilares e tremores. 
- PROFILAXIA: Não há vacinas eficientes disponíveis comercialmente, evitar 
contato de bovinos saudáveis com infectados, realizar testes sorológicos periódicos e 
isolamento de animais positivos, aquisição de animais negativos, quarentena de animais 
novos e adoção de boas práticas de biossegurança. 
- O quadro de linfocitose persistente apresenta animais sem sinais clínicos, 
porém com maior risco de transmissão. Já o quadro de linfossarcoma são mais raro, pois 
dependem da predisposição genética dos animais. Para finalizar, o quadro crônico 
possui alta letalidade, sem resposta aos tratamentos e emagrecimento constante do 
animal. 
- Pode haver falhas fisiológicas diversas (lesões secundárias em diversos 
órgãos), falhas imunológicas (são primárias, devido à infecção dos linfócitos B e T) e o 
quadro de linfossarcoma são irreversíveis, havendo morte do animal em semanas ou 
poucos meses. 
- É uma doença crônica com infecção permanente, desconfiar sempre de animais 
com linfadenopatias generalizadas, diminuição de produção e emagrecimento do 
rebanho. Usa-se ELISA ou sorologia para a confirmação laboratorial do quadro.

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