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RETROVIROSES EM FELINOS → FIV E FELV Modifica o genoma LEUCEMIA VIRAL FELINA (FeLV) Altamente contagiosa, pelo vírus modificar o genoma de células futuras Afeta gatos domésticos e felinos selvagens → principalmente mais jovens (3 anos). Além de aglomerações oferecerem maior risco, devido aos animais assintomáticos. Etiologia Família Retroviridae, gênero Gamaretrovirus A proteína p15E (presente no envelope), gera a característica de imunossupressão, devido ao uso das células de defesa, não conseguindo ser marcada para a eliminação futura. Com isso gera dano nas células de defesa (linfócitos, macrófagos) A proteína p27 é identificada em snap test (ELISA), essencial no diagnóstico. Entretanto, muitas vezes necessita do PCR para identificação do RNA do animal Vírus é sensível ao calor e desinfetantes (hipoclorito de sódio) Cadeia epidemiológica Fonte: animais contaminados. Onde o vírus se concentra em saliva e secreções nasais, sangue, lagrimas, urina e fezes Transmissão: mordidas, lambeduras, via iatrogênica (instrumentos contaminados) e picadas de pulga. Pode ocorrer por via transmamária e transplacentária Patogenia Exposição oronasal, deixando as secreções contaminadas, multiplicando em tonsilas e linfonodos faríngeos. Com isso, o vírus se dissemina através de linfócitos e macrófagos (lesiona as células e se espalha pelo tecido linfoide). Ocorre uma viremia primária, com ação dos anticorpos → podendo ser eliminado ou seguir seu viremia persistente, indo para tecidos linfoides e principalmente medula óssea, realizando uma multiplicação e ter uma disseminação sistêmica. A partir disso, o organismo tenta fazer uma resposta adequada, recuando dos tecidos linfoides e ficando apenas na medula, se tornando uma infecção latente (não é sintomático, não tem viremia ativa, mas o vírus ainda estar lá. Mas assim que o organismo sofre uma reação severa, o vírus pode se manifestar novamente. Caso o organismo não consiga realizar uma reação adequada, a viremia pode se tornar transitória Possibilidade de infecção Infecção abortiva Imunidade humoral e celular faz com que aborte a infecção → regride tanto a infecção que o organismo consegue abortar ela Infecção regressiva Resposta imune bastante efetiva, criando uma quantidade grande de anticorpos, para responder novamente a grandes infecções → mantem infecção latente. O vírus se aloja na medula óssea ficando latente, pelo alto número de resposta imune do organismo, mas o snap teste ainda da negativo, pois o organismo está reprimindo o vírus. Nesses casos, o PCR é realizado e indica o DNA pro viral positivo, indicando o vírus no genoma do animal. Infecção progressiva Replicação intensa do vírus através de tecidos linfoides, epiteliais, mucosas, glandulares e medula óssea. Diminui resposta imune, devido ao alto nível de infecção e após 16 semanas, não consegue mais inativar o vírus, disseminando a FeLV para o resto da vida. Apresentação Clínica Graus variados de anemia, leucopenia e graus variado de linfócitos (linfopenia) A alteração do genoma, faz com que o organismo crie uma neoplasia associadas a Felv Fibrossarcoma → ocorre em locais de replicação celular exacerbada Linfoma Linfoma tímico/mediastinal: efusão plural, 90% dos casos de FeLV Linfoma alimentar/intestinal: anorexia, perda de peso Linfoma multicêntrico: envolve vários locais, inclusive MO Leucemia (costuma ser aguda) Linfoma é mais comum Distúrbios hematológicos Síndromes de supressão da medula óssea Reprodutivos: reabsorção fetal e aborto (fase avançada) Neonatos: filhotes já nascem imunossuprimidos Neuropatias: linfoma em encéfalo e medula Infecções oportunistas Lesões de pele, abcessos, toxoplasmose e micoplasmose Diagnóstico Sangue, soro, plasma e saliva Elisa e RIFI Kits comerciais que detectam a proteína 27 PCR (detecta genoma viral FELV suspeita? → reteste após 30 dias ou PCR IMUNODEFICIÊNCIA VIRAL FELINA (FIV) Afeta sistema imune, é espécie-especifico Não possui a proteína p15e Cadeia epidemiológica Transmissão: inoculação (saliva + sangue ou só sangue), sêmen, transplacentária e transmamária → mais comum em filhotes e machos. Susceptíveis: domésticos e selvagens Patogenia Fluidos corporais, atinge monócitos, macrófagos e linfócitos CD4, onde se replicam e transformam a resposta imune comprometida (depleção do sistema imune LT CD4) → infecção oportunistas, debilidade e neoplasias Disseminação pelos órgãos → inflamação dos órgãos e imunossupressão Disseminação pelo SNC → alterações de comportamento Apresentações clínicas Evolução lenta e progressiva. O animal se apresenta com febre, letargia Apresenta imunossupressão e como consequência apresenta problemas respiratórios, intestinais e dermatológicos Diagnóstico Sangue, soro, plasma e saliva Snap test, Ac para FIV/FeLV → Ac para FIV, onde da mãe podem ser detectados até 16 semanas. Nesse caso, reteste é feito após 6 meses. PCR Doenças associadas Toxoplasma, uveíte, Complexo gengivite/estomatite: pode ocorrer em qualquer estágio, decorrente de estimulação antigênica, infecção secundária (Calicivirus) Micoplasmose felina Bactéria epi eritrocitária → lise → anemia hemolítica. Tratada com doxiciclina Fibrossarcoma de aplicação: aplicação sempre em membro pélvico Profilaxia FELV: imunização através de vacinas. Vacinar gatos negativos (após teste) Revacinação anual Vacinas não apresentam 100% de eficácia Não interfere na infecção já instalada Atenção!! Armazenar e vacinar corretamente, animal com febre ou com anti inflamatório pode inativar a vacina. PERITONITE INFECCIOSA FELINA (PIF) Doença com mortalidade de praticamente 100%, sem cura. Com alta prevalência no ambiente e locais de grande aglomeração Etiologia Uma espécie de coronavírus felino (FCoV) → alphacoronavirus Envelopado por glicoproteínas (S e HE), aumentando a capacidade do vírus de se ligar através de espiculas Existem biotipos, sendo que a entrada deles, são por mucosas e a replicação da origem aos biotipos Coronavírus entérico felino (FECV) Vírus da peritonite infecciosa felina (FIPV) Epidemiologia Nem todo animal soropositivo, significa que ele está doente. Significa que ele entrou em contato com a doença e criou anticorpos contra ela. Animais com menos de 1 ano de idade, possuem mais prevalência para ocorrer PIF. Sendo comum ocorrer até no máximo 5 anos, passado isso, só se o animal sofreu um imunocomprometimento muito grande A transmissão ocorre em animais com alta titulação (infecção recente e ativa) → elimina pelas fezes e por lambedura, fômites Podem ser subclínica, onde o animal apresenta fezes pastosas, diarreia e fica disseminando a doença Forma clínica severa, ocorre normalmente quando o biotipo se instala Patogenia Entra pela mucosa oral e chega até as vilosidades do intestino, onde se fixa, ocorrendo a replicação primária (adquire características próprias → biotipo → FCOV para um biotipo, ou o coronavírus entérico felino (FECV) ou vírus da peritonite infecciosa felina (FIPV)) FECV tem tropismo por células e vilosidades intestinas, gerando destruição tecidual, com isso, o animal adquire condições de diarreia e a síndrome de má absorção. Além disso, o animal passa a excretar o vírus nas fezes. FIPV ultrapassa as vilosidades intestinas e se liga a macrófagos na circulação, chegando a todos os tecidos, sangue. Além de continuar se replicando nos macrófagos, ele também faz uma mutação, aumentando seu nível de viremia No caso de uma reinfecção, o vírus pode se diferenciar no mesmo biotipo, ou um diferente Sinais clínicos FECV: enterite leve, autolimitante, mais comum em filhotes(pode gerar infecção no trato respiratório superior → sistema imune mal formado) PIF: perda de peso, anorexia, febre intermitente, letargia. Possui formas clinicas variáveis → imunidade celular PIF efusiva (úmida): animais com sistema imune pouco responsivo Sinais clínicos: ascite e efusão pleural. Sinais relacionados como dispneia, pois o pulmão não consegue se expandir adequadamente. PIF não efusiva (seca): criação de imunidade celular especifica, organismo bem responsivo Sinais clínicos: causam lesões granulomatosas, em meninges e outros (manchas brancas) → causam convulsões Diagnostico Histórico, anamnese, histórico clinico Exames: PCR (exame padrão ouro), analise de líquido (fezes e cavitário), sorologia por ELISA pode dar falso positivo por conta dos animais soropositivos, histopatológico (após a morte em casos de não efusiva), PT e albumina (hipoalbuminemia, mas hiperproteinemia, devido ao aumento das globulinas) Tratamento Tratamento de suporte: equilíbrio hídrico, controle de resposta imune e inflamação Prognostico desfavorável Prevenção e controle Retardar a infecção, isolamento de gatas prenhes, lactantes e filhotes Vacinação no brasil não existe COMPLEXO RESPIRATÓRIO FELINO Infecção do trato respiratório superior dos felinos Vírus que se liga a uma célula especifica e causa uma lesão Rinotraqueíte viral felina Causada pelo herpes vírus felino tipo 1, onde infecta trato respiratório superior e conjuntiva, causando secreção nasal, evoluindo para mucopurulenta. As manifestações oculares associadas ao herpes vírus felino são conjuntivite com presença de secreção serosa a mucopurulenta, ceratite, sequestro córnea até panoftalmia Observada em animais filhotes com menos de 6 meses de vida ou imunodeficientes. Transmissão por contato direto ou indireto com secreções nasais, oculares e orais. Onde se multiplica em mucosa do septo nasal, turbinados, nasofaringe, tonsilas, conjuntivas, córneas Calicivirose felina Afeta trato respiratório superior e principalmente oral. Causando ulcerações orais e estomatites, descargas nasais e ocular serosa a mucopurulenta A transmissão ocorre por contato direto com animais doente ou assintomáticos; contato com partículas virais Não é considerada fatal, mas causa pneumonia severa ou outras complicações Chlamydophila felis (C.felis) Causador de lesões oculares em felinos, pneumonia e conjuntivite ajuda e crônica. Bordetella bronchiseptica (B. bronchiseptica) Apresentam espirros, secreção oculonasal, tosse, pirexia, letargia e linfoadenomegalia submandibular Prevenção V3: protege para herpervirus, calicivirus e panleucopenia V4: protege para herpervirus, calicivirus, panleucopenia e clamydophilia felis V5: protege para herpervirus, calicivirus, panleucopenia, clamydophilia felis e Felv
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