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TRABALHO CLINICA CIRURGICA NATAN

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UNIVERSIDADE DA REGIÃO DA CAMPANHA
CAMPUS ALEGRETE
CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS
CURSO DE MEDICINA VETERINÁRIA 
TRABALHO DE PRÁTICAS CLÍNICO CIRÚRGICAS - PROCEDIMENTO DE ORQUIECTOMIA EM PEQUENOS ANIMAIS
BRUNA SANTOS MARTINS
CLAUDIA PILLAR MAGGIO
LUIZ CARLOS JUNIOR
MARIANE ANTUNES
Alegrete
2018
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO......................................................................................................3
ANATOMIA...........................................................................................................3
INDICAÇÕES CIRÚRGICAS...............................................................................5
PRÉ OPERATÓRIO...............................................................................................5
TÉCNICAS CIRÚRGICAS....................................................................................5
PÓS OPERATÓRIO...............................................................................................7
COMPLICAÇÕES..................................................................................................7
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS....................................................................9
REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
PROCEDIMENTO DE ORQUIECTOMIA EM PEQUENOS ANIMAIS 
INTRODUÇÃO 
A orquiectomia é o procedimento cirúrgico de castração em animais (e também seres humanos), do qual “Orquiec” significa “testículo” e “tomia” “remoção”, ou seja, remoção dos testículos. A principal vantagem da orquiectomia como método contraceptivo é o fato de que em um único procedimento, causa a perda irreversível e definitiva da capacidade reprodutiva do animal. As desvantagens estão relacionadas às complicações cirúrgicas e anestésicas, que ocorrem principalmente quando estes são realizados por profissionais inexperientes e ao tratamento pós-operatório que geralmente é realizado pelo proprietário no período de recuperação cirúrgica. (MIRANDA, 2016) Para a aplicação da técnica de orquiectomia, o médico veterinário deve estar bem preparado para que seja feita com todos os devidos cuidados. 
ANATOMIA
Como descrito anteriormente, a Figura 1 demonstra o esquemático do testículo de animais de pequeno porte. 
Figura 1 – Figura esquemática do testículo.
Fonte: Horst E. K; Hans. G. L. Anatomia dos animais domésticos. Texto e atlas colorido - 4ª edição, Editora Artmed, 2011.
O testículo é um órgão par assim como o ovário nas fêmeas e se origina na eminencia genital embrionária onde os testículos se deslocam da região sublombar para o canal inguinal até alojarem-se no escroto. A Figura 2 mostra a anatomia interna do testículo. 
Figura 2 – Anatomia interna do testículo.
Fonte: http://www.uff.br/fisiovet/Conteudos/reproducao_machos.htm.
 Desta maneira, tem-se que os aspectos anatômicos do testículo são:
Bolsa escrotal: Os testículos estão envolvidos externamente por uma bolsa cutânea dividida em dois compartimentos chamada de bolsa escrotal formado pela túnica dartus constituída por músculos lisos que auxiliam na termoregulação testicular.
Túnica vaginal: Parte do revestimento peritonial que desceu junto com o testículo durante sua migração para a bolsa escrotal.
Albugínea: Tecido conjuntivo espesso e resistente que envolve a massa testicular e envia septos para o seu interior dividindo o testículo em compartimentos ou lojas.
Túbulos seminíferos: Apresenta-se na forma de um pequeno tubo, com luz interna contendo os espermatozóides. Formado por uma lâmina basal e sobre esta as células de Sertoli e as células da linhagem germinativa (espermatogônias, espermatócitos I e II, espermátides e espermatozoides). As células de Leydig estão situadas fora do túbulo seminífero, ou seja, no espaço intersticial, por esta razão são chamadas de células intersticiais do testículo.
Epidídimos: Estão intimamente apostos sobre a superfície testicular e pode ser dividido em 3 partes: cabeça, corpo e cauda. Forma-se no seu interior um ducto muito longo e espiralado chamado de ducto epididimário. É o local em que ocorre o transporte, maturação e o armazenamento dos espermatozoides. 
INDICAÇÕES CIRÚRGICAS
Trata-se de um procedimento comumente realizado na prática veterinária de pequenos animais, que ajuda a prevenir patologias hormônio-mediadas como prostatopatias, adenomas perianais e hérnias perineais, bem como uma série de alterações comportamentais indesejáveis, como demarcação territorial, hábitos noturnos dos felinos e agressividade com pessoas e animais. Outras indicações para a orquiectomia incluem anormalidades congênitas, uretrostomia, controle de epilepsias e de anormalidades endócrinas (MACPHAIL, 2013). 
Como descrito anteriormente, a orquiectomia é indicada para controle populacional e além disso é indicada no tratamento das enfermidades dos órgãos reprodutivos de cães e gatos. Essas enfermidades apresentam variações nos graus de morbidade, mortalidade e tem influência do histórico reprodutivo, dos tratamentos farmacológicos previamente realizados e nas condições ambientais, podendo haver variações regionais na ocorrência de certas anormalidades do trato reprodutor masculino.
PRÉ OPERATÓRIO
Para uma boa realização da técnica deve-se seguir os seguintes passos para o pré-operatório, para cães e gatos:
Grandes animais: através de anestesia geral ou através de tranqüilização associada à analgesia local (pele do escroto e cordão testicular/intratesticular); 
Pequenos animais: anestesia geral; 
Contenção física: sempre indicada para os grandes animais; 
Limpeza da região escrotal e pênis; 
Antissepsia local: álcool iodado.
TÉCNICAS CIRÚRGICAS
Para a sua realização o paciente precisa estar em decúbito dorsal a (Figura 3 mostra um cachorro nessa posição já preparado para a cirurgia de orquiectomia e a Figura 4 mostra um gato) preparar a região com depilação do abdome caudal e também da parte medial das coxas e fazer a assepsia, utilizando álcool 70% e povidona iodada (PVPI).
Figura 3 – Cachorro em preparação para cirurgia de orquiectomia.
Fonte: https://dicaspeludas.blogspot.com/2012/05/criptorquidismo-em-caes.html
Figura 4 – Pré cirúrgico de um gato para remoção dos testículos. 
Fonte: Emersoon Antonio Contesini, UFRS. ORQUIECTOMIA NOS
ANIMAIS DOMÉSTICOS. 
Os preparatórios para a cirurgia acontecem da seguinte forma: a assepsia na mesa de cirurgia deve ser feita com auxílio de gaze e da pinça de sheron. É feita pressão em um dos testículos para que este avance na direção pré-escrotal. A incisão é feita sob a pele e o tecido subcutâneo ao longo da rafe mediana, sobre o testículo deslocado.
O testículo deve ser exteriorizado fazendo uma tração caudal para fora, e identificando as estruturas do cordão espermático, usando a tesoura como auxílio. As estruturas são fixadas com 2 pinças hemostáticas. A mais distal deve ser afrouxada no momento de confecção do nó.
Depois ligar individualmente o cordão vascular e o ducto deferente, colocando uma ligadura ao redor. Seccionar o ducto quanto o cordão vascular e inspecionar o toco para verificar se há hemorragia. O mesmo deve ser feito com o outro testículo. A operação é finalizada com os pontos para fechar o local da incisão, e a assepsia feita com solução de cloreto de sódio a 0,9% tampando com gaze e esparadrapo.
As técnicas de orquiectomia variam, dentre elas pode-se citar: 
Orquiectomia fechada: Secciona-se a pele e a túnica dartos, mas não é aberta a túnica vaginal. Nesta técnica, uma porção da túnica vaginal parietal e do músculo cremaster são removidos. Esta técnica não expõe a cavidade abdominal ao meio externo, mais indicada para animais com testículos pequenos.
Orquiectomia semi-fechada: secciona-se a pele, a túnica dartos e a túnica vaginal, expondo o testículo, epidídimo e o ducto deferente, mas não é feita a dissecação do funículo espermático. Esta técnica também proporciona a remoção de uma porção da túnica vaginal parietal e do músculo cremaster. A ligadura do funículo espermáticodeve ser feita sobre a túnica vaginal.
Orquiectomia aberta: É a mais comum, cada testículo é exteriorizado através de uma incisão da túnica vaginal parietal, os testículos junto com o epidídimo são removidos, mas a túnica vaginal parietal e o músculo cremaster permanecerão no animal.
PÓS OPERATÓRIO
O pós operatório acontece fazendo-se o curativo local diário, hidroterapia (15-20 min. duas vezes ao dia); antiinflamatórios e antibióticos; caminhadas diárias, mas evitar atividade física vigorosa nas primeiras 24 horas após a cirurgia para prevenir hemorragias.
COMPLICAÇÕES
Como descrito no item 1 deste artigo, Introdução, as desvantagens da técnica de orquiectomia estão relacionadas às complicações cirúrgicas e anestésicas, que ocorrem principalmente quando estes são realizados por profissionais inexperientes e ao tratamento pós-operatório que geralmente é realizado pelo proprietário no período de recuperação cirúrgica. Dentre as complicações pode-se citar: 
Edema pós operatório: a presença de algum edema é normal, não sendo uma complicação. Excessivo edema local ocorre como resultado de edema do prepúcio e do escroto, sendo uma complicação bastante comum. Atingindo o seu pico entre o terceiro e sexto dia, diminuindo significativamente ao redor do nono dia de pós-operatório. Embora o edema exagerado raramente ponha em risco a vida, ele pode promover desconforto ao animal e preocupação ao proprietário. O edema excessivo está tipicamente associado com a inadequada drenagem da ferida, inadequado exercício pós-operatório (movimentação exagerada), os quais permitem estase vascular na área cirúrgica ou pobre drenagem linfática, além de excessivo trauma tecidual e a exposição dos tecidos ao ambiente. Pode ser prevenido com exercícios controlados iniciados um dia após a cirurgia, 15 a 20 minutos de caminhada e trote duas vezes ao dia pelos primeiros oito dias, após a cirurgia, são suficientes para prevenir o edema, além da hidroterapia. Problemas secundários associados ao edema exagerado incluem: fimose, parafimose, celulite, infecções e dificuldade para urinar.
Hemorragia: consiste em uma das complicações mais comuns na castração, pode ocorrer durante, imediatamente ou mesmo após vários dias do ato cirúrgico. As hemorragias intensas usualmente resultam da artéria testicular, mas podem também ter como origem a lesão dos ramos da artéria pudenda externa. 
Infecções: infecções associadas com a castração podem ocorrer dentro de dias ou até meses após a cirurgia. Geralmente a infecção da ferida cirúrgica escrotal permanece localizada, entretanto, há propagação da infecção da bolsa escrotal, via cordão espermático, pode acarretar em peritonite bacteriana e septicemia (funiculite séptica). 
Hidrocele: é o acúmulo de fluidos dentro da túnica vaginal. A técnica aberta de castração predispõe esta condição, uma vez que não preconiza a remoção da túnica vaginal no trans-operatório. Sua ocorrência é percebida semanas ou meses após a castração, visto que o fluido acumula gradualmente. A drenagem por aspiração (fluido limpo de coloração âmbar) alivia temporariamente a condição, mas o tratamento definitivo baseia -se na remoção cirúrgica do excesso de túnica vaginal da bolsa escrotal.
Lesões penianas iatrogênicas: a lesão peniana é uma complicação incomum, geralmente decorrente do desconhecimento da anatomia genital e da técnica cirúrgica. As lesões iatrogênicas normalmente resultam da incisão da fáscia e corpo cavernoso do pênis, acarretando em parafimose, e pela incisão da uretra peniana, ocasionando este nose e fistulas uretrais.
Eventração e evisceração: consiste em grave complicação decorrente da castração. Embora as causas da eventração permaneçam especulativas, acredita-se que alguns fatores como presença de hérnia inguinal e aumento da pressão abdominal após a cirurgia estejam envolvidos. A eventração e a evisceração podem ocorrer até seis dias após a cirurgia, e os objetivos essenciais no tratamento dessas afecções baseiam-se na limpeza, proteção e retorno das vísceras para a cavidade abdominal e sutura do anel inguinal antes da excessiva contaminação e traumatismo local.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
[1] Técnica de orquiectomia em cães. Disponível em: < http://www.revistaveterinaria.com.br/2015/08/11/tecnica-de-orquiectomia-em-caes/>. Acesso em 10 de junho de 2018.
[2] COLUNISTA PORTAL – EDUCAÇÃO. Remoção Cirúrgica dos Testículos. Disponível em: < https://www.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/veterinaria/remocao-cirurgica-dos-testiculos/28073>. Acesso em 10 de junho de 2018.
[3] CRUZ, Tayla Pinto de Miranda. Estudo retrospectivo de orquiectomia em cães e gatos atendidos em hospital veterinário escola no período de cinco anos. Disponível em: < https://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/19565>. Acesso em 10 de junho de 2018.

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