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Relatório VI Estudo de Colisões Elásticas e Perfeitamente Inelásticas (1)

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE
FÍSICA EXPERIMENTAL, TURMA: 06
ENGENHARIA ELÉTRICA 2018.1
COLABORADOR: 
MATHEUS VICTOR DE PAIVA GERMANO
RELATÓRIO DE AULA:
“ESTUDO DE COLISÕES ELÁSTICAS E PERFEITAMENTE INELÁSTICAS”
21/05/2018
Natal – RN
Maio/2018
ESTUDO DE COLISOES ELÁSTICAS E PERFEITAMENTE INELÁSTICAS
OBJETIVOS DO EXPERIMENTO:
Estudar a conservação de momento linear nas colisões elásticas e inelásticas
Estudar a conservação de energia nas colisões elásticas e inelásticas.
MATERIAIS UTILIZADOS:
Trilho de ar com compressor
Dois carrinhos
Batedor para choque elástico;
Prendedor para choque perfeitamente inelástico;
Módulo Interface Phywe (Basic Unit—Cobra3);
Disparador mecânico;
Massas adicionais variadas;
Balança;
Fios diversos, cabos e o computador com o programa Measure. 
INTRODUÇÃO:
	Nesse relatório será apresentada experimentalmente a teoria das colisões inelásticas. Amparados pelas teorias de conservação do momento linear e da conservação de energia, este experimento busca comprová-las. Para isso foram realizados choques em apenas uma dimensão entre dois corpos onde o alvo encontrava-se em repouso. A colisão é denominada elástica quando ocorre conservação da energia e do momento linear dos corpos envolvidos. A principal característica desse tipo de colisão é que, após o choque, a velocidade das partículas muda de direção, mas a velocidade relativa entre os dois corpos mantém-se igual
ILUSTRAÇÃO DO SISTEMA
Momento Linear é a quantidade de movimento linear que um corpo ou partícula possui. Ela relaciona a inércia do corpo com sua velocidade. É uma grandeza física vetorial, pois apresenta módulo, direção e sentido. A representação do momento linear segue abaixo:
	
Há dois tipos de colisões: colisões elásticas e inelásticas. Nos dois tipos o momento linear se conserva, ou seja:
Já a conservação da energia mecânica só ocorre nas colisões elásticas, ou seja:
DESENVOLVIMENTO TEÓRICO
	Como só será utilizadas colisões em uma única direção, não devemos nos preocupar com a determinação dos vetores. No entanto, será necessário em alguns casos a troca do sinal indicando o sentido na qual o alvo percorreu.
Quando tratamos do choque elástico nós temos algumas observações a serem feitas:
(1) Ocorre conservação do momento linear;
(2) Ocorre conservação da energia mecânica;
Como o alvo está inicialmente parado tanto seu momento linear (p) inicial quanto a energia cinética inicial (K) são nulos. Assim temos:
P1. 
Dividindo essa equação pelos termos que têm massa ficaremos com: 
Substituindo essas equações nas equações de conservação do momento linear, teremos:
Colocando os termos em evidências, temos:
Como a velocidade inicial do alvo (2) é zero ficamos com:
De forma análoga, podemos substituir a expressão de na equação de conservação de energia e encontrar :
Desenvolvendo essa equação e colocando os termos que têm em evidência, temos:
Como a velocidade inicial do alvo (2) é zero ficamos com:
Na colisão perfeitamente inelástica, a energia mecânica não é conservada, mas o momento linear continua sendo conservado. Nesse caso, após a colisão, os dois carrinhos adquirem a mesma velocidade 
P2. Como ocorre conservação do momento linear, temos:
Como a velocidade final de ambos são as mesmas podemos reorganizar a equação ficando com:
Como a velocidade inicial do alvo (2) é nula temos que a velocidade final é dada por:
P3.
Para :
Equação 1: 
Isso resultará em 0 (zero), assim tiramos que quando as massas são iguais a velocidade final do projétil é 0 (zero).
Equação 2: 
Isso mostra que a velocidade final do alvo será a velocidade inicial do projétil, assim, na colisão elástica quando as massas são iguais e o alvo está estacionado, as velocidades são “trocadas” entre os corpos.
Equação 3:
Logo, a velocidade será metade da velocidade inicial do projétil.
Para :
Equação 1:
Equação 2:
Equação 3:
Para :
Equação 1:
Equação 2:
Equação 3:
PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL
A conservação da energia e do momento linear serão medidos com o auxílio de sensores que medirão as velocidades final e inicial do sistema.
Choque elástico:
Para esse procedimento o garfo com uma borracha foi posto no alvo, enquanto no projétil fora colocado o batedor em forma de lâmina. Foram realizados testes para m1 = m2; m1 > m2 e m1 < m2. Assim as seguintes tabelas foram preenchidas:
	m1 = m2
	
	
	
	
	
	
	
	
	Antes da Colisão
	Depois da Colisão
	 
	Massa (kg)
	Vel. Inicial (m/s)
	E. Cinética Inicial (J)
	Mom. Linear Incial
	Vel. Final
	E. Cinética Final
	Mom. Linear Final (J)
	Projétil (m1)
	0,212
	1,294
	0,177
	0,274
	0
	0
	0,000
	Alvo (m2)
	0,211
	0
	0
	0,000
	1,139
	0,137
	0,240
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	Antes da Colisão
	Depois da Colisao
	
	
	
	
	
	E. Cinética Total
	0,177
	0,137
	
	
	
	
	
	Mom. Linear Total
	0,274
	0,240
	
	
	
	
	
	M1 < M2
	
	Antes da Colisão
	Depois da Colisão
	 
	Massa
	Vel. Inicial
	E. Cinética Inicial
	Mom. Linear Incial
	Vel. Final
	E. Cinética Final
	Mom. Linear Final
	Projétil (m1)
	0,212
	1,257
	0,167
	0,266
	-0,068
	0,00049
	-0,0144
	Alvo (m2)
	0,231
	0
	0
	0
	1,071
	0,132
	0,247
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	Antes da Colisão
	Depois da Colisao
	
	
	
	
	
	E. Cinética Total
	0,167
	0,133
	
	
	
	
	
	Mom. Linear Total
	0,266
	0,233
	
	
	
	
	
	m1 > m2
	
	
	
	
	
	
	
	
	Antes da Colisão
	Depois da Colisão
	 
	Massa
	Vel. Inicial
	E. Cinética Inicial
	Mom. Linear Incial
	Vel. Final
	E. Cinética Final
	Mom. Linear Final
	Projétil (m1)
	0,232
	1,142
	0,151
	0,265
	0,083
	0,000799
	0,0193
	Alvo (m2)
	0,211
	0
	0
	0,000
	1,072
	0,121
	0,226
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	Antes da Colisão
	Depois da Colisao
	
	
	
	
	
	E. Cinética Total
	0,151
	0,122
	
	
	
	
	
	Mom. Linear Total
	0,265
	0,245
	
	
	
	
	
Choque perfeitamente inelástico:
Para esse procedimento fora colocado o batedor agulha no projétil e no alvo o batedor com cera e foram repetidos os lançamentos da mesma maneira que foram feitos anteriormente.
	m1 = m2
	
	
	
	
	
	
	
	
	Antes da Colisão
	Depois da Colisão
	 
	Massa (kg)
	Vel. Inicial (m/s)
	E. Cinética Inicial (J)
	Mom. Linear Incial
	Vel. Final
	E. Cinética Final
	Mom. Linear Final (J)
	Projétil (m1)
	0,2114
	1,258
	0,167
	0,266
	0,589
	0,0367
	0,125
	Alvo (m2)
	0,2104
	0
	0
	0,000
	0,586
	0,0361
	0,123
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	Antes da Colisão
	Depois da Colisao
	
	
	
	
	
	E. Cinética Total
	0,167
	0,0728
	
	
	
	
	
	Mom. Linear Total
	0,266
	0,248
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	m1 < m2
	
	
	
	
	
	
	
	
	Antes da Colisão
	Depois da Colisão
	 
	Massa
	Vel. Inicial
	E. Cinética Inicial
	Mom. Linear Incial
	Vel. Final
	E. Cinética Final
	Mom. Linear Final
	Projétil (m1)
	0,2114
	1,197
	0,151
	0,253
	0,549
	0,0319
	0,116
	Alvo (m2)
	0,2204
	0
	0
	0
	0,549
	0,0332
	0,121
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	Antes da Colisão
	Depois da Colisao
	
	
	
	
	
	E. Cinética Total
	0,151
	0,0651
	
	
	
	
	
	Mom. Linear Total
	0,253
	0,237
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	m1 > m2
	
	
	
	
	
	
	
	
	Antes da Colisão
	Depois da Colisão
	 
	Massa
	Vel. Inicial
	E. Cinética Inicial
	Mom. Linear Incial
	Vel. Final
	E. Cinética Final
	Mom. Linear Final
	Projétil (m1)
	0,2114
	1,247
	0,164
	0,264
	0,606
	0,0388
	0,128
	Alvo (m2)
	0,2004
	0
	0
	0,000
	0,606
	0,0368
	0,121
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	Antes da Colisão
	Depois da Colisão
	
	
	
	
	
	E. Cinética Total
	0,164
	0,0756
	
	
	
	
	
	Mom. Linear Total
	0,264
	0,250
	
	
	
	
	
ANÁLISE DOS RESULTADOS
	Analisandoos resultados lembramos que todo e qualquer experimento está sujeito a erros inerente ao processo ou até mesmo erros aleatórios, assim esse erro foi calculado e está expresso nas tabelas que seguem:
	Choque Elástico
	E. Cinética Inicial
	E. Cinética Final
	Erro %
	Mom. Linear Inicial
	Mom. Linear Final
	Erro %
	m1 = m2
	0,177
	0,137
	22,6
	0,274
	0,240
	12,4
	m1 < m2
	0,167
	0,133
	20,4
	0,266
	0,233
	12,4
	m1 > m2
	0,152
	0,122
	19,7
	0,265
	0,245
	7,5
	Choque Inelástico
	E. Cinética Inicial
	E. Cinética Final
	Erro %
	Mom. Linear Inicial
	Mom. Linear Final
	Erro %
	m1 = m2
	0,167
	0,0728
	56,4
	0,266
	0,248
	6,77
	m1 > m2
	0,151
	0,0651
	56,9
	0,253
	0,237
	6,32
	m1 < m2
	0,164
	0,0756
	53,9
	0,264
	0,250
	5,30
P4. Os erros da energia cinética e do momento linear estão fora dos padrões aceitáveis, mas não tanto, assim considerando os erros aleatórios que podem ter ocorrido no experimento, tal como resistência do ar ou até mesmo o atrito do trilho que foi amenizado com o canhão de ar, mas pode ainda ter influenciado. Levando isso em consideração pode ser que esse erro seja aceitável e isso seja sim caracterizado como uma colisão elástica.
P5. Novamente considerando erros aleatórios que podem ter ocorrido, sim, o momento linear se conservou, pois apresentou erros consideravelmente baixos, praticamente dentro do padrão.
P6. Nas colisões elásticas como já dito anteriormente deve haver conservação de energia mecânica e do momento linear.
P7. Não, nos 3 casos a energia mecânica foi reduzida a menos da metade.
P8. O Como a diferença não passou dos 7% o memento linear se conservou.
P9. Para colisões perfeitamente inelásticas a teoria prevê que a energia mecânica não será conservada, porém o momento linear será.
CONCLUSÕES
	Este experimento obteve sucesso no estudo da conservação de momento linear nas colisões elásticas e inelásticas. Graças a um aparato instrumental com uma boa precisão para que se fosse possível aplicar a teoria descrita no inicio deste documento. Somente um valor ficou com uma discrepância com o esperado, que foi a conservação de energia nas colisões inelásticas, ficando 13% acima do que se era esperado.

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