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Unidade I PLANO DE NEGÓCIOS Prof. Marcelo Mello Introdução Boas ideias, às vezes, podem ser apenas boas ideias e não chegam ser bons negócios. Uma ideia, para virar um bom negócio, precisa passar por análises iniciais feitas pelo empreendedor. A todo momento temos ideias, pensamos em situações, novos empreendimentos. Pode ser que nenhuma delas chegue a ser um negócio. Ideias para negócios A mesma ideia pode significar um negócio promissor para uma pessoa, enquanto para outra talvez permaneça como simples ideia. Alguns resolvem desenvolver, vão em frente, conseguem parceiros ou investidores. Outros simplesmente ficam com a ideia na gaveta e nunca a tiram da cabeça e nem do papel (isso quando conseguem por no papel). Ideias e oportunidades Qual é a diferença entre ideia e oportunidade? Ideia: é gerada de forma aleatória. Oportunidade: é analise de negócio / mercado. Ideias e oportunidades Uma ideia somente se transforma em oportunidade quando seu propósito vai ao encontro de uma necessidade de mercado, ou seja, quando existem clientes potenciais. Identificar o mercado-alvo é de fundamental importância para implementar seus projetos empresariais. Ideias e oportunidades Ter uma ideia isolada não serve para nada. Em análises rápidas, o empreendedor deve: ser capaz de dizer se ela vai funcionar ou não; saber se existem compradores para seu produto ou serviço e se eles estão dispostos a gastar dinheiro com isso; saber onde estão os compradores potenciais; saber o que esses compradores querem. Ideias e oportunidades Uma excelente ideia num momento errado é a típica ideia que não irá para frente. Por exemplo: ideia de um novo produto num momento em que seria impossível para a empresa investir qualquer capital em novas oportunidades. É preciso considerar o timing da ideia (momento em que aparece). Ideias e oportunidades Novas ideias vão surgindo sempre, mas é preciso estar atento ao ambiente em que se vive para aproveitá-las. Por exemplo: Como eu poderia desenvolver determinado produto gastando menos matéria-prima? Como poderia distribuir esse produto de forma mais eficiente e com custo menor? Ideias e oportunidades São pensamentos que surgem ao observar a realidade, sempre focando em atender a uma necessidade. Para detectar essas oportunidades, é preciso estar atento ao ambiente externo, verificando o que pode melhorar o cotidiano das pessoas, reduzir custos e agilizar processos. Olhar para o ambiente externo com o espírito crítico e capacidade de análise é a melhor maneira de estimular a criatividade para gerar oportunidades de negócios. Brainstorming Uma das mais conhecidas formas de estimular a criatividade e a geração de novas ideias é o método brainstorming (tradução literal: “tempestade cerebral”), que estimula a geração de novas ideias em grupo. Brainstorming Para Dornelas (2008), o brainstorming exige regras para acontecer adequadamente, ou serão apenas várias pessoas reunidas, divertindo-se, sem compromisso com a geração de ideias. Portanto, é preciso que algumas regras sejam seguidas: Regras do método: brainstorming 1. ninguém pode criticar outras pessoas do grupo e todos são livres para exposição de ideias, mesmo que pareçam absurdas; 2. em cada rodada, todos os participantes devem dar uma ideia a respeito do tópico em discussão, e quanto mais rodadas melhor; Regras do método: brainstorming 3. pode-se dar ideias influenciadas por ideias anteriores de outras pessoas. Essas combinações são bem-vindas e podem gerar bons resultados; 4. a atividade deve seguir sem que haja uma pessoa dominante, apenas deve ser garantido que todos participem; 5. após a seleção natural das ideias, elas deverão passar pelo crivo do empreendedor, que fará uma analise mais detalhada numa segunda etapa, não neste momento – nesse caso, o feeling do empreendedor é importante. Interatividade Sobre as principais diferenças entre ideias e oportunidades, é verdadeiro afirmar que: a) o tempo todo, temos ideias, mas pode ser que nenhuma delas chegue a ser um negócio. b) oportunidades e ideias se confundem porque os empreendedores sempre falam em novas ideias pensando em novos negócios. c) uma excelente ideia não é prenúncio para um excelente negócio. d) uma ideia somente se transforma em oportunidade quando seu propósito vai ao encontro de uma necessidade do empresário. e) boas ideias e oportunidades são sinônimos para os verdadeiros empreendedores. Tipos de ideias As ideias nas empresas podem ser de dois tipos, segundo Dolabela (2001): ideias incrementais – são próximas das competências-chave da empresa, têm baixo risco e baixo retorno; ideias radicais – são diferentes das competências-chave da empresa e geralmente trazem alto risco acompanhado de alto retorno. Novas ideias Ter novas ideias para incrementar os negócios é uma exigência para quem está no mercado. O que diria o fabricante de máquinas de escrever ou de fax, produtos que ficaram obsoletos com o avanço tecnológico da informática e das telecomunicações? Razões críticas do fracasso O fracasso pode ocorrer se o empreendedor ou gestor: não mudar de ideia, mantendo-se fixo ao que sempre pensou; não se comunicar com as pessoas da empresa e fora dela, como sócios, colaboradores e clientes; vive para executar, ou seja, faz mais em vez de aprender mais. Novas ideias Buscar novas ideias, então, é uma necessidade constante e sustenta a sobrevivência empresarial. Além disso, vários são os fatores que levam uma empresa a buscar novas ideias, dentre os quais se destacam os seguintes: Novas ideias e a competitividade empresarial 1. necessidade de crescimento: a empresa quer ser maior, reconhecida, conhecida pelo público. 2. existência de gaps (espaços, lacunas não preenchidas) no mercado: a empresa detecta uma oportunidade de atender um público que não está sendo atendido, ou um produto inovador etc. Novas ideias e a competitividade empresarial 3. necessidade de melhorar a performance financeira: a empresa precisa incrementar os lucros, ser rentável, ganhar mais dinheiro. 4. necessidade de conquistar novos clientes por meio de novos produtos: a empresa quer conquistar novas fatias de clientes com produtos diferentes do atual portfólio. 5. necessidade de inovação: produtos ficam obsoletos e, dependendo da área, rapidamente. Novas ideias e oportunidades Para dar conta de um ambiente propício às novas ideias e criar um clima que favoreça essa atitude em todas as pessoas das diversas áreas na empresa, é preciso que o empreendedor invista e saiba que a geração de ideias é necessária para o desenvolvimento da empresa. Estrutura empreendedora As formas para que as ideias fluam no ambiente empresarial podem ser por meio de: 1. revisão de processos e formas de se fazer as coisas na empresa, seja na estrutura formal e/ou informal; 2. definição de meios para recompensar ou incentivar a geração de ideias (premiações, brindes, aumentos salariais etc.). Interatividade Segundo Dolabela (2001), as ideias nas empresas podem ser de dois tipos. Aponte a alternativa que descreve “ideias incrementais”: a) São próximas das competências-chave da empresa, têm baixo risco e baixo retorno. b) Geralmente trazem alto risco acompanhado de alto retorno. c) São próximas das competências-chave da empresa, têm alto risco e baixo retorno;d) São distantes das competências-chave da empresa, têm baixo risco e baixo retorno; e) Incrementam o retorno e têm risco zero. Avaliação das novas ideias e/ou oportunidades As ideias surgem a todo o momento e nem todas se transformarão em bons negócios. É preciso uma primeira e rápida avaliação, uma breve análise para descobrir se uma ideia é uma boa oportunidade de negócio ou se deve ficar apenas no campo das boas ideias mesmo. Avaliação das novas ideias e/ou oportunidades Uma grande ideia pode revolucionar o ambiente de negócios. É preciso então avaliar se uma ideia tem suporte para ser um bom negócio. Para entender isso e avaliar uma ideia, pergunte a si próprio, aos seus colegas de trabalho e aos seus superiores, o seguinte: Avaliação das novas ideias e/ou oportunidades Existem clientes para comprar esses produtos? Quem são esses clientes? Qual o tamanho desse mercado? Valores? Qual o número de clientes? O mercado em que se pretende entrar está em crescimento, estável ou estagnado? Quais empresas atendem a esses clientes atualmente? Quem são seus concorrentes? Informações mercadológicas sobre as novas ideias e/ou oportunidades Para avaliar uma oportunidade e saber se ela tem chances de virar um bom negócio, é preciso saber se o mercado procura por esse produto ou serviço. Nesse ponto, é importante encontrar as informações mais corretas possíveis sobre os seguintes itens: Novas ideias e/ou oportunidades – demanda Qual é o público-alvo? Que tipo de pessoa comprará esse produto? Como são essas pessoas? O que pensam? Como compram? Como agem? Qual a durabilidade do produto / serviço no mercado (ciclo de vida)? Trata-se de um produto sem histórico, ou já se tem noção de como ele se comporta no mercado? Novas ideias e/ou oportunidades – demanda Está em fase de desenvolvimento do mercado, crescimento ou declínio? Os clientes estão acessíveis (canais de distribuição)? Por quais canais de distribuição será possível encontrar esses clientes? Como os clientes veem o relacionamento com a empresa? Gostam da empresa? Ou é uma empresa nova, que ainda entrará no mercado e não se tem noção se ela será bem aceita pelo público-alvo? Novas ideias e/ou oportunidades – demanda O potencial de crescimento é alto (maior que 10, 15, 20% anual)? Como cresce esse mercado? Tem potencial alto de crescimento ou se trata de um mercado estagnado que não cresce nada ou muito pouco? O custo de captação do cliente é recuperável em curto prazo (maior que um ano)? Os investimentos exigidos para essa implantação serão recuperados rapidamente? Novas ideias e/ou oportunidades – tamanho do mercado O mercado está crescendo? É emergente? É fragmentado? Quais números temos sobre esse mercado? O número de pessoas desse público-alvo é crescente? Estão em ascendência ou declínio? Novas ideias e/ou oportunidades – tamanho do mercado Existem barreiras que dificultem a entrada no novo negócio? Você têm estratégias para transpor essas barreiras? Obs.: abrir um negócio em que barreiras muito grandes são impostas é uma dificuldade, pois, geralmente, os investimentos podem superar a possibilidade de ganho num primeiro momento. Novas ideias e/ou oportunidades – tamanho do mercado Quantos competidores estão no mercado? São concentrados? Vale a pena correr esse risco? Em qual estágio do ciclo de vida está o produto (o risco depende também do CVP)? É um produto maduro, em crescimento ou em declínio? Novas ideias e/ou oportunidades – tamanho do mercado Qual e o tamanho do mercado em R$ e o potencial para se conseguir um bom market share (fatia de mercado)? Temos números desse mercado? Quanto movimenta? Quanto seria uma fatia interessante para ser lucrativa? Interatividade É preciso avaliar se uma ideia tem suporte para ser um bom negócio e, para essa avaliação, pergunte (aponte a alternativa incorreta): a) Existem clientes para comprar esses produtos? b) Quem são esses clientes? c) Qual o tamanho desse mercado? d) Esse mercado está em crescimento, estável ou estagnado? e) Quais são os lucros das empresas que já atuam nesse mercado? Novas ideias e/ou oportunidades – estrutura do mercado – players Nesse ponto, as perguntas a serem respondidas são as seguintes: E o setor, como está estruturado? Como se configura esse segmento de mercado? Há muitos players (competidores)? Como os players se movimentam? Quem é o líder de mercado? Novas ideias e/ou oportunidades – estrutura do mercado – fornecedores Qual é o impacto de poder dos fornecedores dessa negociação? São produtos diferenciados que se concentram em poucos fornecedores? Novas ideias e/ou oportunidades – estrutura do mercado – compradores Pensando no poder dos compradores, qual é o poder de negociação deles? Eles são concentrados? São poucos compradores que compram muitos produtos? Ou são comparadores pulverizados, muitos compradores para poucos produtos? Novas ideias e/ou oportunidades – estrutura do mercado – competidores Já em relação ao poder dos competidores, como funciona a concorrência? Conseguem trabalhar em conjunto para negociar com fornecedores e distribuidores? Eles competem por custos? Eles competem por diferencial? Ou eles competem por enfoque? Novas ideias e/ou oportunidades – estrutura do mercado – produtos E quanto ao poder dos substitutos? Há produtos substitutos? Hoje todos os produtos são considerados concorrentes, pois para optar por determinado produto, o consumidor deixou de comprar outro. A concorrência não se faz apenas com produtos similares. No final das contas, concorre-se pelos reais (R$) do consumidor. Novas ideias e/ou oportunidades – análise de margem Para se efetuar uma análise adequada da margem, é importante enfocar nas seguintes propostas: 1. determine as forcas do negócio: Quais são as competências essenciais para o sucesso do negócio? O que é imprescindível para dar certo? 2. identifique as possibilidades de lucros (margem bruta > 20, 30, 40%?): Quais porcentagens de lucro tornariam o negócio interessante para você? De quanto realmente poderia ser essa margem? Novas ideias e/ou oportunidades – análise de margem 3. Analise os custos (necessidades de capital), break-even point (ponto de equilíbrio), retornos etc.: toda a parte financeira deve ser pensada nesse momento. Novas ideias e/ou oportunidades – análise de margem 4. mapeie a cadeia de valor do negócio: deve-se compreender o negócio desde a matéria-prima até a chegada ao consumidor; é preciso avaliar o produtor da matéria-prima, os fornecedores dos produtos (matéria-prima e/ou insumos) e serviços, os atacadistas e os distribuidores, até chegar ao cliente; todos os envolvidos precisam fazer parte dessa análise. Para isso, você dever saber como seu produto / serviço chega até o cliente final. Desenvolvendo um banco de oportunidades Se a empresa optou por ser criativa, estimular as ideias e inovar, é preciso que as ideias não sejam desperdiçadas. É interessante criar, para isso, um banco de oportunidades que foram analisadas e estejam prontas para implantação. As principais sugestões para se organizar esses dados são: Desenvolvendo um banco de oportunidades 1. registrar as ideias / oportunidades passadas que não foram implementadas na organização; 2. estimular os funcionários a identificarnecessidades, sugerir soluções e promover tempo para que se dediquem a essas atividades; 3. promover reuniões periódicas, workshops, eventos etc. com equipes internas visando à geração de ideias. Desenvolvendo um banco de oportunidades 4. instituir uma política de recompensa e/ou reconhecimento pela geração de ideias e/ou implantação de oportunidades; 5. criar um fundo de capital de risco interno da organização, promovendo recursos para testar ideias e analisar a viabilidade de sua implantação (a ideia pode ser uma oportunidade?). Interatividade Se a empresa optou por ser criativa, estimular as ideias e inovar, é preciso que as ideias não sejam desperdiçadas. Cria-se então um banco de oportunidades. As principais sugestões para essa organização são, dentre outras (aponte a alternativa incorreta): a) registrar as ideias / oportunidades passadas que não foram implementadas. b) estimular os funcionários a identificar necessidades e sugerir soluções. c) promover reuniões periódicas, workshops, eventos etc. com equipes internas, visando à geração de ideias. d) instituir uma política de recompensa e/ou reconhecimento pela geração de ideias. e) manter constante o trabalho de consultores externos, que procuram oportunidades na condução do negócio. ATÉ A PRÓXIMA! Unidade II PLANO DE NEGÓCIOS Prof. Marcelo Mello Introdução Legislação tributária brasileira, os tributos, impostos, contribuições e taxas. Não nos ateremos aos percentuais incidentes, pois a legislação brasileira, assim como as alíquotas, pode ser alterada de um dia para o outro. Primeiro, a diferença de conceitos entre tributos, impostos, contribuições e taxas, e a definição de carga tributária. Carga tributária Entendemos a carga tributária como a relação percentual obtida: pela divisão do total geral anual da arrecadação de tributos do país em todas as suas esferas (federal, estadual e municipal); pelo valor do Produto Interno Bruto (PIB), ou seja, a riqueza gerada durante o mesmo período de mensuração do valor dos tributos arrecadados. Sua fórmula de cálculo é: carga tributária = arrecadação tributária dividida pelo PIB. Tributos São todos os impostos, taxas, contribuições e empréstimos compulsórios que são as receitas da União, dos Estados e dos municípios. Quando são os contribuintes que devem arcar com o pagamento dos tributos, estes são chamados de diretos. Quando a cobrança incide sobre o preço de mercadorias e serviços, os tributos são denominados indiretos. Tributos Excluídas do conceito de tributo estão todas as obrigações que resultem de aplicação de pena ou sanção (por exemplo, multa de trânsito e outras multas). Impostos São um tipo de tributo cujos recursos obtidos pelo recolhimento não têm destinação específica. Geralmente são empregados no financiamento de serviços públicos, como educação, saúde e segurança. Os impostos podem incidir sobre: o patrimônio – como o Imposto Predial Territorial Urbano (IPTU) e o Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA); Impostos a renda – a exemplo do Imposto de Renda (IR); o consumo – como o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), que é cobrado dos produtores, e o ICMS, que é pago pelo consumidor. Taxas Valores cobrados do contribuinte por um serviço prestado pelo poder público. Por exemplo, a taxa do lixo urbano ou a taxa para a confecção do passaporte. Contribuições Podem ser classificadas em dois tipos: de melhoria ou especiais. Melhoria abrange as contribuições cobradas em uma situação geradora de benefício para o contribuinte. Por exemplo: uma obra pública que valorizou seu imóvel. Especiais englobam contribuições cobradas com destinação específica, como o Programa de Integração Social (PIS) e o Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público (Pasep). Empréstimos compulsórios Segundo o art. 148 da Constituição Federal, poderão ser instituídos pela União, mediante Lei Complementar, em casos de emergência ou para determinados fins, por exemplo, com a finalidade de cobrir despesas extraordinárias decorrentes de calamidade pública, de guerra externa ou, ainda, no caso de investimento público urgente e de relevante interesse nacional. No Brasil, só podem ser instituídos pela União e consistem na tomada compulsória de certa quantidade de dinheiro do contribuinte. Impostos federais São aqueles que somente a União tem competência para instituir, conforme o art. 153 da Constituição Federal. Os impostos federais brasileiros estão descritos a seguir. Impostos estaduais São aqueles que somente os governos dos Estados e do Distrito Federal têm competência para instituir, conforme o art. 155 da Constituição de 1988. Impostos municipais São aqueles que somente os municípios têm competência para aplicar, conforme define o art. 156 da Constituição de 1988. Interatividade Segundo o art. 148 da Constituição Federal, poderão ser instituídos pela União, mediante Lei Complementar, em casos de emergência ou para determinados fins. Por exemplo, com a finalidade de cobrir despesas extraordinárias decorrentes de calamidade pública, de guerra externa ou, ainda, no caso de investimento público urgente e de relevante interesse nacional. Estamos nos referindo a: a) imposto complementar. b) imposto da união. c) empréstimo compulsório. d) empréstimo de calamidade. e) empréstimos de relevância da União. Taxas As taxas podem ser aplicadas tanto pelo governo federal como pelos estaduais, municipais e autarquias. São tantas as taxas que sequer teríamos espaço para detalhar todas elas. No seu livro-texto há um detalhamento para que você possa estudar ou pesquisar. Contribuições sobre o faturamento ou sobre o lucro Há muitas contribuições, de todas as esferas de governo. Citemos algumas a seguir: Instituto Nacional do Seguro Social (INSS); PIS / Pasep; Contribuições sobre o faturamento ou sobre o lucro Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL): a CSLL é um tributo federal que incide sobre o lucro líquido do período-base, antes da provisão para o Imposto de Renda; é devida pelas pessoas jurídicas e pelos entes equiparados pela legislação do IR, destinando-se ao financiamento da Seguridade Social; Contribuições sobre o faturamento ou sobre o lucro sua alíquota é variável, e a base de cálculo é o valor do resultado do exercício antes da provisão para o Imposto de Renda. A CSLL devida pelas pessoas jurídicas tem várias formas de cálculo, dependendo da opção de tributação da empresa: simples; lucro real; lucro presumido; lucro arbitrado; lucro da atividade econômica, receitas de serviços em geral, exceto serviços hospitalares. Contribuições sobre o faturamento ou sobre o lucro Contribuições para o Sistema S: as empresas pagam contribuições às instituições do Sistema S com base em várias alíquotas, dependendo do destinatário; as contribuições compulsórias dos empregadores incidem sobre a folha de pagamento e são destinadas às entidades privadas de serviço social e de formação profissional ligadas aos sindicatos; Sesc, Senai, Sesi, Sescoop. Sebrae, Senat, Senar. Evolução da carga tributária no Brasil Somos os campeões da tributação dentre os BRICS. Rússia, 23%; China, 20%, Índia, 13%; e África do Sul, agora integrada ao grupo, 18%. Se contarmos com o Brasil, a média da tributação no bloco BRICS ficará em 22,08%. Se subtrairmos o Brasil do ranking,a média cairá para 18,50%. Carga tributária Segundo o jornal Valor Econômico (Folhapress, 2013), quando o assunto é evasão de tributos, o Brasil é “medalha de prata” no ranking mundial. Só perde para a Rússia. Em terceiro lugar, está a Itália, segundo levantamento feito pelo grupo internacional Tax Justice Network, com base em dados de 2011, do Banco Mundial. Carga tributária O cálculo é simples: a partir do PIB e das alíquotas tributárias estabelecidas, estima-se o quanto deveria ser arrecadado. A partir disso, é possível saber o tamanho da evasão fiscal em cada país. No Brasil, o valor encontrado corresponde a 13,4% do PIB. Carga tributária Como a carga tributária brasileira – calculada em cerca de 36,42% – é uma das mais altas do mundo, muitos empresários permanecem na informalidade para não pagarem os impostos. Segundo Amaral et al. (2009): “[a] sonegação das empresas brasileiras tende a diminuir, mas ainda corresponde a 25% do seu faturamento (em média); no ano 2000, o índice de sonegação era de 32% e em 2004 era de 39%; [o] faturamento não declarado é de R$ 1,32 trilhão; [os] tributos sonegados pelas empresas somam R$ 200 bilhões por ano”. Carga tributária Por si só, esses dados são alarmantes. As empresas brasileiras devem compreender a importância do pagamento de impostos e evitar esse tipo de comportamento, pois só denigre ainda mais a imagem do empresário, que é tachado como aquele que quer apenas lucrar. Carga tributária A tributação e o sistema tributário brasileiro são desanimadores, mas não se deixe influenciar pelos fatos. São informações para alertá-lo dos problemas fiscais existentes, para que seu plano de negócios não naufrague por falta de informações. As empresas ativas no Brasil totalizaram, em 2014, 17.325.681, das quais 9.253.006 são compostas por empresários individuais e 433.064 são Sociedades Simples Limitadas. Interatividade As empresas pagam contribuições às instituições do Sistema S com base em várias alíquotas, dependendo do destinatário. As contribuições compulsórias dos empregadores incidem sobre a folha de pagamento e são destinadas às entidades privadas de serviço social e de formação profissional ligadas aos sindicatos. Aponte a alternativa que não representa uma entidade do sistema S: a) Sesc. b) Senai. c) Sesi. d) Sescoop. e) Sesbracom. O processo empreendedor Os empreendimentos precisam ser observados e analisados de todos os pontos de vista e a partir de vários fatores. Conhecer os fatores críticos de sucesso para um novo negócio ou já em andamento é um deles, ou seja, o que a empresa tem e faz de central que a leva ou não ao sucesso. Esses são os fatores críticos de sucesso. Ao tentar se estabelecer, uma empresa precisa estar preparada para monitorar: O processo empreendedor forças macroambientais (demográficas, econômicas, tecnológicas, político-legais, sociais e culturais); fatores microambientais importantes (a própria empresa e todas as suas áreas – consumidores, concorrentes, canais de distribuição, fornecedores); análises de custos para o gerenciamento dos riscos identificados; análise do impacto que os riscos poderão trazer à organização. O processo empreendedor Se são necessárias tantas competências para desenvolver um negócio, podemos perceber que é preciso aprender bastante antes de se aventurar num novo empreendimento. As quatro fases do processo empreendedor proposto por Dornelas (2008) consistem em: identificar e avaliar a oportunidade; desenvolver o plano de negócios; determinar e captar os recursos necessários; gerenciar o negócio. O processo empreendedor Uma das principais razões de falência das micro e pequenas empresas é a falta de planejamento do negócio. Quando se considera o conceito de planejamento, há pelo menos três fatores críticos que podem ser destacados (DORNELAS, 2001): O processo empreendedor toda empresa necessita de um planejamento do seu negócio para poder gerenciá-lo e apresentar sua ideia a investidores, bancos, clientes etc.; toda entidade provedora de financiamento, fundos e outros recursos financeiros necessita de um plano de negócios da empresa requisitante para poder avaliar os riscos inerentes ao negócio; O processo empreendedor poucos empresários sabem como escrever adequadamente um bom plano de negócios: a maioria são micro e pequenos empresários e não têm conceitos básicos de planejamento, vendas, marketing, fluxo de caixa, ponto de equilíbrio, projeções de faturamento etc.; quando entendem o conceito, geralmente não conseguem colocá-lo objetivamente em um plano de negócios. Plano de negócios Um plano de negócios é basicamente um documento utilizado para detalhar um empreendimento e descrever o seu modelo de operacionalização. Elaborá-lo envolve, além de conhecimentos básicos de administração, autoconhecimento e aprendizagem constante. Quem são os clientes do plano de negócios? Plano de negócios Um plano de negócios não é feito apenas para dar início a uma empresa. É preciso apresentá-lo a empresários investidores para conseguir um sócio e outras possibilidades. Para Dolabela (2008), os clientes são: o próprio empreendedor; sócios e empregados; sócios em potencial; parceiros em potencial (distribuidores, representantes); órgãos governamentais de financiamento, bancos, capitalistas de risco (para obtenção de recursos de qualquer fonte); franqueados. Como fazer um plano de negócios Pode-se afirmar que um plano de negócios é representado por uma série de questões ordenadas, que devem ser respondidas pelo empreendedor com o objetivo de prepará-lo para montar o negócio. O plano de negócios deve responder aos seguintes questionamentos: Como fazer um plano de negócios O que será feito e por quem (o empreendimento)? O que será oferecido ao mercado (o produto / serviço)? A quem será oferecido? Quais serão os fornecedores e competidores diretos (o ambiente de mercado)? Como será feito o atendimento aos clientes (o plano de marketing)? Quanto será gasto? De quanto será o retorno (o plano financeiro)? Qual o prazo de execução das ações? Quais serão as metas e qual o prazo para atingi-las (o cronograma de ações e metas)? Plano de negócios Evidentemente, a elaboração de um plano de negócios não irá garantir o sucesso de nenhum empreendimento, mas representará um importante passo nessa direção. Eles devem ser revisados periodicamente, para que sejam elaboradas ações para correção de rumo que contemplem mudanças no mercado. Interatividade As quatro fases do processo empreendedor proposto por Dornelas (2008) consistem em (aponte a alternativa que não faz parte das fases): a) identificar e avaliar a oportunidade. b) desenvolver o plano de negócios. c) determinar e captar os recursos necessários. d) projetar os lucros. e) gerenciar o negócio. Plano de negócios Como montar um plano de negócios eficiente? Não existe uma estrutura rígida em termos de sequência, pois cada projeto tem suas próprias características. Normalmente, o plano de negócios apresenta: Plano de negócios 1. Capa: porta de entrada de seu plano, contendo data, endereço e nomes dos responsáveis pelo plano. 2. Sumário: é o índice de seu plano, em que você deverá colocar título, subtítulo e respectivas páginas dos tópicos do plano de negócios. 3. Sumário executivo: é uma síntese de todo o plano e tem como objetivo dar uma ideia ao leitor sobre o assuntoem questão; é a parte mais importante do plano de negócios e deve responder às seguintes questões: o quê ou qual? Onde? Por quê? Quanto? Como? Quando? Plano de negócios 4. Descrição da empresa: é um breve histórico de como a empresa surgiu e a importância do seu projeto; mostra sua visão para os próximos 3 ou 5 anos, descreve a qualificação e a experiência dos profissionais envolvidos, detalha os seus diferenciais e suas principais competências. 5. Descrição dos produtos e serviços: o ponto mais importante é a descrição de todos os benefícios que os clientes obterão ao adquirir os seus produtos ou serviços; as características geralmente podem ser colocadas em anexo. Plano de negócios 6. Análise de mercado e concorrência: fundamental e crítica para o sucesso de seu projeto; você deverá apresentar o mercado que pretende atingir, analisar o seu tamanho, avaliar as características do segmento em que pretende atuar, analisar quem são os concorrentes, o perfil dos compradores, apontar quem são os fornecedores etc. Plano de negócios 7. Análise estratégica: um bom planejamento das estratégias, com o detalhamento claro do que será feito, garante o bom desempenho e, como consequência, maiores chances de retorno para a empresa e satisfação dos clientes e investidores; nessa análise, você deverá contemplar os “4 Ps”: produto, preço, ponto ou distribuição e promoção ou comunicação. Plano de negócios 8. Plano financeiro: é uma das partes mais importantes de seu plano; procure caprichar nessa área, o sucesso de seu projeto dependerá de quanto tempo você levou preparando esse planejamento; você deverá acrescentar investimentos necessários, despesas com vendas e pessoal, gastos com marketing, deverá efetuar uma análise da rentabilidade do negócio etc. Plano de negócios 9. Cronograma: deve conter todas as tarefas principais ou críticas, os prazos, os responsáveis e a sequência em que as ações serão executadas; faça uma planilha acrescentando todos os meses do ano e procure alocar as ações de forma que nenhum mês fique sobrecarregado. Plano de negócios 10. Conclusão: em um plano de negócios, a conclusão é, na verdade, o detalhamento da oferta ou proposta que você está fazendo para os seus investidores ou superiores, em que deverá ressaltar os pontos mais atraentes e vantajosos de seu negócio. 11. Anexos: não deixe de acrescentar ao final do seu plano os documentos que utilizou para fundamentá-lo – o objetivo é complementar e ilustrar o seu material; acrescente gráficos, diagramas, imagens, características técnicas dos produtos etc. Plano de negócios Apenas fazer um plano de negócios não é certeza de sucesso. “Os sete segredos do sucesso” são os seguintes: 1. não há segredo – somente o trabalho duro dará resultados; 2. tão logo surge um segredo, todos o conhecem imediatamente; 3. nada é mais importante que um fluxo de caixa positivo; Plano de negócios 4. se você ensina uma pessoa a trabalhar para outras, você a alimenta por um ano; mas, se você a estimula a ser empreendedora, você a alimenta e a muitas outras durante toda a vida; 5. não deixe o caixa ficar negativo; 6. o empreendedorismo, antes de ser técnico ou financeiro, é fundamentalmente um processo humano; 7. a felicidade é um fluxo de caixa positivo. Interatividade Apenas fazer um plano de negócios não é certeza de sucesso. Entre os “segredos do sucesso” abaixo, aponte aquele que não faz parte desse conjunto: a) Somente o trabalho duro dará resultados. b) Tão logo surge um segredo, todos o conhecem imediatamente. c) Nada é mais importante que um fluxo de caixa positivo. d) Não deixe o caixa ficar negativo. e) O empreendedorismo é fundamentalmente técnico e financeiro. ATÉ A PRÓXIMA! Slide Number 1 Introdução Ideias para negócios Ideias e oportunidades Ideias e oportunidades (1) Ideias e oportunidades (2) Ideias e oportunidades (3) Ideias e oportunidades (4) Ideias e oportunidades (5) Brainstorming Brainstorming (1) Regras do método: brainstorming Regras do método: brainstorming (1) Interatividade Tipos de ideias Novas ideias Razões críticas do fracasso Novas ideias (1) Novas ideias e a competitividade empresarial Novas ideias e a competitividade empresarial (1) Novas ideias e oportunidades Estrutura empreendedora Interatividade (1) Avaliação das novas ideias e/ou oportunidades Avaliação das novas ideias e/ou oportunidades (1) Avaliação das novas ideias e/ou oportunidades (2) Informações mercadológicas sobre�as novas ideias e/ou oportunidades Novas ideias e/ou oportunidades – demanda Novas ideias e/ou oportunidades – demanda (1) Novas ideias e/ou oportunidades – demanda (2) Novas ideias e/ou oportunidades�– tamanho do mercado Novas ideias e/ou oportunidades�– tamanho do mercado (1) Novas ideias e/ou oportunidades�– tamanho do mercado (2) Novas ideias e/ou oportunidades�– tamanho do mercado (3) Interatividade (2) Novas ideias e/ou oportunidades�– estrutura do mercado – players Novas ideias e/ou oportunidades�– estrutura do mercado – fornecedores Novas ideias e/ou oportunidades�– estrutura do mercado – compradores Novas ideias e/ou oportunidades�– estrutura do mercado – competidores Novas ideias e/ou oportunidades�– estrutura do mercado – produtos Novas ideias e/ou oportunidades – análise de margem Novas ideias e/ou oportunidades – análise de margem (1) Novas ideias e/ou oportunidades – análise de margem (2) �Desenvolvendo um banco de oportunidades� Desenvolvendo um banco de oportunidades Desenvolvendo um banco de oportunidades (1) Interatividade (3) Slide Number 52 Slide Number 1 (1) Introdução (1) Carga tributária Tributos Tributos (1) Impostos Impostos (1) Taxas Contribuições Empréstimos compulsórios Impostos federais Impostos estaduais Impostos municipais Interatividade (4) Taxas (1) Contribuições sobre o faturamento ou sobre o lucro Contribuições sobre o faturamento ou sobre o lucro (1) Contribuições sobre o faturamento ou sobre o lucro (2) Contribuições sobre o faturamento ou sobre o lucro (3) Evolução da carga tributária no Brasil Carga tributária Carga tributária (1) Carga tributária (2) Carga tributária (3) Carga tributária (4) Interatividade (5) O processo empreendedor O processo empreendedor (1) O processo empreendedor (2) O processo empreendedor (3) O processo empreendedor (4) O processo empreendedor (5) Plano de negócios Plano de negócios (1) Como fazer um plano de negócios Como fazer um plano de negócios (1) Plano de negócios (2) Interatividade (6) Plano de negócios (3) Plano de negócios (4) Plano de negócios (5) Plano de negócios (6) Plano de negócios (7) Plano de negócios (8) Plano de negócios (9) Plano de negócios (10) Plano de negócios (11) Plano de negócios (12) Interatividade Slide Number 54
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