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Sensopercepção e suas Alterações

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SENSOPERCEPÇÃO 
Reúne o conjunto de 
atributos psíquicos que 
permite ao indivíduo 
RECEBER, ASSIMILAR, 
INTEGRAR e PROCESSAR 
informações da realidade 
objetiva e subjetiva através 
de IMAGENS MENTAIS que 
as representam ou refletem. 
SENSAÇÃO 
 
PERCEPÇÃO 
 
REPRESENTAÇÃO 
A EFICÁCIA FUNCIONAL dos 
processos da sensopercepção 
fundamenta-se na INTEGRIDADE 
DAS SENSAÇÕES e na 
capacidade do organismo de 
elaborar a síntese perceptiva que 
possibilita iniciar os processos 
psíquicos denominados como 
impressivo-gnósticos. 
Sempre que houver LESÃO ou DISFUNÇÃO das 
estruturas anatômicas ou funcionais responsáveis 
pelas sensações, em qualquer nível de sua 
estrutura, resultará em: 
 ABOLIÇÃO 
 DIMINUIÇÃO 
 AMPLIAÇÃO 
 DEFORMAÇÃO OU DISTORÇÃO das sensações 
 SURGIMENTO DE SENSAÇÕES FALSAS 
Tipos de 
Receptores 
Receptores exteroceptores 
 
 
Receptores interoceptores 
 
 
Receptores proprioceptores 
Determinam as sensações exteroceptivas 
(estão essencialmente voltados para os 
estímulos do exterior) e produzem as seguintes 
qualidades sensoriais: visuais, auditivas, 
gustativas, térmicas e dolorosas. 
Ocasionam as sensações interoceptivas 
(voltadas principalmente para os estímulos do 
interior do corpo) e produzem as sensações 
cenestésicas (viscerais) 
Determinam as sensações proprioceptivas (estão 
situados nos tendões, nos tecidos articulares e 
na estrutura muscular e informam principalmente 
sobre a posição relativa de cada segmento e da 
totalidade do corpo) e produzem sensações 
estáticas, cinestésicas e batiestésicas. 
SENSAÇÕES CENESTÉSICAS 
Também chamada de orgânica ou visceral, 
informa sobre certas sensações internas 
do corpo e algumas condições específicas 
do funcionamento dos órgão internos, 
como bem-estar, mal-estar, fome, sede, 
cólicas e outras sensações oriundas do 
sistema nervoso autônomo (inclusive 
muitas sensações eróticas ou sensuais, 
como as sensações genitais, das zonas 
corporais erógenas e as orgásticas 
SENSAÇÕES ESTÁTICAS 
São aquelas que informam sobre a 
posição relativa de cada segmento 
corporal 
SENSAÇÕES CINESTÉSICAS 
SENSAÇÕES BATIESTÉSICAS 
Fornecem informações acerca da 
movimentação corporal 
Está relacionada à sensibilidade 
profunda, que são as sensações 
barestésicas (sensibilidade à 
pressão), palestésica 
(sensibilidade à vibração) e 
estereognósicas (sensibilidade 
palpatória) 
NOTA: 
 SINESTESIA É A RELAÇÃO DE PLANOS 
SENSORIAIS DIFERENTES. 
Ex: Gosto com o cheiro; 
 Visão com o tato 
Tal como a metáfora ou a comparação 
por similaridade, são relacionadas 
entidades de universos distintos. 
“Gosto de barata” 
 
“Há uma sonoridade aveludada como a superfície de uma flor” 
Sensação Percepção 
Fenômeno elementar gerado 
por estímulos físicos, químicos 
ou biológicos variados, 
originados fora ou dentro do 
organismo, que produzem 
alterações nos órgãos 
receptores estimulando-os. 
 
Tomada de consciência 
pelo indivíduo, do 
estímulo sensorial (objeto 
do meio exterior 
considerado como real,. 
Isto é, como existente fora 
da própria atividade 
perceptiva) 
A 
INTEGRIDADE PERCEPTIVA 
depende pois da 
INTEGRIDADE DOS ANALISADORES 
sensoriais, das 
CONDIÇÕES 
do funcionamento do organismo, das 
CIRCUNSTÂNCIAS 
e do ESTADO do psiquismo. 
NITIDEZ (dotada de clareza) 
CORPOREIDADE (ou corporalidade; que é percebido 
como algo corpóreo) 
ESTABILIDADE (conserva suas características ao longo do 
tempo) 
PROJEÇÃO PARA O EXTERIOR (é percebida no espaço 
externo da consciência). 
AUTOMATISMO (que se desenvolve por si mesmo, 
independente do observador) 
PARTICIPAÇÃO DO EU 
CARACTERÍSTICAS DA 
IMAGEM PERCEPTIVA 
CARACTERÍSTICAS DA IMAGEM 
REPRESENTATIVA 
NITIDEZ NÃO HÁ NITIDEZ 
CORPOREIDADE INCORPÓREA 
ESTABILIDADE INSTABILIDADE 
PROJEÇÃO PARA O EXTERIOR PROJEÇÃO PARA O INTERIOR 
AUTOMATISMO DEPENDÊNCIA 
PARTICIPAÇÃO DO EU PARTICIPAÇÃO DO EU 
 
 
As impressões sensoriais deixam a marca de 
sua ação, o EFEITO MNÊMICO, que pode ser 
revivido sob a forma de REPRESENTAÇÃO. 
 
 Re-apresentação = reprodução da imagem de 
 
 
Chama-se portanto REPRESENTAÇÃO o “ato do 
conhecimento”, que consiste na reativação de 
uma lembrança ou imagem mnêmica, sem a 
presença real do objeto correspondente. 
As REPRESENTAÇÕES são constituídas pelas imagens 
dos objetos e fenômenos percebidos nas 
experiências anteriores e evocadas de modo 
voluntário ou involuntário. 
 
 
 
 
 
 
 
 
A representação é a reprodução na consciência de percepções passadas. 
ATO PERCEPTIVO REPRESENTAÇÃO 
O objeto se impõe pela 
sua presença, por seu 
caráter de objetividade. 
O objeto não se acha 
presente, a imagem é 
projetada no espaço 
interno, subjetivo. 
“A observação geral que podemos fazer acerca dessas representações sensíveis, é que 
elas não constituem reproduções rigorosas; e são mesmo, em regra, bastante afastadas 
do modelo sensível que as produziu. A representação mental resulta das sensações 
elementares, isto é certo; mas, em seguida, passa a ter uma existência de certo modo 
independente desses elementos. O que se grava na memória por efeito da percepção, a 
impressão que ela deixa e que constitui a imagem ou representação mental do objeto 
percebido, é um processo, um movimento do pensamento, e não uma situação 
estática”. 
 (Caio Prado Júnior, apud Nobre de Melo)00 
REPRESENTAÇÃO IMAGE
M 
 Diz-se, comumente, que temos uma representação, 
quando a imagem de um objeto anteriormente percebido 
retorna à consciência. 
 
A imagem, neste caso, conserva alguns elementos sensíveis do objeto que lhe deu 
origem, porém os caracteres de sensorialidade da representação não são idênticos aos 
da percepção originária. 
 
Tipos de Imagem: 
 
1.Imagem Perceptiva 
2.Imagem representativa 
3.Imagem Fantástica 
4.Imagem Onírica 
5.Imaginação 
 
Alterações na quantidade da sensopercepção 
Alterações na qualidade da sensopercepção 
Alterações no conteúdo das percepções 
São perturbações relacionadas à 
intensidade das sensações; 
manifestam MAIOR ou MENOR 
grau de clareza e nitidez da 
imagem perceptiva ou outros 
prejuízos parciais. 
Correspondem às seguintes alterações: 
DIMINUIÇÃO patológica da intensidade das sensações. 
 Quase sempre a hipoestesia decorre de alteração orgânica ou 
funcional dos receptores sensoriais, da via nervosa de condução 
ou do centro decodificador das sensações; 
 Como MANIFESTAÇÃO de comprometimentos psíquicos pode 
ocorrer na EPILEPSIA e outras patologias orgânicas, 
 É característica da CONVERSÃO 
HISTRIÔNICA; 
 
 Não é raro que se manifeste como sintoma 
de quadros ANSIOSOS ou DEPRESSIVOS, 
quando aparece como diminuição da 
acuidade da sensibilidade visual, tátil ou 
qualquer outra; 
 
 É preciso diferenciar de uma alteração 
sensorial de origem neurológica. 
 
AUMENTO da intensidade dos estímulos procedentes 
dos diversos campos da sensibilidade 
 O conceito de hiperestesia refere-se à exagerada sensibilidade de 
um número limitado (e quase sempre singular) de tipos de sensações 
causadas por LESÕES ou DISFUNÇÕES dos receptores, das vias 
nervosas ou dos centros cerebrais; 
 Este termo pode ser empregado também, em sentido maisrestrito, 
para significar EXTREMO AGUÇAMENTO da sensibilidade tátil (ou 
OXIESTESIA) 
 Outras formas de exagerada sensibilidade 
são: OXIPSIA, extrema sensibilidade visual; 
ASFALGESIA, sensações dolorosas 
causadas por estímulos táteis pouco 
intensos; CAUMESTESIA, exagero da 
sensibilidade cutânea para estímulos 
térmicos (objetos discretamente aquecidos 
provocam sensações de queimadura); 
GLOSSOCINESIA, o paciente percebe os 
movimentos da língua, ao falar. 
 
 Nas manifestações de DEPRESSÃO 
sempre está presente alguma 
hipersensibilidade dolorosa, apesar do 
quadro geral de hipopercepção apresentado 
pelos pacientes deprimidos 
Neles é muito comum o achado de 
repercussão exagerada de estímulos 
desagradáveis ou dolorosos, tanto 
interoceptivos quanto exteroceptivos. 
 A hiperestesia, no sentido estrito de hipersensibilidade, também 
é comum em ENXAQUECA, EPILEPSIA, INTOXICAÇÕES agudas 
por anfetaminas, cocaína e em manifestações HISTRIÔNICAS 
ABOLIÇÃO da sensibilidade. 
 A palavra anestesia deve ser usada para designar alguma 
qualidade sensorial especificada, acrescentando-se a qualidade 
sensorial afetada. 
 
 É importante estabelecer diferenças entre o uso do termo 
ANESTESIA e ANALGESIA, este último está relacionado 
especificamente à abolição da sensação dolorosa. 
 Como MANIFESTAÇÃO de comprometimentos psíquicos são 
frequentes nos quadros histriônicos. 
 
 
 
 
 
 
 
 A anestesia histérica pode atingir mais de uma qualidade sensorial, 
mas isto não é comum. 
 
 
 A abolição da percepção ocorre 
também nos quadros que se 
manifestam por estupor, como 
MELANCOLIA, CATATONIA, e 
reações psicógenas primitivas 
(HIPOBÚLICAS ou HIPNÓICAS) e 
caracteriza os estados 
psicopatológicos sintomáticos mais 
avançados, como o COMA, além 
do estágio final dos processos 
DEMENCIAIS, quando o paciente 
está reduzido à vida vegetativa. 
ABOLIÇÃO da sensibilidade à DOR. 
 Perda ou ausência de sensibilidade à dor, que pode ser 
induzida por substâncias químicas, devida a lesões neurológicas, 
vasculares ou, ainda, a problemas psicológicos. 
 Perda total do olfato, ocorrida por lesão no nervo 
olfativo, obstrução das fossas nasais ou outras doenças. 
Hiposmia é a diminuição do olfato 
• Perda completa da capacidade de sentir gostos (Falta do 
paladar independente da causa). 
 
• O paladar é intimamente relacionado com o olfato. Alguns 
sabores mais complexos (como o de framboesa, por exemplo) 
exigem tanto o paladar quanto o olfato para serem 
identificados. Se por algum motivo uma pessoa perde um pouco 
ou todo o olfato, ela, também, terá uma perda no paladar. 
Hipogeusia 
é a diminuição do paladar. 
São condições patológicas que 
evidenciam alterações da 
qualidade sensorial, percepções 
falsas, equívocos da síntese 
perceptiva ou alterações da 
codificação ou da decodificação 
da mensagem sensorial. 
 Podem ser citadas algumas condições clínicas 
genericamente chamadas de DISCROMATISMO, como o 
DALTONISMO (cegueira para o verde e o vermelho), 
CEGUEIRA PARA CORES (quando o indivíduo vê tudo em 
tons cinzentos, variando do branco ao preto), 
HIPERSENSIBILIDADE PARA O AMARELO, 
HIPERSENSIBILIDADE PARA O AZUL ou 
HIPERSENSIBILIDADE PARA O VERMELHO. 
ALTERAÇÕES DA SÍNTESE PERCEPTIVA. 
Os elementos sensoriais normais são estruturados 
e interpretados inadequadamente 
 Reúne as perversões da sensibilidade denominadas de: 
CACOSMIA (perceber como agradável odores repugnantes e 
fétidos ou como desagradáveis os odores comuns); PARAGEUSIA 
(o mesmo para o paladar); ACANTESIA (sensação cutânea 
dolorosa ou desagradável a estímulos usuais e de pequena 
intensidade). 
IMAGEM PERCEPTIVA DEFORMADA DE UM OBJETO 
REAL E PRESENTE NO CAMPO SENSOPERCEPTIVO. 
Nas ILUSÕES presume-se que haja sempre 
INTEGRIDADE DOS ÓRGÃOS SENSORIAIS e 
NORMALIDADE da capacidade de experimentar 
sensações da pessoa que as experimenta. 
A IMAGEM ILUSÓRIA É UMA 
DEFORMAÇÃO DA IMAGEM 
PERCEPTIVA. 
1. Peculiaridades do sistema de refração 
2. Limitações naturais dos órgãos dos sentidos 
3. Simultaneidade de sensações 
4. Alterações da consciência 
5. Atenção insuficiente 
6. Catatimias 
7. Erros de julgamentos 
8. Reconhecimentos deficientes 
 Em quase todas, nada se sabe sobre suas respectivas causas, 
nem se conhece as condições de que correspondência depende. 
 Observam-se FALSAS PERCEPÇÕES em consequência de 
LESÕES DOS ÓRGÃOS DOS SENTIDOS, em conseqüência de 
lesões localizadas no córtex sensorial correspondente 
(especialmente, fenômenos luminosos e sonoros elementares), 
além de estados vertiginosos que acompanham lesões 
vestibulares. Observam-se, sobretudo, alucinações 
hemianópsicas quando há focos do lobo occipital. 
 
 Alterações de tamanho, forma e distância. 
Micropsia 
•Observação 
de objetos 
em tamanho 
reduzido do 
modelo 
original 
Macropsia 
•Observação 
de objetos 
em tamanho 
aumentado 
do modelo 
original 
Dismegalopsia 
•Distorções da 
forma dos 
objetos 
apresentando 
estes partes 
aumentadas e 
outras 
diminuídas 
Porropsia 
•Quando os 
objetos 
parecem 
estar muito 
próximos da 
distância 
original. 
Teleopsia 
•Quando os 
objetos 
parecem 
estar muito 
distantes da 
distância 
original 
Relacionam-se aos 
quadro de AGNOSIAS 
Chamam-se AGNOSIAS os distúrbios do 
conhecimento e do reconhecimento, 
embora se observe a percepção sensorial 
Esse grupo de DISTÚRBIOS DA 
PERCEPÇÃO refere-se à perda da 
capacidade de reconhecimento de estímulos 
nas modalidades sensoriais visual, auditiva e 
na somestésica (capacidade de receber 
informações das diferentes partes do corpo) 
na ausência de comprometimento do nível de 
consciência e da sensibilidade. 
As AGNOSIAS não impedem que haja 
percepção, com objetificação das 
sensações no ato intensional; o que 
acontece é que o percepto não é conhecido 
como objeto determinado, nem reconhecido. 
Falha a reprodução, isto é, a associação às 
experiências adquiridas, associação que 
possibilita, em todas as percepções, o 
conhecimento 
 
São descritos vários tipos de agnosias que envolvem 
as vias sensoriais visual, auditiva e tátil, cujas 
características são muito diversificadas conforme as 
várias áreas cerebrais envolvidas. 
 Há algumas possibilidades de agrupamentos 
dos tipos de AGNOSIAS, tendo em vista a 
melhor compreensão deste processo. 
 
 O primeiro deles reporta-se à Lissauer, 
discípulo de Wernicke. De acordo com a 
literatura especializada, Lissauer foi, inclusive, 
o primeiro a utilizar o termo AGNOSIA, em 
1890. 
Lissauer (1890), subdividiu as 
AGNOSIAS em agnosia 
aperceptiva e associativa, 
classificação que facilita a 
compreensão de muitos sintomas, 
embora tal dicotomia não expresse 
sempre as múltiplas manifestações 
clínicas (podem ser mistas ou 
classificadas de outra forma, 
conforme a manifestação mais 
chamativa ou específica). 
• Quando o acometimento no SNC pode 
interferir mais imediatamente na via 
sensorial e em seus estímulos, dificultando 
a percepção da forma do objeto ou de 
suas propriedades elementares 
Agnosia 
aperceptiva 
• Quando o acometimento é mais central, 
dificultando ou impossibilitando mais 
especificamente as associações. Agnosia 
associativa 
Agnosia em que há incapacidade de reconhecer forma e 
propriedades elementares do objeto. 
 
Comprometimento noqual o paciente não consegue 
sintetizar/integrar a percepção de um determinado objeto a 
partir de suas partes. 
 
O paciente não consegue realizar 
tarefas de classificação e também 
não conseguem desenhar um 
objeto de forma integrada ou seja 
o desenho fica fragmentado e 
quando solicitado a desenhar 
sobre um modelo, perpassam 
várias vezes o lápis sobre a 
mesma parte. 
Em alguns casos as agnosias aperceptivas são causadas 
por atrofia cortical bilateral e o paciente pode apresentar 
Síndrome de Balint ou agnosia simultânea que inclui 
agnosia visual com outra dificuldade visuo-espacial como 
misreaching e negligência do lado-direito. 
Esta agnosia é a inabilidade de 
perceber mais do que um objeto ou 
ponto no espaço ao mesmo tempo 
(Strauss et al., 2006; Zillmer & Spiers, 2001). 
Dentre as agnosias aperceptivas, encontra-se a 
PROSOPAGNOSIA que é um distúrbio da percepção de 
faces. 
 
Esse se refere à 
inabilidade de reconhecer 
pessoas pelas suas faces, 
mas podendo reconhecê-
las através de outros 
sentidos como, a audição - 
tom de voz - e/ou olfato - 
cheiro. Essa desordem é 
mais comum em homens 
do que mulheres. 
Agnosia em que chegam a ser percebidos classes de 
objetos, cenas visuais ou sons bem discriminados, 
mas não identificados. 
 
Os pacientes conseguem copiar uma imagem, sem 
reconhecê-la. 
Outra forma de organizar o conhecimento referente às 
AGNOSIAS, relaciona-se à nomeação do CAMPO 
SENSORIAL acometido. 
Neste circuito, encontramos os seguintes tipos de 
agrupamento/denominações: 
Agnosias 
Visuais 
Agnosias 
Auditivas 
Agnosias 
Táteis 
Compreende uma série de tipos de agnosias 
relacionadas à via sensorial visual. 
Agnosia
s 
Visuais 
 Neste tipo de comprometimento, encontram-se normais a 
acuidade e o campo visuais. 
É encontrada em pacientes com lesões do lobo occipital, e também em 
casos em que as vias ópticas ou suas projeções tenham sido atingidas. 
As AGNOSIAS ÓTICAS (cegueira psíquica) aparecem quando há 
destruição dos dois lobos occipitais 
 Compreende a incapacidade de 
reconhecimento visual de objetos 
na ausência de disfunções ópticas. 
 
 Os métodos de neuroimagem 
permitem a identificação de lesões 
têmporo-occipitais bilaterais, 
geralmente de origem isquêmica, 
determinantes dessa condição. 
 São afetadas propriedades elementares, 
como cor e movimento, por exemplo, ou o 
comprometimento concentra-se em torno da 
integração de conteúdos para o reconhecimento 
de categorias específicas de imagens. 
AGNOSIA DE IMAGENS: Agnosia visual em 
que há incapacidade de denominar imagens, de 
descrevê-las e de emparelhar imagens idênticas. 
AGNOSIA SIMULTÂNEA: Agnosia visual em que as partes da 
imagem são identificadas corretamente, mas sem ligação umas 
com as outras. Há incapacidade de reconhecer um objeto ou 
imagem como um todo, embora todas suas partes possam ser 
reconhecidas isoladamente. Há incapacidade de ver mais de um 
aspecto de uma imagem por vez e não se consegue ligar um 
aspecto ao outro. 
 
AGNOSIA DE OBJETOS: Agnosia visual em 
que há incapacidade de descrever um objeto, 
de indicar sua utilização e de emparelhar 
objetos idênticos. Somente com a palpação o 
objeto é reconhecido. 
 
AGNOSIA ESPACIAL: Agnosia visual em 
que há incapacidade de se orientar no espaço, 
de avaliar corretamente a localização de 
objetos e a distância deles e entre eles, e de 
seus relevos. O paciente pode se chocar com 
obstáculos que ele situa mal ou segurar em 
falso. Essas dificuldades de avaliar a 
profundidade e relevos (estereopsia) se 
associam frequentemente a uma dificuldade 
de percepção da forma dos objetos. O 
paciente tem dificuldade de seguir um 
itinerário ou de descrevê-lo. A agnosia visuo-
espacial pode ocorrer também ao desenhar. 
PROSOPAGNOSIA (ou agnosia de face): Agnosia visual em que há 
incapacidade de reconhecer faces conhecidas. 
 
Casos em que o reconhecimento de aspectos da expressão facial, como de alegria 
e tristeza, está alterado, são por vezes considerados prosopagnosia na literatura 
(neste caso, inserem-se também no conceito de agnosia social-emocional). 
 
Em descrições tradicionais a prosopagnosia se caracteriza pela capacidade do 
paciente reconhecer detalhes e inclusive expressões faciais (se homem ou mulher, 
se amigável ou hostil, etc.), mas não sabe identificar quem é. 
 
Há gradações desde o não reconhecimento apenas de faces menos conhecidas em 
fotos, por exemplo, até o não reconhecimento de si próprio no espelho. A evocação 
de faces familiares pode estar prejudicada ou ser impossível. Caracteristicamente 
esses pacientes têm dificuldade de acompanhar programas de TV e filmes. 
 
Agnosias 
Auditivas 
Incapacidade de reconhecimento e distinção de 
sons na ausência de quaisquer déficits 
auditivos. 
O paciente ouve sons e ruídos, mas não os pode identificar; 
não os compreende. 
 
Isso não é um defeito de audição, mas uma incapacidade do 
cérebro para processar os significados de sons. 
Pessoas com agnosia auditiva são fisicamente capazes de ouvir 
sons e descrevê-los usando termos não relacionados a eles, mas 
não são capazes de reconhecê-los. 
 
Eles podem descrever as características dos sons em seu 
ambiente, mas não corrigir a identificação. 
 Por exemplo, eles podem descrever o som de um motor 
 que começa como algo que se parece com o rugido de 
 um leão, mas não ser capaz de associar o som com 
 "carro" ou "motor" 
A neuroimagem revela lesões na região 
temporal (córtex auditivo secundário. 
área 22 e parte da área 21 de Brodmann) 
no hemisfério cerebral direito. 
 
Agnosias 
Táteis 
Pacientes não conseguem identificar 
objetos colocados em suas mãos. 
Refere-se a incapacidade para reconhecer objetos mediante o 
sentido do tato, apesar da sensibilidade se encontrar 
conservada no fundamental. 
 
Quando o déficit existe nas duas mãos o 
paciente não consegue demonstrar o uso 
do objeto através dos gestos. 
 
Quando o déficit existe em uma das 
mãos o paciente consegue demonstrar o 
uso do objeto através dos gestos com a 
outra mão e também identificá-lo a 
partir do toque desta mão. 
Também denominadas ASTEREOGNOSIAS, caracterizam-se 
pelo não reconhecimento de objetos de uso corrente quando 
postos em contato com a mão do examinando, cujos olhos 
devem se manter fechados. 
Astereognosia refere-se 
especificamente àqueles que 
carecem de reconhecimento 
tátil em ambas as mãos 
Esses sintomas sugerem que uma parte muito específica do cérebro é 
responsável por fazer as conexões entre estímulos táteis e funções. 
 
A lesão responsável pela astereognosia ou agnosia tátil se localiza 
no córtex parietal contralateral. 
 
Geralmente determinada por lesões envolvendo o giro pós-central 
contralateral. 
Isaías Paim distingue 2 tipos de AGNOSIA TÁTIL: 
1.Agnosia Primária ou Perceptiva: O transtorno 
incide sobre a qualidade de percepção dos objetos. O 
enfermo perde a capacidade de distinguir as 
diferenças de intensidade e extensão das sensações 
táteis. 
2. Agnosia Semântica: O doente não pode identificar 
o objeto quanto ao seu valor e utilização, só o 
conseguindo através de deduções e suposições. 
 
As causas mais comuns de AGNOSIAS são LESÕES 
SÚBITAS AO CÉREBRO, tais como, envenenamento 
por monóxido de carbono, intoxicação de mercúrio, 
parada cardíaca, ou enfarte cerebral. 
 
Nesses casos, a agnosia aperceptiva não 
ocorre isoladamente,ou seja, sem outro 
déficit vísuo-espacial, porque essas 
lesões cerebrais geralmente afetam 
grandes áreas do córtex. 
(Zillmer & Spiers, 2001, Principles of Neuropsychology. United 
States: Wadsworth.). 
Alucinação Alucinose 
 Alucinose pedencular 
 
 
 
Pseudo-alucinação 
Define-se alucinação 
como a vivência de uma 
percepção de um objeto, 
sem que este objeto esteja 
presente, sem o estímulo 
sensorial respectivo. 
Há aqui uma 
certa 
dificuldade 
conceitual 
Entretanto a clínica registra 
indivíduos que percebem 
perfeitamente uma voz ou uma 
imagem, com todas as 
características de uma percepção 
normal, corriqueira, sem a 
presença real do objeto. 
Alucinação é a percepção clara e 
definida de um objeto (voz, ruído, 
imagem) sem a presença do 
objeto estimulante real. 
Alucinação é a percepção sem objeto, ou seja, é uma percepção 
(com todas as características de uma imagem perceptiva), porém 
não há nenhum objeto no mundo externo a ser percebido. 
Tomemos como exemplo uma percepção visual 
Quando percebemos visualmente uma paisagem, 
ela nos chega nítida, com contornos bem definidos. 
Temos também a certeza que aquela paisagem está 
no mundo exterior e não dentro de nós, que é algo 
que é estável, não vai se modificar conforme a 
minha vontade e é algo concreto, palpável. 
Estas são características da IMAGEM 
PERCEPTIVA 
Outros tipos de imagens são as IMAGENS REPRESENTADAS ou 
MNÊMICAS. 
Se eu pedisse para que vocês pensassem em um cachorro... 
 Cada um iria imaginar um cachorro diferente. 
Além do mais: 
# saberíamos que a imagem estaria na nossa cabeça (espaço interno) e não no mundo exterior 
# que a imagem dependeria da nossa vontade para existir 
# que não teria estabilidade, ou seja, na nossa imaginação nosso cachorro muda de raça, de 
posição, de tamanho 
# que não era algo concreto e palpável 
Essas são características opostas a das imagens perceptivas 
Para que um objeto seja considerado como fruto de uma 
alucinação, DEVE ter as características de uma 
percepção normal, com a diferença que aquele objeto 
NÃO existe no mundo externo. 
Só é possível diagnosticar alucinação se o 
paciente referir, com convicção, perceber 
um objeto inexistente (para nós): 
# com nitidez; 
# com contornos bem definidos; 
# com a certeza de que está no mundo 
externo; 
# que é algo concreto, palpável. 
Uma imagem como a do lado NÃO 
pode ser considerada alucinação. 
Faltam-lhe as características de uma 
imagem perceptiva. 
O mais comum em um fenômeno assim é que a pessoa refira não ter 
certeza do que está percebendo, “ter a impressão que...”, achar que “é 
coisa de minha cabeça...” ou “é como se fosse...”. 
Isto não é 
alucinação!! 
Trata-se de uma ALUCINOSE, 
onde a imagem tem características 
das imagens representadas. 
Logo, nem sempre que o paciente refere “ver coisas” esta 
tendo uma alucinação 
ELEMENTARES 
(SIMPLES) 
 
Compõe-se de sensações 
bem delimitadas e dizem 
respeito a uma única 
qualidade sensorial, 
como o ruído de uma 
campainha, um sino, um 
zumbido, uma desestesia 
localizada e fugaz, um 
clarão, um ponto 
luminoso 
COMPLEXAS 
(ELABORADAS) 
 
São percepções 
mais elaboradas e 
incluem, muitas 
vezes, variadas 
qualidades 
sensoriais. 
 
 
Uma sistematização clínica que utilize como 
referência à qualidade sensorial, por causa de seu 
valor semiológico, permite classificar as 
alucinações nos seguintes tipos: 
 
• Visuais 
• Autoscópica 
• Auditivas 
• Gustativas e Olfativas 
• Táteis 
• Extracampinas 
 
• Cenestésicas 
• Cinestésicas 
• Térmicas 
• Alucinações do sentido 
do equilíbrio 
• Psíquicas 
 
 São visões nítidas que o paciente experimenta, sem 
a presença de estímulos visuais. 
 
Apresentam-se preferencialmente nos estados de 
perturbação da consciência. 
 
 São caracteristicamente de origem orgânica, 
embora possam ocorrer em qualquer psicose. 
 
 
 Alucinações, microscopias e as imagens instáveis, 
móveis, policrômicas, são até certo ponto 
características de algumas intoxicações (cocaína, as 
primeiras; ópio e álcool, as segundas). 
SIMPLES 
Denominadas fotopsias, nas quais o indivíduo vê cores, bolas, 
pontos brilhantes, escotomas cintilantes, etc. Podem ocorrer na 
epilepsia e outras patologias encefálicas, nas crises 
enxaquecóides, nos quadros de esgotamento e na síndrome 
hiperestésico-emocional. 
 
(sugestivas de alterações 
especificamente sensoriais). 
COMPLEXA 
Também chamadas alucinações cênicas. 
Indicam alteração da síntese da imagem, o que parece evidenciar 
afecção mais elaborada de estruturas mais superiores. Incluem 
figuras, imagens de pessoas (vivas ou mortas), de partes do corpo 
(órgãos genitais, olhos assustadores, cabeças disformes, etc.), de 
entidades (o demônio, uma santa, um fantasma), de objetos, etc. 
Podem ser visões de cenas complexas (um paciente via o seu quarto 
pegando fogo), sendo então denominadas alucinações 
cenográficas. 
 
 Um tipo curioso de alucinação visual é a chamada 
alucinação liliputiana, na qual o indivíduo vê inúmeros 
personagens diminutos, minúsculos, entre os objetos e 
pessoas reais da casa, isoladas ou acompanhadas de 
pequenos animais em movimento. 
 
• Ao contrário da maioria dos fenômenos alucinatórios, as 
alucinações liliputianas acompanham-se de um estado 
afetivo agradável, contemplando o paciente com 
satisfação o espetáculo que presencia. 
 
• Este tipo de alucinação é observada nas psicoses desencadeadas 
por drogas (psicoses tóxicas), especialmente no curso das 
alterações psíquicas provocadas pelas drogas psicodislépticas (LSD, 
mescalina, harmina e harmalina). 
Cipó-mariri Harmala Cactos peiote 
Alucinações 
Liliputianas 
  
 Micropsias 
 
Micrópsia é uma condição que 
afeta a percepção visual. Neste tipo 
de comprometimento, os objetos 
são percebidos menores do que 
realmente são. 
 É uma variedade de alucinação visual, em que o 
enfermo percebe o seu próprio corpo. 
 Sollier Descreveu o fenômeno, e distinguiu 
duas formas de alucinações autoscópias. 
Autoscopia 
Interna 
O enfermo relata ver um ou 
vários órgãos ou uma região 
corporal isolada. 
 
 
Autoscopia 
Externa 
 
 
O indivíduo relata ver a imagem do 
seu próprio corpo, o que se 
acompanha de sentimento angustioso 
de desdobramento da personalidade. 
 
 
(alucinação autoscópia ou especular): 
 As alucinações autoscópicas são 
observadas no curso dos estados de 
obnulação de origem infecciosa ou nas 
intoxicações experimentais pelas 
substâncias alucinógenas. 
 Tipo particular de alucinação visual 
em que o paciente mostra uma 
crença inabalável na existência em 
seu corpo de deformações 
inexistentes nele (relaciona-se, em 
geral, com uma timopatia). 
No meio do peito, bem atrás do osso onde a gente toca quando diz “eu”, fica uma pequena glândula 
chamada timo.Seu nome em grego, thýmos, significa energia vital. O Timo continua sendo um ilustre 
desconhecido. Ele cresce quando estamos contentes, encolhe pela metade quando estressamos e mais 
ainda quando adoecemos.Essa característica iludiu durante muito tempo a medicina, que só o conhecia 
através de autópsias e sempre o encontrava encolhido.Supunha-se que atrofiava e parava de trabalhar na 
adolescência, tanto que durante décadas os médicos americanos bombardeavam Timos adultos 
perfeitamente saudáveis com megadoses de raios X achando queseu “tamanho anormal” poderiam causar 
problemas.Mais tarde a ciência demonstrou que, mesmo encolhendo após a infância, continua totalmente 
ativo; é um dos pilares do sistema imunológico, junto com as glândulas adrenais e a espinha dorsal, e está 
diretamente ligado aos sentidos, à consciência e à linguagem. Como uma central telefônica por onde 
passam todas as ligações, faz conexões para fora e para dentro.Se somos invadidos por micróbios ou 
toxinas, reage produzindo células de defesa na mesma hora.O detalhe curioso é que o Timo fica encostado 
no coração, que acaba ganhando todos os créditos em relação a sentimentos, emoções, decisões, jeito de 
falar, jeito de escutar, estado de espírito. 
(FONTE: https://portal2013br.wordpress.com/2015/04/26/glandula-timo-a-chave-da-imunidade-e-da-
energia-vital/ 
Nota: 
 Este fenômeno é o núcleo psicopatológico da 
anorexia e da bulimia. 
 
 
 
 
 
 Não é bem uma alucinação, mas uma interpretação 
deformada da sua realidade corporal, que não se 
estende aos demais, mesmo aos que não têm a mesma 
silhueta. 
 São alucinações experimentadas fora do campo 
sensoperceptivo usual, como quando o indivíduo vê uma 
imagem “nas suas costas” ou “atrás de uma parede”. 
 É um fenômeno raro, associado usualmente às 
psicoses. 
Tipo especial de alucinações visuais que ocorrem ao 
adormecer. Nem sempre têm significado patológico, podendo, 
contudo, acontecer na narcolepsia. 
Tipo especial de alucinações visuais que ocorrem ao acordar. 
 
Geralmente não têm significado patológico. 
 É o tipo de alucinação mais 
freqüente e mais importante. 
Apresentam-se sob a FORMA 
ELEMENTAR (OU SIMPLES): ruídos, 
zumbidos, murmúrios, estalidos; 
e sob a FORMA COMPLEXA (ALUCINAÇÃO 
AUDIOVERBAL): Na qual o paciente 
escuta vozes sem qualquer estímulo 
real; 
 
 
São “vozes” que, geralmente, censuram, insultam e ameaçam. 
Quase sempre a alucinação audioverbal é de conteúdo 
depreciativo e/ou de perseguição. Em alguns casos, as vozes 
ordenam que o paciente faça isto ou aquilo (são as chamada 
“vozes de comando”), podendo inclusive ordenar-lhe que se 
mate. Outras vezes, as vozes comentam as atividades 
corriqueiras do paciente: “Olha, agora o João está indo beber 
água, agora ele vai lavar as mãos...”(são as chamadas “vozes 
que comentam a ação”). 
 
Em alguns casos, observa-se o curioso fenômeno denominado de 
SONORIZAÇÃO DO PENSAMENTO, o qual consiste no paciente ouvir em 
voz alta o próprio pensamento. Estes fenômenos são 
característicos da esquizofrenia. Apresenta-se com mais 
freqüência no momento de ler ou de escrever e é resultado de uma 
combinação de alucinações acústicas com alucinações motoras 
verbais. 
 
EXISTEM 2 TIPOS 
BÁSICOS DE 
SONORIZAÇÃO DO 
PENSAMENTO 
SONORIZAÇÃO DO 
PRÓPRIO 
PENSAMENTO 
SONORIZAÇÃO DO 
PENSAMENTO COMO 
VIVÊNCIA 
ALUCINATÓRIA-
DELIRANTE 
SONORIZAÇÃO DO 
PRÓPRIO 
PENSAMENTO 
Fenômeno do tipo alucinatório no qual a vivência é 
semelhante a uma alucinação auditiva audioverbal, em 
que o paciente reconhece claramente que está ouvindo os 
próprios pensamentos, ouve-os no mesmo momento em 
que pensa. 
SONORIZAÇÃO DO 
PENSAMENTO COMO 
VIVÊNCIA 
ALUCINATÓRIA-
DELIRANTE 
É a experiência na qual o indivíduo ouve pensamentos 
que foram “introduzidos em sua cabeça por alguém 
estranho” e que são agora ouvidos por ele. 
 
Às vezes, as “vozes”, não se limitam a mostrar ao doente as 
suas supostas faltas referem-se também aos castigos que 
ele merece. Essas alucinações são muito incômodas para 
quem as padece, porque “as vozes” estão a par do 
pensamento atual. Os pacientes que se queixam desse 
“roubo de pensamento” encontram explicações para tal nas 
influência telepática, ou em aparelhos de rádio, através dos 
quais os inimigos captam suas idéias e as reproduzem 
continuamente. 
 
• O CONTEÚDO das alucinações auditivas expressa, em geral, as 
inquietações e os temores do doente. 
• Embora não sejam exclusivas da esquizofrenia, as 
alucinações audioverbais são muito típicas e freqüentes nas 
PSICOSES ESQUIZOFRÊNICAS. 
• Ocorrem alucinações audioverbais em pacientes com 
DEPRESSÕES muito graves, sendo geralmente vozes com 
conteúdo negativo, de ruína, de culpa, de doença, etc. 
• Nos quadros MANÍACOS, ocasionalmente, há alucinações 
auditivas de conteúdo de grandeza, de poder, místico, etc. 
 
 Fenômeno curioso e intrigante. 
 É descrita como a audição de tons musicais e melodias sem o 
correspondente estímulo auditivo externo. 
 Esse tipo de alucinação é relativamente raro, sendo menos 
observado que outros tipos de alucinação. 
 Tais alucinações podem ser contínuas ou intermitentes e, em 
geral, são acompanhadas de consciência clara e de crítica por 
parte do paciente. 
 Elas estão comumente associadas a déficits auditivos, doenças 
neurológicas e transtornos psiquiátricos, principalmente 
depressivos, ocorrendo com maior freqüência em idosos. 
São relativamente raras. Apresentam-se quase sempre associadas 
OLFATIVA GUSTATIVA 
Manifestam-se em geral como o “sentir” o 
cheiro de coisas podres, de cadáver, de fezes, 
de pano queimado, etc. Lembranças ou 
sensações olfativas via de regra vêm 
acompanhadas de forte impacto emocional. 
Em geral têm um impacto pessoas especial, 
podendo estar relacionada à interpretações 
delirantes (sinto o cheiro de veneno de rato 
na comida, pois estão tentando me 
envenenar). Ocorrem na esquizofrenia e em 
crises epilépticas, geralmente parciais-
complexas. 
Os pacientes sentem na boca o sabor 
de ácido, de sangue, de urina, etc., 
sem qualquer estímulo gustativo 
presente. Ocorrem muitas vezes em 
conjugação com as alucinações 
olfativas. 
 
SITIOFOBIA (recusa completa de 
alimento)  pode resultar de 
alucinações gustativas, quando o 
enfermo “percebe” gosto de veneno 
na comida. 
 Podem se apresentar sob a forma de sensações de queimadura, 
sensação de contato, especialmente nas zonas erógenas (sobretudo 
em pacientes esquizofrênicos, que sentem de forma passiva que 
forças estranhas tocam, cutucam ou penetram em seus genitais), 
formigamento, cócegas, comichão, de vento gelado e de água 
correndo pelo corpo. 
 O doente sente correr-lhe pelo corpo pequenos animais, percevejos, 
piolhos, pulgas, etc. Tal tipo de alucinação tátil é freqüente no delirium 
tremens e psicoses tóxicas, principalmente naquelas induzidas por cocaína. 
As alucinações táteis com pequenos animais ou insetos via de regra 
ocorrem associadas ao delírio de infestação (Síndrome de Ekbom). 
 
 No curso da esquizofrenia, 
essas alucinações podem 
desempenhar importante papel 
na produção do chamado 
“delírio de perseguição física”. 
Uma percepção anormal de calor e frio. 
 
 Ex.:“Meus pés estão pegando fogo”. 
 Distúrbios da sensibilidade interna. 
 Referem-se os enfermos a dores gerais ou parciais, a sensação de 
movimento interno do ventre onde acreditam ter um animal alojado 
(uma víbora dentro do abdome), ou percebem a sensação de choques 
elétricos, de espírito introduzido no corpo. Alguns pacientes 
apresentam sensações incomuns e claramente anormais em diferentes 
partes do corpo como sentir o cérebro encolhendo, ou fígado se 
despedaçando. 
 Tais sensações são denominadas alucinações cenestésicas e ao 
fenômeno geral de experimentar sensações alteradas de víceras e no 
corpo de modo geral, denomina-se CENESTOPATIA. 
 Manifestam-se muito comumente em pacientes deprimidos e 
ansiosos. 
 São aquelas de sensação nos músculos ou articulações. O 
paciente sente que seus membros estão sendo dobrados ou 
torcidos, ou seus músculos estão sendo apertados.Pseudopercepção de movimento ou de imobilidade que podem 
ser ativas ou passivas. 
 São vivenciadas pelo paciente como sensações alteradas do 
movimento do corpo, como sentir o corpo afundando, as pernas 
encolhendo ou um braço se elevando. 
 Podem aparecer na esquizofrenia, nas psicoses tóxicas e no 
estado de embriaguez por psicodislépticos 
 
 Se relacionam com o equilíbrio e, de modo geral, 
com os movimentos. 
 Esquizofrênicos percebem, às vezes, 
sensações de movimentos anormais, como 
suspensão no ar, sentem-se voando, como se 
o chão afundasse ou se elevasse, 
experimentam movimentos de rotação em 
diferentes sentidos, etc. 
Os enfermos fazem referência a 
“palavras sem som”, dizem, por 
exemplo, que falam com indivíduos 
por “direta comunicação do 
pensamento”, por uma espécie de 
“linguagem dos espíritos”, feita de 
“vozes sem ruídos”, de “palavras 
secretas e interiores que não soam”. 
ALUCINOSE 
 
 Imagem patológica que possui todas as 
características da imagem alucinatória, menos a 
convicção de realidade ou participação do eu; isto é, o 
paciente reconhece que a experiência perceptiva é algo 
estranho a si mesmo, como um acontecimento 
patológico, por exemplo. 
Na alucinose, embora o doente veja a 
imagem ou ouça a voz ou o ruído, falta à crença de 
que comumente o alucinado tem em sua alucinação. 
 
 
Diz-se que a lucinose é um fenômeno “periférico do 
eu”, enquanto a alucinação e um fenômeno “central do 
eu”. 
A alucinose é um fenômeno que ocorre com maior 
freqüência em quadros psicorgânicos. 
Uma forma comum de alucinose auditiva é denominada 
ALUCINOSE ALCOÓLICA. Ela ocorre geralmente em 
alcoolistas crônicos e consiste em vozes que falam ao 
paciente na terceira pessoa (“O Pedro é mesmo um 
covarde”). Ocorre com nível de consciência preservada 
e, no mais das vezes, o paciente tem uma boa crítica 
em relação a vivência alucinatória, reconhecendo seu 
aspecto patológico. 
Em pacientes com tumores do 
pedúnculo cerebral (alucinose 
peduncular de Lhermite) ou do 
tronco cerebral e em 
intoxicações por substâncias 
alucinógenas do tipo LSD, 
psilocibina, mescalina, 
anticolinérgico, ayuasca, etc. 
Ocorre com maior frequência em pacientes com 
déficits visuais graves  Síndrome de Charles Bonnet. 
PSEUDO-
ALUCINAÇÃO 
 Definição: São imagens dotadas de certa 
vivacidade, projetadas para o espaço 
interno (sem projeção para o exterior) e 
que se assemelham às imagens 
perceptivas no enfermo. 
 
 É um fenômeno que, embora se 
pareça com a alucinação, dela se 
afasta por não apresentar os 
aspectos vivos e corpóreos de 
uma imagem perceptiva real. 
 
 Na maioria das vezes, o paciente 
tem noção de sua inadequação e 
falta de correspondência com a 
realidade. Falta-lhes a convicção 
de que marca as alucinações. 
 
 A projeção para o espaço interno (percebidas dentro da cabeça) é 
sua característica essencial. 
 
“São vozes que vêm de dentro da cabeça, no interior do corpo”. 
 
Pseudo-alucinação 
  
 Fenômeno Hipnagógico 
CHENIAUX, E. Manual de Psicopatologia. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 
2006. 
CORREIA, D. T. Manual de Psicopatologia. Lisboa: Lidel, 2013 
DALGALARRONDO, P. Psicopatologia e Semiologia dos Transtornos Mentais. 
Porto Alegre: Artes Médicas, 2000. 
KAPLAN, H.; SADOCK, B. J. & GREBB, J. A. Compêndio de Psiquiatria. Ciências 
do Comportamento e Psiquiatria Clínica. Porto Alegre: Artes Médicas, 2002. 
MIRANDA SÁ JR., L. S. Compêndio de Psicopatologia & Semiologia Paiquiátrica. 
Porto Alegre: Artes Médicas, 2001. 
PAIM, I. Curso de Psicopatologia Geral. São Paulo: E. P. U., 2002. 
SIMS, A. Sintomas da Mente. Introdução à psicopatologia descritiva. Porto Alegre: 
Artes Médicas, 2001

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