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ORAÇÃO AOS MOÇOS RESENHA

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UNIVERSIDADE PRESBITERIANA MACKENZIE
FACULDADE DE DIREITO
RESUMO ORAÇÃO AOS MOÇOS
RUI BARBOSA
STEPHANIE FERNANDA RIBEIRO SOARES
CAMPINAS
2018
STEPHANIE FERNANDA RIBEIRO SOARES
ORAÇÃO AOS MOÇOS
Trabalho apresentado em cumprimento às exigências da disciplina de Ética do Advogado, no curso de Direito da Universidade Presbiteriana Mackenzie, ministrada pelo Professor Marcelo Chiavassa de Mello Paula Lima.
	
CAMPINAS
2018
Rui Barbosa abençoa os bacharéis e inicia dizendo que o que lhes escreveu é o “carregado de anos de tradição, versado nas longas lições do tempo, mestre de humildade, arrependimento e desconfiança, nulo entre os grandes da inteligência, grandes entre os experimentados da fraqueza humana.”
Convida, em seguida, os formandos a fecharem o livro de ciências e abrirem o livro da experiência. Abrindo mão por algum tempo dos saberes humanos e voltando a atenção para o leve e desalinhado.
O autor cita o conceito de igualdade segundo sua visão, dizendo que ela consiste em tratar desigualmente os desiguais na medida de suas desigualdades. Pelo contrário, tratar com desigualdade os iguais ou com igualdade os desiguais seria desigualdade e não igualdade real. Fala ainda que, a humanidade vem com a ideia contrária a individualidade, atribuindo o mesmo a todos, como se todos se equivalessem. Quando se olha para as desigualdades naturais, isto é, as nativas, devemos nos voltar a reação através da educação, atividade e perseverança. 
Em seguida, trata da blasfêmia contra a razão e fé, e diz que a civilização e a humanidade, cria ao invés da supremacia do trabalho, a organização da miséria. 
Afirma que, os recursos mais poderosos na formação da moral do homem é a oração e o trabalho. Quando se fala em oração, vê-se o contato mais íntimo entre o homem e Deus. Já o trabalho, apura as energias do corpo e do espírito. Um conceito anda lado a lado com o outro. Aqui defende-se a ideia de que o trabalho dignifica o homem. 
Relembra também os formandos de que haverá muito trabalho, e que este baterá à porta dia e noite, e que nunca se deve negar se quiser honrar a vocação. Diz ainda que o nascer do trabalho nascerá antes do nascer do dia. 
Ressalta a importância do descanso, um momento de abandonar os livros, e dedicar-se ao repouso. Conforme psicologia, devemos descansar e repousar para fixação do que foi absorvido durante o dia. 
Rui Barbosa, aconselha que os formando estejam em constante atualização, que não parem no tempo e que transforme os seus estudos em experiências. 
Entende que a leitura é algo vulgar e que o real sentido da mesma seria a reflexão do que foi lido, algo excepcional. Entende que o saber não está na ciência, mas sim nas idéias próprias geradas do saber que foi absorvido.
O autor acredita que, o saber da aparência acredita saber tudo, sem existir dúvidas, por outro lado, o saber da realidade, quanto mais real, mais desconfia.
Um sabedor não é armário de sabedoria armazenada, mas transformador reflexivo de aquisições digeridas. 
Faz uma clara crítica à legislação brasileira, onde fala que as leis brasileiras representam uma minoria, são minorias, as oligarquias acanhadas, mais impopulares e menos respeitáveis. 
Lamenta o fato dessas normas favorecerem um certo agrupamento que detém o poder, largando a maioria a sua própria sorte, ou seja, não cumpre o sua real função de atuar sob toda esfera social.
Neste momento, Rui Barbosa ressalta a questão do cenário político brasileiro. 
Para criaçãode uma lei, por meio de processo legítimo. Porém, não é justo porque não defende o desejo da maioria. Ocasionando ausência de moral e ética na produção de um dispositivo legal. Faz menção a ausência de lei, moral e política, juridicamente falando. Ainda nesse momento, ressalta não só a bastardia da origem das normas, mas também sua má aplicação.
Outro ângulo analisado é a estrutura de governo norte-americano, na qual o poder judiciário possui soberania em relação aos demais. Faz aqui uma comparação entre as legislações, enaltecendo a de molde norte-americano, em que se baseiam na justiça e ela não somente fica em abstrato como na brasileira que está, em suas palavras, em ruínas. 
Em outro trecho, o autor pede para que os formando, no exercício de sua 
profissão, observem mais do que vejam. Que saibam selecionar o que realmente os interessem. 
Rui Barbosa cita a advocacia e a magistratura como sendo dois pilares fundamentais das leis. As intitulas como sendo “quase sagradas”, inseparáveis uma da outra e repleta de responsabilidades e utilidades.
Incita os ouvintes a não renunciar em seus futuros cargos, a sempre ousar, a reagir, a serem bem sucedidos. Sempre com o coração puro, coragem e virtude.
Rui Barbosa pede para que o julgamento não esteja relacionado à causas 
financeiras, que não sejam observados o valor desta ou daquela causa, mas sim que o profissional seja neutro no que diz respeito a situação social das partes. 
Aconselha para que não façam justiça atrasada, uma vez que, justiça atrasada se torna injustiça. E diz para que não sejam juízes em cuja as mãos trazem a sorte do litígio pendente e que os autos penam como alma em um purgatório. Continua aconselhando, exemplificando os magistrados que esquivam-se das responsabilidades, desprestigiando seus cargos. 
Defende que voltemos nosso olhar ao direito dos miseráveis, dos necessitados, pois é deles o menor interesse e deles o menor direito assegurado. 
Nessa fase do discurso, o autor dá maior enfoque a ética da magistratura, encorajando-os a fugir do sentimento de medo, humilhações e covardia. Continua dizendo que o governo investe contra a justiça, desrespeitam os tribunais, e por mais que “espumem” contra a sentença, quando elas são justas, não persistem frente ao magistrado com dignidade e firmeza. 
Ressalta que o ponto mais importante na carreira do magistrado é que se tenha a humildade de admitir seu erro, afirmando ser pior não corrigi-lo. Se o próprio autor do erro o remediar, maior será seu crédito de justo.
Aconselha ao magistrado não cultivar sistemas de extravagâncias e popularidades, não militar em partidos, não ter negócios em secretarias, não deliberar por conselheiros, entre outros.
Rui Barbosa aconselha com base em sua experiência na própria 
vida, que os formandos coloquem Deus em tudo o que fizerem e finaliza seu discurso com a seguinte frase: “Não há justiça, onde não haja Deus”. 
Na parte final, aborda a advocacia no Brasil, dizendo que na carreira do advogado também se manifesta uma espécie de magistratura na qual as duas se entrelaçam em um único objeto: a justiça. Com o advogado justiça militante, com o magistrado, justiça imperante. 
Traz diversos eventos históricos a discussão, desde a invasão paraguaia ao território brasileiro e a guerra civil dos Estados Unidos até combates e conflitos do velho continente, com uma perspectiva crítica aprofundada de cada momento e líder.
Afirma ser a legalidade e a liberdade as tábuas da vocação do advogado
Finaliza convocando os moços a uma movimentação para reforma, em busca um horizonte próspero na vida nacional, com instituições justas ao povo brasileiro.
CONCLUSÃO
“Oração aos moços”, leva-nos a refletir que Rui Barbosa em suas veras palavras conseguiu transmitir não só a ética e valores almejados na época, mas também os atuais. Correlacionando os juristas de hoje com os de antigamente, e instigando-nos a promover não só a aplicação do direito, mas a promoção da tão almejada justiça. 
Ademais, pode-se perceber que o autor sempre se colocou a frente do seu tempo, e em uma reflexão mais profunda é possível perceber que quem demorou a perceber a realidade narrada, fomos nós.

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