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CURSO DE CAPACITAÇÃO PROFISSIONAL 
FAVENI – FACULDADE VENDA NOVA DO IMIGRANTE 
 
 
APOSTILA 
LEGISLAÇÃO E POLÍTICAS 
PÚBLICAS NA EDUCAÇÃO 
 
 
 
 
 
ESPÍRITO SANTO 
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O QUE SÃO POLÍTICAS PÚBLICAS? 
 
“Políticas públicas” são diretrizes, princípios norteadores de ação do poder 
público; regras e procedimentos para as relações entre poder público e sociedade, 
mediações entre atores da sociedade e do Estado. São, nesse caso, políticas 
explicitadas, sistematizadas ou formuladas em documentos (leis, programas, linhas 
de financiamentos) que orientam ações que normalmente envolvem aplicações de 
recursos públicos. Nem sempre porém, há compatibilidade entre as intervenções e 
declarações de vontade e as ações desenvolvidas. Devem ser consideradas 
também as “não-ações”, as omissões, como formas de manifestação de políticas, 
pois representam opções e orientações dos que ocupam cargos. 
As políticas públicas traduzem, no seu processo de elaboração e implantação 
e, sobretudo, em seus resultados, formas de exercício do poder político, envolvendo 
a distribuição e redistribuição de poder, o papel do conflito social nos processos de 
decisão, a repartição de custos e benefícios sociais. 
Como o poder é uma relação social que envolve vários atores com projetos e 
interesses diferenciados e até contraditórios, há necessidade de mediações sociais 
e institucionais, para que se possa obter um mínimo de consenso e, assim, as 
políticas públicas possam ser legitimadas e obter eficácia. 
Elaborar uma política pública significa definir quem decide o quê, quando, 
com que conseqüências e para quem. São definições relacionadas com a natureza 
do regime político em que se vive, com o grau de organização da sociedade civil e 
com a cultura política vigente. Nesse sentido, cabe distinguir “Políticas Públicas” de 
“Políticas Governamentais”. Nem sempre “políticas governamentais” são públicas, 
3 
 
embora sejam estatais. Para serem “públicas”, é preciso considerar a quem se 
destinam os resultados ou benefícios, e se o seu processo de elaboração é 
submetido ao debate público. 
A presença cada vez mais ativa da sociedade civil nas questões de interesse 
geral, torna a publicização fundamental. As políticas públicas tratam de recursos 
públicos diretamente ou através de renúncia fiscal (isenções), ou de regular relações 
que envolvem interesses públicos. Elas se realizam num campo extremamente 
contraditório onde se entrecruzam interesses e visões de mundo conflitantes e onde 
os limites entre público e privado são de difícil demarcação. Daí a necessidade do 
debate público, da transparência, da sua elaboração em espaços públicos e não nos 
gabinetes governamentais. 
 
 
OBJETIVOS DAS POLÍTICAS PÚBLICAS 
 
As políticas públicas visam responder a demandas, principalmente dos 
setores marginalizados da sociedade, considerados como vulneráveis. Essas 
demandas são interpretadas por aqueles que ocupam o poder, mas influenciadas 
por uma agenda que se cria na sociedade civil através da pressão e mobilização 
social. 
Visam ampliar e efetivar direitos de cidadania, também gestados nas lutas 
sociais e que passam a ser reconhecidos institucionalmente. Outras políticas 
objetivam promover o desenvolvimento, criando alternativas de geração de emprego 
e renda como forma compensatória dos ajustes criados por outras políticas de cunho 
mais estratégico (econômicas). 
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Ainda outras são necessárias para regular conflitos entre os diversos atores 
sociais que, mesmo hegemônicos, têm contradições de interesses que não se 
resolvem por si mesmas ou pelo mercado e necessitam de mediação. 
Os objetivos das políticas têm uma referência valorativa e exprimem as 
opções e visões de mundo daqueles que controlam o poder, mesmo que, para sua 
legitimação, necessitem contemplar certos interesses de segmentos sociais 
dominados, dependendo assim da sua capacidade de organização e negociação. 
 
 
LEGISLAÇÃO E EDUCAÇÃO 
 
A palavra educação vem de educare, e quer dizer, ação de amamentar. Pode 
também ter origem na raiz latina educere, que pode ser explicada como a ação de 
orientar o educando. Hoje em dia, as tendências pedagógicas abrigam esta 
etimologia. 
 Legislação é o ato de constituir leis por meio do poder legislativo. A 
legislação em âmbito educacional, refere-se à instrução ou aos procedimentos de 
formação que se dão não apenas nas instituições de ensino, mas ocorrem também 
em outras instâncias culturais como a família, a igreja, a associação, os grupos 
comunitários entre outros. Decorre do latim legislatio, e quer dizer, exatamente, ação 
de legislar, direito de fazer, ordenar ou determinar leis. A legislação é, então, o ato 
de constituir leis por meio do poder legislativo. Legislação educacional traduz um 
conjunto de preceitos legais sobre o tema educacional. 
Ao usarmos a expressão legislação educacional ou legislação da educação 
estaremos aludindo à legislação que trata da educação escolar em seus níveis e 
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modalidades em contorno abrangente, à educação básica (educação infantil, ensino 
fundamental e ensino médio) e à educação superior. 
A educação elevou-se à hierarquia de direito público subjetivo a partir da 
regulamentação legal do país, instaurada em 1988. Esse ordenamento jurídico 
conceitua o direito na educação ou, mais atualmente chamado, o Direito 
Educacional. 
Ao ressaltar que a 
educação é direito público 
subjetivo (direito social ao 
acesso ao ensino 
fundamental) , dizemos 
que todos têm direito à 
educação e que é na origem da fonte de direito, na Constituição Federal, Estadual 
ou Municipal, que habita esse direito. 
Os preceitos e ordenamentos jurídicos são influentes no sistema escolar 
brasileiro e são responsáveis pela organização e funcionamento do sistema escolar 
brasileiro. Isso, quer dizer que o sucesso ou fracasso da instituição escolar é 
dependente dos regulamentos jurídicos da sociedade. Porisso é essencial a tarefa 
do professor, como cientista educacional da educação brasileira, pois a sua vivência 
e experiência educacional são fontes fundamentais no campo do Direito Educacional 
e na Legislação da Educação. 
Daí, a necessidade do professor ser ator e autor do processo educacional, 
para colaborar como parceiro na sistematização, enfatizando o Direito educacional, 
contribuindo para a significação das capacidades constitucionais da Educação na 
medida em que vai decidindo os atores-parceiros e cooperadores dos processos 
educativos , consolidando com seu auxílio e sua interferência o êxito na regulação e 
ordenamento da legislação do ensino. 
 
 
 
 
 
 
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ORIGEM DO SISTEMA EDUCACIONAL BRASILEIRO 
 
 
Na época do descobrimento, em 1500, os jesuítas implantaram o primeiro 
sistema educacional brasileiro (BROCK.; SCHWARTZMAN, 2005), pois precisavam 
não somente catequizar os índios, mas também ensinar os filhos dos gentios e 
cristãos. As escolas dos jesuítas eram destinadas ao ensino religioso, a leitura, ao 
canto e a escrita. 
A primeira fase de investimento no ensino técnico e superior aconteceu com a 
vinda da Corte Portuguesa em 1808. Isso ocorreu com a criação da Academia da 
Marinha e da Academia Militar. O ensino superior estava nas mãos do poder central. 
Assim, após a independência em 1822, foi criado um sistema paralelo de ensino, a 
partir daí surgi a preocupação com o ensino básico. O Ensino superior beneficiava 
uma pequena parcela da população, conhecida como elite, deixando para a 
república o problema de criar um ensino técnico agrícola e industrial, tão precário e 
tão necessário num país como o Brasildaquela época. O legado desse sistema é 
visto até hoje na sociedade, onde o ensino acadêmico é voltado para a elite e o 
ensino técnico dedicado para as classes mais pobres (SABLICH, 2007). 
No ano de 1850 o ensino na Corte e a instrução superior no Império foi 
reformulada. 
Em 1859 novas disciplinas foram incorporadas à grade curricular 
(BROCK.;SCHWARTZMAN, 2005), como: desenho, música, canto, caligrafia, 
geometria e história do Brasil. 
Segundo Sablich (2007) em 1909 um decreto federal determinou a criação de 
escolas de aprendizes artífices que tinha como principal objetivo ministrar o ensino 
profissional primário em cada capital do Estado. Os professores eram controlados de 
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forma rigorosa, foram criadas associações pedindo melhorias na educação e 
autonomia para os professores. O Estado controlador combateu essas associações. 
A universidade surgiu em 1920 no Rio de Janeiro, somente cem anos depois 
da constituição se referir a ela. Em 1925 uma reforma do ensino foi organizada por 
João Luis Alves. As mudanças feitas resumem-se na obrigatoriedade de distribuir os 
alunos em série e para obter a promoção ao ano seguinte é necessário ter a 
aprovação nas matérias, acabando com os exames preparatórios. O Plano de 
Educação surgiu entre os anos de 1920 e 1930, no qual se tentou criar linhas de 
diretrizes curriculares. A necessidade de aumentar a quantidade de escolas públicas 
surgiu com a criação da Associação Brasileira de 
Educação (ABE) em 1924 (SABLICH, 2007). 
Sablich (2007) mostra que com a revolução 
de 1930 a sociedade virou uma sociedade urbano-
industrial. Porém a política educacional não se 
adaptou a nova sociedade gerando altos índices de 
evasão e repetência. Em 1931 foi criado o Conselho 
Nacional de Educação para promover a reforma 
educacional. Nessa reforma foi estabelecida a freqüência obrigatória, ampliação do 
curso para sete anos, divisão do mesmo em duas etapas e o currículo seriado. 
Segundo Sablich (2007) os ciclos de estudos foram mudados em 1942 com a 
Reforma Capanema, onde foi estabelecida a duração de quatro anos para o ensino 
ginasial e três anos para o ensino colegial. O ensino colegial passou a ser oferecido 
de duas formas: o científico e o clássico, assim qualquer aluno poderia ingressar no 
curso superior. 
Em 1961 foi criada a Lei de Diretrizes e Bases que estimularam a organização 
de currículos e a autonomia das escolas. Somente em 1996 que a Lei de Diretrizes e 
Bases da Educação Nacional foi aprovada, enfatizando a importância da liberdade 
para que as instituições educacionais montassem seu próprio conteúdo 
programático (SABLICH,2007). 
Sablich (2007) afirma que para reduzir as diferenças regionais foi 
estabelecido um piso para os gastos estaduais e municipais para o ensino 
fundamental, criado pelo Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino 
Fundamental e de Valorização do Magistério (Fundef) instituído entre 1995 e 2002. 
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As estatísticas da educação ficaram sob responsabilidade do INEP. Esse para 
atingir seus objetivos, tais como melhorar a qualidade do sistema, criou avaliações 
de ensino (MEC, 2008): Saeb (Sistema de Avaliação para o Ensino Básico) e 
Provinha Brasil; ENEM (Exame Nacional do Ensino Médio); e o Processo de 
Avaliação Integrada do Desenvolvimento Educacional e da Inovação da Área – 
ENADE é a avaliação dos cursos de graduação, controlado pelo Sistema Nacional 
de Avaliação da Educação Superior - SINAES). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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A ESTRUTURA DO SISTEMA EDUCACIONAL 
 
A atual estrutura e funcionamento da educação brasileira decorre da 
aprovação da Lei de Diretrizes e Bases da Educação (Lei n.º 9.394/96), que, por sua 
vez, v 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
incula-se às diretrizes gerais da Constituição Federal de 1988, bem como às 
respectivas Emendas Constitucionais em vigor. 
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O diagrama 1, apresenta a estrutura geral do sistema educacional. Porém, no 
decorrer da exposição de cada um dos níveis e modalidades de ensino, será 
possível observar o caráter flexível da legislação educacional vigente, levando-se 
em conta a autonomia conferida aos sistemas de ensino e às suas respectivas 
redes. Ressalta-se ainda o momento de adaptação e adequação dos sistemas à 
legislação educacional recente, o que se caracteriza pelas reformas e normatizações 
em implantação. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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CARACTERÍSTICAS GERAIS DO SISTEMA EDUCACIONAL 
 
Níveis e modalidades de ensino 
 
De acordo com o art. 21 da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional 
(Lei n.º 9.394/96), a educação escolar compõe-se de: 
I. Educação básica, formada pela educação infantil, ensino fundamental e ensino 
médio; 
II. Educação superior. 
A educação básica «tem por finalidade desenvolver o educando, assegurar-
lhe a formação comum indispensável para o exercício da cidadania e fornecer-lhe 
meios para progredir no trabalho e em estudos posteriores» (art. 22). Ela pode ser 
oferecida no ensino regular e nas modalidades de educação de jovens e adultos, 
educação especial e educação profissional, sendo que esta última pode ser também 
uma modalidade da educação superior. 
«A educação infantil, primeira etapa da educação básica, tem como finalidade 
o desenvolvimento integral da criança até seis anos de idade, em seus aspectos 
físico, psicológico, intelectual e social, complementando a ação da família e da 
comunidade» (art. 29). A educação infantil é oferecida em creches, para crianças de 
zero a três anos de idade, e pré-escolas, para crianças de quatro a seis anos. 
O ensino fundamental, cujo objetivo maior é a formação básica do cidadão, 
tem duração de oito anos e é obrigatório e gratuito na escola pública a partir dos 
sete anos de idade, com matrícula facultativa aos seis anos de idade. A oferta do 
ensino fundamental deve ser gratuita também aos que a ele não tiveram acesso na 
idade própria. 
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O ensino médio, etapa final da educação básica, objetiva a consolidação e 
aprofundamento dos objetivos adquiridos no ensino fundamental. Tem a duração 
mínima de três anos, com ingresso a partir dos quinze anos de idade. Embora 
atualmente a matrícula neste nível de ensino não seja obrigatória, a Constituição 
Federal de 1988 determina a 
progressiva extensão da 
obrigatoriedade e gratuidade da sua 
oferta. 
A educação superior tem como 
algumas de suas finalidades: o 
estímulo à criação cultural e o 
desenvolvimento do espírito científico 
e do pensamento reflexivo; incentivar o 
trabalho de pesquisa e investigação 
científica, visando o desenvolvimento da ciência e da tecnologia e da criação e 
difusão da cultura, e, desse modo, desenvolver o entendimento do homem e do 
meio em que vive. Ela abrange cursos seqüenciais nos diversos campos do saber, 
cursos de graduação, de pós-graduação e de extensão. O acesso à educação 
superior ocorre a partir dos 18 anos, e o número de anos de estudo varia de acordo 
com os cursos e sua complexidade. 
No que se refere às modalidades de ensino que permeiam os níveis 
anteriormente citados, tem-se: 
• Educação especial: oferecida, preferencialmente, na rede regular de ensino, 
para educandos portadores de necessidades especiais. 
 
• Educação de jovens e adultos: destinada àqueles que não tiveram acesso ou 
continuidade de estudos no ensino fundamental e médio na idade própria. 
 
• Educação profissional: que, integrada às diferentes formasde educação, ao 
trabalho, à ciência e à tecnologia, conduz ao permanente desenvolvimento de 
aptidões para a vida produtiva. É destinada ao aluno matriculado ou egresso 
do ensino fundamental, médio e superior, bem como ao trabalhador em geral, 
jovem ou adulto (art. 39). 
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Além dos níveis e modalidades de ensino apresentados, no Brasil, devido à 
existência de comunidades indígenas em algumas regiões, há a oferta de educação 
escolar bilíngüe e intercultural aos povos indígenas. Esta tem por objetivos: «i – 
proporcionar aos índios, suas comunidades e povos, a recuperação de suas 
memórias históricas; a reafirmação de suas identidades étnicas; a valorização de 
suas línguas e ciências; ii – garantir aos índios, suas comunidades e povos, o 
acesso às informações, conhecimentos técnicos e científicos da sociedade nacional 
e demais sociedades indígenas e não-índias» (art. 78). 
 
 
POLÍTICAS GERAIS 
 
De acordo com o Plano Nacional de Educação (Lei n.º 10.172/2001), uma das 
principais prioridades refere-se à garantia de acesso ao ensino fundamental 
obrigatório de oito séries a todas as crianças de 7 a 14 anos. Conforme a legislação 
educacional brasileira, cabe aos Estados e Municípios a responsabilidade pela oferta 
do ensino fundamental. No entanto, há que ressaltar o papel da União na assistência 
técnica e financeira às demais esferas governamentais, a fim de garantir a oferta da 
escolaridade obrigatória. 
A consecução desse objetivo tem sido associada a políticas e ações 
governamentais relacionadas, entre outras, à regularização do fluxo escolar, à 
formação de professores e à elaboração de diretrizes curriculares. 
No que se refere à regularização do fluxo escolar, as altas taxas de 
defasagem idade-série presentes nas estatísticas nacionais têm conduzido a 
formulação e implementação de políticas para correção e adequação das idades dos 
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alunos à série escolar correspondente. Duas políticas são de grande relevância para 
a consecução desse objetivo: a) a implementação de programas de aceleração de 
aprendizagem que, com o suporte de materiais didático-pedagógicos específicos, a 
ênfase na elevação da auto-estima do aluno e a oferta de infra-estrutura adequada 
aos professores, possibilita o avanço progressivo do aluno às séries e períodos 
subseqüentes; b) a reorganização do tempo escolar através da implantação dos 
ciclos escolares, agrupando os alunos de acordo com as etapas de desenvolvimento 
do indivíduo. 
As políticas de regularização do fluxo escolar têm sido implementadas tanto 
pelo governo federal em parceria com outras instituições como através da iniciativa 
dos próprios Estados e Municípios. A reorganização do tempo escolar vem sendo 
amplamente discutida nessas esferas governamentais, de modo que a sua adesão 
tem sido crescente. 
No que diz respeito à formação de professores, ações têm sido direcionadas 
para garantir formação inicial e continuada dos professores, bem como infra-
estrutura adequada para o desenvolvimento do seu trabalho, tais como remuneração 
adequada, tempo para estudo, atualização e tempo de carreira. Entre essas ações, 
destacam-se: 
 
• Garantia de formação mínima, ou seja, que todos os professores tenham o 
curso superior completo como formação mínima. 
 
• Programas de formação de professores a distância, com a utilização de 
recursos tecnológicos, como a TV Escola, com o objetivo de formar 
professores leigos, principalmente em localidades onde o número de 
professores nessa situação é maior. 
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As políticas relativas à formação de professores são de responsabilidade de 
todas as esferas governamentais. Esforços têm sido empreendidos a fim de que 
sejam obtidas parcerias com instituições de ensino superior, organizações não-
governamentais e agências de financiamento, de modo a tornar possível a formação 
mínima exigida pela legislação educacional, que, a partir de dezembro de 2007, será 
a licenciatura plena, obtida em cursos de nível superior. 
A definição de referenciais e diretrizes curriculares para os diversos níveis e 
modalidades de ensino também se encontra entre as prioridades das esferas 
governamentais. Cabe à União, em colaboração com os Estados, o Distrito Federal 
e os Municípios, estabelecer as «competências e diretrizes para a educação infantil, 
o ensino fundamental e o ensino médio, que nortearão os currículos e seus 
conteúdos mínimos, de modo a assegurar formação básica comum» (LDBEN, art. 
9º, inciso IV). 
A concretização de ações com esse direcionamento resultou na definição de: 
a) referenciais curriculares nacionais para a educação infantil; b) referenciais 
curriculares para a educação indígena; c) proposta curricular para a educação de 
jovens e adultos; d) parâmetros nacionais curriculares para o ensino fundamental 
(de 1ª a 4ª e de 5ª a 8ª série); e) adaptações curriculares para a educação de alunos 
com necessidades educacionais especiais; f) parâmetros curriculares para o ensino 
médio; e g) diretrizes curriculares para todos os níveis e modalidades de ensino. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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CALENDÁRIOS E HORÁRIOS ESCOLARES, 
GERAIS E POR NÍVEL 
 
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional define para a educação 
básica, nos níveis fundamental e médio, a carga horária mínima anual de oitocentas 
horas, distribuídas por um mínimo de duzentos dias letivos de efetivo trabalho 
escolar, excluído o tempo reservado para os exames finais; para a educação 
superior, o ano letivo regular tem a duração de, no mínimo, duzentos dias de efetivo 
trabalho acadêmico, também excluído o tempo destinado aos exames finais. 
Para o cumprimento da carga horária mínima, tanto na educação básica como 
na educação superior, o ano letivo escolar inicia-se em fevereiro e termina em 
dezembro, com interrupção de uma ou duas semanas nos meses de julho e 
dezembro, para o recesso escolar, e durante o mês de janeiro, para as férias 
escolares. Essas definições são seguidas em todo o país, com algumas 
modificações condicionadas às normas de cada rede e/ou instituição escolar. No 
entanto, a legislação é bastante flexível em termos de adequação do calendário 
escolar às peculiaridades locais, inclusive climáticas e econômicas. Sendo assim, 
algumas localidades iniciam suas atividades escolares em períodos diferenciados 
dos anteriormente descritos. 
Quanto aos horários escolares, a oferta do ensino é feita, geralmente, nos 
três turnos: matutino, vespertino e noturno. Apesar de algumas variações em termos 
de horário escolar dentro da diversidade da educação brasileira, tem-se, geralmente: 
período matutino, das 7h às 12h; período vespertino, das 13h às 18h; período 
noturno, das 19h às 23h. 
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Em algumas localidades brasileiras, onde existe a incompatibilidade entre a 
demanda e a oferta de vagas no ensino público, principalmente em relação ao 
ensino fundamental obrigatório, amplia-se para quatro o número de turnos escolares 
existentes, criando-se um turno intermediário entre o matutino e o vespertino. No 
entanto, esta é uma prática que vem sendo abolida, principalmente devido às ações 
para universalização do ensino fundamental, de modo a garantir maior qualidade ao 
ensino oferecido nos estabelecimentos públicos. 
A LDBEN define que, para o ensino fundamental, seja cumprida a jornada 
escolar de, pelo menos, quatro horas de trabalho efetivo em sala de aula (art. 34); 
além disso, ela prevê a progressiva ampliação do período de permanência do aluno 
na escola, à medida que se concretize a universalização desse nível de ensino, e 
determina que este seja, progressivamente, ministradoem tempo integral. Apesar de 
existirem escolas que já adotem esta modalidade de jornada escolar, o seu número 
ainda é bastante reduzido. 
 
 
FINANCIAMENTO PÚBLICO DA EDUCAÇÃO BÁSICA NO 
BRASIL 
 
A educação pública, de acordo com as normas legais vigentes, deve ser 
realizada pela União, pelos estados, pelo Distrito Federal e pelos municípios, que 
têm a responsabilidade e competência pela manutenção e expansão de três 
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sistemas de ensino. Para viabilizar os gastos com esses sistemas, foi estabelecida 
uma estrutura de financiamento correspondente. 
Neste sentido, a União deve aplicar recursos na execução de alguns 
programas/ações próprios, além de poder transferir recursos para os sistemas 
estaduais e municipais. Na composição de suas receitas, os estados somam os 
recursos recebidos da União aos provenientes de suas fontes, os quais são 
utilizados na manutenção e expansão de seus sistemas de ensino. 
Por sua vez, na composição dos recursos destinados à manutenção e 
expansão de suas redes de ensino, os municípios recebem recursos da União e dos 
estados, os quais são somados a seus recursos próprios. Ou seja, se seguido o 
estabelecido pela norma legal, o regime de financiamento entre os entes federados 
deve se pautar pela colaboração, além do que a ação supletiva e redistributiva da 
União e dos estados está condicionada à plena capacidade de atendimento e ao 
esforço fiscal de estados, do Distrito Federal e dos municípios. 
A estrutura de financiamento da educação é fortemente baseada em 
impostos, que são recursos gerais tomados à sociedade. Isso significa que parcela 
expressiva dos recursos, principalmente de estados, Distrito Federal e municípios, é 
proveniente da arrecadação tributária, sobretudo em razão da vinculação de 
impostos. Essa forma de financiamento para a educação – reserva de determinado 
porcentual do valor arrecadado mediante impostos – tem sido uma das medidas 
políticas mais importantes para garantir a disponibilidade de recursos para o 
cumprimento do vasto rol de responsabilidades do Poder Público nessa área. Neste 
sentido, a área de educação historicamente conviveu com um preceito constitucional 
com este teor, tanto que a Constituição Federal (CF) de 1988 aprovou alguns artigos 
em defesa dos recursos reservados à educação pública. 
Nesta mesma tendência, a Emenda Constitucional que criou o Fundo de 
Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do 
Magistério (FUNDEF) reafirmou a necessidade dos estados, do DF e dos municípios 
de cumprirem os dispositivos da Constituição de 1988 relativos à vinculação de 25% 
de suas receitas de impostos, e daqueles recursos que lhes forem transferidos 
automaticamente, para a manutenção e o desenvolvimento do ensino, além de 
obrigar esses entes federados, a partir de 1998, a alocarem 60% desses recursos no 
ensino fundamental, ao estabelecer a subvinculação de 15% daquelas receitas para 
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esse nível de ensino. 
Outra fonte de fundamental importância é o salário-educação, criado em 1964 
e diretamente destinado ao ensino fundamental, que foi reafirmado pela CF de 1988. 
Assim, o seu parágrafo 5º, do art. 212, estabelece que “o ensino fundamental público 
terá como fonte adicional de financiamento a contribuição social do salário-
educação, recolhida, na forma da lei, pelas empresas que dela poderão deduzir a 
aplicação realizada no ensino fundamental de 
seus empregados e dependentes”. 
No caso do financiamento das ações 
do Ministério da Educação (MEC), uma parte 
dos recursos também pode provir das 
contribuições sociais, principalmente das 
contribuições originalmente destinadas ao 
financiamento da seguridade social. Esses 
recursos são as fontes de financiamento dos programas como a merenda escolar. A 
partir de 2002, uma parcela de recursos também passou a ser alocada pelo Fundo 
de Combate e Erradicação da Pobreza. Uma outra parte provém de operações de 
crédito com agências internacionais e, também, de outras fontes das quais entram 
desde aplicações financeiras do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação 
(FNDE) até recursos diretamente arrecadados pelas instituições vinculadas. 
Essa estrutura de financiamento em suas características, principalmente após 
o FUNDEF, acaba por beneficiar sobremaneira as ações voltadas ao ensino 
fundamental – não há como se esquecer de que esse nível de ensino foi escolhido 
como objeto central da política de governo no período de 1995 a 2002. Em 
contrapartida, para a educação infantil e o ensino médio a atual estrutura de 
financiamento restringe bastante o poder de dispêndio e, conseqüentemente, as 
possibilidades de ampliação do acesso e de maior abrangência e qualidade. A 
primeira restrição e de maior peso diz respeito ao FUNDEF, que não incluiu entre os 
seus beneficiários os alunos desses níveis de educação, voltando-se 
exclusivamente ao financiamento do ensino fundamental, considerado prioritário 
pelo governo federal na segunda 
metade da década de 1990. 
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A segunda restrição e de mais longa data diz respeito ao salário-educação, 
que é destinado de forma explícita e exclusiva ao ensino fundamental. Além disso, o 
governo federal tem sido criticado por estar contribuindo cada vez menos na 
composição dos recursos do FUNDEF. Se, em 1998, a complementação da União 
correspondia a 3,2% dos recursos desse Fundo; em 2002, esse índice havia sido 
reduzido a 2,3% do total. 
Esse declínio na participação da União tem sido atribuído ao baixo 
ajustamento do gasto mínimo per capita que, desde a sua implantação, não só 
deixou de cumprir o que estabelecia a própria legislação de regulamentação do 
Fundo como também não acompanhou o crescimento da arrecadação de estados e 
municípios. A redução relativa da participação do governo federal na composição do 
FUNDEF configurou, para alguns, uma forma de desobrigação do Ministério para 
com o ensino fundamental. Em razão disso, estima-se a necessidade de uma 
correção expressiva do valor mínimo, o que implicará um aporte significativo de 
recursos por parte do MEC. 
Diante desses problemas, a instituição de um Fundo de Manutenção e 
Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da 
Educação (FUNDEB) constitui-se em uma reivindicação de parte dos atores sociais 
ligados à área de educação, principalmente daqueles segmentos vinculados à 
educação infantil e ao ensino médio. 
Essa proposta foi parcialmente encampada pelo MEC, que excluiu as 
creches. Um dos principais óbices à concretização da idéia de incorporação da 
educação básica completa (educação infantil – incluindo as creches, ensino 
fundamental e ensino médio) encontra-se na disponibilidade de recursos financeiros 
necessários à sua implementação. Algumas simulações realizadas indicam que o 
financiamento do Fundo completo dependerá dos cenários que venham a ser 
configurados com relação ao gasto aluno/ano 
mínimo que se adote. Por exemplo, em um 
cenário de manutenção das estruturas de 
gasto atuais – gasto aluno/ano esperado para 
o FUNDEF –, estimou-se que o FUNDEB 
deveria contar com cerca de 3,4% do PIB, em 
2003, com a complementação da União 
21 
 
chegando a 0,09% do PIB, que é igual ao valor já aplicado. 
Porém, sob um cenário de amplas melhorias, os recursos do Fundo deveriam 
ser de 5,09% do PIB e a complementação, de 1,73% do PIB, porcentuais esses 
maiores que o orçamento atual do Ministério (Castro, 2004, p. 7). Em contrapartida, 
os resultados das estimativas mostram que o FUNDEB, assim como o FUNDEF, 
pode representar no interior de cada estado uma minirreforma tributária, capaz de 
gerar impasses e forçar negociações entredirigentes dos executivos estaduais mais 
atingidos e dirigentes do MEC, visando à cobertura das perdas de recursos 
estaduais mediante a alocação de recursos federais. No conjunto, observa-se que 
em todas as regiões devem ocorrer movimentos nas duas direções, predominando, 
entretanto, o processo de descentralização de recursos dos estados para os 
municípios, não ocorrendo assim processo de centralização. Além disso, a 
instituição do FUNDEB demandará grande quantidade de recursos para fazer face à 
complementação da União, o que favorece a consolidação de um volume razoável 
de recursos para a educação básica. 
Portanto, um dos requisitos para que não haja solução de continuidade no 
processo de universalização da educação básica com qualidade se refere ao 
equacionamento da questão do financiamento, principalmente a constituição do 
fundo amplo para a educação básica (incluindo as creches), e a conseqüente 
ampliação dos recursos públicos para a área; o cumprimento do valor mínimo por 
aluno, a ser estabelecido para o FUNDEB e a definição do custo aluno/qualidade. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
22 
 
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25 
 
 
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO 
 
 
 
1- De acordo com a LDB, Lei nº. 9394/1996, Art. 12 NÃO é incumbência dos 
estabelecimentos de ensino: 
A) Elaborar e executar sua proposta pedagógica. 
B) Assegurar o cumprimento dos dias letivos e horas-aula estabelecidas. 
C) Elaborar e cumprir plano de trabalho, segundo a proposta pedagógica 
estabelecida. 
D) Prover meios para recuperação dos alunos de menor rendimento. 
E) Informar aos pais ou responsáveis sobre a frequência e o rendimento dos alunos, 
bem como sobre a execução de sua proposta pedagógica. 
 
2- Na LDB, o Art. 32, com sua nova redação conforme alteração dada pela Lei nº. 
11274/2006, estabelece que: 
A) O Ensino Religioso, de matrícula obrigatória, passa para matrícula facultativa. 
B) O Ensino Fundamental obrigatório e gratuito, com duração mínima de oito anos, 
em escolas públicas, passa para nove anos, iniciando-se ao seis anos de idade. 
C) Jornada obrigatória no Ensino Fundamental de pelo menos quatro horas de 
trabalho efetivo em sala de aula, ressalvando os casos de ensino noturno. 
D) O ensino da arte passa para componente curricular obrigatório e não mais 
facultativo. 
26 
 
E) Será incluída uma língua estrangeira obrigatória a partir do 5º ano do Ensino 
Fundamental. 
 
 
3- A literatura que discute o financiamento da educação brasileira, percebe-se que o 
Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e Valorização dos 
Profissionais da Educação (FUNDEB) foi criado pela Emenda Constitucional nº 
53/2006, buscando reformular a política que beneficiava exclusivamente o ensino 
fundamental. Numa perspectiva crítica, é correto afirmar que a Emenda 
Constitucional nº. 53/2006 
A) não representou uma ruptura com a perspectiva de descentralização das políticas 
educacionais implementadas pelo governo Fernando Henrique Cardoso, visto 
manter sem alterações as competências entre os entes federados, em um mesmo 
processo de reordenamento jurídico. 
B) não representou uma ruptura com a perspectiva de descentralização das políticas 
educacionais implementadas pelo governo Fernando Henrique Cardoso, mas 
promoveu alterações acerca das competências entre os entes federados, embora 
em um mesmo processo de reordenamento jurídico. 
C) representou uma ruptura com a perspectiva de privatização e publicização das 
políticas educacionais implementadas pelo governo Fernando Henrique Cardoso, 
visto manter sem alterações as competências entre os entes federados, em um 
mesmo processo de reordenamento jurídico. 
D) representou parcialmente uma ruptura com a perspectiva de descentralização 
das políticas educacionais implementadas pelo governo Fernando Henrique 
Cardoso, visto manter praticamente sem alterações as competências entre os entes 
federados, em um mesmo processo de reordenamento jurídico. 
E) Todas estão corretas. 
 
 
4- Trabalhar com os alunos significa: 
A) Acreditar que todos podem aprender. 
B) Acreditar que alguns alunos podem aprender. 
C) Compreender que deverá haver predominância de alguns conteúdos sobre 
outros. 
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D) Acreditar que para o aluno aprender será necessário o treino variado de cópias. 
E) Acreditar que com a memorização de vários poemas, os alunos aprenderão mais 
rápido. 
 
5- O art. 32 da Lei 9.394/96 estabelece que o Ensino Fundamental terá por objetivo 
a formação básica do cidadão, mediante: 
• o desenvolvimento da capacidade de aprender, tendo como meio básico o pleno 
domínio da leitura, da escrita e do cálculo; 
• a compreensão do ambiente natural e social, do sistema político, da tecnologia, 
das artes e dos valores em que se fundamenta a sociedade; 
• o desenvolvimento da capacidade de aprendizagem, tendo em vista a aquisição de 
conhecimentos e habilidades e a formação de atitudes e valores; 
• o fortalecimento dos vínculos de família, dos laços de solidariedadehumana e de 
tolerância recíproca em que se assenta a vida social. 
Tendo presentes essas formulações, é possível depreender a importância de a 
escola desenvolver, nessa etapa da Educação Básica, práticas educativas que: 
I. valorizem a contextualização das atividades; 
II. favoreçam a educação em valores; 
III. estimulem as descobertas e pesquisas; 
IV. sejam centradas no mercado de trabalho; 
V. incentivem o diálogo intercultural. 
Estão corretas as seguintes afirmativas: 
(A) I, II e IV, somente. 
(B) II, III e IV, somente. 
(C) III, IV e V, somente. 
(D) I, III e IV, somente. 
(E) I, II, III e V, somente.

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