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MODELO PROJETO MONOGRAFIA 2018

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PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS
Graduação em Direito
TÍTULO PRINCIPAL DO PROJETO DE PESQUISA:
subtítulo do projeto de pesquisa
Nome completo do autor do projeto
Poços de Caldas
2018
Nome completo do autor do projeto
TÍTULO PRINCIPAL DO PROJETO DE PESQUISA:
subtítulo do projeto de pesquisa
Projeto de pesquisa apresentado ao curso de Graduação em Direito da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais – campus Poços de Caldas – como requisito parcial para aprovação na disciplina de Metodologia da Pesquisa Jurídica.
Orientador: Prof. Me. Virgílio Diniz Carvalho Gonçalves
Poços de Caldas
2018
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
Relação alfabética crescente de todas as abreviaturas e siglas que aparecem no decorrer do projeto. Exemplos:
a.C. – Antes de Cristo
Art. - Artigo
CLT – Consolidação das Leis do Trabalho
CPC – Código de Processo Civil
Ed. – Editor 
ONU – Organização das Nações Unidas
STF – Supremo Tribunal Federal
1. INTRODUÇÃO
1.1. Problema
O problema de pesquisa é o ponto central de todo o projeto e de toda pesquisa científica. Ele é a dúvida metodológica que move toda a pesquisa.
O problema de pesquisa deve ser elaborado – a partir do tema proposto – na forma de uma única pergunta. O problema faz um recorte metodológico no tema, tornando-o mais preciso, específico, claro, isolando-o de questões correlatas irrelevantes para a pesquisa. É o problema que especifica o que será tratado e o que não será tratado na pesquisa, devendo ser auto-explicativo, isto é, não deve remeter o leitor a qualquer outra fonte ou parte do projeto para sua compreensão. 
Ao final da pesquisa, o relatório monográfico apresentado e defendido perante a banca examinadora – ou o artigo publicado em revista acadêmica – nada mais é do que a resposta à pergunta levantada no problema.
EXEMPLOS:
Exemplo 01: É justo o casamento de homossexuais?
O problema acima está mal formulado, porque traz uma termo valorativo subjetivo (o que é justiça? Justo segundo Kelsen? Segundo Aristóteles? Segundo Kant? Segundo a Igreja? Qual Igreja?, etc.), é amplo, porque não especifica para o leitor se se trata de casamento civil ou religioso e ainda é vago, porque não define em qual lugar e época a questão será discutida. Ou seja, por sua imprecisão, a pergunta acima jamais geraria uma pesquisa nos moldes exigidos pela metodologia científica.
O mesmo problema poderia ser aprimorado, por exemplo, na seguinte formulação:
Exemplo 02: Segundo entendimento doutrinário, é constitucional, considerando-se o princípio da dignidade da pessoa humana – previsto no inciso III do art. 1º de nossa Constituição Federal de 1988 e interpretado por Luiza Matte em seu artigo acadêmico intitulado “Considerações acerca do caráter absoluto do princípio da dignidade da pessoa humana” – a Resolução n. 175 do Conselho Nacional de Justiça, que impede os cartórios brasileiros de se recusarem a converter uniões estáveis homoafetivas em casamento civil?
O problema, assim reformulado, torna-se preciso, específico e claro, aumentando – consideravelmente – o êxito da pesquisa. É evidente que, na medida em que se aprofunda no estudo do tema, este problema poderá – e deverá – ser constantemente aprimorado.
1.2. Hipóteses
As hipóteses são respostas provisórias ao problema de pesquisa. Ou seja, as hipóteses são as possíveis respostas que, com a pesquisa, deverão ser dadas à pergunta trazida no problema.
Evidentemente a pesquisa não fica vinculada às hipóteses inicialmente apresentadas no projeto. Um projeto bem elaborado, entretanto, deve apresentar sempre hipóteses as mais plausíveis para a pergunta do problema. 
A elaboração das hipóteses é importante porque o pesquisador já deve ter uma previsão de onde chegará com a pesquisa, evitando assim perder tempo com caminhos que, de antemão, se apresentam como infrutíferos.
No caso da pesquisa jurídica, normalmente haverá duas ou mais correntes doutrinárias acerca do problema levantado. As hipóteses apresentarão essas corretes, indicando quem são seus principais representantes, e qual é – em linhas gerais – o cerne de sua postura.
1.3. Objetivo
1.3.1. Objetivo geral
O objetivo geral do projeto é o grande objetivo, o objetivo principal ou central, pretendido pela pesquisa estando, portanto, diretamente associado ao problema de pesquisa. Deve ser redigido afirmativamente, sempre se iniciando por um verbo no infinitivo (Ex.: demonstrar, estabelecer, diferenciar, comparar, identificar, etc.). Tomando o exemplo de problema formulado no item 1.1., supra, teríamos o seguinte objetivo geral:
Investigar se é constitucional, segundo o entendimento doutrinário e considerando-se o princípio da dignidade da pessoa humana – previsto no inciso III do art. 1º de nossa Constituição Federal de 1988 e interpretado por Luiza Matte em seu artigo acadêmico intitulado “Considerações acerca do caráter absoluto do princípio da dignidade da pessoa humana” – a Resolução n. 175 do Conselho Nacional de Justiça, que impede os cartórios brasileiros de se recusarem a converter uniões estáveis homoafetivas em casamento civil.
1.3.2. Objetivos específicos
Os objetivos específicos são objetivos intermediários, secundários, que estando associados ao objetivo geral, terão que ser atingidos pela pesquisa antes de se chegar a este. Igualmente, devem ser redigidos em proposições iniciadas por verbos no infinitivo. Ainda tendo por base o exemplo de problema de pesquisa anteriormente dado, poderíamos ter como objetivos específicos:
Definir a dignidade da pessoa humana conforme interpretação Luiza Matte.
Analisar a Emenda Constitucional nº 45, de 2004 que incluiu o Conselho Nacional de Justiça como órgão do Poder Judiciário brasileiro.
Descrever as competências do Conselho Nacional de Justiça previstas na legislação.
Estudar...
Investigar...
Etc.
1.4. Justificativa
1.4.1. Justificativa pessoal
Na justificativa pessoal, o autor do projeto deve apresentar as razões pessoais – subjetivas – para a escolha do tema. 
Para facilitar, comece sempre a redação da justificativa pessoal, completando a seguinte frase:
Nosso interesse no tema da presente pesquisa surgiu quando...
Para continuar a frase acima, tente responder às seguintes questões:
Por que o tema é de seu interesse? (Ex.: está dentro de sua área de atuação profissional, diz respeito à situação de algum conhecido, relaciona-se a outra área de conhecimento que é de sua afeição, etc.)
Como você chegou ao tema? (Ex.: através de uma disciplina cursada na graduação, em um estágio feito, em sua atividade profissional, em uma reportagem de jornal, através de alguma decisão judicial, etc.).
1.4.2. Justificativa teórica
Na justificativa teórica, o autor do projeto deve apresentar a pertinência da pesquisa proposta para a área do direito na qual o tema se insere. Ou seja, deve restar claro que a abordagem proposta é academicamente pertinente, por ser inédita. Esse ineditismo se dá, em termos de graduação, relativamente aos manuais didáticos. Para justificar teoricamente o trabalho, esclareça os seguintes pontos:
O que os manuais da área de sua pesquisa (civil, penal, administrativo, tributário, processual, previdenciário, filosofia do direito, etc.) trazem a respeito do tema. O ideal, dado o ineditismo da pesquisa, é que se constate que os manuais nada ou muito pouco tragam sobre o assunto.
O que tais autores deixaram – nos manuais – de abordar e que eu esclarecerei com minha pesquisa.
Destaque-se que a justificativa teórica – como o próprio nome diz – refere-se sempre à relevância doutrinária do tema. NÃO se trata aqui de apresentar a relevância social, operacional ou prática do tema.
2. REFERENCIAL TEÓRICO
O referencial teórico é a parte do projeto que explicita a situação atual do tema e do problema de pesquisa na bibliografia específica da área. Nele, o autor do projeto deve demostrar seu conhecimento bibliográfico – tanto de publicações clássicascomo atuais – que servirá de fundamentação para o trabalho. Para a boa elaboração do referencial teórico, é necessário que um bom levantamento preliminar tenha sido feito. Responda às seguintes questões:
Quais as publicações clássicas acerca do tema desenvolvido? (Obras clássicas são aquelas que são – depois de publicadas – citadas por todos aqueles que escrevem sobre o assunto).
Quais as publicações mais atuais acerca do tema desenvolvido? 
Quais os últimos artigos científicos publicados em revistas acadêmicas a respeito do tema desenvolvido?
Quais as últimas Teses de Doutorado e Dissertações de Mestrado defendidas e publicadas sobre o tema?
Quais os principais pesquisadores brasileiros trabalhando, no momento, o tema? (Esta informação pode ser obtida através de uma busca por assunto na plataforma de currículos Lattes: http://lattes.cnpq.br/
O que esses pesquisadores pretendem publicar nos próximos meses a respeito do tema do projeto?
Esta última pergunta pode ser respondida entrando-se em contato com autores e pesquisadores, o que – em nossos dias – não é difícil de ser feito por mensagem de correio eletrônico. 
3. METODOLOGIA
A metodologia é a parte do projeto de pesquisa que explicita os procedimentos, materiais e técnicas a serem utilizados para se testar as hipóteses levantadas como sendo respostas válidas ao problema de pesquisa. Numa pesquisa empírica, por exemplo, o pesquisador deverá descrever minuciosamente equipamentos, questionários, substâncias, voluntários, condições de temperatura no momento da coleta de dados, etc.. Numa pesquisa bibliográfica cumpre esclarecer:
Se a pesquisa será bibliográfica, documental ou jurisprudêncial. 
Se a pesquisa será dedutiva ou indutiva (o método dedutivo parte de constatações gerais em direção a uma conclusão específica, enquanto o método indutivo parte da coleta de dados específicos com a finalidade de formulação de uma regra geral aplicável àquele tipo de situação).
Qual vai ser a ordem de leitura dos principais textos (livros e artigos científicos) usados na pesquisa e qual a razão de tal ordem (Por exemplo: Começaremos com a leitura de tal livro por ter sido ele quem introduziu no Brasil o conceito de ...)
Como vai ser feita a coleta de dados durante a leitura da obra. As obras serão glosadas? Será feito fichamento? Qual tipo de fichamento e por quê?
4. PLANO DE MONOGRAFIA
O plano da monografia é a indicação da estrutura de tópicos que se pretende adotar na redação da monografia. Visualmente, o plano de monografia assemelha-se ao índice da monografia sem – entretanto – a indicação do número das páginas.
5. CRONOGRAMA
O cronograma é a descrição, na forma de uma tabela, do planejamento de atividades e etapas a serem realizadas no período de realização da pesquisa. 
Por exemplo:
	Atividades
	Fev.
2018
	Mar.
2018
	Abr.
2018
	Mai.
2018
	Jun.
2018
	Jul.
2018
	Ago.
2018
	Set.
2018
	Out.
2018
	Nov.
2018
	Leitura e fichamento livro X
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	Leitura e fichamento do artigo Y
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	Análise e ordenação dos textos
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	Redação provisória do primeiro capítulo da monografia 
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	Depósito do texto final do relatório monográfico
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	Defesa perante banca examinadora
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
Este quadro é exemplificativo: o ideal é que o cronograma seja o mais detalhado possível.
REFERÊNCIAS
Listagem – em ordem alfabética crescente segundo o padrão da ABNT – de todas as obras usadas para a elaboração do projeto, tenham elas sido citadas ou não no texto do projeto. Além de obras que abordam o tema da pesquisa (livros, manuais, artigos científicos, etc.) devem aparecer referenciadas obras de metodologia jurídica consultadas, dicionários (jurídicos ou não), o Padrão PUC minas de normalização, etc.
BIBLIOGRAFIA
Listagem – em ordem alfabética crescente segundo o padrão da ABNT– de obras relacionadas ao tema e que deverão ser usadas na pesquisa. 
No projeto, tanto a referência como a bibliografia são itens obrigatórios. No relatório monográfico – como em livros, artigos e outras publicações científicas – apenas a referência é obrigatória. A bibliografia é, contudo, recomendável para indicar, a outros pesquisadores, obras que – por um motivo ou por outro não foram usadas – mas que tratam do tema e que poderão fundamentar futuras pesquisas naquela área.

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