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Aula 3 – Fenomenologia como 
fundamentação da clínica psicológica 
EVANGELHISTA, P. “Meu caminho para a fenomenologia”, em: Psicologia 
fenomenológica existencial, cap. II, p. 49 – 65.
Universidade Paulista (UNIP)
Lia Spadini da Silva
Fevereiro/2018
Disciplina: Psicologia Fenomenológica
O que pode um psicólogo fenomenológico-
existencial?
• Fenomenologia como atitude ingênua
– Apresentar o sofrimento do paciente tal como
experenciado pelo mesmo;
– Fenomenologista não tem necessidade de criação
de hipóteses. A fenomenologia é a descrição da
realidade.
– Atitude pré-reflexiva x reflexiva (Van den Berg)
vivência x teorização da vivência
– Compreender os fenômenos de forma ingênua,
sem preconceitos.
Fenomenologia como fundamentação da clínica 
psicológica
• Leito de Procusto (ladrão cruel que recebe os
viajantes)
Imagem retirada: http://blogfabianrodrigues.com.br/?p=3619, Acesso em: 15/03/2017
Fenomenologia como crítica à 
Psicanálise
• Van den Berg contesta as hipóteses
psicanalíticas arraigadas à Psiquiatria.
– Mundo
– Corpo
– Pessoas
– Tempo
Fenomenologia como fundamentação da clínica 
psicológica
• Paciente fictício , estudante de 25 anos que não consegue
frequentar as aulas já há algum tempo e sente-se solitário,
desconfiado e temeroso. Tem muito pouco amigos, com os
quais só consegue conversar sobre assuntos teóricos. Só se
relaciona com prostitutas, mas mesmo com elas raramente
tem contatos físicos. Evita sair de casa durante o dia, pois
da última vez que o fez sentiu que as casas desabavam
sobre ele. Sente as ruas vazias e as pessoas, distantes.
Procura o psiquiatra devido a fortes palpitações cardíacas
para as quais nenhum médico consultado encontra
explicações. Visita seus pais uma vez a cada três meses,
sempre sentindo-se deprimido a partir do momento em
que embarca no trem, culpando-os por sua infelicidade.
Evita pensar no futuro (p.51)
Fenomenologia como imediatidade sintética 
homem-mundo
• Narra uma situação de ter convidado um
amigo para jantar e ter comprado um vinho
especial para a ocasião. Pouco antes do
horário marcado, o amigo liga desmarcando o
ansiado encontro. Assim que desliga, ele
experimenta uma transformação no modo de
vivenciar espaço e tempo, sua casa parecendo
mais vazia e silenciosa, o tempo passando
mais lentamente. (p.53)
Fenomenologia como imediatidade
sintética homem-mundo
• Garrafa (objeto) imediatamente é vivida como 
especial e, depois, como solidão.
• Não há cisão S-O / mundo interno-externo.
• S e O estão intimamente relacionados entre si
e sem um, não há o outro.
– Significados: não são “atribuídos” por uma cs, mas
estão inerentes a relação estabelecida (ser
humano existe “em situação)
Fenomenologia como imediatidade sintética 
homem-mundo
• Para o caçador, o carvalho é um abrigo para os
pássaros e uma oportunidade para se abrigar
do sol. Para o madeireiro, o carvalho é um
objeto que pode ser medido, cortado e
vendido. Para a moça romântica, faz parte de
uma paisagem apropriada ao amor. (Van den
Berg)
Fenomenologia como imediatidade
sintética homem-mundo
• Para a psicologia: somente compreendemos o
outro, quando investigamos seu mundo, tal como
ele o vê.
– Trabalho descritivo e não explicativo.
• Vai contra PROJEÇÃO = não se trata de projetar
mundo interno em mundo externo, homem e
mundo não se separam, estão intimamente
ligados.
– Não há realidades objetivas, mas somente realidades
percebidas.
Fenomenologia como imediatidade
sintética homem-corpo
• Corpo que eu sou x corpo que eu tenho
corpo pré-reflexivo x corpo reflexivo
imerso na experiência objeto material – órgão
Ex: Palpitações
coração está apertado, x constatar palpitações 
Algo vai mal no centro no órgão
Fenomenologia como imediatidade sintética 
homem-corpo
• O paciente está doente; isto significa que o
seu mundo está doente ou mais literalmente
(embora isso pareça estranho), que os seus
objetos estão doentes. Quando o paciente
psiquiátrico conta como seu mundo lhe
parece, está a descrever, sem rodeios e sem
enganos, o que ele mesmo é. (Van den Berg)
Fenomenologia como imediatidade
sintética homem-corpo
• Vai contra CONVERSÃO = não é que uma
energia psíquica é convertida em energia
física; o corpo humano é pré-reflexivo, ele é
vivido/ corpo material é só uma abstração.
Fenomenologia como coexistência
• A existência é compartilhada.
• É pré-reflexiva, contrária a separação.
• Também sou entrelaçado nas relações que
tenho com as pessoas.
• Conhecer-se (si mesmo) é conhecer os outros
que (se) é.
• Vai contra TRASNFERÊNCIA
Fenomenologia como coexistência
• Um homem está olhando pelo buraco da fechadura, coisas que não
lhe dizem respeito. Está absorto pelo que vê. É como se tivesse
penetrado no aposento pelo buraco da fechadura. (O
fenomenologista inclina-se a tomar esta frase quase literalmente )
Deixou seu corpo fora da porta; é por isso que não percebe como
está ficando cansado. Ouve passos que se aproximam. Então
acontecem diversas coisas. Mesmo antes de se erguer, desaparece
o quarto que se acha do outro lado da porta, o quarto em que ele
se encontrava em espírito. Volta para fora da fechadura. Aquilo que
estava tão perto, tão perto que o fizera esquecer do próprio corpo,
torna-se — em decorrência da presença de outra pessoa — um
lugar muito e muito afastado. A distância persiste, quando percebe
que a outra pessoa desaprova o seu comportamento. (Van deen
Berg)
Fenomenologia como temporalidade
• Rompe com a linearidade cronológica
(presente-passado-futuro).
• Ser humano = ser-projeto = existência =
abertura para possibilidades.
– Aponta para o nosso fim (morte, reveladora do
Nada).
• Vai contra a MITIFICAÇÃO
– Mutabilidade do passado é condição existencial.
Fenomenologia e temporalidade
• O futuro não é experimentado como “tempo do
projeto do homem”, mas se entremeia com a
vivência do presente e do passado. Nesta ordem
de ideias, o passado não é imutável, pois o
significado de um acontecimento se transforma
juntamente com a história do indivíduo. O futuro
também atua, enquanto esperança ou receio.
Nesta perspectiva, não é o passado que
determina o presente, nem este o futuro. Ao
contrário, é o sentido da trajetória do ser que
modifica a significação do passado e do presente.
(Augras)
Fenomenologia como crítica da Psicanálise 
(p.63)
• O ser humano não:
– “projeta”, pois está intimamente entrelaçado em
experiências significativas com os objetos que encontra;
– “converte”, pois a experiência humana é sempre corpórea;
quando estou imerso numa situação, meu corpo está tão
intimamente ligado a ela que ele desaparece;
– “transfere”, pois a relação entre as pessoas não é de
indivíduos isolados que etiquetam os outros com
significados e sentimentos solipsistas;
– “mitifica”, pois não há um registro único do passado; o
passado advém do futuro, aparecendo à luz dos projetos.
Fenomenologia como atitude de não-
julgamento
• Observação dos fenômenos tal como são
experenciados pré-reflexivamente.
• “Antídoto” para comportamento moral
– Sadio x Patológico
– Normal x Anormal
– Ajustado x Desajustado