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Movimento LGBT - Slides Comentados 
_____________________________________________________________________________ 
Por Dandriel Henrique Página 1 de 27 
dandriel.henrique@gmail.com 
 
1° Slide - Capa/Título 
 
Comentários: 
 
 Olá a todos, 
 Essa aula, cujo público alvo são vestibulandos e interessados pelo tema, tem 
como intuito esclarecer dúvidas envolvendo sexualidade e identidade de gênero, 
apresentar o início das lutas do movimento LGBT (na modernidade) tanto nos Estados 
Unidas da América (EUA) quanto no Brasil, além da epidemia de Aids e como isso 
afetou tal contexto. Também são apresentados diversos mapas e gráficos feitos pelo O 
Globo baseados em dados da ILGA (International Lesbian, Gay, Bisexual, Trans and 
Intersex Association ou Associação Internacional de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Trans 
e Intersexos, em tradução própria), da TGEU (Transgender Europe) e do GGB (Grupo 
Gay da Bahia), ademais são trazidos exemplos de pautas, de vitórias e de desafios do 
movimento LGBT aqui no Brasil. A apresentação é finalizada com os contatos das 
minhas redes sociais, caso julgue necessário (como se houver dúvidas, por exemplo) 
sinta-se a vontade para entrar em contato comigo. 
 A apresentação dessa aula está disponível pelo YouTube. 
 
(Ao clicar nos termos em azul você será direcionado para os sites das entidades e da 
vídeoaula citadas) 
 
Movimento LGBT - Slides Comentados 
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Por Dandriel Henrique Página 2 de 27 
dandriel.henrique@gmail.com 
 
2° Slide - O que é "LGBT"? 
 
Comentários: 
 Há algumas décadas atrás falava-se apenas em "Movimento Gay", com o passar 
do tempo foram surgindo siglas que iam englobando mais daqueles indivíduos que 
destoavam da sexualidade e gênero esperados pela sociedade no geral , como foi a 
antiga GLS (Gays, Lésbicas e Simpatizantes), GLBT (Gays, Lésbicas, Bissexuais, 
Travestis, Transexuais e Transgêneros) e, a atualmente mais usada, LGBT (Lésbicas, 
Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais e Transgêneros), por vezes acrescida do sinal 
de "+", com a ideia de abranger outros além dos citados na sigla. Vale mencionar que 
também há outras mais extensas (Ex: LGBTT, LGBTI, LGBTQ, LGBTQI, 
LGBTQIA, LGBTQIA, LGBTQIA+, LGBTPQIA, LGBTPQIA+, etc), que assim são 
usadas também no intuito de abranger mais indivíduos fora do tal "padrão". 
 
 
 
 
 
Movimento LGBT - Slides Comentados 
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Por Dandriel Henrique Página 3 de 27 
dandriel.henrique@gmail.com 
 
3° Slide - Sexualidade X (Identidade de) Gênero 
 
Comentários: 
 Motivos de muitas dúvidas e má interpretações/confusões, além de talvez ser o 
ponto mais essencial a ser entendido, a diferença entre sexualidade e identidade de 
gênero é mais simples do que alguns fazem parecer. 
 Sexualidade (também chamada de orientação sexual ou condição sexual) diz 
respeito ao desejo do indivíduo, por quem ele atraí-se sexualmente. Ênfase por ser um 
desejo pessoal/interno. 
 Exemplos de sexualidades: 
Heterossexualidade - Atração apenas pelo gênero ou sexo oposto (Como um homem 
que se atraia por uma mulher ou uma mulher que sinta atração por um homem); 
Homossexualidade - Atração apenas pelo mesmo gênero ou sexo (Como uma mulher 
que sinta-se atraída por outra mulher ou um homem que atraía-se por outro homem); 
Gay - Homem homossexual (Homem que sente atração por outros homens); 
Lésbicas - Mulher homossexual (Mulher que atraí-se por outras mulheres) 
Movimento LGBT - Slides Comentados 
_____________________________________________________________________________ 
Por Dandriel Henrique Página 4 de 27 
dandriel.henrique@gmail.com 
 
Bissexuais - Atração tanto por homens quanto por mulheres (Como uma mulher que 
sente atração por homens e mulheres ou um homem que sente atração por mulheres e 
homens; Lembrando que o fato de sentir atração tanto por homens quanto por mulheres 
não significa que a pessoa vai manter relação com um homem e uma mulher ao mesmo 
tempo, bissexualidade não tem haver com bigamia/poligamia) 
 Identidade de gênero diz respeito como a pessoa entende-se enquanto ser 
humano, como ela enxerga-se enquanto indivíduo. Mais uma vez, ênfase por ser uma 
auto identificação, algo pessoal/interno. 
 No que tange o o gênero das pessoas podemos as classificar entre cisgêneros 
(abreviadamente, cis) ou trasgêneros (abreviadamente, trans): 
 Cisgêneros são aqueles que identificam-se com o gênero socialmente 
associado ao seu sexo/genital, em outras palavras, que identificam-se e leêm sua 
identidade tal qual a teve designada ao nascer pela medicina. Ex: Um indivíduo que 
nasceu, com um pênis e foi lido socialmente e pela medicina enquanto homem e ele 
internamente também entende-se como homem, seria esse o caso de um homem cis. 
Um indivíduo que nasceu, com uma vulva/vagina e foi lida socialmente e pela medicina 
enquanto mulher e ela internamente também entende-se como mulher, seria esse o caso 
de uma mulher cis. 
 Transgêneros são aquelas pessoas que identificam-se com um gênero 
diferente daquele socialmente associado ao seu sexo/genital, em outras palavras, que 
identificam-se e leêm sua identidade diferente daquela qual a teve designada ao nascer 
pela medicina. Ex: Um indivíduo que nasceu, com um pênis e foi lido socialmente e 
pela medicina enquanto homem PORÉM internamente entende-se como mulher, seria 
esse o caso de uma mulher trans. Um indivíduo que nasceu, com uma vulva/vagina e 
foi lido socialmente e pela medicina enquanto mulher PORÉM internamente entende-se 
como homem, seria esse o caso de um homem trans. 
 Vale uma observação quanto aos termos trans, transsexual, transgênero e 
travesti. O primeiro, trans, vai servir como genérico para abranger todos os demais. No 
que tange "transexual" e "transgênero" já ocorreu bastante distinções entre os mesmos 
na cultura popular, atribuindo à identidade transexual a necessidade de ter passado pela 
cirurgia de redesignação sexual (por vezes, popularmente chamada de "mudança de 
sexo") enquanto os trasngêneros não teriam passado pela tal, essa distinção caiu em 
desuso principalmente pelo reforço da ideia de que IDENTIDADE DE GÊNERO E 
SEXO/GENITAIS SÃO DUAS COISAS INDEPENDENTES, OU SEJA, UMA 
NÃO DEFINE A OUTRA. O caso das travestis é um pouco diferente, primeiramente 
pela travesti ser uma identidade, um reconhecimento, feminino latinoamericano e 
principalmente aqui no Brasil ser muito associado a algo pejorativo (grande parte 
expulsas de casa, saem do sistema escolar, vão para rua e acabam trabalhando com 
Movimento LGBT - Slides Comentados 
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dandriel.henrique@gmail.com 
 
sexo), além de também serem associadas a necessariamente não terem passado pela 
cirurgia de redesignação sexual. Tais estigmas também vem quebrando-se aos poucos. 
 Vale reforçar a importância de entender: Sexo, Sexualidade e Identidade de 
Gênero são questões independentes, ou seja, UMA NÃO (necessariamente) DEFINE 
A OUTRA e no que tange mulheres transexuais, mulheres transgêneros etravestis ou 
homens transgêneros ou homens transexuais, tais termos embora perdendo os estigmas 
que os destoavam ainda acabam, por vezes, sendo tratados como identidades diferentes. 
 Sobre o sexo/genitais, já até mencionados, vale enfatizar que além do pênis e da 
vulva/vagina há também outras possibilidades que incluem variações de cromossomos, 
gônadas e/ou órgãos genitais, o que ocorre no caso dos indivíduos Intersexos 
(antigamente conhecidos como Hermafroditas). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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4° Slide - Ilustração complementar ao 3° Slide 
 
Comentários: 
 O apresentado referente ao slide anterior, já será o essencial para fazer uma 
redação ou questão do Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) que questione sobre 
o abordado, ainda sim, trago essa imagem para ilustrar que existem indivíduos que vão 
entender-se/indentificarem-se com identidades de gênero diferentes da de homem ou 
mulher (Como o caso dos Não-Binários, que também são pessoas Trans) e que também 
existem aqueles que rotulam sua sexualidade com termos diferentes dos já expostos 
(Como os Assexuais, Pansexuais, etc). Ênfase que isso é exposto aqui mais como uma 
curiosidade, caso aja interesse pessoal no assunto, vale a pesquisa. 
 (Ao clicar nos termos em azul você será direcionado a vídeos explicando os 
dados termos, caso seja de seu interesse aprofundar-se no assunto é recomendável 
pesquisas mais amplas) 
 
 
 
 
Movimento LGBT - Slides Comentados 
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5° Slide - É Drag Queen ou Trans? 
 
Comentários: 
 Confusão bastante comum atualmente, principalmente pelo recente 
aparecimento tanto das Drags quanto de pessoas trans na mídia, que vem parando de 
tratar as tais apenas de modo pejorativo e/ou figuras de escárnio. 
 Trans são aqueles indivíduos que identificam-se com um gênero destoante 
daquele que lhe foi imposto pela sociedade/medicina de acordo com suas genitais. 
Enquanto Drag Queens são nada mais do que artistas, pessoas (majoritariamente 
homens, mas não interessa a identidade de gênero, qualquer um teoricamente poderia 
"fazer Drag") que vestem-se/maquiam-se utilizando de visual usualmente tido como 
feminino (mas isso não é regra, os visuais podem ter quaisquer inspirações) para 
fazerem trabalhos artísticos. 
 Usando-se dos exemplos das imagens: 
 Pabllo Vittar entende-se com o gênero que lhe foi designado ao nascer (é um 
homem cisgênero) que usa de artifícios visuais para fazer suas performances artíticas, 
logo, é uma Drag Queen. 
 Ivan, personagem da novela "Força do Querer", havia sido designado mulher ao 
nascer, mas identifica-se enquanto homem, logo, é um homem trans. 
Movimento LGBT - Slides Comentados 
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(Ao clicar no termo em azul você será direcionado a um vídeo abordando o dado 
termos, caso seja de seu interesse aprofundar-se no assunto é recomendável pesquisas 
mais amplas) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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6° Slide - A Rebelião de Stonewall 
 
Comentários: 
 Década de 1960, os EUA viviam ainda em plenas políticas segregacionistas 
(escolas de brancos X escolas para negros, transportes públicos divididos entre lugares 
para brancos e lugares para negros, etc). A Guerra do Vietnã seguia, surgiam os hippies, 
manifestações contra a segregação racial, contra a guerra e no meio de todo esse 
turbilhão a questão LGBT também aflorou. 
 No bairro de Greenwich Village, em Manhattan, Nova York existia um tal bar 
chamado Stonewall Inn. controlado por um grupo de mafiosos. Usualmente frequentado 
por muitos indivíduos que só naqueles dados locais mais liberais seriam, ao menos um 
tanto quanto aceitos, como drag queens, trans, homens afeminados, lésbicas masculinas, 
prostitutos, prostitutas, jovens sem-teto, etc. Nesse tipo de ambiente eram comuns 
batidas policiais, conhecidas pelos maus tratos e violência. Assim seguiu-se até o dia 28 
de junho de 1969 quando uma dessas batidas culminou na Rebelião de Stonewall, um 
confronto entre os frequentadores e a polícia de Nova York, talvez o principal 
marco da história no que tange o povo LGBT (embora na época ainda falava-se apenas 
em "Gay Rights Movement" ou, em tradução própria, "Movimento Pelos Direitos 
Gays"). As manifestações, protagonizadas justo pelos mais destoantes do padrão tido 
como aceito, duraram ao todo seis dias. 
Movimento LGBT - Slides Comentados 
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 Nos anos seguintes começaram a surgir organizações lutando pelos direitos da 
população LGBT pelos EUA e no resto do mundo. 
 Em 28 de junho de 1970, tem-se as primeiras "Marchas do Orgulho Gay" 
(ainda não usava-se a sigla) em diferentes capitais estadunidenses que repetem-se até 
hoje tanto no próprio EUA quanto pelo mundo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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7° Slide - Início do Movimento LGBT no Brasil 
 
Comentários: 
 Aqui no Brasil o Movimento LGBT foi ganhando força pelo fim da década de 
1970. Grupos reuniam-se em bares e clubes e começavam a pensar modos de resistência 
aproveitando do abrandamento da censura de uma Ditadura Militar já enfraquecida. 
Avaliando esse contexto, em 1978 surgiu o jornal "O Lampião da Esquina", focado 
principalmente na questão gay. Buscava denunciar abusos, prisões e perseguições contra 
a população LGBT da época. Ao longo de suas 38 edições esse jornal vendeu milhares 
de exemplares. 
 Outro jornal surgido nessa época foi o Chanacomchana, nascido em 1981 
focado na questão nas mulheres lésbicas, com uma pegada feminista. Era 
comercializado no Ferro's Bar, localizado no centro de São Paulo, porém sem o 
concentimento dos donos as militantes acabaram sendo expulsas e as vendas proibídas. 
No dia 19 de agosto de 1983, militantes do GALF (Grupo Ação Lésbica-Feminista), 
com apoio de outras feministas e de gays, driblam o porteiro do estabelecimento, entram 
e fazem um ato político e conseguem reverter a proibição num processo que ficou 
conhecido como Stonewall Brasileiro. Décadas depois,militantes propuseram a 
comemoração do 19 de agosto como Dia do Orgulho Lésbico, reconhecido no Estado de 
São Paulo pela Assembléia Legislativa. 
Movimento LGBT - Slides Comentados 
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8° Slide - Aids - A doença que mudou tudo 
 
Comentários: 
 AIDS é uma doença que interfere na capacidade do organismo de combater 
infecções, causada pelo vírus HIV que pode ser transmitido por sexo anal, vaginal e 
oral (por isso é considerado uma DST - Doença Sexualmente Transmissível ou, usando 
um termo mais novo, uma IST - Infecção Sexualmente Transmissível), além do contato 
com sangue (mais comum pelo compartilhamento de objetos cortantes ou perfurantes), 
fluídos vaginais ou sêmen. Embora existam diversos estudos sobre essa doença pelo 
mundo, a AIDS ainda não possuí cura, ainda sim, o uso constante de certos 
antirretrovirais (ARVs) possa prevenir infecções secundárias, complicações, retardar o 
desenvolvimento da doença, tornar bem mais difícil a possibilidade contaminação para 
outrem, sendo possível prolongar significativamente com certa qualidade a vida dos 
possuidores dessa doença. 
 A epidemia de AIDS começa pelo início da década de 1980 e logo os 
homossexuais (lembrando que ainda não pensava-se em LGBTs como um todo) 
ganharam o estigma de vetores de uma doença que naquela tempo representava a 
certeza da morte. Nesse contexto de crise da saúde pública a pauta de liberação sexual 
esvaziou-se, militantes de diversos grupos os abandonavam, temendo pela onda de 
perseguição que instaurava-se (não só no Brasil, mas pelo mundo). Ainda assim 
Movimento LGBT - Slides Comentados 
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dandriel.henrique@gmail.com 
 
começam atuações em projetos de combate a AIDS. Grupos como GGB (Grupo Gay da 
Bahia) e o Triângulo Rosa vão ganhando importância nessa frente. 
 Peculiarmente a resposta governamental à AIDS, que passara a destinar verbas 
a financiar grupos (usualmente grupos LGBT), que até hoje atuam em suas regiões com 
programas de combate a doença, acabou sendo uma de suas primeiras ações de 
reconhecimento do movimento LGBT e de suas demandas. 
 Dados de 2012 (segundo levantamento do sociólogo Júlio Jacobo Waiselfisz, 
com base nos dados do Ministério da Saúde) nos traziam que, diferente do que muito do 
preconceito da sociedade sugere, 67,5% dos portadores de AIDS são héteros, 58,2% 
mulheres, além de que a maior incidência estaria na faixa dos 30 aos 49 anos e o 
Rio é o quarto estado com maior incidência do vírus: 28,7 por cem mil habitantes. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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9° Slide - Exemplos de algumas das pautas do movimento LGBT 
 
Comentários: 
 Aqui são trazidos alguns exemplos de pautas do Movimento LGBT no Brasil 
e/ou no mundo. Tendo ênfase que algumas já foram atingidas em certos locais, outras 
em alguns outros lugares, são exemplos, não regras, logo, diferentes grupos e indivíduos 
vão concordar com algumas e discordar de outras. 
 Alguns desses pontos são melhor trabalhados no 16º Slide. 
 
 
 
 
 
 
 
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10° Slide - Direitos LGBT e criminalização (2017) 
 
Comentários: 
 No Ocidente, num contexto da Insquisição, as primeiras leis anti-homossexuais 
foram publicadas em 1533 pela Inglaterra (Buggery Act), pouco depois o Código Penal 
de Portugal também passou a abranger isso. Depois leis nesse âmbito espalharam-se por 
diversos países que, por sua vez, as impuseram às suas colônias. Nos últimos séculos as 
perseguições institucionais aos LGBT não pararam, tivemos o regime nazista de Hitler 
onde os mesmo eram parte das vítimas levadas aos campos de concentração e no regime 
de Stalin na União Soviética onde os mesmos eram dispostos nas gulags. 
 No mundo ainda hoje (tendo em vista o último relatório da ILGA) 72 países, 
estados independentes ou regiões, criminalizam indivíduos LGBT, a maior parte no 
Oriente Médio, África e Europa Oriental, em 8 desses locais (Irã, Arábia Saudita, 
Iêmen, Sudão, Somália e Nigéria) há legalidade para a pena de morte, em dois 
desses países (Somália e Nigéria) a mesma só é aplicada em certas províncias, em 
outros dois (Iraque e Síria) são aplicadas pelo grupo não estatal Estado Islâmico. Em 5 
outros países (Paquistão, Afeganistão, Emirados Árabes Unidos, Catar e Mauritânia) 
você tem a pena de morte permitida por interpretação da sharia (a lei islâmica), 
mesmo que não aplicada. 
Movimento LGBT - Slides Comentados 
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 Embora nos últimos anos venha ocorrendo uma diminuição do número de países 
que criminalizam LGBTs, o citado relatório nos traz dados preocupantes, demonstrando 
aumento da violência contra os tais no mundo. Como casos recentes podemos pensar na 
perseguição a homens gays na Chechênia (citado no estudo) e, mais recentemente ainda, 
no Egito. 
(Ao clicar nos termos em azul você será direcionado notícias e documentos que 
abordam as questões citadas, caso seja de seu interesse aprofundar-se no assunto é 
recomendável pesquisas mais amplas) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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11° Slide - Assassinato de Transgêneros (2008 - 2016) 
 
Comentários: 
 Talvez seja interessante explicar esses termos associados ao preconceito contra 
pessoas LGBT. Antigamente usava-se "homofobia" para o todo (fosse preconceito 
contra sexualidades ou identidades de gênero), atualmente pode-se encontrar esse termo 
sendo usado nesse sentido mais abrangente, mas também enquanto nomenclatura para 
preconceito direcionado ao conjunto de sexualidades que destoam da 
heterossexualidade, ou ainda, apenas dizendo respeito ao preconceito contra 
homossexuais no geral (gays e lésbicas) ou gays (exclusivamente). Há atualmente 
outros termos criados para especificarem-se os preconceitos direcionados a outros 
indivíduos LGBTs que sofrem por além desse preconceito, por outras opressões, como 
no caso das lésbicas que também sofrem com o machismo, para tais casos poder-se-iam 
usar o termo "lesbofobia". Vale entender que principalmente a mídia convencional 
costuma usar "homofobia" e abranger todos LGBTs, os demais termos acabam sendo 
mais usados por mídias alternativas, militantesou LGBTs por si só. Outros exemplos 
seriam "bifobia" contra indivíduos bissexuais e "transfobia" contra indivíduos trans. 
Vale citar também a possibilidade de uso do termo "LGBTfobia" para abranger toda os 
indivíduos da sigla. 
 No geral, os locais onde é crime ser LGBT não separa-se 
homofobia/lesbofobia/bifobia da transfobia, em outras palavras, criminaliza-se 
Movimento LGBT - Slides Comentados 
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homossexualidade ou questões mais genéricas (como sodomia), ainda sim, abrangendo 
(quase sempre) todos LGBTs. 
 A ONG Transgender Europe nos traz que, dentre os territórios que foram 
estudados, o Brasil é o países que mais mata pessoas trans, mata mais inclusive do 
que nos países onde ser LGBT é crime. Peculiarmente isso parece-se mais chocante 
ainda quando temos que, tendo como referência dados do site adulto RedTube, o Brasil 
se não o que mais consome é um dos países que mais consome pornografia trans no 
mundo. 
(Ao clicar nos termos em azul você será direcionadopara para notícias que abordam as 
questões citadas, caso seja de seu interesse aprofundar-se no assunto é recomendável 
pesquisas mais amplas) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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12° Slide - LGBTfobia no Brasil (2016 e 2017) 
 
Comentários: 
 Embora o Brasil tenha aparecido no outro mapa como uma nação que prevê 
adoção e união/casamento civil entre pessoas de mesmo gênero/sexo, no que tange 
proibição explícita contra crimes baseados em orientação sexual, a nossa Constituição 
Federal não aborda, ainda sim algumas Constituições Estaduais assim o fazem: Alagoas 
(Art. 2.1; 2001), Distrito Federal (Art. 2.5; 1993), Mato Grosso (Art. 10.3;1989), Pará 
(Art. 3.4; 2007), Santa Catarina (Art. 4.4; 2002) e Sergipe (Art. 3.2; 1989). 
 Devido a no não existirem leis específicas para combaterem a LGBTfobia esse 
tipo de violência acaba sendo registrado principalmente como injúria, discriminação ou 
agressão, por isso não há dados oficiais sobre a tal violência e acabamos tendo de 
recorrer aos levantamentos feitos por associações ligadas a luta pelos direitos dos 
LGBT. 
 Usando dados do último relatório do já citado Grupo Gay da Bahia (GGB) 
podemos afirmar que em 2016 ocorreram 343 mortes causadas tendo como um dos 
motivos ou o único motivo o preconceito contra a sexualidade e/ou a identidade de 
gênero na vítima. Isso é quase um LGBT assassinado a cada 25 horas. Além disso, 
infelizmente, tudo indica de que em 2017 esse número vai ser ainda maior visto que 
até o dia 15 de outubro do citado ano foram contabilizados 315 assassinatos (O 
Movimento LGBT - Slides Comentados 
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GGB mantém um blog que funciona como banco de dados contabilizando cada morte), 
ou seja, um LGBT morto a cada quase 22 horas (cálculos meus, tendo em vista um total 
de 288 dias ou 6912 horas dentre o início de 2017 e data referida). 
 No gráfico apresentado nos é trazido que a maior parte das vítimas LGBTs 
assassinadas em 2016 é gay (172), seguidos por trans (144), lésbicas (12), bissexuais 
(10) e héteros (4). Talvez o aparecimento desses últimos cause certo estranhamento, 
mas vale lembrar que por vez ou outra casos como de violência contra héteros que 
foram confundidos com LGBTs aparecem na mídia (Ex: Um pai e seu filho ou uma mãe 
e sua filha), ou ainda, por terem morrido em consequência de crimes de LGBTfobia 
(mesmo que voltados para outros indivíduos). 
(Ao clicar nos termos em azul você será direcionado para para notícias que abordam 
as questões ou para as Contituições ou para o relatório ou para o blog/banco de dados 
citados, caso seja de seu interesse aprofundar-se no assunto é recomendável pesquisas 
mais amplas) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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13° Slide - Vítimas LGBT por faixa etária (2016) 
 
Comentários: 
 Aqui nos é trazido a faixa etária das vítimas LGBTs, observa-se então que a 
maior parte das tais é jovem. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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14° Slide - Vítimas LGBT por estado (2016) 
 
Comentários: 
 Nesse gráfico temos a quantidade de vítimas em números concretos por estados. 
São Paulo aparece em primeiro (49), seguido pela Bahia (32) e pelo Rio de Janeiro (30). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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15° Slide - Vitórias alcançadas pelo Movimento LGBT no Brasil 
 
Comentários: 
 A Organização Mundial de Saúde (OMS) despatologizou (deixou de 
considerar doença) a homossexualidade (na época ainda "homossexualismo") em 
1990, ainda sim, 5 anos antes, em 1985 aqui no Brasil o Conselho Federal de Medicina 
já havia tido uma decisão favorável sobre essa questão. 
 A liberdade da orientação sexual do indivíduo é garantida não pela Constituição 
Federal, mas apenas por legislações municipais e algumas Constituições estaduais. A 
ênfase no uso de orientação sexual (ou, como alguns defendem, condição sexual) dá-se 
para romper com a ideia de que sexualidade seria uma escolha objetiva. 
 No que tange visibilidade temos, por exemplo, o crescimento do aparecimento 
de indivíduos e personagens LGBTs sem serem tratados como figura de escárnio (como 
acontecia mais frequentemente no passado). Claro que nem todas as representações são 
assim, ainda há muito preconceito e escárnio midiático. 
 Em 2011 a União Civil já fora reconhecida pelo Supremo Tribunal Federal 
(STF). Dois anos mais tarde, em 2013, o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) autoriza 
tanto o Casamento Civil homoafetivo, quanto a conversão de uniões estáveis 
homoafetivas em casamentos civis. 
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 Em 2008 a cirurgia de redesignação sexual (chamado de “mudança de sexo”) 
do fenótipo masculino para o feminino passou a ser fornecida pelo Sistema Único de 
Saúde (SUS), enquanto a do fenótipo feminino para o masculino passou a ser fornecidaem 2010. Ainda sim, a fila de espera pode chegar a mais de 20 anos, suprindo apenas 
uma fração dos Trans interessados. Lembrando só que nem todo trans tem interesse 
nessa cirurgia, como já dito antes, não vai ser o genital que vai definir a identidade 
de gênero do indivíduo. 
 Nome social é aquele usado por pessoas trans usam para identificarem-se, com 
ou sem a alteração do seu nome civil (aquele presente no seu Registro Geral, RG). 
Desde de 2009 é permitido o utilizar no SUS e desde 2013 é permitido seu uso no 
Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM). Além disso, devido a decisões de nível 
federal, estadual ou municipal, ocorre permissibilidade do mesmo em certos órgãos 
públicos, instituições de ensino e empresas estatais. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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16° Slide - Alguns dos principais desafios no Brasil 
 
Comentários: 
 Parte dos principais exemplos de desafios que o Movimento LGBT ainda tem 
pela frente no Brasil dizem respeito a pessoas trans, cujo recorde de assassinato das tais 
possuímos o recorde, como já dito anteriormente. 
 Pessoas trans lutam pelo direito de exercerem suas identidades de gênero e 
serem reconhecidos de acordo com a mesma (com ou sem a cirurgia de 
redesignação). 
 Facilitação do processos de alterações de nome e sexo no registro civil, o que 
atualmente só é conseguido por meio de processos judiciais, onde por vezes, Juízes 
requerem pareceres psicológicos ou psiquiátricos ou a execução da cirurgia de 
redesignação sexual. 
 Além disso, vale enfatizar a luta pela despatologização da identidade trans 
que segue definida enquanto doença, tanto pelo Conselho Federal de Medicina, quanto 
pela Organização Mundial de Saúde. 
 O principal desafio, abrangendo toda a população LGBT é a questão dos crimes 
de ódio motivados (se não como único motivo, como um dos tais) pela LGBTfobia. 
Exigindo-se a criminalização dos tais. 
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17° Slide - Encerramento 
 
Comentários: 
 Slide de finalização. Imagem usada no intuíto de reforçar a ideia da existência 
LGBT indissociável ao ato de resistência num país e num mundo tão LGBTfóbicos. 
 Vale também mencionar as principais guias usadas para direcionar a construção 
dessa aula foram a matéria "Conheça a história do movimento pelos direitos LGBT" do 
portal "Politize!" e a matéria "A trajetória e as conquistas do movimento LGBT 
brasileiro" do portal "Nexo". 
 Os gráficos utilizados foram retirados das reportagens "Mapa de direitos LGBT 
e dados sobre violência mostram divisões e contradições" e "Homofobia mata uma 
pessoa a cada 25 horas; Norte tem maior índice", ambas do portal "O Globo". 
 Sobre a questão da AIDS recomenda-se os a matéria "O que é HIV" do portal 
governamental brasileiro sobre AIDS, além do portal do Observatório Nacional de 
Políticas de AIDS, iniciativa da Associação Brasileira Interdisciplinar de AIDS (ABIA). 
(Ao clicar nos termos em azul você será direcionado para as matérias, reportagens e 
portais citados) 
 
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18° Slide - Contatos 
 
Comentários: 
 Seguem-se nessa imagem meus contatos, em caso de dúvidas ou demais 
questões, sinta-se livre para mandar mensagens: 
Email: dandriel.henrique@gmail.com 
Facebook: https://www.facebook.com/dandriel.henrique 
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meu perfil em cada uma das tais ou para o citado vídeo)

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