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Medida e Avaliação Antropometria Estacio

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Mestre em Atividade Física e Desempenho Humano - UGF 
Pós-Graduado em Fisiologia do Exercício - UGF 
Pós-Graduado em Treinamento Desportivo - UGF 
Graduado em Educação Física - UFRRJ 
1 
Medida e Avaliação em 
Educação Física 
Prof. Ms. Allan Inoue Rodrigues 
Mensuração do corpo humano 
3 
Aplicações 
• Na identificação de clientes com risco a saúde 
• Na monitoração de mudanças na composição 
corporal em associação com certas doenças 
• Na estimativa da massa corporal “ideal” 
• Na formulação de recomendações dietéticas e/ou 
programação de exercícios 
• Na monitoração do crescimento, desenvolvimento e 
modificações da composição corporal em função da 
idade 
Heyward & Stolarczyk (1996). Applied body composition assessment. Human Kinetics: Champaign, IL. 
4 
• Determinante para a performance atlética na 
maior parte das modalidades com sustentação 
da massa corporal 
– Em especial para as modalidades de salto 
– Desejável para o desempenho de resistência 
• Relacionada à economia de movimento, 
velocidade e agilidade 
Aplicações 
5 
Influência das Modificações da Massa Corporal 
sobre o VO2 
Massa Corporal:75 kg
VO2máx: mL/kg/min
L / min4,1
55,0
De 
 
mL.kg-1.min-1 
L.min-1 
Para 
 
L.min-1 
mL.kg-1.min-1 
Operação 
 
 1000 x massa 
x 1000  massa 
6 
Modelos de Interpretação da Composição 
Corporal 
7 
Métodos para avaliar a Composição Corporal 
8 
Métodos de Determinação da Composição 
Corporal 
• Diretos 
– Dissecação de Cadáveres 
• Indiretos 
– Pesagem Hidrostática 
– Pletismografia (Bod Pod) 
– Tomografia 
• Duplamente Indiretos 
– Antropometria 
• Dobras Cutâneas 
• Perímetros 
– Interactância Infra-vermelha 
– Impedância Bioelétrica 
9 
Pesagem Hidrostática – Princípio de Arquimedes 
• Quanto Ouro existe na 
coroa? 
• Arquimedes utilizou o 
modelo de dois 
compartimentos para 
tal solução: ouro e 
outros metais 
• Densidade (g/cm3) = 
massa (g) 
 volume (cm3) 
Pesagem 
Hidrostática 
Dc = Peso ar 
Peso ar - Peso água 
Densidade água 
- (VR + 100cc) 
VR = Volume residual pulmonar (ml) 
100cc = Fator de correção do ar no trato gastrointestinal 
Densidade água - Temperatura dependente 
VR_H = 0,017 (idade) + 0,06858 (estatura) - 3,477 
VR_M = 0,009 (idade) + 0,08128 (estatura) - 3,900 
11 
Princípio da Densidade Corporal 
“Gold Standart” - Método Indireto 
Densidade Corporal 
Gordura Corporal 
Equações de Predição 
12 
Dobra Cutânea 
13 
Método de Dobras Cutâneas 
Gordura Corporal 
Dobras Cutâneas 
Densidade Corporal 
r = 0,7 a 0,9 
14 
Medida de Dobras Cutâneas 
Vantagens 
vs. 
Limitações 
15 
• Maior dificuldade na palpação dos pontos anatômicos (Bray & 
Gray, 1988) 
• Dimensão da dobra pode ser maior que a amplitude do 
compasso (Gray et al., 1990) 
• Grande variação na profundidade de aplicação dos compassos 
• Variabilidade do tecido adiposo pode interferir na 
compressibilidade da dobra (Clarys, Martin, Drinkwater & Marfell-Jones, 
1987) 
• Aumento da variabilidade inter-testador (Bray & Gray, 1988) 
Limitações das Medidas de 
Dobras Cutâneas em Obesos 
Heyward & Stolarczyk (1996). Applied body composition assessment. Human Kinetics: Champaign, IL. 
Bod Pod 
16 
17 
Tomografia Computadorizada 
18 
Interactância Infra Vermelha 
 
• Princípio: 
– Absorção e refração de luz 
infravermelha 
• Equipamento: 
– Espectroscópio 
infravermelho 
• Limitações: 
– Carência de equações 
validadas 
– Pequena quantidade de 
estudos validando o método 
19 
Impedância Bioelétrica 
20 
21 
Considerações Sobre o Método de 
Impedância Bioelétrica 
• Recomendações 
– Abster-se de comidas e bebidas por 4h 
antes do teste 
– Evitar atividade física por 12h antes do 
teste 
– Realizar suas necessidades fisiológicas 
antes do exame 
– Abster-se de álcool por 48h antes do 
exame 
– Não ingerir agentes diuréticos (cafeína, 
medicações etc.) 
Determinação 
das Medidas 
Corporais 
Variação diurna (↓ ~ 1% na 
estatura) 
Plano Frankfort 
Medida realizada ao final da 
inspiração 
Variação diurna ~ 1 Kg em crianças e 
de ~ 2 Kg em adultos 
Balança Calibrada no Zero 
Posicionar-se no centro da balança 
Peso distribuído entre os dois pés 
25 
Critérios para 
Obesidade 
26 
Índice de Massa Corporal (IMC) 
ou Índice de Quetelet 
Quetelet A (1833) Researches sur le poids de 
l’hommes aux differens ages. Bruxells: Academie 
Royale, 36-38. 
Estatura2 (m) 
IMC = 
Peso (kg) 
27 
Classificação do IMC 
 Classificação 
 
 
Abaixo do Peso 
Normal 
Sobrepeso 
Obesidade 
 
Obesidade Extrema 
IMC 
(kg.m-2) 
 
< 18,5 
18,5 - 24,9 
25,0 - 29,9 
30,0 - 34,9 
35,0 - 39,9 
 40,0 
Nível de 
Obesidade 
 
 
 
 
I 
II 
III 
USDHHS (1998). Clinical guidelines on the identification, evaluation, and treatment of 
overweight and obesity 
28 
IMC e Risco Relativo 
29 
Análise de Distribuição da Gordura Corporal 
Relação Cintura Quadril (RCQ) 
Quadril (cm) 
RCQ = 
Cintura (cm) 
ACSM (2000). Guidelines for exercise testing and prescription. Lippincott Wiliams & Wilkins. 
30 
ACSM (2000). Guidelines for exercise testing and prescription. Lippincott Wiliams & Wilkins. 
Classificação da RCQ 
Risco 
Idade Baixo Moderado Alto Muito Alto 
Homens 
20 - 29 < 0,83 0,83 - 0,88 0,89 - 0,94 > 0,94 
30 - 39 < 0,84 0,84 - 0,91 0,92 - 0,96 > 0,96 
40 - 49 < 0,88 0,88 - 0,95 0,96 - 1,00 > 1,00 
50 - 59 < 0,90 0,90 - 0,96 0,97 - 1,02 > 1,02 
60 - 69 < 0,91 0,91 - 0,98 0,99 - 1,03 > 1,03 
Mulheres 
20 - 29 < 0,71 0,71 - 0,77 0,78 - 0,82 > 0,82 
30 - 39 < 0,72 0,72 - 0,78 0,79 - 0,84 > 0,84 
40 - 49 < 0,73 0,73 - 0,79 0,80 - 0,87 > 0,87 
50 - 59 < 0,74 0,74 - 0,81 0,82 - 0,88 > 0,88 
60 - 69 < 0,76 0,76 - 0,83 0,84 - 0,90 > 0,90 
32 
Estimativa da 
Forma Corporal 
33 
Somatotipo 
Ross, Carr & Carter (1999). Anthropometry Illustrated - CD-ROM. 
Expressão quantificada 
das características 
morfológicas de um 
indivíduo 
34 
Componentes do Somatotipo 
• Endomorfia 
– Nível de gordura 
 
– Baseada em três medidas de 
dobras cutâneas (tríceps, 
subescapular e supraespinhal) 
35 
• Mesomorfia 
– Robustez músculo-esquelética 
 
– Baseada nas medidas de 
diâmetros de úmero e fêmur, e 
perímetros corrigidos de 
panturrilha e braço contraído 
Componentes do Somatotipo 
36 
• Ectomorfia 
– Nível de linearidade 
 
– Baseada na estatura e massa 
Componentes do Somatotipo 
37 
Endomorfia 
 
Mesomorfia 
 
Ectomorfia 
4 
 
 
 
4 
 
 
 
 
4 
5 
 
 
 
5 
 
 
 
 
5 
6 
 
 
 
6 
 
 
 
 
6 
3 
 
 
 
3 
 
 
 
 
3 
2 
 
 
 
2 
 
 
 
 
2 
Magro Gordo 
Forte Fraco 
Leve Pesado 
Classificação 
Ross, Carr & Carter (1999). Anthropometry Illustrated - CD-ROM. 
38 
Classificação 
Ross, Carr & Carter (1999). Anthropometry Illustrated - CD-ROM. 
3 - 5 - 2 
Endomorfia 
Mesomorfia 
Ectomorfia 
39 
Categorias dos Somatotipos 
Ross, Carr & Carter (1999). Anthropometry Illustrated - CD-ROM. 
Central: Nenhum componente difere dos outros em + de 1 unidade 
Endomorfia: Endo é dominante, meso e ecto são menores em + de 0,5 unidade 
Mesomorfia: Meso é dominante, endo e ecto são menores em + de 0,5 unidade 
Ectomorfia: Ecto é dominante, endo e meso são menores em + de 0,5 unidade 
40 
Categorias dos Somatotipos 
Ross, Carr & Carter (1999). Anthropometry Illustrated -CD-ROM. 
• Ectomórfico endomorfo (6 - 2 - 3) 
• Endomorfo equilibrado (7 - 3 - 3) 
• Mesomórfico endomorfo (6 - 4 - 2) 
• Mesomorfo endomorfo (5 - 5 - 2) 
• Endomórfico mesomorfo (3 - 7 - 1) 
• Mesomorfo equilibrado (3 - 6 - 3) 
• Ectomórfico mesomorfo (2 - 5 - 3) 
• Mesomorfo ectomorfo (3 - 5 - 5) 
• Mesomórfico ectomorfo (2 - 4 - 6) 
• Ectomorfo equilibrado (3 - 3 - 7) 
• Endomórfico ectomorfo (4 - 2 - 6) 
• Endomorfo ectomorfo (4- 2 - 4) 
41 R
o
ss
, 
C
a
rr
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 C
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(1
9
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 -
 C
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-R
O
M
. 
3 - 2 - 5 
Somatotipo de Heath-Carter 
42 6 - 4,5 - 1 
Somatotipo de Heath-Carter 
R
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C
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M
. 
43 
Estratégia de Determinação do Somatotipo 
• Métodos Disponíveis 
– Fotoscópico 
– Antropométrico 
• Formulário 
• Equações 
– Combinado 
• Combinação de 
critérios 
• Equipamentos 
Necessários 
– Estadiômetro 
– Balança 
– Paquímetro pequeno 
– Adipômetro 
– Trena 
Ross, Carr & Carter (1999). Anthropometry Illustrated - CD-ROM. 
44 
Formulário para Somatotipo 
Ross, Carr & Carter (1999). Anthropometry Illustrated - CD-ROM. 
45 
• Somar dobras de tríceps, subescapular e 
supraespinhal (mm) 
 
• Multiplicar resultado por 170.18 / estatura (cm) 
 
• Substituir o resultado (x) na equação abaixo: 
–Endo = - 0.7182 + 0.1451 x X - 0.00068 x 
X2 + 0.0000014 x X3 
Cálculo da Endomorfia 
46 
• Registrar estatura (H), diâmetro de úmero (HB) e fêmur 
(FB), máxima medida de panturrilha e braço contraído 
(45º) 
 
• Corrigir perímetros a partir da subtração das dobras de 
tríceps e panturrilha em cm, calculando as medidas de 
braço corrigido (AG) e panturrilha corrigida (CG) 
 
• Correção da dobra cutânea: mm para cm dividindo por 
10 
 
Cálculo da Mesomorfia 
47 
 
• Substituir os valores obtidos na equação abaixo: 
–Meso = 0.858 x HB + 0.601 x FB + 0.188 x 
AG + 0.161 x CG - H x 0.131 + 4.5 
Cálculo da Mesomorfia 
Estatura (cm) (H) 
Diâmetro de úmero (cm) (HB) e fêmur (cm) (FB) 
Braço corrigido (AG) 
Panturrilha corrigida (CG) 
48 
Cálculo da Ectomorfia 
• Registrar a estatura em cm e a massa em kg 
• Dividir a estatura pela raiz cúbica da massa calculando 
a recíproca do índice ponderal (RPI) 
• De acordo com o resultado do RPI, adotar uma das 
equações abaixo: 
– Se RPI ≥ 40.75 
• Ecto = 0.732 x RPI - 28.58 
– Se RPI < 40.75 ou > 38.25 
• Ecto = 0.463 x RPI - 17.63 
– Se RPI ≤ 38.25 
• Ecto = 0.1 
49 
Somatocarta

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