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Anfetaminas, cocaína, metilxantinas, LSD, MDMA (ecstasy) e Δ9-tetra-hidrocanabinol (THC)

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IESC- INSTITUTO ESTADUAL SANTA CATARINA
FACULDADE JANGADA
ADILSON BAUMANN
GEOVANI HELLMANN
ESTIMULANTES PSICOMOTORES E
SUBSTÂNCIAS PSICOTOMIMÉTICAS
Anfetaminas, cocaína, metilxantinas, LSD,
 MDMA (ecstasy) e Δ9-tetra-hidrocanabinol (THC).
Jaraguá do Sul – SC
2018
ADILSON BAUMANN
GEOVANI HELLMANN
ESTIMULANTES PSICOMOTORES E
SUBSTÂNCIAS PSICOTOMIMÉTICAS
Anfetaminas, cocaína, metilxantinas, LSD,
 MDMA (ecstasy) e Δ9-tetra-hidrocanabinol (THC).
Trabalho apresentado ao Curso Bacharelado em Farmácia da IESC – Instituto Educacional Santa Catarina, para a disciplina Farmacologia. 
Prof. Caio Cesar Cestile
Jaraguá do Sul – SC
2018
ESTIMULANTES PSICOMOTORES
Os estimulantes psicomotores atuam na atividade do sistema nervoso central referem-se ao grupo de substâncias que aumentam a atividade do cérebro, ou seja, estimulam o seu funcionamento, agindo no bloqueio da sinapse, fazendo com que a pessoa fique mais ligada, alerta, elétrica, sem sono e eufórica. Essas substâncias também são chamadas de psicoanalépticos, onde se acarreta mais a dependência psíquica do que a física em si. As substâncias que comprem esse grupo e citadas nesse trabalho são anfetaminas, cocaína e metilxantinas.
A cocaína (COC) é um dos alcaloides presentes nas folhas provenientes de duas espécies do gênero Erytroxylum, vulgarmente denominado e conhecido como coca. 
Tendo seu Mecanismo de ação atuando espécie de Bloqueio, atua especificamente nos transportadores de dopamina, sendo uma inibição na recaptura de catecolaminas (dopamina, norepinefrina, epinefrina e serotonina) especialmente a dopamina nas terminações sinápticas pós-ganglionares e aumento sua liberação em nível periférico (adrenais), Dessa forma há acúmulo de neurotransmissores na sinapse, pois eles não são captados novamente pela célula, assim levando ao acúmulo dessas catecolaminas nas membranas pós-sinápticas, com um aumento do estímulo dos receptores a, ß1 e ß2 adrenérgicos, assim potencializando os efeitos periféricos das atividades nervosas simpáticas e produzindo acentuado efeito estimulante psicomotor. 
MECANISMO DE AÇÃO:
A cocaína faz inibição da enzima MAO (monoamina oxidase), neuronal da recaptação e é estimulante da liberação de noradrenalina e dopamina. Ela é um bloqueador dos canais de sódio nos neurônios dos nervos periféricos. O influxo de sódio desencadeia o potencial de ação e sem esse influxo são incapazes de enviar os seus impulsos.
O mecanismo desta ação é totalmente diferente da ação psicotrópica. Os nervos sensitivos são geralmente os primeiros a serem bloqueados.
O acúmulo de dopamina na fenda sináptica faz com que seja necessária maior quantidade de neurotransmissor para causar o mesmo efeito, pois os receptores dos neurônios pré-sinápticos tornam-se mais sensíveis ao neurotransmissor. Esses receptores quando são estimulados boqueiam a liberação de dopamina para fenda sináptica. Então, quando o indivíduo não está sob o efeito da droga sentirá as sensações contrárias, de depressão, fadiga e desestímulo. Pois o aumento de dopamina e o responsável pela agitação psicomotora e a serotonina é responsável pelas alucinações, lavando a quadros de psicoses, anorexia e hipertermia.
Os efeitos farmacológicos mais relevantes da cocaína situam-se no sistema nervoso central, uma vez que promove ações estimulantes responsáveis pela instalação da dependência. Isso decorre da inibição da recaptação de dopamina, por bloqueio da proteína que a transporta, elevando dessa maneira, a concentração sináptica desse neurotransmissor nos circuitos neuronais que integram o sistema de recompensa cerebral. Como consequência de tudo isso, se estabelece uma intensa compulsão, claramente ilustrada pelo fato de os dependentes, frequentemente, violarem tabus sociais para obter a droga.
A cocaína também inibe a recaptação de serotonina (5HT2) e noradrenalina (NA), além de interferir nos sistemas de neurotransmissores que envolvem endorfinas, acetilcolina e sistema gabaérgico. Ao atingir o sistema nervoso central, seus efeitos são imediatos e possuem uma duração relativamente curta, entre 30 a 40 minutos.
Os efeitos gerais do seu uso incluem doenças cérebro-vasculares (isquemias e infartos hemorrágicos), convulsões, complicações cardiovasculares (infarto do miocárdio e arritmias) e depressão respiratória, entre outros. 
O grande perigo da cocaína, é que age exatamente na estimulação da dopamina. Por isso, além das sensações de prazer e motivação (atuação no sistema nervoso central), a cocaína é vasoconstritora e anestésica. Dessa forma, foi utilizada no passado como anestésico e anti-hemorrágico.
Os efeitos comportamentais da cocaína são muitos semelhantes às anfetaminas embora psicomiméticos sejam mais raros e sua duração mais curta. Não e utilizado cocaína em nem um tratamento reconhecido, embora como citado seus efeitos seja muito parecido com as anfetaminas. 
O uso de cocaína na gravidez dobra o risco materno-fetal de desenvolver transtornos cardio-tóxicos, além de reduzir o fluxo sanguíneo para a placenta, aumentando a resistência vascular uterina e alterando os níveis de oxigênio fetal, uma das causas de placenta prévia e de aborto espontâneo. No feto pode causar infarto cerebral, retardo no crescimento, enterocolite necrosante, alterações cardíacas e defeitos no tubo neural. Após o nascimento, essa criança tende a uma resposta ventilatória diminuída ao dióxido de carbono com o aumento do risco de morte súbita.
Tendo sua absorção por Via oral senso uma absorção lenta e incompleta, necessitando mais de 1 hora sendo que 75% da droga absorvida é rapidamente metabolizada no fígado. Apenas 25% da droga ingerida alcança o cérebro, e isso requer um longo período de tempo. Por isso não existe sentimento de “rush” (efeito imediato, intenso e prazeroso) comum em todas as formas. 
Aspirada: a absorção acontece pelas membranas nasofaringes, mas por se tratar de uma substância vasoconstritora, limita sua própria absorção. 
Injetada: (endovenosa). A cocaína cruza todas as barreiras de absorção e alcança a corrente sanguínea imediatamente. Produz um rápido, poderoso e breve efeito. É a forma mais perigosa de consumo, pois favorece: - grande potencial de abuso - transmissão de infecções.
Fumada: absorção rápida e quase completa, porém, uma porção significante é perdida quando a cocaína é aquecida nesta preparação (fumada). A velocidade de absorção pode ser comparada com a via endovenosa. Tmáx – 6 a 8 minutos (injetada e fumada)
Eliminação tendo tempo de meia-vida (T1/2) é de 0,5 a 1,5 horas para a cocaína (a meia-vida é curta, pois é rapidamente metabolizada no fígado), 3 a 4 horas para o metil éster ecgonina e de 4 a 7 horas para a benzoilecgonina seus compostos. 
Anfetaminas são substâncias simpatomiméticas que têm a estrutura química básica da beta-fenetilamina. Sob esta designação, existem três categorias de drogas sintéticas que diferem entre si do ponto de vista químico. As anfetaminas, propriamente ditas, é a dextroanfetamina e a metanfetamina, grupo de drogas que agem aumentando os níveis de norepinefrina, serotonina e dopamina no cérebro. Elas estão inclusas em drogas prescritas para o SNC, comumente utilizadas para tratar de déficits de atenção e hiperatividade em adultos e crianças. A droga também é utilizada para fins recreativos em boates e como um otimizador de performance. O nome anfetamina deriva do nome químico alfa-metilfenilamina.
As anfetaminas foram sintetizadas pela primeira vez por L. Edelano, em 1887. Mas até 1920, querendo achar um substituto sintético da efedrina, Gordon Alles descobriu que o composto original de Edeleano, o sulfato de anfetamina e sulfato dextroisômero, ainda mais ativo, o sulfato dextroanfetamínico, possuíam a capacidade de estimular o sistema nervoso central.
As anfetaminas são agonistas indiretos das sinapses adrenérgicas, dopaminérgicas e serotoninérgicas, por inibição competitiva do transporte dos neuromediadores implicados na sua ativação. Emgrandes quantidades, pode também inibir a recaptura da serotonina e a ação da enzima monoaminoxidase.
Esse mecanismo contrasta com os efeitos da cocaína citadas, tenho o bloqueio a recaptura de monoaminas no terminal nervoso e, portanto, afeta apenas neurônios ativos. Como a cocaína, as anfetaminas também inibem, em certa extensão, a recaptura das catecolaminas, aumentando, dessa forma, suas capacidades de ativar receptores. As anfetaminas também ativam diretamente os receptores de catecolamina, contribuindo ainda mais para a atividade monoaminérgica.
Assim as Anfetaminas inibem as proteínas transportadoras de dopamina e norepinifrina existentes nos neurônios, impedindo assim a sua reabsorção e aumentando a concentração desses neurotransmissores nas sinapses. A dopamina é o neurotransmissor principal das vias meso-limbicas e meso-estriadas. Essas vias têm funções de produzir prazer em resposta a acontecimentos positivos na vida do indivíduo, recompensando a aquisição de novos conhecimentos ou capacidades (aprendizagem), progresso nas relações sociais, relações emocionais e outros eventos. O aumento artificial da dopamina nas sinapses pela Anfetamina vai ativar anormalmente essas vias.
Existe certa similaridade estrutural das anfetaminas com a dopamina e a norapinefrina, portanto elas atuam como falso neurotransmissor nos receptores alfas e beta-adrenérgicos, o que produz um efeito similar nos axônios pós-sinápticos, mas que não passa pela ativação dos canais de cálcio, ou seja, sem que haja despolarização da membrana axonal.
Sinais e sintomas relacionados tendo síndrome adrenérgica prolongada, com ilusões, paranóia, taquicardia, hipertensão, hipertermia, diaforese, hiperreflexia, midríase, convulsões, coma. A tolerância se instala rapidamente, o que leva os usuários a utilizar doses superiores àquelas que induzem a anorexia.
A síndrome de abstinência de anfetaminas se caracteriza por sinais e sintomas opostos aos induzidos pelo abuso, favorecendo o aparecimento de sono, fome intensa, exaustão e, às vezes, de depressão.
Efeitos da Anfetamina A pessoa sob o efeito de anfetamina tem insônia, perde o apetite, fica eufórica (cheia de energia) e com uma fala acelerada. Além disso, apresenta sensação de poder, irritabilidade, prejuízo do julgamento, suor e calafrios. A pupila dilata-se, efeito chamado midríase, sendo prejudicial e perigoso para os motoristas que a consomem, pois ficam com o olho mais sensível aos faróis dos carros.
A circulação sanguínea é prejudicada pela contração das artérias, outro efeito da substância, reduzindo oxigenação e transporte de nutrientes importantes. A pressão arterial é elevada e há aumento da frequência de batimentos cardíacos (taquicardia), podendo gerar infarto agudo do miocárdio ou arritmias cardíacas, sendo ambos potencialmente letais. No cérebro podem ocorrer acidentes vasculares (derrames) e isquemias (prejuízo na circulação sanguínea em pequenas áreas), acarretando como consequência, neste último caso, diminuição da atenção, concentração e memória. Convulsões é outro efeito do uso de anfetamina pela elevação da temperatura do corpo. A redução da sensação de fadiga ocasionada pela anfetamina pode ser prejudicial, já que ao disfarçar o cansaço provoca um esforço excessivo para o corpo. Porém, quando o efeito da droga passa, o usuário sente uma grande falta de energia e depressão, não conseguindo realizar nem as tarefas que fazia anteriormente ao uso.
Os efeitos psicológicos da anfetamina podem incluir ansiedade e/ou nervosismo (pelo aumento de epinifrina), uma maior criatividade, percepção de maior energia, sensação de bem-estar, maior concentração, um aumentado estado de alerta, sensação de poder e superioridade, excitabilidade, maior expressão de raiva e paranoia; os efeitos são similares a outras drogas a base de feniletilamina e à cocaína.
Fazem parte do tratamento para narcolepsia, assim como outros distúrbios do sono. Se utilizada dentro dos limites terapêuticos, as anfetaminas são geralmente eficientes durante longos períodos de tempo sem produzir vício ou dependência física. Anfetaminas são algumas vezes suadas para potencializar a terapia antidepressiva em pacientes resistentes ao tratamento. O uso de anfetaminas para emagrecer é considerado em muitos países como sendo obsoleto e perigoso.
Metilxantinas são pseudoalcalóides com alto poder estimulador do sistema nervoso central, encontradas em várias bebidas principais compostos envolvidos são cafeína e a teofilina.
Contendo ações farmacológicas que estimulam SNC, diurese, estimulação do musculo cardíaco, relaxamento de musculatura lisa, especialmente da musculatura brônquica.
Muitos dos efeitos apresentados pelas metilxantinas lembram a estimulação dos receptores adrenérgicos, em doses baixas e moderadas as metilxantinas especialmente a cafeína, causam uma leve estimulação cortical com aumento da vigília (diminuição do sono), redução da fadiga e estímulo do centro respiratório, assim por atuarem na região do núcleo accumbens. Em doses elevadas, pode ocorrer estimulação medular e convulsões. A ansiedade e o tremor são os principais efeitos colaterais em pacientes que ingerem grandes doses de metilxantinas. 
Tendo efeitos sobre o sistema cardiovascular, as metilxantinas apresentam efeitos cronotrópico e inotrópico positivos diretamente no coração. A cafeína causa constrição dos vasos sanguíneos do SNC, resultando em atividade antienxaquecosa. Em baixas concentrações, tais efeitos parecem resultar da liberação aumentada de catecolaminas que é causada pela inibição dos receptores adenosínicos. Em concentrações elevadas, o influxo de cálcio pode ser aumentado diariamente, através do aumento do AMPc que resulta da inibição da fosfodiesterase. Em concentrações muito elevadas, ocorre uma diminuição do sequestro de cálcio pelo retículo sarcoplasmático. Em indivíduos sensíveis, o consumo de poucas xícaras de café pode provocar arritmias; porém, na maioria das pessoas, a administração parenteral de doses elevadas de metilxantinas produz apenas uma taquicardia sinusal e aumento do débito cardíaco. 
Efeitos sobre a musculatura lisa: a teofilina causa acentuado relaxamento da musculatura lisa brônquica, resultando em atividade broncodilatadora. 
Efeitos sobre a diurese: as metilxantinas aumentam o fluxo sanguíneo renal e a filtração glomerular, estimulando a diurese, ou seja, aumento do volume urinário, além da inibição da reabsorção de sódio. 
Efeitos sobre a mucosa gástrica: as metilxantinas estimulam as células parietais da mucosa gástrica a secretarem ácido clorídrico.
Nos dois últimos citados referente estimulação dos receptores B- adrenérgicos ocorrendo uma inibição fosfodiesterase responsável pelo metabolismo muscular
As metilxantinas desempenham suas atividades através dos seguintes mecanismos de ação, Antagonismo dos receptores da adenosina, atualmente este é o mecanismo mais favorável para explicar os efeitos das metilxantinas. A adenosina possui dois tipos de receptores, A1 e A2. Ao interagir com os receptores A1, ocorre a inibição da enzima adenilciclase e a ativação da enzima fosfodiesterase. A inibição da adenilciclase resulta na redução da formação de AMPc, um segundo mensageiro intracelular, e a ativação da fosfodiesterase aumenta a degradação de AMPc. Entre as ações do AMPc está a liberação de neurotransmissores, especialmente as catecolaminas, noradrenalina, adrenalina e dopamina. Desta forma, a redução dos níveis de AMPc impede a amplificação do sinal da estimulação simpática. 
As metilxantinas inibem os receptores A1, impedindo sua interação com a adenosina, resultando no aumento dos níveis de AMPc. O aumento de AMPc resulta em uma série de respostas no organismo, consequentes à liberação de catecolaminas. Da liberação das catecolaminas, neurotransmissores do SNA simpáticos, são derivadas as ações das metilxantinas sobre o sistema nervoso central, cardiovascular, renal e digestivo.
Mobilização intracelular de cálcio do retículo sarcoplasmático: outro mecanismo proposto para asações das metilxantinas é a inibição do armazenamento sarcoplasmático de cálcio, que proporciona o aumento dos níveis citoplasmáticos de cálcio, que ativam uma série de reações em cadeia, dentre elas aquela que resulta na formação de miosina, a principal proteína responsável pela contração muscular. Muito provavelmente os níveis aumentados de cálcio são decorrentes da inibição da degradação de AMPc.
Emprego terapêutico Cafeína consumida em todo o mundo. Além do consumo popular, através da ingestão de bebidas não alcoólicas, o consumo de cafeína entre os atletas vem aumentando em função de suas ações ergo gênicas. A cafeína é uma substância absorvida de modo rápido e eficiente, via administração oral, através do trato gastrintestinal com aproximadamente 100% de biodisponibilidade, alcançando um pico de concentração máxima na corrente sanguínea após 15 a 120 minutos de sua ingestão. A metabolização da cafeína ocorre no fígado, iniciando pela remoção dos grupos metila 1 e 7, sendo essa reação catalizada pela enzima CYP1A2. A biotranformação resulta na formação de três metabólitos, todos ativos, a paraxantina (84%), a teofilina (4%) e a teobromina (12%). Fisicamente, a cafeína pode prejudicar a estabilidade de membros superiores induzindo-os ao tremor. Altas doses de cafeína podem ainda induzir à insônia, o nervosismo, a irritabilidade, a ansiedade, as náuseas e o desconforto gastrointestinal, além de taquicardia, aumento da frequência de micção e crises hipertensivas (decorrentes principalmente do uso abusivo). 
Os problemas estomacais podem ser agravados nos indivíduos que já apresentam tendência para gastrite ou úlcera péptica, principalmente quando ingerida em jejum. Os efeitos indesejados da cafeína começam a ser notados a partir da ingestão de aproximadamente 600mg/dia de cafeína. Na indústria farmacêutica a cafeína é empregada em associações a analgésicos devido à sua ação vasoconstritora dos vasos sanguíneos das meninges, resultando em ação antienxaquecosa. 
A Teofilina é um broncodilatador que está disponível em sua forma original ou como o derivado etilenodiamínico da teofilina, aminofilina. A teofilina possui seletividade de ação para a musculatura lisa dos brônquios, favorecendo a broncodilatação. Por isso, ela é indicada para o tratamento de doenças do trato respiratório como a asma, a DPOC e bronquites crônicas. Os líquidos orais e comprimidos não revestidos são absorvidos com rapidez e por completo no intestino, e alcançam níveis séricos adequados em 30 ou 60 minutos. Seu metabolismo é hepático, sendo metabolizada à cafeína.
 A teofilina atravessa a placenta e é excretada no leite materno, devendo, portanto, ser utilizada com cautela por gestantes e lactantes. Este fármaco deve ser utilizado com cuidado em pacientes com arritmias (a situação pode ser exacerbada), em casos de gastrite ativa ou úlcera péptica ativa, e de hipertrofia prostática (pode aparecer retenção urinária). A administração simultânea de beta-bloqueadores não seletivos é contra-indicada, devido ao antagonismo.
SUBSTÂNCIAS PSICOTOMIMÉTICAS
As substâncias psicotomimético ou alucinógenos age no sistema nervoso central (SNC) onde produz alterações profundas no raciocínio e no humor, com pouco efeito sobre o tronco cerebral e a medula espinal. Poucos fármacos tem, como ação primária, a capacidade de induzir estados alterados de percepção remanescentes de sonhos. Esse estado alterado vem acompanhado de visões brilhantes e colorido no ambiente. Como os fármacos interferem com o pensamento racional, o individuo é incapaz de tomar decisões normais. Fazem parte dos psicotomiméticos, Dietilamida do ácido lisérgico (LSD), MDMA (ecstasy) e Tetra-hidrocanabinol (THC).
	A dietilamida do ácido lisérgico (LSD) afetando vários locais do SNC, assim apresenta atividade agonista da serotonina (5HT) nos receptores pré-sinápticos 5H, do mesencéfalo e estimula os receptores 5HT 2. O sistema nervoso simpático também é ativado causando midríase, aumento da pressão arterial, piloereção, e aumento da temperatura corporal. Possui um núcleo indólico na sua estrutura química, tornando-se estruturalmente semelhante ao neurotransmissor serotonina. Por esta razão interfere no mecanismo de ação da serotonina. Sendo estruturalmente semelhantes, o LSD liga-se aos receptores serotoninérgicos (5-HT) agindo como agonista destes receptores. No entanto, o efeito alucinogénico do LSD foi relacionado com a sua afinidade para o receptor 5-HT2, onde atua como um agonista.
	Uma dose baixa de LSD pode induzir alucinações com cores brilhantes e alteração do humor do individuo, também ocorre tolerância e dependência física, e os efeitos adversos incluem hiper-reflexia, náuseas e fraqueza muscular. Nas doses mais elevadas podem produzir alterações psicóticas de longa duração nos indivíduos suscetíveis. O haloperidol e outros neurolépticos podem bloquear os efeitos alucinógenos dos LSD e assim abortar a síndrome.
O LSD tem a propriedade de se ligar ao tecido adiposo, e desprender-se após algum tempo. Existe tolerância virtualmente completa após três a quatro dias de uso continuo, nesse período o usuário deixa de experimentar qualquer efeito no uso da droga. A tolerância é rapidamente revertida entre quatro e sete dias de abstinência, retornando os efeitos da droga de modo quase completo. Pode levar a dependência psicológica, embora isso seja raro, mas não leva a dependência física. Ainda inexistindo sintomas de abstinência, provoca fenómenos psíquicos como alucinações, delírios e ilusões. Isto ocorre devido à ocorrência da chamada Síndrome Serotoninérgica.
Tendo sua absolvição pela mucosa gastrointestinal e pelo sangue, sendo logo distribuído pelo corpo, com rápida concentração no fígado e nos rins. A droga atravessa a barreira sangue e cérebro com facilidade vai agir no córtex cerebral, cerebelo, glândulas pituitária e pineal, hipotálamo, sistema límbico, Nas áreas de reflexo da audição e visão. 
Seu uso terapêutico e proibido pelo Ministério da Saúde do Brasil não reconhece nenhum uso terapêutico do LSD  e proíbe totalmente a produção, comércio e uso do mesmo no território nacional.
Excreção do LSD através das fezes e urina, ocorrendo após 4 a 6 horas após uso, O seu tempo de semivida 3 a 6 horas, seus metabolitos continuam a ser detectáveis na urina durante 4 dias
	Na maconha é encontrado o Δ9-tetra-hidrocanabinol (THC), o principal alcaloide psicoativo, que está disponível como dronabinol. Este fármaco é prescrito para tratar êmese e estimular o apetite. O THC pode produzir euforia, seguida de sonolência e relaxamento, também afeta a memória de curta duração e a atividade mental. O THC impede atividade motora em função da diminuição à força muscular. Os efeitos incluem estimulação do apetite, xerostomia, alucinações visuais, ilusões e aumento da atividade sensitiva. 
	Os receptores do THC (CB1), acoplado a proteína G, são encontrados em terminais nervosos, pré-sinápticos inibidores que fazem sinapse com os neurônios piramidais. Como ocorreu com os ligantes endógenos dos receptores opioides, foram identificados endocanabinoides no SNC. Esses compostos, que se ligam ao receptor CB1, são derivados da membrana sintetizados sob demanda e podem atuar como neuromoduladores locais (Figura 1). 
Figura 1 – receptor canabinoide.GABA=ácido y-aminobutírico. (CLARK, 2013)
Os efeitos do THC começam aparecer depois que a droga é fumada, mas levar cerca de 20 minutos para o efeito máximo, entra na circulação e atinge o cérebro em questão de minutos e depois de três horas o efeito praticamente desaparece. Uma vez absorvido para a corrente, as concentrações de THC diminuem rapidamente devido ao metabolismo feito pelo fígado. Acumula-se preferencialmente no tecido adiposo (devido à sua grande lipofília), atingindo o pico de concentração em 4 a 5 dias. É depois lentamente liberado. Eliminação total pode demorar até 1 mês.
O dronabinol tem é administrado via oral e tem pico em 2 a 4 horas, e podem durar até 6 horas os efeitos psicoativos. O THCé biotransformado pelas oxidases de função mista e sua eliminação é via biliar. Alguns efeitos adversos ocorrem como aumento frequência cardíaca, redução pressão arterial e rubor das conjuntivas, podendo ocorrer psicose tóxica em doses mais elevadas. (Figura 2). 
Figura 2- Efeitos adversos do tetra-hidrocanabinol.(CLARK, 2013)
	Pacientes com Aids utilizam o dronabinol como estimulante de apetite para recuperar sua massa corporal. Também é usado contra a êmese grave causada por alguns fármacos antineoplásicos. O antagonista do receptor CB1, rimonabanto é eficaz no tratamento da obesidade por diminuir a massa corporal e o apetite em humanos. 
Sendo uma droga ilícita, seu uso terapêutico e proibido pelo Ministério da Saúde do Brasil, mesmo reconhecido uso terapêutico e suas propriedades benéficas comprovadas no tratamento de convulsão e Parkinson, sendo proibido totalmente o comércio no território nacional. 
	Metilenodioximetanfetamina (MDMA) conhecida comumente como ecstasy, uma das mais usadas atualmente pelo público de festa “rave” e danceterias. A MDMA produz efeitos estimulantes centrais e psicodélicos. 
Seu mecanismo de ação ocorre nos neurônios que sintetizam e liberam o neurotransmissor serotonina (5HT). A liberação de 5HT ocorre na fenda sináptica, inibe sua síntese e bloqueia sua captação (Figura 3). O efeito é o aumento da concentração de 5HT na fenda sináptica e esgotamento da 5HT intracelular. O MDMA promove efeitos serotoninérgicos nos usuários, comparando com os efeitos dopaminérgicos. Os efeitos iniciam em 1 hora após ingestão de dose oral e, em geral, duram 3 a 6 horas.
Figura 3- Mecanismo de ação proposto para a ação do metilenodioxi-metanfetamina (MDMA) (CLARK, 2013)
	Algumas manifestações ocorrem num indivíduo que utiliza o esctasy. Na cardiopulmonar incluem taquicardia, taquipneia, hipertensão, vasoespasmo, hipertensão pulmonar, disritmias e infarto do miocárdio. 
Na parte neurológica, os sintomas incluem midríase, hipertermia, nistagismo, convulsões, esgotamento de dopamina e 5HT, disfunção sexual e síndrome 5HT, especialmente em combinação com outros fármacos serotoninérgicos. No psicológico, o uso do esctasy, dá uma sensação de bem-estar e interatividade social, uma euforia, agitação, ansiedade e alucinações visuais e táteis. Sintomas de psicose ocorrem com o abuso crônico pelos efeitos dopaminérgicos. Sinais e sintomas atingem a parte musculoesquelética do usuário, como atrito dentário (bruxismo), contração da mandíbula, rabdomiólise e aumento da atividade muscular resultando em câimbras. Manifestação clinica acomete o usuário, como desidratação, e hiperglicemia. Um caso preocupante é a hiponatremia, pois a diluição pelo aumento da ingestão de água, somando ao aumento da diurese secundária à inibição do hormônio antidiurético, pode reduzir o sódio e assim causar convulsões.
Seu uso e proibido pelo Ministério da Saúde do Brasil não reconhece nenhum uso terapêutico e proíbe totalmente a produção, comércio e uso do mesmo no território nacional.
O tratamento da ingestão isolada de MDMA é de apoio. A hipertensão refratária é tratada com nitroprussiato ou fentolamina. A hiponatremia assintomática causada pela MDMA é tratada com restrição de líquidos. A hipertermia é utilizada o resfriamento externo agressivo com água gelada e ventiladores e na ansiedade, agitação e convulsões o tratamento é através do medicamento diazepam. 
A eliminação da droga depende parcialmente do metabolismo hepático. Cerca de 65% da dose de êxtase é eliminada sem metabolização, por excreção renal.
REFERÊNCIAS 
CLARK, Michelle A. et al. (). Farmacologia ilustrada. 5. ed. Porto Alegre, RS: Artmed, 2013. 
COCAÍNA 30/08/2007 Maristela Ferigolo, Luciana Signor. Disponível em: <http://www.ibb.unesp.br/Home/UnidadesAuxiliares/CentrodeAssistenciaToxicologica-CEATOX/cocaina.pdf>. Acesso em: 12 de jun. 2018.
Determinação de 3,4-metilenodioximetanfetamina (MDMA). Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-40422009000400026>. Acesso em: 13 de jun. 2018.
Drogas psicoestimulantes: uma abordagem toxicológica sobre cocaína e metanfetamina. Disponível em: <http://www.cpgls.pucgoias.edu.br/7mostra/Artigos/SAUDE%20E%20BIOLOGICAS/Drogas%20psicoestimulantes%20-%20uma%20abordagem%20toxicol%C3%B3gica%20sobre%20coca%C3%ADna%20e%20metanfetamina.pdf>. Acesso em: 13 de jun.2018.
Êxtase (MDMA): efeitos farmacológicos e tóxicos, mecanismo de ação e abordagem clínica. Disponível em: < http://www.scielo.br/pdf/rpc/v35n3/02.pdf>. Acesso em: 14 de jun. 2018.
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