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CURSO: PERÍCIA AMBIENTAL 
 
 1º Módulo: Introdução 
A partir da promulgação da Lei dos Crimes Ambientais (Lei nº 9.605/98), houve 
uma intensa mudança nas rotinas dos tribunais, que já não dão conta de 
inúmeros processos movidos pela coletividade, pelo Ministério Público e pelo 
Estado no exercício da proteção dos recursos naturais, alvo de intensas 
degradações, principalmente após o advento da Revolução Industrial. 
Nas ações judiciais sobre o meio ambiente é que surge a necessidade da 
Perícia Ambiental, prevista no Código de Processo Civil (artigos 420 a 439 da 
Seção VII, Cap. VI – Das Provas). A prova pericial é solicitada sempre que, na 
averiguação da verdade dos fatos, faz-se necessária a atuação de profissionais 
com conhecimentos técnico-científicos especializados. 
Na área ambiental as informações e documentos não bastam para elucidar o 
caso e, muitas vezes, a averiguação da existência do fato danoso e dos efeitos 
prejudiciais depende de prova técnica que somente pode ser produzida por 
profissionais especializados na área. A perícia ambiental é multidisciplinar, e 
pode ser desenvolvida por diversos profissionais formados na área ambiental 
(biólogos, engenheiros, tecnólogos, geólogos, advogados, entre outros). A 
atividade pericial em meio ambiente é regida pelo Código de Processo Civil, 
bem como as demais modalidades de perícias. E, em razão da especificidade 
das questões ambientais, esta atividade deve ser amparada na Legislação 
Ambiental vigente no âmbito Federal, Estadual e Municipal. A Perícia Ambiental 
tornou-se, assim, uma área técnica específica de atuação profissional, sendo o 
seu objetivo, esclarecer tecnicamente a existência ou não de ameaça ou dano 
ambiental. 
Designado pelo Juiz, o Perito Judicial, a priori, é o profissional de confiança do 
Juízo, e muitas vezes, esta confiança esta baseada em atitudes dentro dos 
padrões morais e éticos, em equilíbrio com a capacitação técnica. Logo, o 
Perito deve estar apto a dirimir as dúvidas em fase processual específica e 
preencher os requisitos legais exigidos no Código de Processo Civil (art. 145 e 
§s seguintes). Porém, o que se tem notado na atualidade, é a alta demanda por 
perícias ambientais, e a escassez de profissionais capacitados para a 
realização de periciais ao judiciário, muitas vezes por desconhecimento dos 
transmites que devem ser seguidos durante o processo. 
Neste contexto, o objetivo deste curso será apresentar as principais 
características da perícia judicial, e orientar o futuro profissional, sobre os 
transmites a seres seguidos pelo profissional da área de meio ambiente com 
vistas a atender o judiciário. Na primeira parte do curso, serão apresentadas as 
principais características da perícia e as responsabilidades do perito judicial. A 
segunda e última parte demonstrará os caminhos que o profissional deve 
seguir, desde a sua nomeação como perito, até a concretização do laudo 
pericial. Os referenciais teóricos dos textos que serão discutidos 
posteriormente foram baseados nos autores: Almeida (2008), Juliano (2007) e 
KASKANTZIS (2009), entre outros. 
2º Módulo: Perícia Judicial: Conceitos Iniciais 
Serão apresentados neste primeiro momento, os principais conceitos que 
regem o trabalho da perícia judicial. Definições de: perícia, perito, quesitos, 
provas e laudo pericial, além também dos assistentes técnicos. Os referenciais 
teóricos dos textos que serão discutidos posteriormente foram baseados nos 
autores: Almeida (2008), Juliano (2007) e KASKANTZIS (2009). 
 
 Perícia: definição 
Segundo Juliano (2007,p.05): A perícia é o exame realizado por técnico, ou 
pessoa de comprovada aptidão e idoneidade profissional, para verificar e 
esclarecer um fato, ou estado, ou a estimação da coisa que é objeto de litígio 
ou processo, que com um deles tenha relação ou dependência, a fim de 
concretizar uma prova ou oferecer o elemento que necessita a justiça para 
poder julgar. 
A partir das definições propostas pelo autor, pode-se concluir então: que 
perícia é o processo pelo qual o “especialista”, realiza os exames de 
determinadas situações. Já pela definição de Almeida (2008,p.15), citando o 
dicionário Aurélio: “perícia quer dizer habilidade, destreza, conhecimento, 
ciência, como também vistoria ou exame de caráter técnico e especializado”. 
A etimologia da palavra perícia é derivada do latim perítia, que significa: 
“conhecimento adquirido pela experiência que resulta em saber, talento e 
perícia. É o exame ou vistoria de caráter técnico 
especializado.”(KASKANTZIS,2009,p.06). A perícia pode ocorrer no âmbito 
judicial e extra-judicial. A realização da perícia judicial, foco das discussões 
deste artigo, ocorre quando a prova do fato depende de conhecimento técnico 
ou científico, e desta forma, o juiz necessitará de um perito. 
(JULIANO,2007,p.06). 
Outro ponto importante citado por Juliano 2007, é que os juízes não poderão se 
valer de conhecimentos técnicos pessoais para dispensar a perícia. Almeida 
2008, corroborando as palavras de Juliano 2007 complementa: (...)As perícias 
judiciais são aquelas que ocorrem, portanto, no âmbito da justiça, podendo 
ocorrer em diferentes tipos de ação, tais como: execuções, desapropriações, 
demarcações, alvarás, inventários, usucapião, separação litigiosa, área 
ambiental, entre outras (...) É um direito das partes envolvidas no processo que 
somente poderá ser negado se a prova não necessitar conhecimento técnico, 
se for desnecessária em vistas de outras provas produzidas, ou for impraticável 
a sua verificação.(...)Podem solicitar a perícia, os Juízes, Promotores, 
Autoridades Policiais em Inquéritos criminais, Civil ou Militar. Defensor das 
Partes.(...) 
 
 Peritos e Assistentes Técnicos: Definição 
Uma vez conhecida as definições de perícia, ALMEIDA (2008,p.16), conceitua 
a definição de perito. “O perito é o profissional legalmente habilitado, idôneo e 
especialista, convocado para realizar uma perícia”. O mesmo autor, utilizando 
as definições do dicionário Aurélio, conclui que: “ o perito traduz as qualidades 
de experiente, experimentado, prático, versátil, sabedor, hábil, especialista.” 
Podem ser peritos judiciais os profissionais de nível superior, que comprovarão 
sua especialidade na matéria que irão opinar, mediante certidão do órgão 
profissional em que estiverem inscritos. O Artigo 145, § 1º (CPC), com a 
redação dada pela Lei 7.270/84 reafirma que “os peritos serão escolhidos entre 
profissionais de nível universitário”. Desta forma, pode-se concluir que a perícia 
judicial ambiental, por ser multidisciplinar, poderá ser realizada por qualquer 
profissional de nível superior, capacitado para tal, e que tenha registro em 
conselho de classe, exemplos: biólogos, tecnólogos ambientais, engenheiros, 
geólogos, geógrafos, químicos, além de advogados, economistas, 
administradores, que tenham especialização na matéria ambiental. 
Com relação às possibilidades de atuação do perito judicial, Juliano (2007.p.09) 
explica: Estes peritos nomeados pelo juiz poderão atuar na justiça federal ou 
estadual. O juiz poderá responder por uma ou mais varas, situação freqüente 
em regiões compostas por pequenos municípios que dispõem cada um de uma 
vara cível. O juiz é responsável por duas ou mais varas, também, nos casos de 
férias de outros juízes, ou quando preenche função nos períodos entre a data 
em que um juiz deixa o cargo e a data em que outro assume a titularidade. 
Nesses casos, são chamados de “juízes substitutos”. Tudo que ocorre nas 
varas de justiça cível, se aplicam nas varas federais, sendo assim, as 
condições de mercado são diversas ao perito judicial. 
Quanto à responsabilidade e perfil do profissional da perícia judicial ambiental, 
KASKANTZIS (2009,p.08), explica que “ ele deverá ser: leal, diligente, honesto, 
escrupuloso, cuidadoso, sincero e imparcial. Deve também,é claro, apresentar 
um trabalho de boa qualidade.” Ainda utilizando-se as palavras da 
KASKANTZIS, pode-se compreender que diligências, são todas as atividades 
necessárias à confecção do laudo. As diligências podem ser: (...)Ida a arquivos 
públicos em busca de documentos, a fim de averiguar fatos de que a perícia 
trata ou pretende fundamentar as conclusões do laudo; Ouvir testemunho de 
pessoas que viram ou acompanharam os fatos; Vistorias, registradas ou não, 
com fotos; Reunião com os assistentes técnicos das partes;(...) 
As palavras de KASKANTZIS são fundamentais, porque não existe 
exclusividade nos serviços do perito, pois o mesmo não é um funcionário da 
justiça, sendo assim, nada obriga o juiz a continuar nomeando um profissional 
que presta um serviço aquém do que ele deseja. Da mesma forma, caso o juiz 
seja promovido para outro fórum, e o trabalho seja de qualidade, o perito 
poderá ser nomeado neste novo fórum, podendo assim, aumentar seu campo 
de atuação. 
Com relação aos assistentes técnicos das partes, cada parte tem direito a 
nomear um assistente técnico cada uma para poder acompanhar o processo e 
a atuação do perito nomeado pelo juiz. Juliano (2007,p.17) explica: (...)Cada 
assistente técnico elabora um laudo, assim como o perito, sobre o mesmo 
assunto. Nada impede que os assistentes técnicos assinem juntos o laudo do 
perito, quando concordam com ele. Eles também podem expressar a 
concordância com o laudo do perito através de petições ou pareceres 
isolados.(...). 
Ainda com relação à diferenciação entre perito e assistente técnico, é 
importante complementar as informações com relação aos motivos de 
suspeição e escusa que o perito e os assistentes técnicos estão sujeito. De 
acordo com o § único – redação pela Lei 8.455/92 – “ A escusa será 
apresentada no prazo de cinco dias, contados da intimação ou do impedimento 
superveniente ao compromisso, sob pena de se reputar renunciando o direito a 
alegá-la”. Como explica Juliano (2007,p.22), o perito verificará se há algum 
impedimento ou suspeição legal. Os motivos de suspeição do perito são os 
mesmos dos juízes (Juliano 2007). 
Os motivos podem ser assim exemplificados: - Se o perito for parte no 
processo; Se estiver trabalhando no processo com outra função; Se alguma 
das partes for parente seu, consanquíneo ou afim, em linha reta ou, na 
colateral, até o terceiro grau; Quando pertencer a órgão que a parte é causa; 
Não versar sobre a matéria da perícia; Se for amigo íntimo ou inimigo capital de 
qualquer das partes; Herdeiro ou empregador de alguma das partes; Receber 
dádivas, antes ou depois de iniciado um processo; Aconselhar alguma das 
partes acerca do objeto da causa; Interessado no julgamento da causa em 
favor de uma das partes; (Juliano 2007). 
Por último, pode-se dizer que diferentemente dos peritos e juízes, os 
assistentes técnicos não estão sujeitos a suspeição (Art. 422 do CPC). Sendo 
assim, podem apresentar parentesco com as partes e, até mesmo, trabalharem 
sem receber honorários. Quem paga os honorários do perito, é quem solicita a 
perícia no processo, já cada assistente será pago pelas partes que os 
contratou. (Almeida 2008,p.25). 
 
 Recursos Renováveis e Esgotáveis 
As principais fontes de recursos, utilizadas para satisfazerem às necessidades 
humanas, dividem-se em recursos esgotáveis e recursos renováveis. 
Os recursos esgotáveis são aqueles que, uma vez consumidos, não há como 
serem repostos, uma vez que levaram milhões de anos para se formarem, 
como é o caso dos combustíveis fósseis - petróleo e carvão mineral. Outros 
recursos esgotáveis, usados para geração de energia, são os minerais físseis, 
usados em usinas nucleares. Os recursos renováveis são aqueles que 
constantemente a natureza está repondo, como é o caso de madeiras, carvão 
vegetal, extratos vegetais - óleos, açúcar, álcoois, entre outros. Outros 
recursos, chamados renováveis, são aqueles disponíveis na natureza, como a 
luz solar, a força das marés, a força dos ventos e a geotermia. 
Em períodos geológicos distantes, restos de animais e vegetais depositaram-se 
no fundo de mares e lagos que sob ação de intensa sedimentação, calor e 
pressão transformaram-se me petróleo, encontrado no estado líquido (óleo), 
gasoso (gás natural) e sólido (betume). A importância do petróleo é tão 
inquestionável em nosso tempo que alguns mais exagerados o denominam 
ouro negro dos tempos modernos. Sem dúvida percorrer 400, 500 e até 600 km 
sem necessidade de reabastecer o automóvel, ou percorrer milhares de 
quilômetros sem necessidade de reabastecer a aeronave é uma grande 
conquista da humanidade. A grande portabilidade dessa forma líquida de 
energia é que permitiu o enorme progresso industrial que tivemos e estamos 
tendo nestas últimas décadas. Por outro lado, em todas as fases do uso do 
petróleo e de seus derivados existem pontos de contaminação do meio 
ambiente. 
As outras fontes de energia esgotável, como carvão e usinas termonucleares, 
gerando cerca de 10% do total de energia elétrica do país, são de pequena 
monta. Tanto a queima do carvão, seja para uso siderúrgico, como em 
termelétricas, sempre geram poluição atmosférica. O carvão mineral é um 
combustível fóssil originado do soterramento de antigas florestas em ambientes 
aquático ou subaquático, com pouco oxigênio, durante o período Paleozóico. 
As reservas brasileiras, além de pequenas, são de baixa qualidade, com pouco 
poder calorífico e alto teor de cinzas, o que historicamente dificultou seu 
aproveitamento como fonte de energia no país. Já o combustível nuclear tem 
pontos de poluição desde a sua mineração, assim como no seu transporte, 
processamento e refino, no seu uso em usinas nucleares e na sua disposição 
final, como lixo radiativo. 
A geração de energia elétrica no Brasil está associada às Usinas Hidrelétricas, 
porque cerca de 90% dela é gerada dessa maneira. Nosso país é rico em rios e 
possui um clima caracterizado por altos índices pluviométrico. Os principais 
desníveis e quedas têm um potencial hidráulico estimado em 209 milhões de 
KW, sem considerar as pequenas quedas que, incorporadas, poderiam 
produzir muito mais. A bacia do Paraná possui a maior potência instalada, pois 
cerca de 70% de seu potencial já é aproveitado hoje. Nela está instalada a 
maior Usina Hidrelétrica do mundo, ITAIPU, que significa “a pedra que canta”. 
ITAIPU foi projetada para gerar 12,6 milhões de KW em 18 turbinas de 700 mil 
KW cada. 
As Usinas Hidrelétricas não poluem e a energia elétrica é uma forma “limpa” de 
energia. Do ponto de vista financeiro, usar água como fonte de energia é, 
aparentemente, um bom negócio. Um dos principais problemas nesta forma de 
geração de energia é que os locais onde se pode instalar uma usina geradora, 
normalmente ficam longe de um grande centro consumidor. Nestes casos a 
energia tem que ser gerada em um local e transportada por linhas até os 
centros de consumo. Essa distribuição desperdiça muita energia, ou seja, de 
todo potencial de geração, parte significativa é consumida em perdas no 
transporte. Um problema mais sério, do ponto de vista ecológico, é a inundação 
de grandes áreas, com o desaparecimento de terras férteis e de florestas com 
todos os seus componentes. 
Uma fonte alternativa de combustível líquido é o álcool etílico obtido da 
fermentação da cana-de-açúcar. Outros vegetais também podem fornecer o 
açúcar necessário para a fermentação, como é o caso da mandioca e da 
batata. As imensas áreas passíveis de produção influíram logicamente para a 
escolha desta alternativa energética. O álcool é um combustível melhor do 
ponto de vista ecológico por gerar menos poluentes quando queimado no 
motor à explosão, uma vez que, o gás carbônico gerado do álcool já está 
computado no ciclo biogeoquímico, enquanto que o da gasolina não. 
Outras fontes de energia renováveis, comoeólica, solar, geotérmica, de 
biomassa e de marés, são muito pouco expressivas, principalmente devido ao 
alto custo de geração, ou de aproveitamento Uma das mais difundidas é a 
energia solar que pode ser usada como fonte de calor e para geração de 
energia fotovoltáica. O aproveitamento da energia solar como fonte energética 
tem suas aplicações em aquecimento de água, de residências, de estufas, ou 
refrigeração. 
A energia eólica é aproveitada em pequena escala tanto como força motriz 
para bombas (normalmente de água de poço ou nas salinas) como para 
geração de energia elétrica, quando o cata-vento é acoplado a um gerador. Os 
problemas de ruído podem ser contornados, com a implantação em áreas 
afastadas, mas os custos de implantação ainda não foram devidamente 
equacionados. 
O calor da região abaixo da Crosta Terrestre (manto) pode ser aproveitado 
tanto para aquecimento direto, como para aquecimento de água com geração 
de vapor, com o qual se pode movimentar turbo-geradores para produzir 
energia elétrica. Para ser eficiente o sistema necessita operar com altas 
temperaturas, presentes somente em grandes profundidades. O custo de 
perfurar e manter esses sistemas profundos ainda está inviabilizando o uso 
dessa forma de energia. 
O movimento das ondas, provocado pelos ventos, e o movimento das marés, 
provocado pela posição da Lua, pode ser aproveitado transformando o sobe e 
desce de uma bóia, acoplada a um braço, em energia motora, com a qual se 
pode movimentar equipamentos, diretamente, ou geradores de energia elétrica. 
O custo das instalações, somado ao custo dos equipamentos especiais, para 
suportar a agressividade do ambiente marinho, e aliados à baixa amplitude das 
ondas e o grande período entre as marés, são fatores que ainda limitam a 
aplicabilidade do aproveitamento desta forma de energia renovável. 
Uma outra fonte de energia renovável está associada à biomassa. A biomassa 
é constituída de restos, de vegetais, de animais, de estrume, etc. O 
processamento da biomassa gera um gás combustível e a biomassa 
processada é um excelente adubo. É uma fonte de energia que tem crescido 
ultimamente, com a instalação de biodigestores nas cidades, para tratamento 
do lixo doméstico. 
Nas pequenas comunidades, ou fazendas, onde há dificuldade na instalação 
de rede elétrica, é uma alternativa bastante viável. Sob a ação de 
microorganismos, a biomassa fermenta, gerando gás rico em metano, gás 
carbônico e água. Se o teor de gás carbônico for alto, o gás tem baixo poder 
calorífico, o que ocorre normalmente. Por isso não tem sido uma alternativa 
energética muito interessante. 
 
 
 
 
 
 
 
3º Módulo: Provas, Quesitos e Laudo Pericial 
Segundo Almeida (2008,p.37): (...)A prova pericial consiste em exames, 
vistorias e avaliação. Como o juiz não é conhecedor de todas as técnicas 
disponíveis, e não possui conhecimentos científicos ou técnicos para tal, nem 
deveria conhecer, é claro, ele procura e nomeia pessoas de “sua confiança”, 
que atendam a matéria a ser julgada. (percebam, a nomeação depende de um 
bom trabalho do perito)grifo meu (...). 
Segundo o CPC, código processual civil de 2002: “Todos os meios legais, bem 
como os moralmente legítimos, ainda que não especificados nesse código, são 
hábeis para provar a verdade dos fatos em que funda a ação ou a defesa”. São 
Provas, portanto, aceitas: Depoimento Pessoal; Confissão; Exibição de 
documentos ou coisa; Prova testemunhal; Prova Pericial, e estas provas 
resultarão no laudo pericial (JULIANO,2007,P.39). 
O laudo pericial é o resultado da perícia, expresso em conclusões escritas e 
fundamentadas, onde serão apontados os fatos, circunstâncias, princípios e 
parecer sobre a matéria submetida a exame do especialista, adotando-se 
respostas objetivas aos quesitos (JULIANO 2007, apud BUSTAMANTE 1994). 
Ainda sobre os laudos, KASKANTZIS (2009,P.49), explica que: (...)dentro da 
qualidade do trabalho, o perito deve apresentar os seus laudos de maneira 
clara, sem ser prolixo, com fundamentação técnica necessária, cumprindo o 
prazo determinado para a entrega do laudo, além do mais, o juiz não está 
adstrito ao laudo pericial, podendo assim, utilizar outros elementos ou fatos 
provados no processo para formar a sua convicção.(...) 
Sobre os quesitos, pode-se afirmar que são perguntas ou questões formuladas 
ao perito e assistentes técnicos, concernentes aos fatos da causa, que 
constituem o objeto da perícia. Os quesitos estão sujeitos à aprovação do juiz, 
e pelas palavras de Almeida (2008), pode-se verificar ainda: Os quesitos de 
uma perícia ambiental são as questões formuladas pelas partes envolvidas no 
processo e que devem ser respondidas de forma técnica e imparcial, buscando 
esclarecer os interessados a respeito da matéria em análise. Para se 
responder os quesitos de uma perícia ambiental utilizam-se dados técnicos das 
normas, fotografias, referências bibliográficas especializadas, modelos 
matemáticos, questionários de respostas, visitas ao local em análise, 
resultados de análises de laboratório, entre outros. (ALMEIDA,2008,P.35). 
Complementando a definição de Almeida, Juliano 2007 apud Bustamante 1994 
explica: Na maioria das vezes, os quesitos são formulados pelos advogados 
das partes, sendo que o mais indicado seria que o fizessem sob a orientação 
de seus respectivos assistentes técnicos, se estes tiverem sido indicados, pois 
as argüições devem ser pertinentes à matéria em causa, envolvendo questões 
técnicas a serem elucidadas pelo perito e pelo assistente técnico da parte 
contrária. 
Segundo as informações contidas no CPC (Código Processual Civil), 
conceitua-se finalmente sobre os quesitos: Art. 425-CPC – Poderão as partes 
apresentar, durante a diligência, quesitos suplementares. Da juntada dos 
quesitos aos autos dará o escrivão ciência à parte contrária. Art. 426-CPC – 
Compete ao juiz: I- indeferir quesitos impertinentes; II- formular os que 
entender necessários ao esclarecimento da causa 
 Prazos da perícia judicial 
As atividades que envolvem a perícia judicial, de acordo com o CPC, possuem 
prazos que precisam ser observados e respeitados por todos os envolvidos no 
processo. O laudo do perito, por exemplo, deve ser apresentado no prazo 
fixado pelo juiz, e sempre com antecedência igual ou maior a 20 (vinte) dias da 
audiência de instrução e julgamento. Caso o perito não consiga realizar o laudo 
dentro do tempo fixado pelo juiz, ele deverá pedir prorrogação. Deve-se 
respeitar o prazo dado pelo juiz, podendo solicitar prorrogação por apenas 1 
(uma) vez, deixando claro no pedido, os motivos que o levam a pedir a 
prorrogação. (KASKANTZIS, 2009,P.56). 
Ainda segundo Juliano (2007,P.44), os motivos mais frequentes são: Perícia 
muito extensa; Acúmulo sazonal de perícias; Grande volume de trabalho, 
acumulando atividades judiciais e extrajudiciais; Dificuldade de encontrar 
alguém que dê acesso ao interior do imóvel objeto de perícia. Uma vez 
entregue o laudo do perito, os assistentes técnicos apresentarão os seus 
laudos até 10 dias após a apresentação do laudo do perito. A apresentação do 
laudo do assistente independe de sua intimação, cabendo à parte interessada 
providenciar para que este apresente o laudo dentro do prazo. A entrega do 
laudo do assistente técnico fora do prazo autoriza a sua retirada dos autos, 
quando é requerida pela outra parte. (ALMEIDA 2008, JULIANO 2007 e 
KASKANTZIS, 2009). 
 
 Legislação Nacional 
Didaticamente podemos dividir o estudo do Direito em duas grandes áreas: o 
público e o privado. Naquele tratamos de uma gama de direitos comuns aos 
cidadãos enquanto este trata dos direitos particulares do cidadão. No direito 
privado a propriedade é o principal instituto. No direito público o bem estar 
comum. 
O Direito Ambiental por sua vez caracteriza-se por pertencer a uma 
pluralidadede sujeitos não identificáveis, mas que pode ser exercido a 
qualquer tempo. Acima de qualquer interesse está o da sociedade. É o que 
chamamos de Direito Difuso. 
O Direito existe pelo homem e para o homem. Desta forma, todo o 
disciplinamento intentado pelo legislador no âmbito de resguardar recursos 
naturais, vivos ou não, deve ser feito, através da lente da equidade social. 
Enfim, é preciso que saibamos os diversos aspectos, ou os vários sentidos, em 
que se fala de Direito Ambiental. Um dos aspectos é o do meio ambiente 
propriamente dito, isto é, dos recursos naturais existentes (ar, água, flora, 
fauna, etc.). 
Outro aspecto é o do ambiente criado pelo homem, isto é, o ambiente 
eminentemente humano tais como praças, ruas, edifícios, obras, etc. Por último 
o ambiente do trabalho, onde aspectos relacionados como iluminação, 
ventilação, ruídos, temperatura, dentre outros são importantes. Assim, pode-se 
conceituar Direito Ambiental como: 
“Conjunto de princípios, institutos e normas sistematizadas para disciplinar o 
comportamento humano, objetivando proteger o meio ambiente”. 
Admitir-se que existe um Direito Ambiental exige, no mínimo, que se conceitue 
os princípios norteadores da aplicação da legislação ambiental. 
a) Princípio da Prevenção ou Precaução: Este é o maior e mais importante 
ordenamento jurídico ambiental, considerando que a prevenção é o grande 
objetivo de todas as normas ambientais, uma vez que, desequilibrado o meio 
ambiente a reparação é na maior parte das vezes uma tarefa difícil e 
dispendiosa. Os instrumentos da Política Nacional do Meio Ambiente 
(Licenciamento, EIA, zoneamento) estão fundados nesse princípio. 
b) Princípio da Cooperação: Significa dizer que todos, o Estado e a Sociedade, 
através de seus organismos, devem colaborar para a implementação da 
legislação ambiental, pois não é só papel do governo ou das autoridades, mas 
de cada um e de todos nós. 
c) Princípio da Publicidade e da Participação Popular: Importa afirmar que não 
se admite segredos em questões ambientais, pois afetam a vida de todos. 
Tudo deve ser feito, principalmente pelo Poder Público, com a maior 
transparência possível, e de modo a permitir a participação na discussão dos 
projetos e problemas dos cidadãos de um modo geral. 
d) Princípio do Poluidor-pagador: Apesar de um princípio lógico, pois quem 
estraga deve consertar, infelizmente ainda não é bem aceito na prática, ficando 
para o Estado esta obrigação de recuperar e para a sociedade o prejuízo, e 
para o mal empreendedor somente o lucro. 
e) Princípio In dúbio pro natura: É uma regra fundamental da legislação 
ambiental, que leva para a preponderância do interesse maior da sociedade em 
detrimento do interesse individual e menor do empreendedor ou de um dado 
projeto. 
A Constituição de um país á a sua Lei Maior. O Direito Ambiental que integra o 
Sistema Jurídico Nacional se apóia na Carta Magna. O Legislador Constituinte 
de 1988 dedicou especial atenção ao tema, reservando um capítulo da 
constituição, para tratar do meio ambiente. O Capítulo VI do Título VIII, no art. 
225, cuja transcrição é obrigatória diz: 
“Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso 
comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder 
Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes 
e futuras gerações” 
O termo Todos significa que qualquer pessoa é sujeito de direitos relacionados 
ao meio ambiente. Na linguagem jurídica o bem de uso comum abrange todos 
os bens (tudo que possa ser valorado) que não pertencem a ninguém 
especificamente, entretanto, que possam ser utilizados por qualquer um, a 
qualquer tempo, sem qualquer ônus (como por exemplo: água, ar, luz solar, 
etc). 
O sentido da qualidade de vida é amplo e abrange todos os aspectos da vida 
humana, tais como transporte coletivo, segurança pública, comunicações, 
hospitalais, lazer, habitação, enfim, tudo o que possa conduzir a um nível de 
bem estar do cidadão. A responsabilidade pelo meio ambiente ecologicamente 
equilibrado não está restrita ao Poder Público constituído (seja Federal, 
Estadual ou Municipal). O termo preservar para gerações futuras está 
associado ao desenvolvimento sustentável. 
 
 Órgãos e Competências Legais 
A Constituição Federal de 1988 alterou a competências ambientais, 
descentralizando a competência para legislar sobre o meio ambiente, que 
antes era concentrada na União. Conforme consta no Art. 2 da Constituição, a 
competência privativa da União fica restrita às matérias que tratam das águas, 
energia, navegação fluvial, lacustre e marítima, aérea e aeroespacial, trânsito e 
transporte, recursos minerais e 
Atualmente, tem-se a competência concorrente em matéria ambiental conforme 
consta no Art. 24 da Constituição Federal. Portanto, cada Estado da Federação 
tem competência legislativa concorrente com a União para fazer leis em 
matéria Ambiental. Cabe salientar que o princípio da hierarquia das leis deve 
ser respeitado. 
O município também é um ente da Federação e pode legislar em matérias 
ambientais de interesse local, podendo ser mais restritiva, e suplementando a 
legislação federal e estadual. O Art. 30 da Constituição trata da competência 
municipal para legislar as matérias ambientais de interesse local. 
 
 
4º Módulo: Perícia Judicial: Da nomeação à entrega final do laudo pericial 
Na última parte deste artigo, serão discutidos aspectos inerentes ao processo 
da perícia judicial. Da nomeação às diligências e formulação do laudo, até 
finalmente a entrega do laudo e a análise do juiz. Os referências teóricos dos 
textos que serão discutidos posteriormente foram baseados nos autores: 
Almeida (2008), Juliano (2007) e KASKANTZIS (2009). 
 
 Nomeação e início da perícia 
Segundo Juliano (2007,P.33): O profissional é nomeado pelo juiz através de 
despacho no processo, fixando de imediato a prazo de entrega do laudo.Os 
autos de um processo são uma sucessão de documentos que são juntados por 
ordem de chegada. O perito é intimado, em documento próprio, através de um 
oficial de justiça. O oficial de justiça procurará o perito no endereço fornecido 
pelo mesmo ao cartório onde pretende prestar os serviços. O endereço pode 
ser o de sua residência ou local de trabalho. Após o oficial de justiça intimar 
pessoalmente o perito, que assinará no verso do documento de intimação, ele 
devolve o documento ao cartório, que juntará a intimação ao processo. O perito 
terá 5 dias para recusar a nomeação. Caso recusar, a recusa deverá ser 
fundamentada (conforme os motivos de suspeição e/ou proibição já citados). 
Grifo meu. Uma vez aceita, a função do perito deverá ser cumprida. O perito 
poderá ser também, intimado nos autos. Não é necessário, neste caso, que 
seja elaborado o documento de intimação do perito. A intimação nos autos é 
realizada na última folha do processo, através de um carimbo. 
Atualmente, os peritos têm deixado o contato diretamente na vara que 
pretendem prestar o serviço, pois assim, podem ser acionados mais facilmente, 
e acabam reduzindo os custos do judiciário, que não precisa acionar os 
serviços de um oficial de justiça. (ALMEIDA,2008,P.25). Ainda com relação à 
nomeação, KASKANTZIS, 2009 apud Juliano 2007 explica: “Após receber a 
intimação e sua nomeação, o perito deve estudar os autos, visando 
acrescentar uma proposta. A proposta de honorários será feita através de uma 
petição”. Juliano (2007,P.49), com vistas a orientar a correta execução do 
trabalho do perito explica: “Sempre que possível, a petição deve constar uma 
solicitação de adiantamento de honorários. É recomendável que o perito faça a 
proposta de honorários após tomar conhecimento dos quesitos das partes, a 
fim de saber a extensão que terá que desenvolver e, assim, calcular os 
honorários.” 
Almeida(2008,P.37), complementando as explicações de Juliano (2007.P.49) 
completa: (...)Os honorários do perito devem ser integralizados logo que 
concluída a perícia e entregue o laudo.Quando os honorários do perito são 
depositados para posterior retirada, estes são reajustados monetariamente, 
através de conta poupança. Os honorários do perito são protegidos 
monetariamente contra eventual inflação. O não pagamento do adiantamento 
de honorários do perito deixa sujeito o processo a sua extinção. Isto vem, de 
certa forma, proteger os honorários do perito.(...). 
Após a nomeação, o perito dirige-se ao cartório da vara em que foi nomeado e 
retira pessoalmente o processo, deixando registrada a data de retirada do 
processo dando assim o início aos trabalhos. São realizados os contatos com 
os assistentes técnicos, e iniciam-se as diligências que serão realizadas com 
vistas a levantar a prova pericial e concluir através do laudo pericial. (ALMEIDA 
2008,P.39). 
 
 Leis e Normas Ambientais 
A Lei no 4.771/65, ou o Código Florestal define dois tipos de florestas de 
preservação permanente: a) por força de lei e, b) por disposição do Poder 
Público. Neste sentido o Decreto no 1.282/94 também traz regras claras com 
respeito a exploração de florestas, manejo florestal sustentável, princípios e 
fundamentos técnicos para o manejo, confere ao IBAMA competência para 
definir áreas de exploração de madeiras, o corte raso na Amazônia para 
projetos sociais e de desenvolvimento, a reserva legal (50%) e a reposição 
florestal. 
Em relação à fauna, a Lei no 5.197/67, trata deste assunto. Os animais são 
patrimônio nacional, proíbe a caça profissional e veda o comércio de animais. 
O Código de Pesca, Decreto – Lei no 221/67, pretende disciplinar cuidados 
acerca dos animais aquáticos, pesca, suas modalidades, sanções, cuidados, 
entre outros. 
Em 1985 surge, com a Lei no 7.347/85, um dos instrumentos de proteção 
ambiental mais eficazes, a Ação Civil Pública, instrumento jurisdicional 
importante do qual pode o cidadão fazer uso quando se sentir prejudicado. 
Esta Lei será tratada com maiores detalhes na seqüência. 
Em relação a biossegurança e às regras para manipulação genética segura, 
surge em 1995, para disciplinar o dispositivo constitucional a Lei no 8.974/95, 
regulada pelo Decreto no 1.752/95. Todas as regras e técnicas de engenharia 
genética para instituições no tocante à manipulação genética e liberação no 
ambiente de organismos geneticamente modificados estão aqui apresentadas. 
Atualmente, transita no Congresso o Projeto de Lei 2401/03 (Lei da 
Biossegurança) que trata do plantio e comercialização de sementes 
trangênicas. 
Uma lei polêmica foi a de no 9.279/96 que trata da propriedade intelectual, ou 
lei de patentes. Ela se aplica tanto para produtos quanto para processos ou 
modelos de utilidade. Proíbe o patenteamento de animais ou vegetais, 
autorizando apenas aos microorganismos transgênicos se cumpridos os 
requisitos de novidade, atividade inventiva e aplicação industrial. 
Internacionalmente os EUA, Japão, México, Austrália, Canadá, Coréia do Sul, 
Panamá, Chile, Tailândia e Indonésia concedem direitos de propriedade 
intelectual por patenteamento para plantas, animais e microorganismos 
transgênicos e seqüências específicas de DNA. Na esteia da lei de patentes 
veio a Lei no 9.456/97, a lei de cultivares (plantas advindas de melhoramento 
genético) e propriedade industrial. 
Finalmente, a Lei no 9.605/98 – a lei de crimes ambientais ressaltou alguns 
aspectos importantes: a) o crime ocorre por ação ou omissão; b) a 
responsabilidade é pessoal (física) e também jurídica; c) sanções alternativas; 
d) o funcionário público responde na medida do dano (co-responsabilidade por 
omissão). Além de reafirmar outras: a) sanções; b) agravantes e atenuantes; c) 
os crimes em espécie; d) o cálculo das multas. 
 
 Ação Civil Pública 
Um grande avanço, sem dúvida, foi o advento da chamada Lei de Ação Civil 
Pública – Lei No 7.347 de 1985, que atribui legitimidade ao Ministério Público e 
as Entidades Civis (ONG’s) para ajuizar ações contra os infratores da 
legislação ambiental e de outros direitos e interesses chamados difusos e 
coletivos. 
Antes da Lei 7347/85 se uma empresa estivesse, por exemplo, poluindo o ar, 
somente os vizinhos - confrontantes poderiam pensar em promover uma ação. 
Hoje a sociedade tem o poder de ação, através do Ministério Público ou de 
alguma associação criada para o fim de proteger o meio ambiente. 
Esta lei tem como objetivo principal disciplinar a Ação Civil Pública de 
Responsabilidade por Danos Causados ao Meio Ambiente, ao Consumidor, a 
Bens de Direito de Valor Artístico, Estético, Histórico, Turístico e Paisagístico. 
Inovação que também merece destaque é a instituição do Inquérito Civil 
Público, previsto no art. 8º, da Lei 7347/85, que pode ser instaurado pelo 
Ministério Público para apuração e investigação de qualquer denúncia relativa 
a ofensa à direitos e interesses difusos e coletivos, como é o caso da lesão 
ambiental. 
O Inquérito Civil Público é sempre presidido por um promotor de justiça, e para 
tanto pode requisitar informações e documentos de qualquer entidade pública e 
privada, assim como notificar pessoas físicas ou jurídicas para prestarem 
declarações sobre fatos de que tenham conhecimento. O referido instrumento, 
de natureza inquisitória, serve como base para o ajuizamento da Ação Civil 
Pública ou de outras medidas judiciais cabíveis para a prevenção ou reparação 
do dano ambiental. 
 
 Perícia Ambiental 
Desde a instituição dos diplomas legais acima citados e com o advento da Lei 
dos Crimes Ambientais (Lei nº 9.605/98), os tribunais dão conta de inúmeros 
processos movidos pela coletividade, pelo Ministério Público, pelo Estado ou 
pelo particular no exercício da proteção aos direitos individuais e coletivos na 
esfera do meio ambiente. O dano ou a ameaça ao meio ambiente é o objeto 
principal destas lides. 
Nas ações judiciais sobre o meio ambiente que se destaca a Perícia Ambiental. 
Prevista no Código de Processo Civil (artigos 420 a 439 da Seção VII, Cap. VI 
– Das Provas), a prova pericial é solicitada sempre que, na averiguação da 
verdade dos fatos, faz-se necessária a atuação de profissionais com 
conhecimentos técnico-científicos especializados. Na área ambiental as 
informações e documentos não bastam para elucidar a lide, muitas vezes a 
averiguação da existência do fato danoso e dos efeitos prejudiciais depende de 
prova eminentemente técnica que somente pode ser produzida por 
profissionais especializados na área, é neste momento que se faz necessário a 
perícia ambiental. 
A Perícia Ambiental tornou-se, assim, uma área técnica específica de atuação 
profissional. O objetivo da perícia é esclarecer tecnicamente a existência ou 
não de ameaça ou dano ambiental. Ela é realizada por profissional 
especializado na área.A atividade pericial em meio ambiente é regida pelo 
Código de Processo Civil, bem como as demais modalidades de perícias. E, 
em razão da especificidade das questões ambientais, esta atividade deve ser 
amparada na Legislação Ambiental vigente no 
Logo, além dos requisitos morais e éticos inerentes a esta função, o Perito 
deve ser capacitado tecnicamente no tema de meio ambiente a ele designado. 
Deve estar apto a dirimir as dúvidas apresentadas através dos quesitos em 
fase processual específica e preencher os requisitos legais exigidos no Código 
de Processo Civil (art. 145 e §s seguintes). 
Designado pelo Juiz, o Perito do Juízo atua como Auxiliar da Justiça 
assessorando o juiz na formação de seu convencimento. Trata-se da pessoa 
de confiança do Magistrado e produz ao final dos trabalhos o Laudo Pericial. A 
fundamentação do Laudo Pericial e responsabilidade do perito sobre as 
informações prestadas por ele são tratadas, respectivamente,no art. 429 e 147 
do Código Processual Civil (CPC). 
Observe-se que é direito das partes nomearem Assistentes Técnicos dentre os 
profissionais especializados e que forem de sua confiança. Estes profissionais 
irão orientá-los e assisti-los nos trabalhos periciais em todas as fases da perícia 
e, quando necessário, emitirão um Parecer Técnico. Diferentemente dos 
Peritos do Juiz, os Assistentes Técnicos não estão sujeitos a impedimento ou 
suspeição (art. 422 do CPC). Importante atuação dos Assistentes Técnicos é a 
de, durante os trabalhos de perícia, deixar transparecer os mesmos padrões 
exigidos pela legislação aos Peritos do Juízo, quais sejam, a capacidade 
técnica comprovada e os compromissos morais e éticos. 
No laudo ou parecer técnico o que importa é a fundamentação técnica, que 
deve ser calcada em elementos objetivos, analisados e interpretados por 
métodos adequados, que conduzam a conclusões técnicas irrefutáveis. Inúteis, 
também, são as considerações de ordem jurídica, que alguns peritos e 
assistentes técnicos se permitem enxertar no laudo e parecer técnico, 
esquecidos de sua missão que é meramente técnica, sendo esta tarefa 
exclusiva dos advogados. 
O que se requer do laudo ou parecer técnico é o aclaramento das questões 
técnicas, submetidas à apreciação pericial. Por isso, há de ser objetivo e 
conclusivo, afirmando ou negando o que foi indagado nos quesitos, sem 
omissões ou evasivas e, obviamente, sem desvios ou falsidades nas suas 
informações e conclusões. Laudos omissos, facciosos, confusos ou não 
conclusivos são imprestáveis. 
Sendo a prova pericial, a rainha das provas, tomamos a direção desta seara 
para suprir as necessidades e expectativas de nossos clientes, buscando 
sempre mostrar e defender seus interesses nas discussões técnicas jurídicas, 
o que se faz necessário tomar algumas medidas de ordem prática na condução 
desta fase técnica do processo. 
O Perito Judicial, a priori, é o profissional de confiança do Juízo, e muitas 
vezes, o que os fatos nos tem demonstrado, esta confiança esta baseada 
somente, em atitudes dentro dos padrões morais e éticos, deixando de lado o 
terceiro fator que equilibra esta árdua tarefa, a capacitação técnica. 
Como consideramos que moral e ética são condições inerentes ao exercício da 
função do Perito Judicial, e dispensam qualquer tipo de questionamento, 
deparamos sim na capacitação técnica e preparo dos profissionais, o que nos 
leva sempre a tomar vários cuidados na condução dos casos, principalmente 
atuando como Assistentes Técnicos em defesa de nossos clientes. 
 Então, como deve atuar um Assistente Técnico? 
 Deve estar tecnicamente preparado e habilitado na matéria que irá discutir; 
Deve estudar e conhecer o problema, para que tenha suas próprias 
convicções; 
 Deve participar em conjunto com o advogado, no que lhe compete 
tecnicamente, na elaboração da inicial, contestação e quesitos; Deve estar 
junto ao Perito Judicial para ajudá-lo e convencê-lo de suas convicções; 
 Deve participar, se assim for aceito pelo Perito Judicial, na elaboração do 
Laudo; 
 Deve sempre estar a disposição dos advogados, perito e interessados, para 
dirimir duvidas e participar intensamente da produção da prova pericial e; 
 Deve administrar tecnicamente o que lhe compete, com clareza e 
objetividade, para sempre que solicitado prestar esclarecimentos aos 
advogados e interessados. 
Sabemos, que a Prova pericial, como sendo a "Rainha da Provas", deve ser 
produzida com muita atenção, zelo e competência, sob pena, depois de 
encaminhada ao juízo, ver todo o trabalho perdido e interesses comprometidos, 
amargando assim, prejuízo material e insatisfação do cliente final. 
Assistência Técnica Judiciária é uma atividade que envolve, competência 
técnica, interesse, trabalho, ética, comprometimento com as causas do 
interessado, e o mais importante, vontade de sempre vencer. Sempre dizemos, 
antes da discussão de qualquer matéria técnica, consulte sempre um perito da 
área. 
As perícias ambientais envolvendo áreas da engenharia devem ser conduzidas 
por profissionais de nível superior, com registro profissional em órgão 
competente e conforme regem as atribuições profissionais segundo as leis 
federais, resoluções do CONFEA e normas técnicas mostradas abaixo. 
• Lei Federal no 5194 de 21/12/1966 - Exercício da profissão de Engenheiro; • 
Resolução no 205 de 30/10/1973 - Código de ética profissional; 
• Resolução no 218 de 27/06/1973 – Atribuições profissionais; 
• Resolução no 345 de 27/07/1990 – Exercício de atividades de Avaliações; 
• Normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT); 
• Constituição, Leis Ambientais Federais, Estaduais e Municipais, Código e 
Defesa do Consumidor; CONAMA; Código Florestal, entre outros. 
Os quesitos de uma perícia ambiental são as questões formuladas pelas partes 
envolvidas no processo e que devem ser respondidas de forma técnica e 
imparcial, buscando esclarecer os interessados a respeito da matéria em 
análise. Para se responder os quesitos de uma perícia ambiental utilizam-se 
dados técnicos das normas, fotografias, referências bibliográficas 
especializadas, modelos matemáticos, questionários de respostas, visitas ao 
local em análise, resultados de análises de laboratório, entre outros. 
O laudo pericial é o documento que apresenta os resultados da perícia 
ambiental. Não existe um formato padrão para este tipo de documento, mas 
recomenda-se que contenha, no mínimo, as seguintes informações: 
• Identificação do processo e solicitante da perícia; • Identificação das partes 
envolvidas; 
• Descrição do objeto da perícia; 
• Apresentação da equipe de trabalho (perito e assistente técnico); 
• Relação dos documentos e informações utilizados (fornecidos, leis e normas); 
• Data, hora e período de tempo das diligências; 
• Descrição dos dados e informações disponíveis para fundamentar a análise e 
as respostas dos quesitos da perícia em execução e as conclusões. 
• Identificação do perito ou assistente técnico, registro profissional, registro 
geral, assinatura do profissional, data. 
Considerando que a perícia ambiental está, geralmente, relacionada com 
impactos e danos causados ao meio ambiente, não se pode deixar de 
considerar no trabalho a análise dos fatores abióticos (clima, atmosfera, 
hidrologia, geologia, etc.), fatores bióticos (microorganismos, flora e fauna) e 
dos fatores sócio-econômicos (cultura, religião, nível social, raça, etc.). De um 
modo geral, o Perito Ambiental atua mais nos fatores abióticos e bióticos, 
entretanto, em alguns casos, os fatores sócio-econômicos podem 
desempenhar papel preponderante. 
A seqüência apresentada trata de uma sugestão que na maioria dos casos não 
se tem ou não são necessários todos os elementos abaixo listados. Para cada 
caso específico são importantes os itens mais relacionados com o problema 
ambiental em estudo. 
 
 
5º Módulo: Confecção do laudo pericial 
Uma vez finalizado os trabalhos e levantadas as provas, inicia-se a confecção 
do laudo pericial. Segundo KASKANTZIS (2009,P.60): (...)O laudo deve ser 
objetivo e conciso, com cuidados para não ser prolixo. Laudos extensos correm 
o risco de não serem lidos. O laudo deve ser entregue dentro do prazo 
estipulado pelo juiz em despacho no processo. Caso não for possível realizar o 
laudo no prazo, deve ser requerida prorrogação ao juiz. O laudo deve ser bem 
fundamentado. Para tanto, poderá ser instruído com fotos, plantas, desenhos, 
registros de imóveis e outras quaisquer peças.(...). 
Se os assistentes técnicos concordarem com o laudo, poderão assinar juntos 
com o perito, ou mesmo, apresentar seu próprio parecer contestando algum 
ponto do laudo do perito que não concorda, ou até fazendo uma petição 
concordando ou discordando com o perito. Ao finalizar o laudo,o perito deve 
fazer uma petição de honorários, revalidando ou não a proposta que já havia 
feito. Segundo Almeida (2008,P.48): “Todos os honorários são depositados em 
conta especial da justiça, com rendimentos mensais, devem ser retirados 
mediante alvarás, para cuja obtenção é necessário fazer-se petição ao juiz que 
nomeou perito para a sua conseqüente liberação.” 
Sobre a cobrança e o levantamento de honorários, Juliano (2007,P.52) 
complementa: (...)Muitas vezes os honorários são pagos diretamente ao perito, 
através de seu advogado. Essa maneira é mais prática. Dispensa a confecção 
de petição requerendo alvará para retirar quantia depositada; dispensa o 
cartório da confecção do documento de alvará; dispensa o juiz da conseqüente 
assinatura de alvará e, por fim, dispensa a ida do perito ao banco onde está 
depositado o valor. A economia de tempo é grande e evita-se o trabalho 
desnecessário. Essa prática em nada compromete a honra ou ética do perito; 
simplesmente contribui para maior fluidez da justiça, estigmatizada pela 
morosidade.(...) 
O laudo deverá ser entregue no cartório onde foi nomeado. Neste momento 
poderá ser devolvido o processo. Após a entrega do laudo, as partes falarão a 
respeito do mesmo.(JULIANO 2007,P.53). Sobre a entrega do laudo, e os 
caminhos possíveis após este procedimento, KASKANTZIS (2009,P.65) 
explica: O juiz não está restrito ao laudo, podendo valer-se de outros elementos 
de prova existentes nos autos, inclusive pareceres técnicos e dados oficiais 
sobre o tema objeto da prova. Ele poderá adaptar elementos do laudo do 
perito, dos laudos dos assistentes técnicos, juntamente com outros dados 
científicos obtidos nos autos. Caso o juiz recuse o laudo, rejeitando o seu teor, 
deverá na sentença expor os motivos, de modo satisfatório, de seu 
convencimento. 
Após a análise do laudo, as partes poderão requisitar esclarecimentos do perito 
e dos assistentes técnicos, podendo inclusive o juiz, intimá-los a comparecer 
na audiência. Porém os mesmos somente terão a obrigatoriedade de 
comparecer na audiência, caso tenham sido intimados cinco dias antes da 
audiência. (KASKANTZIS, 2009,P.67). Sobre a ida do perito a uma audiência, 
Almeida (2008,P.65) explica: (...)limita-se a esclarecimentos às partes. O perito 
é intimado a comparecer à audiência para esclarecer dúvidas que uma ou 
ambas as partes tenham com relação a determinados pontos do laudo. A parte, 
através de seu advogado, requer que o perito preste esclarecimentos em 
audiência. As dúvidas e esclarecimentos da parte têm que ser formulada por 
escrito com antecedência, sob forma de quesitos, de maneira que o perito 
possa tomar ciência e pesquisar no laudo e melhorar a elucidação.(...) Na 
audiência o quesito de esclarecimento é lido pelo juiz, dirigindo-se ao perito. 
Por sua vez, o perito presta, verbalmente, o esclarecimento ao juiz, que após 
escutar cada afirmação concatenada, dita para o escrivão datilografar os 
termos. Após o perito ter prestado todos os esclarecimentos, juiz e as partes 
assinam o documento. (...). 
Com relação à avaliação do laudo pericial e do resultado da perícia, existe a 
possibilidade da realização de nova perícia. Isto ocorre quando o juiz solicita 
nova pericia por que a matéria ainda não está suficientemente esclarecida 
(Almeida 2008,P.66) Sobre esta nova perícia, os artigos 438 e 439 do CPC 
complementam importantes informações: 
(...)Art. 438 -CPC – A segunda perícia tem por objeto os mesmos fatos sobre 
que recaiu a primeira e destina-se a corrigir eventual omissão ou inexatidão 
dos resultados a que esta conduziu. Art. 439 -CPC – A segunda perícia rege-se 
pelas disposições estabelecidas para a primeira. (...). 
 
 Perícia Ambiental - Exame Do Local 
1.1. Localização da Área: Apresentar mapas da área em análise em escala 
compatível indicando o local e vizinhança. Utilizar preferencialmente as 
coordenadas geográficas em unidades técnicas métricas. 
1.2. Situação Legal da Área: Verificar se a área é pública ou privada, a qual 
unidade da federação pertence e se é considerada uma área de proteção 
ambiental. Descrever sucintamente a que se destina e qual o seu uso atual. 
1.3. Clima: Realizar o levantamento climatológico regional (índice 
pluviométrico, freqüência, direção e intensidade do vento, umidade e 
temperatura ambientes médias). 
1.4. Recursos Hídricos: Inventariar os recursos hídricos superficiais e 
subterrâneos e mapear os corpos d’água e mananciais. 
1.5. Geologia e Morfologia do Solo: Descrever o perfil geológico do terreno e 
relevo local, relacionar os recursos minerais e indicar a direção de fluxo do 
lençol freático. 
1.6. Solo: Mapear os solos, com considerações sobre a pedologia e a 
edafologia. 
1.7. Vegetação: Descrever a mapear as principais formas de vegetação. Listar 
as plantas, principalmente, aquelas de interesse econômico. Constatar a 
ocorrência de espécies raras ou endêmicas. 
1.8. Fauna e Ictiofáuna: Identificar principalmente os vertebrados e peixes, 
dando ênfase às espécies endêmicas, raras, migratórias e cinergéticas. 
1.9. Ecossistema: Identificar e descrever os principais ecossistemas da área, 
nos seus componentes abióticos e bióticos. 
1.10. Áreas de interesse histórico ou cultural: Listar e descrever locais de 
interesse histórico, culturais e jazidas fossilíferas num raio de 50 km. 1.1. Área 
de Preservação: Constatar se o local descrito está inserido em área protegida 
por lei (Parques, Estação Ecológica, Reserva Biológica, etc). 
1.12. Infra-estrutura: Descrever as infra-estruturas existentes no local (núcleo 
habitacional, telefonia, estrada, cooperativas, etc). 
1.13. Atividades previstas, ocorridas ou existentes na área: Relatar as 
tecnologias utilizadas nas fases de implementação e operação do 
empreendimento. 
1.14. Listar insumos e equipamentos, usualmente, empregados nas atividades. 
2. DISCUSSÃO 
2.1. Diagnóstico Ambiental da Área 
2.1.1. Uso atual da terra: Constatar o uso atual da terra, dar o percentual 
utilizado pela agropecuária. 
2.1.2. Uso atual da água: Constatar o uso da água, bem como obras de 
engenharia (canal, dique, barragem, drenagem). Verificar se ocorrem fontes 
poluidoras. 
2.1.3. Avaliação da situação ecológica atual: Realizar o levantamento das 
ações antrópicas anteriores e atuais, bem como relatar a situação da 
vegetação e fauna nativas. Com os dados obtidos inferir sobre a estabilidade 
ecológica dos ecossistemas da área. 
2.1.4. Avaliação sócio-econômica: Analisar a situação sócio-econômica da 
área, através de uma metodologia compatível com a realidade regional. 
2.2. Impactos Ambientais Esperados na Área 
2.2.1. Impactos ecológicos: Listar e analisar os impactos ecológicos, levando 
em consideração a saúde pública e a estabilidade dos ecossistemas naturais, 
principalmente, aquelas localizadas em áreas protegidas por lei. 
2.2.2. Impactos sócio-econômicos: Avaliar os impactos sócio-econômicos da 
área, levando em consideração os aspectos médicos e sanitários. 
2.2.3. Perspectivas da evolução ambiental da área: Inferir sobre qual seria a 
evolução da área com ou sem o empreendimento. 
2.3. Considerações Complementares (quando for o caso) 
2.3.1. Alternativas tecnológicas e locacionais: Optar por alternativas menos 
impactantes para o meio ambiente, em termos tecnológicos e locacionais. 
2.3.2. Recomendações para minimizar os impactos adversos e incrementar os 
benéficos: Listar as recomendações específicas para minimizar os impactos 
negativos e incrementar os benéficos. 
2.3.3. Recomendações para o monitoramento dos impactos ambientais 
adversos: 
Desenvolver e implantar programas de biomonitoramento, de controle de 
qualidade da água, de controle de erosão, etc. 
2.3.4. Apreciação dos quesitos: Como geralmente há quesitos formulados pelo 
Promotor, Juiz ou Delegado, neste subitemeles deverão ser claramente 
discutidos e esclarecidos. 
3. CONCLUSÃO 
Ela deve ser elaborada de forma sucinta, mas sempre que possível, conclusiva, 
abrangendo os aspectos ambientais anteriormente discutidos. 
 
 
6º Módulo: Considerações Finais 
O presente artigo trouxe importantes informações para o profissional da área 
ambiental, que deseja atuar como perito judicial ambiental. A explicação sobre 
a definição de perícia, assim como, as principais características do perito 
judicial, poderão contribuir para que o profissional que deseje atuar nesta área 
possa ter mais segurança de como iniciar este processo. É importante concluir 
também, que o profissional da área ambiental, poderá trabalhar como 
assistente técnico das partes, que seria um outro ramo de atuação do 
profissional da perícia. O artigo foi claro ao explicar, que um dos principais 
cuidados que o profissional deverá tomar, é quanto ao atendimento aos prazos, 
e a responsabilidade pela prestação de serviços, pois caso o perito nomeado 
apresente um serviço aquém do esperado o mesmo poderá não ser mais 
nomeado. Além do mais, é importante salientar que qualquer informação 
inverídica poderá levar o profissional a responder perante a justiça e ao seu 
conselho de classe, além também, de ficar inabilitado por dois anos aos 
serviços de perito. 
Uma vez que o profissional começa a desempenhar um bom trabalho como 
perito judicial e assistente técnico, ele ganhará know-how, reconhecimento 
profissional, e poderá começar a trabalhar no âmbito extrajudicial, através de 
consultorias na área ambiental. Mais uma vez dizendo, o presente artigo não 
possuiu a pretensão de esgotar a temática sobre perícia judicial ambiental, e 
sim, abrir caminhos para novos estudos através de uma leitura mais detalhada 
das referências bibliográficas citadas neste trabalho. 
 
 
 7º Módulo: Referências Bibliográficas 
ALMEIDA, Ribeiro, Josimar. Perícia Ambiental judiciária e Securitária: impactos 
e danos: Rio de Janeiro, THEX, 2008.p.108 BRAGA, Benedito. et. al. 
Introdução à engenharia ambiental. São Paulo: Prentice Hall, 2002.p.78 
EQUIPE SARAIVA, Código de Processo Civíl, 15º Ed, São Paulo: Saraiva. 
2009.p.87 FIORILLO,Antônio Pacheco, Celso. Curso de direito ambiental 
brasileiro. São Paulo: Saraiva, 2004.p.110 
JULIANO, RUI. Manual de Perícias, 3 ed, Rio Grande: Manual de Perícias, 
2007.p.90 KASKANTZIS, Georges. Perícia Judicial Ambiental, Rio Grande: 
Manual de Perícias, 2009.p. 90

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