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Principais Leis e Normas 
do SUS 
Definição legal do SUS 
• Constituição Federal de 1988 
 
• Lei 8080/90: Organização, direção e gestão do SUS; 
Competências e atribuições das três esferas de governo; 
Funcionamento e participação complementar dos serviços 
privados de assistência à saúde; Política de recursos 
humanos; Recursos financeiros, gestão financeira, 
planejamento e orçamento; 
 
• Lei 8142/90: Conferência de saúde e Conselhos de saúde; 
repasse do Fundo Nacional de Saúde. 
Definição legal do SUS 
Normas operacionais 
– São instituídas através de portarias ministeriais 
– Definem as competências de cada esfera de governo 
– Definem as condições necessárias para que estados e 
municípios assumam as responsabilidades e 
prerrogativas dentro do Sistema 
– Objetivos: Induzir e estimular mudanças 
• Aprofundar e reorientar a implementação do SUS 
• Definir novos objetivos estratégicos, prioridades, diretrizes, e 
movimento tático- operacionais 
• Regular a relação entre seus gestores Normatizar o SUS 
Definição legal do SUS 
• janeiro de 1991 NOB-SUS 01/91 
• fevereiro de 1992 NOB-SUS 01/92 
• maio de 1993 NOB-SUS 01/93 
• agosto de 1996 NOB-SUS 01/96 
• janeiro de 2001 NOAS 01/2001 
NOB 01/96: Base legal da 
implantação do PSF 
NOB/SUS 01/96 
• "Promover e consolidar o pleno exercício, 
por parte do poder público municipal e do 
Distrito Federal, da função de gestor da 
atenção à saúde dos seus munícipes, com 
consequente redefinição das 
Responsabilidades dos Estados, do DF e da 
união" (BRASIL, 1996) 
NOB/SUS 01/96 
• c) Institui a Programação Pactuada e Integrada (PPI) como "o 
instrumento essencial de reorganização do modelo de atenção e da 
gestão do SUS, de alocação dos recursos e da explicitação do pacto 
estabelecido entre as três esferas de governo" (Brasil, 1996). 
• As PPI elaboradas por cada município, ou pactuada entre um conjunto 
de municípios, são harmonizadas e compatibilizadas pelas Comissão 
Intergestores Bipartite, que a elas incorporam as ações de 
responsabilidade do estado, submetendo-as à apreciação dos 
Conselhos Estaduais de Saúde. 
• Comissão Intergestores Bipartite - colegiado permanente de gestores 
da Saúde do Estado e dos Municípios para discussão e negociação das 
questões operacionais do Sistema Único de Saúde - SUS 
• A União procede a integração de todas as PPI estaduais, incorporando 
as ações sob sua responsabilidade e alocando os recursos disponíveis e 
negociados na CIT; 
PPI municipal 
PPI municipal 
PPI municipal 
PPI municipal 
+ 
+ 
+ 
PPI estadual 
 
Comissão Intergestores Bipartite – CIB 
CONASSEMS e Secretário de Saude 
PPI estadual 
PPI estadual 
PPI estadual 
PPI estadual 
+ 
+ 
+ 
PPI nacional 
 
Comissão Intergestores Tripartite – CIT 
CONASSEMS, CONASS e Ministro da Saúde 
NOB/SUS 01/96 
• Define as transferências de recursos fundo a fundo para a assistência 
ambulatorial e hospitalar 
• PAB 
• Incentivo ao PSF e PACS 
• FAE - Fração Assistencial Especializada 
• TFAM - Teto Financeiro da Assistência do Município 
• TFAE - Teto Financeiro da Assistência do Estado 
• IVR - Índice de Valoração do Ressarcimento 
 
• Ações de Vigilância Sanitária (PBVS - Piso Básico de Vigilância Sanitária 
e IVISA - Índice de Valorização do Impacto em Vigilância Sanitária) 
 
• Ações de epidemiologia e controle de doenças. 
 
• Também define a remuneração por serviços prestados (internações 
hospitalares, ambulatório de alto custo, vigilância sanitária e 
epidemiológica) e transferências por convênios (vig. epidemiológica) 
 
NOB/SUS 01/96 
• Promoveu um avanço no processo de 
descentralização 
• Criou novas condições de gestão para os 
Municípios e Estados, caracterizando as 
responsabilidades sanitárias do município 
pela saúde de seus cidadãos e redefinindo 
competências de Estados e Municípios 
• Base legal de implantação do Programa 
Saúde da Família 
OBJETIVOS DA NOB/SUS 01/96 
• Caracterizar a responsabilidade sanitária de cada gestor, 
diretamente ou garantindo a referência, explicitando um 
novo pacto federativo para a saúde 
 
• Aumentar a participação percentual da transferência 
regular e automática (fundo a fundo) dos recursos 
federais a Estados e Municípios, reduzindo a 
transferência por remuneração de serviços produzidos. 
 
• Reorganizar o modelo assistencial, descentralizando aos 
municípios a responsabilidade pela gestão e execução 
direta da atenção básica de saúde - PSF 
 
 
 
NOB/SUS 01/96 
• A implementação da NOB 01/96 representou um avanço no 
sentido do acesso universal e da integralidade 
 
• O processo de ampliação do acesso e o atendimento à 
integralidade está relacionado com a implementação do Piso 
da Atenção Básica (PAB) e aos incentivos financeiros (PAB 
variável) à implantação do PSF. 
 
• A construção de sistemas de referência/contrarreferência, 
uma das diretrizes operacionais do PSF, permite a 
operacionalização da garantia formal do direito de acesso do 
cidadão aos demais níveis de complexidade de atenção do 
sistema, de acordo com suas necessidades de atenção. 
NOB/SUS 01/96 
• A atenção à saúde encerra todo o conjunto de ações levadas a 
efeito pelo SUS, em todos os níveis de governo, para o 
atendimento das demandas pessoais e das exigências 
ambientais. Compreende 3 ações: 
 
1. Assistência - atividades são dirigidas às pessoas, individual ou 
coletivamente no âmbito ambulatorial e hospitalar, bem como em outros 
espaços, especialmente no domiciliar; 
2. Intervenções ambientais - condições sanitárias nos ambientes de vida e 
de trabalho, o controle de vetores e hospedeiros e a operação de 
sistemas de saneamento ambiental 
3. Políticas externas ao setor saúde - interferem nos determinantes sociais 
do processo saúde-doença das coletividades. Incluem políticas 
macroeconômicas relativas ao emprego, à habitação, à educação, ao lazer 
e à disponibilidade e qualidade dos alimentos. 
NOB/SUS 01/96 
Financiamento do SUS 
• Define novo modelo de financiamento para a Atenção Básica 
com vistas à sustentabilidade financeira desse nível de 
atenção. 
• Define critérios para que Estados e Municípios 
voluntariamente se habilitem e recebam repasses de recursos 
do Fundo Nacional de Saúde para seus respectivos fundos de 
saúde. 
• O financiamento está condicionado à contrapartida deste 
nível de governo em atender às prerrogativas da Lei nº 
8142/90: 
• Fundo de Saúde 
• Conselho de Saúde 
• Plano de saúde 
• Relatórios de gestão 
NOB/SUS 01/96 
Financiamento do SUS 
A política de financiamento dividiu os recursos em: 
• Piso da Atenção Básica Fixo (PAB Fixo) – Calculado pela 
multiplicação de um valor per capita fixado pelo Ministério da 
Saúde pela população de cada município e do Distrito Federal. 
O valor é publicado em portaria especifica. 
• Piso da Atenção Básica Variável (PAB Variável) – parcela 
variável do recurso federal que é repassada à medida que os 
municípios realizam ações especificas (PACS, PSF, ESF, Saúde 
Bucal, Saúde Indígena, Incentivo à Saúde do Sistema 
Penitenciário, Política de Atenção Integral à Saúde do 
Adolescente em conflito com a lei em regime de internação e 
internação provisória). 
NOB/SUS 01/96 
Financiamento do SUS 
• O repasse financeiro ocorre por meio da “transferência fundo 
a fundo”. 
• Realizado pelo Fundo Nacional de Saúde (FNS) diretamente 
para os Estados, Distrito Federal e Municípios, ou pelo Fundo 
Estadual de Saúde aos Municípios, de forma regular e 
automática, propiciando que gestores estaduais e municipais 
contem com recursos previamente pactuados, no devido 
tempo, para o cumprimento de sua programaçãode ações e 
serviços de saúde. 
DIREÇÃO E ARTICULAÇÃO DAS AÇÕES NO SUS 
• A direção do SUS, em cada esfera de governo, é composta 
pelo órgão setorial do poder executivo e pelo respectivo 
Conselho de Saúde 
 
• O processo de articulação entre os gestores, nos diferentes 
níveis do Sistema, ocorre, preferencialmente, em dois 
colegiados de negociação: a Comissão Intergestores Tripartite 
(CIT) e a Comissão Intergestores Bipartite (CIB). 
DIREÇÃO E ARTICULAÇÃO DAS AÇÕES NO SUS 
• A CIT é composta, paritariamente, por representação do 
Ministério da Saúde (MS), do Conselho Nacional de 
Secretários Estaduais de Saúde (CONASS) e do Conselho 
Nacional de Secretários Municipais de Saúde (CONASEMS). 
 
• A CIB, composta igualmente de forma paritária, é integrada 
por representação da Secretaria Estadual de Saúde (SES) e do 
Conselho Estadual de Secretários Municipais de Saúde 
(COSEMS) ou órgão equivalente. Um dos representantes dos 
municípios é o Secretário de Saúde da Capital. 
DIREÇÃO E ARTICULAÇÃO DAS AÇÕES NO SUS 
• As conclusões das negociações pactuadas na CIT e na CIB são 
formalizadas em ato próprio do gestor respectivo. 
 
• Matérias de competência dos Conselhos de Saúde, definidas 
por força desta NOB ou de resolução específica dos 
respectivos Conselhos são submetidas previamente a estes 
para aprovação. 
 
• As demais resoluções devem ser encaminhadas, no prazo 
máximo de 15 dias decorridos de sua publicação, para 
conhecimento, avaliação e eventual recurso da parte que se 
julgar prejudicada, inclusive no que se refere à habilitação dos 
estados e municípios às condições de gestão desta Norma. 
Incentivo aos PSF e de PACS de acordo com a 
NOB/SUS 01/96 
• Fica estabelecido um acréscimo percentual ao montante do 
PAB, de acordo com os critérios a seguir relacionados, sempre 
que estiverem atuando integradamente à rede municipal, 
equipes de saúde da família, agentes comunitários de saúde, 
ou estratégias similares de garantia da integralidade da 
assistência. 
Incentivo aos PSF e de PACS de acordo com NOB 
PSF 
• acréscimo de 3% sobre o valor do PAB para cada 5% da 
população coberta, até atingir 60% da população total do 
município 
 
• acréscimo de 5% para cada 5% da população coberta entre 
60% e 90% da população total do município 
 
• acréscimo de 7% para cada 5% da população coberta entre 
90% e 100% da população total do município. 
 
 Esses acréscimos têm, como limite, 80% do valor do PAB 
original do município. 
Incentivo aos PSF e de PACS de acordo com a 
NOB/SUS 01/96 
PACS 
• acréscimo de 1% sobre o valor do PAB para cada 5% da população 
coberta até atingir 60% da população total do município 
 
• acréscimo de 2% para cada 5% da população coberta entre 60% e 
90% da população total do município 
 
• acréscimo de 3% para cada 5% da população coberta entre 90% e 
100% da população total do município. 
 
 Esses acréscimos têm, como limite, 30% do valor do PAB original do 
município. 
 Os percentuais não são cumulativos quando a população coberta 
pelo PSF e pelo PACS ou por estratégias similares for a mesma