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Facetas Dentárias: Técnicas e Indicações


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Facetas 
• Facetas 
As facetas são coberturas protéticas finas 
que são colocadas na face vestibular de dentes 
anteriores, melhorando estética, posicionamento 
do dente no arco, realizando para isso, um 
pequeno desgaste da estrutura dentária natural. 
As facetas podem ser confeccionadas em resina 
ou em porcelana 
Atualmente existem dois tipos de técnicas 
para a realização do procedimento, a técnica 
direta de faceta, realizada com resina e a técnica 
indireta, realizada com porcelana ou cerômeros. 
A primeira é feita diretamente sobre o dente, no 
próprio consultório, sem a necessidade de 
mandar o serviço para um protético, já a segunda 
é realizada a moldagem da boca do paciente e 
levadas ao laboratório de prótese para a 
confecção e posteriormente cimentadas em 
consultório. Vamos abordar as duas técnicas a 
seguir. 
As facetas, tanto as diretas como as 
indiretas são indicadas nos seguintes casos: 
dentes escurecidos; dentes com alteração de 
forma ou de estrutura; dentes mal posicionados; 
dentes vitais escurecidos que não obtiveram 
sucesso com o procedimento de clareamento 
endógeno; dentes vitais resistentes ao 
clareamento; pacientes com fluorose grau III e IV; 
pacientes com manchas por tetracilinas grau III 
ou IV; casos de múltiplas restaurações na região 
anterior. 
Entretanto, há casos em que 
contraindicamos o uso de facetas como: dentes 
que estejam com uma estrutura fragilizada, 
preferindo nesse caso a confecção de uma coroa; 
dentes excessivamente vestibularizados, 
necessitando de uma prévia ortodontia; 
bruxismo* (O bruxismo não é bem uma 
contraindicação para a realização de facetas uma 
vez que podemos resolver o possível problema de 
desgaste da faceta pela parafunção através da 
confecção de uma Snap On, uma placa/moldeira 
de acetato que é encaixada na região de pré a 
pré, estabilizando-se por retenção friccional, 
utilizada durante o dia e durante a noite, retirada 
apenas para a higienização. Sua durabilidade é 
numa faixa de 3-5 anos e seu custo é 
elevadíssimo, cerca de R$ 2.000,00). 
 
• Faceta Direta 
 As facetas diretas são coberturas estéticas 
de resina realizadas sobre a superfície vestibular 
de dentes anteriores através de um desgaste e 
estratificação da resina nessa face. As facetas 
diretas apresentam vantagens sobre a técnica 
indireta pois são: rápidas, eficazes e seguras; não 
requer moldagem e confecção do provisório; 
menor custo em relação às cerâmicas; dispensam 
a etapa laboratorial do procedimento; preparo 
mais conservador que o preparo para as facetas 
indiretas; dentista controla cor e forma; 
reparabilidade, coisa que a porcelana não 
permite e não ocorre o desgaste do dente 
antagonista, por não ser tão dura. 
 Como desvantagens, as facetas 
realizadas pela técnica direta apresentam: 
compósitos de uso direto apresentam baixa 
resistência ao desgaste; menor resistência; maior 
vulnerabilidade ao manchamento; menor 
estabilidade de cor; contração de polimerização 
que podem gerar trincas no esmalte e/ou romper 
a união adesiva com a dentina.
 Existem diversos aspectos que devem ser 
levados em consideração para a realização de 
uma restauração estética anterior, como a linha 
do sorriso; a presença de discrepâncias ósseas 
positivas (diastemas) ou negativas 
(apinhamentos); posição dos dentes no arco; 
forma do dente; a etiologia da alteração na cor 
dental e principalmente o tamanho do dente e o 
grau de escurecimento, que serão explicadas 
conforme formos abordando a confecção da 
faceta a seguir. 
 Para a confecção/instalação de uma 
faceta, será necessário realizar um desgaste na 
superfície dental para compensar a espessura de 
material que será colocada sob o dente, 
reestabelecendo a sua estética. A seguir 
 
Luis Augusto Barros 
Dentística IV 
explanaremos sobre a técnica de preparo para 
facetas diretas em resina composta. 
• Técnica de Preparo – Método 
da Silhueta e Confecção da 
Faceta em Resina Composta 
(Técnica Direta) 
 Separando em passos para melhor estudo 
e compreensão, a técnica de preparo do dente 
pelo método da silhueta compreende as seguintes 
etapas: 
1. Profilaxia – Realiza-se a profilaxia da 
referida arca a se proceder com pasta 
abrasiva ou jato de bicarbonato; 
 
2. Tomada Inicial de Cor – Faça um 
cuidadoso registro inicial da cor dos 
dentes. Anote na ficha a cor 
predominante dos dentes e registre em 
foto. Ao realizar a tomada de cor, 
escolhemos de 1 a 2 cromas a menos, 
podendo até necessitar de um agente 
opacificador, para atingir a cor desejada 
para o tratamento. 1 croma para dentes 
com grau leve de escurecimento, 1 a 2 
cromas para dentes com grau de 
escurecimento moderado e um agente 
opacificador para os dentes com grau de 
escurecimento severo. 
 
3. Clareamento Dental – Realizar 
clareamento dental pela técnica de 
consultório; 
 
4. Tomada Final de Cor – Após o 
clareamento, faça uma nova tomada de 
cor agora obtendo a nova saturação 
(croma) do dente, comparando com os 
registros anteriores o quanto foi clareado. 
 
5. Moldar o arco – Moldar o arco que será 
submetido ao procedimento e obter 
posteriormente um modelo de gesso; 
 
6. Fazer Enceramento de Diagnóstico no 
Modelo – Nessa etapa o profissional irá 
fazer uma simulação de como ficará o 
posicionamento, forma e principalmente 
o tamanho dos dentes que serão 
submetidos ao tratamento. O tamanho do 
dente é uma das etapas cruciais no 
sucesso estético do trabalho, 
proporcionando equilíbrio e beleza. Nem 
sempre o paciente tem o tamanho do 
dente proporcional e harmônico, sendo 
assim lançamos mão da proporção áurea 
para a realização. 
 A proporção áurea, é a 
quantidade que pode ser enxergada 
virtualmente o dente. A proporção correta 
em um dente é a que a largura 
corresponde a 80% do valor total (ou seja, 
100%) do comprimento do dente. Vamos 
ao exemplo: 
 
• Um paciente procura os seus 
serviços querendo instalar facetas 
do dente 13 ao 23, apresentando 
um incisivo central com 
comprimento de 9,5mm. Quais 
serão as novas medidas para os 
dentes envolvidos no 
procedimento? 
 
➢ Para descobrir as novas 
medidas, utilizaremos a 
regra de 3 da seguinte 
maneira: 
Incisivo Central: Compri.: 
9,5mm -------------- 100% 
 
Largura: X ----------- 80% 
 
 9,5 x 80% = X = 
7,6mm L 100% 
7,6mm Largura. 
 Para descobrir as 
novas medidas de Incisivo 
Lateral multiplicamos o 
valor da largura do Incisivo 
Central pelo valor da 
proporção áurea que é 
0,618. Posteriormente o 
Canino será procedido da 
mesma forma, pegamos o 
 
 
 
Facetas 
valor da largura obtida 
pelo Incisivo Lateral, 
multiplicamos por 0,618 e 
por fim teremos a largura 
ideal de Canino. Veja a 
seguir: 
 
Largura IL= Largura do IC 
x Proporção Áurea = 7,6 x 
0,618 = 4,7mm Largura! 
Largura Canino= Largura 
do IL x Proporção Áurea = 
4,7 x 0,618 = 2,9mm 
NOTA: Nem sempre a 
proporção é possível ser 
respeitada! 
 
 Esse projeto diagnóstico de 
simulação pode ser, e é, normalmente 
feito através do enceramento do modelo 
obtido por um protético passando para 
ele as novas medidas realizadas na etapa 
de proporcionamento. Esse projeto pode 
também ser feito em computador através 
do uso de programas específicos, como é 
o caso do DSD, ferramenta utilizada pelo 
Cirurgião-Dentista e também pelo 
protético que é redesenhado o dente com 
a nova proporcionalidade e formato. 
 
7. Realização do Mock Up (EnsaioRestaurador) – É realizada a moldagem 
do modelo de gesso através da silicona de 
condensação, recortado o contorno das 
papilas após a presa e aplicado um 
material na área de negativa referente 
aos dentes resina bis-acrílica, secar dente 
e levar à boca do paciente, eliminando os 
excessos extravasados 30 segundos após 
ter levado o material à boca do paciente. 
Após a presa da resina bis-acrílica 
remover a silicona. O paciente terá em 
sua boca a amostra do projeto que será 
realizado podendo avaliar se gostou ou 
não do tamanho do dente, formato, cor e 
etc.. Nesse momento, podemos analisar 
os mesmos aspectos, notando sutilezas a 
serem, se necessárias, modificadas. Se 
aprovado, partiremos para o próximo 
passo, caso ele não goste do tamanho, 
realiza-se o desgaste cauteloso da incisal 
para que não se perca os detalhes criados 
pelo protético no enceramento. 
 
8. Confecção dos Guias de Desgaste - Os 
guias são cópias de silicona que nos dão 
noção de quanto temos de espaço do 
dente até a superfície da futura faceta, por 
consequência dando a ideia de quanto 
precisamos desgastar do dente. 
Posteriormente eles são usados para 
saber o espaço que temo do desgaste até 
a superfície vestibular. Existem dois tipos 
de guias: 
• Guia Incisal 
Nos dá a noção de quanto espaço 
temos do desgaste até o bordo 
incisal da futura faceta. 
• Guia Vestibular 
Nos dá a noção de quanto espaço 
temos do desgaste até a superfície 
vestibular da futura faceta. 
 Para realizar a confecção dos 
guias, manipulamos uma porção de 
silicona densa, fazemos um rolete e o 
colocamos na superfície incisiva, 
acomodando vagarosamente com a 
ponta dos dedos sobre as superfícies 
vestibular e palatina. Após a presa, 
retiramos e cortamos um desses moldes 
transversalmente (ao meio) separando 
parte vestibular do molde de parte lingual 
e cortamos o outro longitudinalmente, 
separando bem rente à superfície 
proximal, fatiando dente por dente. Para 
a realização utilizamos uma lâmina de 
bisturi de ponta reta. 
 
9. Delimitação do Término Periférico - 
Delimitar com o lápis o término periférico 
circundando toda a face vestibular do 
dente abrangendo de mesial à distal; 
 
 
Luis Augusto Barros 
Dentística IV 
10. Confecção do Sulco Periférico - 
Confeccionar com a ponta diamantada 
1014, (podendo ser também a 1011, 
1012 ou 1013), numa inclinação de 45° 
uma canaleta/sulco orientadora na 
região demarcada pelo lápis (região 
cervical supra gengival) circundando toda 
a face vestibular do dente para mesial e 
distal sem romper o contato proximal. 
Essa canaleta deve ter profundidade 
mínima de 0,2mm e máxima de 0,6mm 
(meia ponta ativa da ponta diamantada); 
 
11. Confecção dos Sulcos de Orientação – A 
seguir, efetua-se a confecção de dois 
sulcos de orientação no sentido gengivo-
oclusal (vertical) sendo um no centro da 
face vestibular e o outro na distal. A 
profundidade desse sulco é de 0,2 a 
0,6mm (espessura de meia ponta ativa) e 
pode ser confeccionada com pontas 
diamantadas em forma anelada/ de roda 
4141 ou 4142 ou a ponta diamantada 
tronco cônica de extremidade 
arredondada 2135; 
 NOTA: É de suma importância 
salientar que a confecção dos sulcos de 
orientação deve acompanhar a inclinação 
da face vestibular do dente, se 
preocupando com a espessura do bordo 
incisal. Outro ponto é que a profundidade 
de desgaste irá variar conforme o grau de 
escurecimento, para grua leve o desgaste 
deve ser 0,6mm, para grau moderado 
deve ser de 1,0mm e para grau severo 
deve ser de 1,2mm. 
 A profundidade de desgaste no 
preparo de facetas visa criar um espaço 
que possibilita uma espessura de 
compósitos capaz de mascarar a cor 
escura do fundo do dente sem tornar a 
restauração excessivamente artificial e o 
dente fragilizado. Os fatores que 
determinarão a profundidade de desgaste 
são: etiologia da alteração de cor; 
variação de espessura de esmalte em 
diferentes áreas do dente; 
projeção/inclinação dos dentes. 
• Etiologia de Alteração de Cor 
 Dependendo da etiologia 
da alteração de cor, a faceta 
incialmente mascara a alteração 
de cor, porém, com o tempo, o 
dente pode sofrer escurecimento 
contínuo promovendo um 
resultado indesejável. 
 Nesses casos, são 
aconselháveis um ligeiro 
aprofundamento do preparo e 
neutralização da cor escura do 
fundo com uma técnica de 
opacificação estratificada. 
 
• Variação de Espessura de Esmalte 
em Diferentes Áreas do Dente 
 O esmalte varia sua 
espessura da região cervical para 
a região incisal, sendo mais fina na 
primavera e mais espesso na 
segunda. 
 
• Projeção/Inclinação dos Dentes 
 Dentes vestibularizados são 
imprescindivelmente desgastados 
para viabilizar a aplicação de uma 
faceta. Às vezes, de tão 
pronunciada que é essa projeção 
para a vestibular que será 
necessário um realinhamento 
ortodôntico para 
subsequentemente executar a 
faceta. 
 Dentes com inclinação 
palatina/lingual tem um desgaste 
mínimo, ainda preservando 
esmalte, na maioria dos casos e 
quando muito inclinada a 
inclinação dispensará o desgaste. 
 
12. União dos Sulcos de Orientação da 
Porção Disto-Vestibular – Unir com a 
ponta diamantada tronco cônica de 
extremidade arredondada 2135 os sulcos 
realizados na porção central e distal da 
face vestibular, configurando 
 
 
 
Facetas 
uniformidade de espessura para a 
metade do dente; 
 
13. Confecção dos Sulcos de Orientação da 
Metade Mésio-Vestibular – Proceder da 
mesma forma na metade mésio-vestibular 
não preparada, conforme explicado no 
passo 10, realizando posteriormente 
igualmente o passo 11; 
 
14. Preparo Proximal – Preparo proximal 
deve ser de metade do comprimento 
vestíbulo-lingual da face proximal do 
dente vizinho, como meio de esconder as 
margens da faceta (transição entre dente 
e faceta); 
 
15. Extensão Sub-gengival do Preparo – Com 
a redução da superfície vestibular 
finalizada, deve-se proceder à extensão 
subgengival. Essa extensão deve ser 
efetuada nos casos de lesões 
subgengivais, em dentes com forte 
escurecimento, em pacientes com linha 
do sorriso alta e principalmente e sempre 
por razões estética, procurando 
“esconder” a transição entre dente e 
faceta. É colocado um fio retrator no 
sulco, obtendo ligeiro afastamento 
gengival, seguindo do preparo com a 
ponta diamantada tronco cônica de 
extremidade arredondada 2135, com 
extensão variando de 0,1 a 0,5mm. A 
terminação cervical obtida deve ser a de 
ombro com ângulo interno arredondado; 
 
16. Avaliação do Desgaste – Com o auxílio 
dos guias de desgaste, avaliamos o 
desgaste feito sob os dentes e analisamos 
a necessidade ou não de mais um pouco 
de desgaste; 
 
17. Isolamento do Campo Operatório – O 
isolamento do campo operatório para 
facetas poderá ser realizado de forma 
relativa ou de forma absoluta. Nos casos 
de faceta, é mais vantajoso realizar o 
isolamento relativo, pois no absoluto, o 
dique de borracha e os grampos podem 
prejudicar a visão natural do conjunto de 
dentes e dificultar visualização de sutis 
características de cor. Para realizar o 
isolamento relativo os roletes de algodão 
devem estar bem adaptados em todo o 
fórnix do vestíbulo e ductos de saída de 
saliva, podendo, de bom grado, estar 
associado a um fio retrator mecânico, que 
além de afastar a margem gengival, 
absorverá os fluidos do sulco gengival; 
 
18. Condicionamento Ácido das Estruturas– 
Protegemos os dentes adjacentes aos 
dentes envolvidos na faceta e aplicamos 
ácido fosfórico à 37% no esmalte durante 
30 segundos e 15 segundos em dentina 
(se houver exposição). Lavamos o dente 
durante 60 segundos, retiramos o excesso 
de umidade com um papel absorvente ou 
bolinha de algodão; 
 
19. Aplicação do Adesivo - Aplicamos o 
adesivo de 4ª geração com o auxílio de 
um microblush na área, de forma ativa, 
esfregando o microblush embebido em 
líquido adesivo durante 10 segundos, 
secando com jato de ar durante 5 seg. 
Repetir etapa mais 2 vezes, secando 
antes, as cerdas do microblush e 
fotopolimerizar ao final da terceira vez 
por 20 segundos; 
 
20. Estratificação da Resina – A 
incrementação da resina é a chave para o 
sucesso, principalmente estético, nos 
casos de facetas direta. A espessura de 
incrementação das resinas de dentina e 
esmalte variam de acordo com a 
quantidade de desgaste realizada e essa 
consequentemente com o grau de 
escurecimento do dente. A espessura 
assume importância fundamental quanto 
a obtenção de um aspecto natural e 
bloquear a alteração de cor do dente. A 
cada estratificação fotopolimerizamos a 
resina por 40 segundos. Sendo assim 
 
Luis Augusto Barros 
Dentística IV 
vamos às estratificações para os 
diferentes casos: 
• Grau Leve de Escurecimento: Para 
o grau leve de escurecimento 
desgastamos 0,6mm de estrutura 
dental vestibular. Nesse caso, para 
mascarar a discreta alteração de 
cor e dar o aspecto de 
naturalidade incrementamos 
0,4mm de resina de dentina 
(dentina com um croma a menos 
que o croma da tomada de cor) e 
posteriormente 0,2mm de resina 
de esmalte; 
 
• Grau Moderado de Escurecimento: 
Para o grau moderado de 
escurecimento desgastamos 
1,0mm de estrutura dental 
vestibular. Nesse caso 
incrementamos 0,7mm de resina 
de dentina (dentina com 1 a 2 
cromas a menos que o croma da 
tomada de cor) e posteriormente 
0,3mm de resina de esmalte; 
 
• Grau Severo de Escurecimento 
Severo: Para o grau severo de 
escurecimento desgastamos cerca 
de 1,2mm de estrutura dental 
vestibular. Nesse caso para 
mascarar a severa alteração de cor 
incrementamos incialmente 0,2mm 
de um opacificador (substância, 
para bloquear o fundo escuro da 
alta alteração de cor, sucedendo 
pela incrementação de 0,6 a 
0,7mm de resina de dentina 
(dentina com um croma a menos 
que o croma da tomada de cor) e 
0,4 a 0,3mm de resina de esmalte. 
 A aplicação desse 
opacificador deve ser fenestrada 
de forma que, através dessas 
fenestras, possamos ver o fundo do 
dente. 
 
21. Acabamento e Polimento – Pontuaremos 
alguns itens e aspectos que devem ser 
atentados e devidamente realizados no 
acabamento e polimentos em facetas 
diretas de resina composta: 
• Área Plana (Área Principal de 
Reflexão) 
 Os dentes anteriores 
superiores apresentam superfície 
vestibular uma área referida como 
plana (também podendo ser 
denominada de área principal de 
reflexão de luz), embora ela possa 
algumas vezes ser referida como 
côncava ou convexa, que é 
responsável pela reflexão da luz, 
acarretando na dissimulação e 
simulação da aparência desses 
dentes. Mudanças marcantes, ou 
mesmo sutis, nessa região alteram 
o comprimento e/ou largura dos 
dentes. A área plana pode variar 
em forma número dimensões e 
localização. 
 A área plana se encontra 
no centro do dente, área em que os 
feixes de luz incidem e voltam 
diretamente para o olho do 
observador, e ao redor dessa área 
plana temos a área de 
espelhamento, área em que os 
feixes de luz são incididos, 
entretanto, são espalhados e não 
voltam para o observador que se 
encontra de frente com o dente. 
 Quanto maior for a área 
plana do dente no sentido mésio-
distal, maior será sua sensação de 
largura, pois há maior área para a 
incidência dos feixes de luz e 
consequentemente maior volta 
destes para o observador. Porém, 
quanto menor for a área plana no 
sentido mésio-distal, menor será a 
largura aparente do dente. 
 Quanto maior for a área 
plana do dente no sentido cérvico-
incisal, maior será o comprimento 
 
 
 
Facetas 
aparente do dente, pois há maior 
área para a incidência dos feixes 
de luz e consequentemente maior 
volta destes para o observador. 
Porém, quanto menor for a área 
plana no sentido cervico-incisal, 
menor será o comprimento 
aparente do dente. 
 Esses ajustes podem ser 
feitos durante o acabamento com 
pontas diamantadas e discos 
abrasivos e também pode serem 
feitos durante a incrementação e 
estratificação da resina com o 
auxílio de uma espátula ou um 
pincel. 
 
• Acabamento e Polimento 
Propriamente Dito 
 Após a determinação das 
áreas planas, vamos continuar o 
processo de acabamento: 
1º. Remoção de excessos de 
resina, cuidadosamente, 
nas áreas subgengivais e 
áreas de ameias vestibular 
e lingual, ainda com o fio 
retrator e o isolamento; 
2º. Remoção do fio retrator e 
isolamento e ajuste 
anatômico das áreas de 
ameias e proximais com 
tiras de lixa de poliéster; 
3º. Remoção de excessos finos 
e alisamento inicial da 
resina com discos de lixa 
flexíveis de granulação 
média e grossa; 
4º. Remoção de pequenos 
riscos e imperfeições 
remanescentes com pontas 
de borracha abrasiva; 
5º. Remoção de pequenos 
riscos e imperfeições 
remanescentes e 
alisamento final da resina 
com discos de lixa flexíveis 
de granulação fina e 
ultrafina; 
6º. Polimento com discos de 
pelo de cabra, discos de 
feltro associada a pasta 
abrasiva para brilho final. 
 
• Faceta Indireta 
 As facetas indiretas são coberturas 
estéticas realizadas sobre a superfície vestibular 
de dentes anteriores através de um desgaste e 
cimentação de uma peça protética, geralmente 
de porcelana, mas podendo ser também de 
cerômeros, nessa face. As facetas indiretas 
apresentam vantagens sobre as facetas diretas 
pois são: mais estéticas; mais resistentes à 
abrasão e ao manchamento; terem boa 
tolerância nos tecidos gengivais; menor retenção 
de placa devido à alta lisura superficial 
 Como desvantagens, as facetas 
realizadas pela técnica indireta apresentam: 
irreparabilidade em casos de fratura ou trincas; 
desgaste do dente antagonista em virtude da alta 
resistência à abrasão; dificuldade na obtenção de 
excelência estética nos casos de alteração severa 
de cor ou em dentes apinhados.
 Para a confecção/instalação de uma 
faceta não iremos diferir muito do que já foi 
estudado anteriormente para as facetas diretas, 
será necessário realizar um desgaste na 
superfície dental para compensar a espessura de 
material que será colocada sob o dente, 
reestabelecendo a sua estética. A seguir 
explanaremos sobre a técnica de preparo e 
instalação para facetas indiretas em porcelana. 
• Técnica de Preparo e 
Instalação de Facetas em 
Porcelana 
 Separando em passos para melhor estudo 
e compreensão, a técnica de preparo do dente 
pelo método da silhueta compreende as seguintes 
etapas: 
 
Luis Augusto Barros 
Dentística IV 
1. Profilaxia – Realiza-se a profilaxia da 
referida arca a se proceder com pasta 
abrasiva ou jato de bicarbonato; 
 
2. Tomada Inicial de Cor – Faça um 
cuidadoso registro inicial da cor dos 
dentes. Anote na ficha a cor 
predominante dos dentes e registre em 
foto 
 
3. Clareamento Dental – Realizar 
clareamento dental pela técnica de 
consultório; 
 
4. Tomada Final deCor – Após o 
clareamento, faça uma nova tomada de 
cor agora obtendo a nova saturação 
(croma) do dente, comparando com os 
registros anteriores o quanto foi clareado. 
 
5. Moldar o arco – Moldar o arco que será 
submetido ao procedimento e obter 
posteriormente um modelo de gesso; 
 
6. Fazer Enceramento de Diagnóstico no 
Modelo – Nessa etapa o profissional irá 
fazer uma simulação de como ficará o 
posicionamento, forma e principalmente 
o tamanho dos dentes que serão 
submetidos ao tratamento. O tamanho do 
dente é uma das etapas cruciais no 
sucesso estético do trabalho, 
proporcionando equilíbrio e beleza. Nem 
sempre o paciente tem o tamanho do 
dente proporcional e harmônico, sendo 
assim lançamos mão da proporção áurea 
para a realização. 
 A proporção áurea, é a 
quantidade que pode ser enxergada 
virtualmente o dente. A proporção correta 
em um dente é a que a largura 
corresponde a 80% do valor total (ou seja, 
100%) do comprimento do dente. Vamos 
ao exemplo: 
 
• Um paciente procura os seus 
serviços querendo instalar facetas 
do dente 13 ao 23, apresentando 
um incisivo central com 
comprimento de 9,5mm. Quais 
serão as novas medidas para os 
dentes envolvidos no 
procedimento? 
 
➢ Para descobrir as novas 
medidas, utilizaremos a 
regra de 3 da seguinte 
maneira: 
Incisivo Central: Compri.: 
9,5mm -------------- 100% 
 
Largura: X ----------- 80% 
 
 9,5 x 80% = X = 
7,6mm L 100% 
7,6mm Largura. 
 Para descobrir as 
novas medidas de Incisivo 
Lateral multiplicamos o 
valor da largura do Incisivo 
Central pelo valor da 
proporção áurea que é 
0,618. Posteriormente o 
Canino será procedido da 
mesma forma, pegamos o 
valor da largura obtida 
pelo Incisivo Lateral, 
multiplicamos por 0,618 e 
por fim teremos a largura 
ideal de Canino. Veja a 
seguir: 
 
Largura IL= Largura do IC 
x Proporção Áurea = 7,6 x 
0,618 = 4,7mm Largura! 
Largura Canino= Largura 
do IL x Proporção Áurea = 
4,7 x 0,618 = 2,9mm 
NOTA: Nem sempre a 
proporção é possível ser 
respeitada! 
 
 Esse projeto diagnóstico de 
simulação pode ser, e é, normalmente 
feito através do enceramento do modelo 
obtido por um protético passando para 
 
 
 
Facetas 
ele as novas medidas realizadas na etapa 
de proporcionamento. Esse projeto pode 
também ser feito em computador através 
do uso de programas específicos, como é 
o caso do DSD, ferramenta utilizada pelo 
Cirurgião-Dentista e também pelo 
protético que é redesenhado o dente com 
a nova proporcionalidade e formato. 
 
7. Confecção das Guias de Desgaste – 
Assim como explicado no item 7 em 
“Facetas Diretas”; 
 
8. Colocação do Fio Retrator e Delimitação 
do Término Periférico – Colocar no sulco-
gengival um fio retrator e delimitar com o 
lápis o término periférico circundando 
toda a face vestibular do dente 
abrangendo de mesial à distal; 
 
9. Confecção do Sulco Periférico - 
Confeccionar com a ponta diamantada 
1014, (podendo ser também a 1011, 
1012 ou 1013), numa inclinação de 45° 
uma canaleta/sulco orientadora na 
região demarcada pelo lápis (região 
cervical supra gengival) circundando toda 
a face vestibular do dente para mesial e 
distal sem romper o contato proximal. 
Essa canaleta deve ter profundidade 
mínima de 0,2mm e máxima de 0,6mm 
(meia ponta ativa da ponta diamantada); 
 
10. Confecção dos Sulcos de Orientação 
Vestibular – A seguir, efetua-se a 
confecção de dois sulcos de orientação no 
sentido gengivo-oclusal (vertical) sendo 
um no centro da face vestibular e o outro 
na distal. A profundidade desse sulco é de 
0,5mm (espessura de meia ponta ativa) e 
pode ser confeccionada com pontas 
diamantadas em forma anelada/ de roda 
4141 ou 4142, a ponta diamantada 
tronco cônica de extremidade 
arredondada 2135 ou até mesmo a ponta 
diamantada esférica 1014; 
 NOTA: É de suma importância 
salientar que a confecção dos sulcos de 
orientação deve acompanhar a inclinação 
da face vestibular do dente, se 
preocupando com a espessura do bordo 
incisal. Outro ponto é que a profundidade 
de desgaste irá variar conforme o grau de 
escurecimento, para grua leve o desgaste 
deve ser 0,6mm, para grau moderado 
deve ser de 1,0mm e para grau severo 
deve ser de 1,2mm. 
 A profundidade de desgaste no 
preparo de facetas visa criar um espaço 
que possibilita uma espessura de 
compósitos capaz de mascarar a cor 
escura do fundo do dente sem tornar a 
restauração excessivamente artificial e o 
dente fragilizado. Os fatores que 
determinarão a profundidade de desgaste 
são: etiologia da alteração de cor; 
variação de espessura de esmalte em 
diferentes áreas do dente; 
projeção/inclinação dos dentes. 
• Etiologia de Alteração de Cor 
 Dependendo da etiologia 
da alteração de cor, a faceta 
incialmente mascara a alteração 
de cor, porém, com o tempo, o 
dente pode sofrer escurecimento 
contínuo promovendo um 
resultado indesejável. 
 Nesses casos, são 
aconselháveis um ligeiro 
aprofundamento do preparo e 
neutralização da cor escura do 
fundo com uma técnica de 
opacificação estratificada. 
 
• Variação de Espessura de Esmalte 
em Diferentes Áreas do Dente 
 O esmalte varia sua 
espessura da região cervical para 
a região incisal, sendo mais fina na 
primavera e mais espesso na 
segunda. 
 
• Projeção/Inclinação dos Dentes 
 
Luis Augusto Barros 
Dentística IV 
 Dentes vestibularizados são 
imprescindivelmente desgastados 
para viabilizar a aplicação de uma 
faceta. Às vezes, de tão 
pronunciada que é essa projeção 
para a vestibular que será 
necessário um realinhamento 
ortodôntico para 
subsequentemente executar a 
faceta. 
 Dentes com inclinação 
palatina/lingual tem um desgaste 
mínimo, ainda preservando 
esmalte, na maioria dos casos e 
quando muito inclinada a 
inclinação dispensará o desgaste. 
 
11. União dos Sulcos de Orientação da 
Porção Disto-Vestibular – Unir com a 
ponta diamantada tronco cônica de 
extremidade arredondada 2135 os sulcos 
realizados na porção central e distal da 
face vestibular, configurando 
uniformidade de espessura para a 
metade do dente; 
 
12. Confecção dos Sulcos de Orientação da 
Metade Mésio-Vestibular – Proceder da 
mesma forma na metade mésio-vestibular 
não preparada, conforme explicado no 
passo 10, realizando posteriormente 
igualmente o passo 11; 
 
13. Preparo Proximal – Preparo proximal 
deve ser de metade do comprimento 
vestíbulo-lingual da face proximal do 
dente vizinho, como meio de esconder as 
margens da faceta (transição entre dente 
e faceta); 
 
14. Extensão Sub-gengival do Preparo – Com 
a redução da superfície vestibular 
finalizada, deve-se proceder à extensão 
subgengival. Essa extensão deve ser 
efetuada nos casos de lesões 
subgengivais, em dentes com forte 
escurecimento, em pacientes com linha 
do sorriso alta e principalmente e sempre 
por razões estética, procurando 
“esconder” a transição entre dente e 
faceta. Preparo com a ponta diamantada 
tronco cônica de extremidade 
arredondada 2135, com extensão de 
0,2mm. A terminação cervical obtida deve 
ser a de chanfrado; 
 
15. Confecção do Degrau Palatino (Overlap 
Palatino) – Efetuamos a confecção de um 
degrau palatino com a profundidade de 
cerca de 1,5 a 2,0mm confeccionada com 
a ponta diamantada tronco cônica de 
extremidade arredondada 2135 de forma 
paralela ao longo eixo do dente (em 
direção ao cíngulo);16. Confecção dos Sulcos de Orientação 
Incisal (Overlap Incisal) – A seguir, efetua-
se a confecção de três sulcos de 
orientação incisal. A profundidade desse 
sulco é de 1,0 a 1,5mm (espessura de 
uma a uma e meia ponta ativa) 
confeccionadas com a ponta diamantada 
tronco cônica de extremidade 
arredondada 2135 ou até mesmo a ponta 
diamantada esférica 1014 num ângulo de 
aproximadamente 90° em relação ao 
longo eixo do dente; 
 
17. União dos Sulcos de Orientação Incisal – 
Unir com a ponta diamantada tronco 
cônica de extremidade arredondada 
2135 os sulcos realizados na porção 
incisal, com inclinação para palatina, 
promovendo uma redução incisal de 
mesial a distal, numa angulação de 
aproximadamente 70 a 80° em relação 
ao longo eixo do dente; 
 
18. Avaliação do Desgaste – Com o auxílio 
dos guias de desgaste, avaliamos o 
desgaste feito sob os dentes e analisamos 
a necessidade ou não de mais um pouco 
de desgaste; 
 
19. Remoção do Fio Retrator 
 
 
 
 
Facetas 
20. Moldagem – Com o auxílio de excelentes 
materiais de cópia e moldagem iremos 
copiar os desgastes feitos para que o 
protético possa confeccionar as facetas 
em porcelana sob o modelo que será 
obtido a partir dessa moldagem. 
• Técnicas de Moldagem 
• Moldagem de Dois Tempos ou 
Dupla Moldagem 
 Nesta técnica, primeiramente 
transforma-se a moldagem pesada em 
uma moldeira individual e posteriormente 
faz-se uma moldagem “corretiva” para 
que a pasta leve registre os detalhes. O 
profissional inicia a manipulação da 
massa densa e a coloca na moldeira. 
Depois, deve cobrir a massa densa com 
uma folha de filme de PVC e realizar a 
moldagem. Esta película plástica bem fina 
terá o papel de realizar um mínimo e 
uniforme alívio permitindo o espaço para 
a futura moldagem com a pasta leve. Após 
a presa da massa densa, a moldeira deve 
ser removida e a folha plástica 
descartada. Em seguida, o profissional 
deve manipular a pasta leve e injetá-la 
através de uma seringa para moldagens 
no preparo. O restante de pasta leve 
remanescente na placa de mistura deve 
forrar toda a moldagem densa e então 
inserir na cavidade oral do paciente. Esta 
técnica consome mais tempo e exige o 
emprego de uma quantidade maior de 
pasta leve. No entanto, pode facilmente 
ser executada sem o auxílio de um 
assistente. Vale a pena ressaltar que a não 
realização do alívio dificultará a 
reinserção da moldeira e o 
posicionamento original da moldagem 
preliminar (massa densa) e poderá 
acarretar em uma maior espessura de 
pasta leve, fatos que aumentam as 
chances de deformações. 
 
• Moldagem de Um Tempo ou 
Moldagem em Passo Único 
 Nesta técnica, as moldagens 
pesada e leve são feitas simultaneamente. 
O profissional manipula a pasta leve e 
injeta por intermédio de uma seringa para 
moldagens o material no preparo. O 
excedente pode ser injetado nas faces 
oclusais dos demais dentes. Ao mesmo 
tempo, um auxiliar manipula a massa 
densa e então o profissional assenta a 
moldeira com a massa densa na cavidade 
oral. Com isto, a massa densa irá fazer 
com que a pasta leve escoe mais ainda, 
limitando a esta o registro de detalhes aos 
quais a densa não registraria (terminações 
cervicais, detalhes de retenções 
adicionais, etc...). Esta manobra requer 
um perfeito sincronismo entre profissional 
e auxiliar, pois os dois materiais tomarão 
presa juntos. As grandes vantagens desta 
técnica são a economia de tempo (pois a 
moldagem é feita em único passo) e limitar 
a massa leve (maior contração e menores 
propriedades mecânicas) ao mínimo 
necessário. 
 
21. Confecção do Provisório – A faceta 
cerâmica levará um tempo para ficar 
pronta, dessa forma, será necessário 
confeccionar facetas provisório para 
proteger a estrutura dentária desgastada. 
Os provisórios poderão ser feitos de 
forma direta com resina composta, 
quando poucos dentes estiverem sendo 
facetados, ou poderão ser feitos de resina 
acrílica, quando há uma grande 
quantidade de dentes sendo facetados. 
Descreveremos brevemente as técnicas: 
 
• Provisório de Resina Composta 
1º. Isolar o campo operatório 
relativamente; 
2º. Realizamos o 
condicionamento ácido 
assim como descrito no 
item 17 em “Facetas 
Diretas”; 
 
Luis Augusto Barros 
Dentística IV 
3º. Aplicamos o adesivo 
fotopolimerizável assim 
como descrito no item 18 
em “Facetas Diretas”; 
4º. Incrementamos uma 
grande porção única de 
resina composta, de uma 
cor só e fotopolimerizar por 
cerca de 1 minuto; 
5º. Retirar excesso com uma 
lâmina de bisturi e dar 
acabamento e polimento 
com a sequência de discos 
de lixa abrasivos e disco de 
feltro + pasta diamantada; 
 
• Provisório de Resina Acrílica 
1º. Confeccionar antes de 
realizar os desgastes, a 
partir de uma moldagem e 
obtenção de um modelo, 
uma matriz plástica, 
semelhante aquelas feitas 
para clareamento; 
2º. Preencher a porção 
vestibular da matriz 
plástica com uma massa de 
resina acrílica e quando 
essa massa perder o brilho 
superficial levar sobre os 
dentes; 
3º. Pressionar com a ajuda dos 
dedos a massa, retirando o 
excesso que escoar para 
fora da matriz; 
4º. Retirar excesso com uma 
lâmina de bisturi e dar 
acabamento e polimento 
com a sequência de discos 
de lixa abrasivos e disco de 
feltro + pasta diamantada. 
NOTA: Os provisórios de 
resina acrílica poderão ser 
mantidos unidas ao dente, 
nos casos de dentes 
contíguos ou serem 
cimentadas com cimento 
provisório. 
 
22. Prova da Faceta – Após as facetas serem 
confeccionadas e estarem prontas, antes 
da cimentação propriamente dita, 
faremos sua prova. Concentre-se; a prova 
da faceta é minuciosa. Vamos enumerar 
para auxiliar e ter melhor proveito desta 
etapa: 
1. Verifique contra a luz e em luz 
natural e veja se a faceta 
apresenta trincas 
2. Coloque a faceta no modelo 
troquelizado e certifique-se que a 
adaptação e contorno cervical 
estão corretos. Retire com cuidado 
a faceta do modelo; 
3. Retire o provisório e analise se há 
alguma irregularidade na 
superfície dental que impeça a 
correta adaptação da peça. Se 
houver regularize a superfície; 
4. Coloque, delicadamente, a faceta 
no preparo e observe sua 
adaptação. Se não estiver bem 
adaptada, verifique primeiramente 
os pontos de contato. Qualquer 
ajuste deve ser feito com papel-
carbono de boa qualidade e 
brocas esféricas para cerâmica; 
5. Com o auxílio das resinas de prova 
que, normalmente acompanham 
os kits de cimentação escolha a cor 
mais apropriada do cimento 
resinoso definitivo. Se a faceta foi 
confeccionada na cor correta, 
poderemos cimentar com cimento 
transparente; 
6. Avalie, por fim, o resultado estético 
em relação aos dentes 
remanescentes e também o grau 
de satisfação do paciente. Tudo 
ok, partiremos para a cimentação 
propriamente dita. 
 
23. Preparo da Faceta Para Cimentação – 
Para que haja melhor união entre uma 
faceta de porcelana e a estrutura dental, 
é necessário que a superfície interna da 
 
 
 
Facetas 
faceta seja submetida aos seguintes 
procedimentos: 
1. Prenda a faceta pela superfície 
vestibular com o auxílio de haste 
de ponta pegajosa (vivastick). Dê 
leves pancadas no cabo para 
verificar se ela ficou bem presa; 
2. Limpeza com o auxílio de um jato 
de bicarbonato de sódio; 
3. Enxague com água corrente; 
4. Colocação das facetas num 
recipiente comacetona, num 
aparelho de ultrassom por 5 
minutos 
5. Condicionamento ácido da 
superfície interna da faceta com 
ácido fluorídrico de 2 a 10% 
durante 2 minutos, lavagem com 
spray de ar/água e secagem com 
ar 
6. A seguir, com auxílio de um pincel 
descartável, deve aplicar um silano 
para formar elo químico entre o 
adesivo e a cerâmica. Deixar o 
silano secando ao ar; 
7. Após a silanização, o adesivo 
selecionado deverá ser aplicado 
na superfície interna da faceta, 
sem que ele “emposse” e ser 
fotopolimerizado. 
 
24. Preparo da Faceta Para Cimentação – 
Para tal, a superfície do dente deverá ser 
submetida aos seguintes procedimentos: 
1. Isole o campo operatório usando 
roletes de algodão, afastador de 
lábios e bochechas e auxílio de fios 
retratores mecânicos; 
2. Protegemos os dentes adjacentes 
aos dentes envolvidos na faceta 
com um papel celofane ou matriz 
de poliéster e aplicamos ácido 
fosfórico à 37% no esmalte durante 
30 segundos e 15 segundos em 
dentina (se houver exposição). 
Lavamos com spray de ar/água o 
dente durante 60 segundos, 
retiramos o excesso de umidade 
com um papel absorvente ou 
bolinha de algodão; 
3. Aplicamos o adesivo nas 
superfícies condicionadas, mas 
não fotopolimerize (por enquanto). 
 
25. Cimentação Propriamente Dita – Segue os 
passos: 
1. Verifique se a faceta continua 
imobilizada na haste de ponta 
pegajosa, repetindo as 
pancadinhas no cabo; 
2. Retiramos as tiras de papel 
celofane ou a matriz de poliéster 
para não interferir no 
assentamento da faceta 
3. Espalhe, sem excesso, o cimento 
resinoso definitivo em toda a 
superfície interna da faceta 
eliminando com algum instrumento 
de ponta fina a possíveis bolhas 
que tenham ficado. Se não 
eliminarmos essas bolhas, após a 
polimerização estas se apresentam 
como manchas cinzas na faceta, 
dando resultado estético 
desagradável; 
4. Assente a faceta sobre o dente 
preparado e assegure de que 
houve extravasamento do cimento 
em toda a margem. Se não houver 
extravasado, ficaram fenda que 
reterão placa bacteriana; 
5. Retire a haste pegajosa com 
cuidado para não deslocar a peça 
6. Com uma sonda, verifique se a 
faceta ficou bem adaptada ao 
preparo; 
7. Fotopolimerize o cimento por um 
período de 5 a 8 segundos 
8. Com o auxílio de uma lâmina de 
bisturi 12, remova o maior volume 
de excesso marginal no sentido 
faceta-dente, pois o contrário 
pode deslocar a faceta; 
 
Luis Augusto Barros 
Dentística IV 
9. Fotopolimerize por mais 1 minuto 
na face palatina/lingual, depois a 
incisiva, proximal e por último a 
vestibular; 
10. Retire o fio retrator; 
11. Remova com a mesma lâmina de 
bisturi as rebarbas de cimento 
tomando cuidado para não 
danificar as margens da faceta. 
Na proximal, antes de empregar a 
lâmina, faça um afastamento 
interdental vigoroso com cunha de 
madeira; 
12. Ajuste a oclusão 
13. Dar acabamento proximal com 
tiras de lixa de aço e/ou discos 
flexíveis, cervical com pontas 
diamantadas e pontas de silicone 
14. O polimento será realizado com 
pasta especial para cerâmica com 
disco de feltro.

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