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Facetas • Facetas As facetas são coberturas protéticas finas que são colocadas na face vestibular de dentes anteriores, melhorando estética, posicionamento do dente no arco, realizando para isso, um pequeno desgaste da estrutura dentária natural. As facetas podem ser confeccionadas em resina ou em porcelana Atualmente existem dois tipos de técnicas para a realização do procedimento, a técnica direta de faceta, realizada com resina e a técnica indireta, realizada com porcelana ou cerômeros. A primeira é feita diretamente sobre o dente, no próprio consultório, sem a necessidade de mandar o serviço para um protético, já a segunda é realizada a moldagem da boca do paciente e levadas ao laboratório de prótese para a confecção e posteriormente cimentadas em consultório. Vamos abordar as duas técnicas a seguir. As facetas, tanto as diretas como as indiretas são indicadas nos seguintes casos: dentes escurecidos; dentes com alteração de forma ou de estrutura; dentes mal posicionados; dentes vitais escurecidos que não obtiveram sucesso com o procedimento de clareamento endógeno; dentes vitais resistentes ao clareamento; pacientes com fluorose grau III e IV; pacientes com manchas por tetracilinas grau III ou IV; casos de múltiplas restaurações na região anterior. Entretanto, há casos em que contraindicamos o uso de facetas como: dentes que estejam com uma estrutura fragilizada, preferindo nesse caso a confecção de uma coroa; dentes excessivamente vestibularizados, necessitando de uma prévia ortodontia; bruxismo* (O bruxismo não é bem uma contraindicação para a realização de facetas uma vez que podemos resolver o possível problema de desgaste da faceta pela parafunção através da confecção de uma Snap On, uma placa/moldeira de acetato que é encaixada na região de pré a pré, estabilizando-se por retenção friccional, utilizada durante o dia e durante a noite, retirada apenas para a higienização. Sua durabilidade é numa faixa de 3-5 anos e seu custo é elevadíssimo, cerca de R$ 2.000,00). • Faceta Direta As facetas diretas são coberturas estéticas de resina realizadas sobre a superfície vestibular de dentes anteriores através de um desgaste e estratificação da resina nessa face. As facetas diretas apresentam vantagens sobre a técnica indireta pois são: rápidas, eficazes e seguras; não requer moldagem e confecção do provisório; menor custo em relação às cerâmicas; dispensam a etapa laboratorial do procedimento; preparo mais conservador que o preparo para as facetas indiretas; dentista controla cor e forma; reparabilidade, coisa que a porcelana não permite e não ocorre o desgaste do dente antagonista, por não ser tão dura. Como desvantagens, as facetas realizadas pela técnica direta apresentam: compósitos de uso direto apresentam baixa resistência ao desgaste; menor resistência; maior vulnerabilidade ao manchamento; menor estabilidade de cor; contração de polimerização que podem gerar trincas no esmalte e/ou romper a união adesiva com a dentina. Existem diversos aspectos que devem ser levados em consideração para a realização de uma restauração estética anterior, como a linha do sorriso; a presença de discrepâncias ósseas positivas (diastemas) ou negativas (apinhamentos); posição dos dentes no arco; forma do dente; a etiologia da alteração na cor dental e principalmente o tamanho do dente e o grau de escurecimento, que serão explicadas conforme formos abordando a confecção da faceta a seguir. Para a confecção/instalação de uma faceta, será necessário realizar um desgaste na superfície dental para compensar a espessura de material que será colocada sob o dente, reestabelecendo a sua estética. A seguir Luis Augusto Barros Dentística IV explanaremos sobre a técnica de preparo para facetas diretas em resina composta. • Técnica de Preparo – Método da Silhueta e Confecção da Faceta em Resina Composta (Técnica Direta) Separando em passos para melhor estudo e compreensão, a técnica de preparo do dente pelo método da silhueta compreende as seguintes etapas: 1. Profilaxia – Realiza-se a profilaxia da referida arca a se proceder com pasta abrasiva ou jato de bicarbonato; 2. Tomada Inicial de Cor – Faça um cuidadoso registro inicial da cor dos dentes. Anote na ficha a cor predominante dos dentes e registre em foto. Ao realizar a tomada de cor, escolhemos de 1 a 2 cromas a menos, podendo até necessitar de um agente opacificador, para atingir a cor desejada para o tratamento. 1 croma para dentes com grau leve de escurecimento, 1 a 2 cromas para dentes com grau de escurecimento moderado e um agente opacificador para os dentes com grau de escurecimento severo. 3. Clareamento Dental – Realizar clareamento dental pela técnica de consultório; 4. Tomada Final de Cor – Após o clareamento, faça uma nova tomada de cor agora obtendo a nova saturação (croma) do dente, comparando com os registros anteriores o quanto foi clareado. 5. Moldar o arco – Moldar o arco que será submetido ao procedimento e obter posteriormente um modelo de gesso; 6. Fazer Enceramento de Diagnóstico no Modelo – Nessa etapa o profissional irá fazer uma simulação de como ficará o posicionamento, forma e principalmente o tamanho dos dentes que serão submetidos ao tratamento. O tamanho do dente é uma das etapas cruciais no sucesso estético do trabalho, proporcionando equilíbrio e beleza. Nem sempre o paciente tem o tamanho do dente proporcional e harmônico, sendo assim lançamos mão da proporção áurea para a realização. A proporção áurea, é a quantidade que pode ser enxergada virtualmente o dente. A proporção correta em um dente é a que a largura corresponde a 80% do valor total (ou seja, 100%) do comprimento do dente. Vamos ao exemplo: • Um paciente procura os seus serviços querendo instalar facetas do dente 13 ao 23, apresentando um incisivo central com comprimento de 9,5mm. Quais serão as novas medidas para os dentes envolvidos no procedimento? ➢ Para descobrir as novas medidas, utilizaremos a regra de 3 da seguinte maneira: Incisivo Central: Compri.: 9,5mm -------------- 100% Largura: X ----------- 80% 9,5 x 80% = X = 7,6mm L 100% 7,6mm Largura. Para descobrir as novas medidas de Incisivo Lateral multiplicamos o valor da largura do Incisivo Central pelo valor da proporção áurea que é 0,618. Posteriormente o Canino será procedido da mesma forma, pegamos o Facetas valor da largura obtida pelo Incisivo Lateral, multiplicamos por 0,618 e por fim teremos a largura ideal de Canino. Veja a seguir: Largura IL= Largura do IC x Proporção Áurea = 7,6 x 0,618 = 4,7mm Largura! Largura Canino= Largura do IL x Proporção Áurea = 4,7 x 0,618 = 2,9mm NOTA: Nem sempre a proporção é possível ser respeitada! Esse projeto diagnóstico de simulação pode ser, e é, normalmente feito através do enceramento do modelo obtido por um protético passando para ele as novas medidas realizadas na etapa de proporcionamento. Esse projeto pode também ser feito em computador através do uso de programas específicos, como é o caso do DSD, ferramenta utilizada pelo Cirurgião-Dentista e também pelo protético que é redesenhado o dente com a nova proporcionalidade e formato. 7. Realização do Mock Up (EnsaioRestaurador) – É realizada a moldagem do modelo de gesso através da silicona de condensação, recortado o contorno das papilas após a presa e aplicado um material na área de negativa referente aos dentes resina bis-acrílica, secar dente e levar à boca do paciente, eliminando os excessos extravasados 30 segundos após ter levado o material à boca do paciente. Após a presa da resina bis-acrílica remover a silicona. O paciente terá em sua boca a amostra do projeto que será realizado podendo avaliar se gostou ou não do tamanho do dente, formato, cor e etc.. Nesse momento, podemos analisar os mesmos aspectos, notando sutilezas a serem, se necessárias, modificadas. Se aprovado, partiremos para o próximo passo, caso ele não goste do tamanho, realiza-se o desgaste cauteloso da incisal para que não se perca os detalhes criados pelo protético no enceramento. 8. Confecção dos Guias de Desgaste - Os guias são cópias de silicona que nos dão noção de quanto temos de espaço do dente até a superfície da futura faceta, por consequência dando a ideia de quanto precisamos desgastar do dente. Posteriormente eles são usados para saber o espaço que temo do desgaste até a superfície vestibular. Existem dois tipos de guias: • Guia Incisal Nos dá a noção de quanto espaço temos do desgaste até o bordo incisal da futura faceta. • Guia Vestibular Nos dá a noção de quanto espaço temos do desgaste até a superfície vestibular da futura faceta. Para realizar a confecção dos guias, manipulamos uma porção de silicona densa, fazemos um rolete e o colocamos na superfície incisiva, acomodando vagarosamente com a ponta dos dedos sobre as superfícies vestibular e palatina. Após a presa, retiramos e cortamos um desses moldes transversalmente (ao meio) separando parte vestibular do molde de parte lingual e cortamos o outro longitudinalmente, separando bem rente à superfície proximal, fatiando dente por dente. Para a realização utilizamos uma lâmina de bisturi de ponta reta. 9. Delimitação do Término Periférico - Delimitar com o lápis o término periférico circundando toda a face vestibular do dente abrangendo de mesial à distal; Luis Augusto Barros Dentística IV 10. Confecção do Sulco Periférico - Confeccionar com a ponta diamantada 1014, (podendo ser também a 1011, 1012 ou 1013), numa inclinação de 45° uma canaleta/sulco orientadora na região demarcada pelo lápis (região cervical supra gengival) circundando toda a face vestibular do dente para mesial e distal sem romper o contato proximal. Essa canaleta deve ter profundidade mínima de 0,2mm e máxima de 0,6mm (meia ponta ativa da ponta diamantada); 11. Confecção dos Sulcos de Orientação – A seguir, efetua-se a confecção de dois sulcos de orientação no sentido gengivo- oclusal (vertical) sendo um no centro da face vestibular e o outro na distal. A profundidade desse sulco é de 0,2 a 0,6mm (espessura de meia ponta ativa) e pode ser confeccionada com pontas diamantadas em forma anelada/ de roda 4141 ou 4142 ou a ponta diamantada tronco cônica de extremidade arredondada 2135; NOTA: É de suma importância salientar que a confecção dos sulcos de orientação deve acompanhar a inclinação da face vestibular do dente, se preocupando com a espessura do bordo incisal. Outro ponto é que a profundidade de desgaste irá variar conforme o grau de escurecimento, para grua leve o desgaste deve ser 0,6mm, para grau moderado deve ser de 1,0mm e para grau severo deve ser de 1,2mm. A profundidade de desgaste no preparo de facetas visa criar um espaço que possibilita uma espessura de compósitos capaz de mascarar a cor escura do fundo do dente sem tornar a restauração excessivamente artificial e o dente fragilizado. Os fatores que determinarão a profundidade de desgaste são: etiologia da alteração de cor; variação de espessura de esmalte em diferentes áreas do dente; projeção/inclinação dos dentes. • Etiologia de Alteração de Cor Dependendo da etiologia da alteração de cor, a faceta incialmente mascara a alteração de cor, porém, com o tempo, o dente pode sofrer escurecimento contínuo promovendo um resultado indesejável. Nesses casos, são aconselháveis um ligeiro aprofundamento do preparo e neutralização da cor escura do fundo com uma técnica de opacificação estratificada. • Variação de Espessura de Esmalte em Diferentes Áreas do Dente O esmalte varia sua espessura da região cervical para a região incisal, sendo mais fina na primavera e mais espesso na segunda. • Projeção/Inclinação dos Dentes Dentes vestibularizados são imprescindivelmente desgastados para viabilizar a aplicação de uma faceta. Às vezes, de tão pronunciada que é essa projeção para a vestibular que será necessário um realinhamento ortodôntico para subsequentemente executar a faceta. Dentes com inclinação palatina/lingual tem um desgaste mínimo, ainda preservando esmalte, na maioria dos casos e quando muito inclinada a inclinação dispensará o desgaste. 12. União dos Sulcos de Orientação da Porção Disto-Vestibular – Unir com a ponta diamantada tronco cônica de extremidade arredondada 2135 os sulcos realizados na porção central e distal da face vestibular, configurando Facetas uniformidade de espessura para a metade do dente; 13. Confecção dos Sulcos de Orientação da Metade Mésio-Vestibular – Proceder da mesma forma na metade mésio-vestibular não preparada, conforme explicado no passo 10, realizando posteriormente igualmente o passo 11; 14. Preparo Proximal – Preparo proximal deve ser de metade do comprimento vestíbulo-lingual da face proximal do dente vizinho, como meio de esconder as margens da faceta (transição entre dente e faceta); 15. Extensão Sub-gengival do Preparo – Com a redução da superfície vestibular finalizada, deve-se proceder à extensão subgengival. Essa extensão deve ser efetuada nos casos de lesões subgengivais, em dentes com forte escurecimento, em pacientes com linha do sorriso alta e principalmente e sempre por razões estética, procurando “esconder” a transição entre dente e faceta. É colocado um fio retrator no sulco, obtendo ligeiro afastamento gengival, seguindo do preparo com a ponta diamantada tronco cônica de extremidade arredondada 2135, com extensão variando de 0,1 a 0,5mm. A terminação cervical obtida deve ser a de ombro com ângulo interno arredondado; 16. Avaliação do Desgaste – Com o auxílio dos guias de desgaste, avaliamos o desgaste feito sob os dentes e analisamos a necessidade ou não de mais um pouco de desgaste; 17. Isolamento do Campo Operatório – O isolamento do campo operatório para facetas poderá ser realizado de forma relativa ou de forma absoluta. Nos casos de faceta, é mais vantajoso realizar o isolamento relativo, pois no absoluto, o dique de borracha e os grampos podem prejudicar a visão natural do conjunto de dentes e dificultar visualização de sutis características de cor. Para realizar o isolamento relativo os roletes de algodão devem estar bem adaptados em todo o fórnix do vestíbulo e ductos de saída de saliva, podendo, de bom grado, estar associado a um fio retrator mecânico, que além de afastar a margem gengival, absorverá os fluidos do sulco gengival; 18. Condicionamento Ácido das Estruturas– Protegemos os dentes adjacentes aos dentes envolvidos na faceta e aplicamos ácido fosfórico à 37% no esmalte durante 30 segundos e 15 segundos em dentina (se houver exposição). Lavamos o dente durante 60 segundos, retiramos o excesso de umidade com um papel absorvente ou bolinha de algodão; 19. Aplicação do Adesivo - Aplicamos o adesivo de 4ª geração com o auxílio de um microblush na área, de forma ativa, esfregando o microblush embebido em líquido adesivo durante 10 segundos, secando com jato de ar durante 5 seg. Repetir etapa mais 2 vezes, secando antes, as cerdas do microblush e fotopolimerizar ao final da terceira vez por 20 segundos; 20. Estratificação da Resina – A incrementação da resina é a chave para o sucesso, principalmente estético, nos casos de facetas direta. A espessura de incrementação das resinas de dentina e esmalte variam de acordo com a quantidade de desgaste realizada e essa consequentemente com o grau de escurecimento do dente. A espessura assume importância fundamental quanto a obtenção de um aspecto natural e bloquear a alteração de cor do dente. A cada estratificação fotopolimerizamos a resina por 40 segundos. Sendo assim Luis Augusto Barros Dentística IV vamos às estratificações para os diferentes casos: • Grau Leve de Escurecimento: Para o grau leve de escurecimento desgastamos 0,6mm de estrutura dental vestibular. Nesse caso, para mascarar a discreta alteração de cor e dar o aspecto de naturalidade incrementamos 0,4mm de resina de dentina (dentina com um croma a menos que o croma da tomada de cor) e posteriormente 0,2mm de resina de esmalte; • Grau Moderado de Escurecimento: Para o grau moderado de escurecimento desgastamos 1,0mm de estrutura dental vestibular. Nesse caso incrementamos 0,7mm de resina de dentina (dentina com 1 a 2 cromas a menos que o croma da tomada de cor) e posteriormente 0,3mm de resina de esmalte; • Grau Severo de Escurecimento Severo: Para o grau severo de escurecimento desgastamos cerca de 1,2mm de estrutura dental vestibular. Nesse caso para mascarar a severa alteração de cor incrementamos incialmente 0,2mm de um opacificador (substância, para bloquear o fundo escuro da alta alteração de cor, sucedendo pela incrementação de 0,6 a 0,7mm de resina de dentina (dentina com um croma a menos que o croma da tomada de cor) e 0,4 a 0,3mm de resina de esmalte. A aplicação desse opacificador deve ser fenestrada de forma que, através dessas fenestras, possamos ver o fundo do dente. 21. Acabamento e Polimento – Pontuaremos alguns itens e aspectos que devem ser atentados e devidamente realizados no acabamento e polimentos em facetas diretas de resina composta: • Área Plana (Área Principal de Reflexão) Os dentes anteriores superiores apresentam superfície vestibular uma área referida como plana (também podendo ser denominada de área principal de reflexão de luz), embora ela possa algumas vezes ser referida como côncava ou convexa, que é responsável pela reflexão da luz, acarretando na dissimulação e simulação da aparência desses dentes. Mudanças marcantes, ou mesmo sutis, nessa região alteram o comprimento e/ou largura dos dentes. A área plana pode variar em forma número dimensões e localização. A área plana se encontra no centro do dente, área em que os feixes de luz incidem e voltam diretamente para o olho do observador, e ao redor dessa área plana temos a área de espelhamento, área em que os feixes de luz são incididos, entretanto, são espalhados e não voltam para o observador que se encontra de frente com o dente. Quanto maior for a área plana do dente no sentido mésio- distal, maior será sua sensação de largura, pois há maior área para a incidência dos feixes de luz e consequentemente maior volta destes para o observador. Porém, quanto menor for a área plana no sentido mésio-distal, menor será a largura aparente do dente. Quanto maior for a área plana do dente no sentido cérvico- incisal, maior será o comprimento Facetas aparente do dente, pois há maior área para a incidência dos feixes de luz e consequentemente maior volta destes para o observador. Porém, quanto menor for a área plana no sentido cervico-incisal, menor será o comprimento aparente do dente. Esses ajustes podem ser feitos durante o acabamento com pontas diamantadas e discos abrasivos e também pode serem feitos durante a incrementação e estratificação da resina com o auxílio de uma espátula ou um pincel. • Acabamento e Polimento Propriamente Dito Após a determinação das áreas planas, vamos continuar o processo de acabamento: 1º. Remoção de excessos de resina, cuidadosamente, nas áreas subgengivais e áreas de ameias vestibular e lingual, ainda com o fio retrator e o isolamento; 2º. Remoção do fio retrator e isolamento e ajuste anatômico das áreas de ameias e proximais com tiras de lixa de poliéster; 3º. Remoção de excessos finos e alisamento inicial da resina com discos de lixa flexíveis de granulação média e grossa; 4º. Remoção de pequenos riscos e imperfeições remanescentes com pontas de borracha abrasiva; 5º. Remoção de pequenos riscos e imperfeições remanescentes e alisamento final da resina com discos de lixa flexíveis de granulação fina e ultrafina; 6º. Polimento com discos de pelo de cabra, discos de feltro associada a pasta abrasiva para brilho final. • Faceta Indireta As facetas indiretas são coberturas estéticas realizadas sobre a superfície vestibular de dentes anteriores através de um desgaste e cimentação de uma peça protética, geralmente de porcelana, mas podendo ser também de cerômeros, nessa face. As facetas indiretas apresentam vantagens sobre as facetas diretas pois são: mais estéticas; mais resistentes à abrasão e ao manchamento; terem boa tolerância nos tecidos gengivais; menor retenção de placa devido à alta lisura superficial Como desvantagens, as facetas realizadas pela técnica indireta apresentam: irreparabilidade em casos de fratura ou trincas; desgaste do dente antagonista em virtude da alta resistência à abrasão; dificuldade na obtenção de excelência estética nos casos de alteração severa de cor ou em dentes apinhados. Para a confecção/instalação de uma faceta não iremos diferir muito do que já foi estudado anteriormente para as facetas diretas, será necessário realizar um desgaste na superfície dental para compensar a espessura de material que será colocada sob o dente, reestabelecendo a sua estética. A seguir explanaremos sobre a técnica de preparo e instalação para facetas indiretas em porcelana. • Técnica de Preparo e Instalação de Facetas em Porcelana Separando em passos para melhor estudo e compreensão, a técnica de preparo do dente pelo método da silhueta compreende as seguintes etapas: Luis Augusto Barros Dentística IV 1. Profilaxia – Realiza-se a profilaxia da referida arca a se proceder com pasta abrasiva ou jato de bicarbonato; 2. Tomada Inicial de Cor – Faça um cuidadoso registro inicial da cor dos dentes. Anote na ficha a cor predominante dos dentes e registre em foto 3. Clareamento Dental – Realizar clareamento dental pela técnica de consultório; 4. Tomada Final deCor – Após o clareamento, faça uma nova tomada de cor agora obtendo a nova saturação (croma) do dente, comparando com os registros anteriores o quanto foi clareado. 5. Moldar o arco – Moldar o arco que será submetido ao procedimento e obter posteriormente um modelo de gesso; 6. Fazer Enceramento de Diagnóstico no Modelo – Nessa etapa o profissional irá fazer uma simulação de como ficará o posicionamento, forma e principalmente o tamanho dos dentes que serão submetidos ao tratamento. O tamanho do dente é uma das etapas cruciais no sucesso estético do trabalho, proporcionando equilíbrio e beleza. Nem sempre o paciente tem o tamanho do dente proporcional e harmônico, sendo assim lançamos mão da proporção áurea para a realização. A proporção áurea, é a quantidade que pode ser enxergada virtualmente o dente. A proporção correta em um dente é a que a largura corresponde a 80% do valor total (ou seja, 100%) do comprimento do dente. Vamos ao exemplo: • Um paciente procura os seus serviços querendo instalar facetas do dente 13 ao 23, apresentando um incisivo central com comprimento de 9,5mm. Quais serão as novas medidas para os dentes envolvidos no procedimento? ➢ Para descobrir as novas medidas, utilizaremos a regra de 3 da seguinte maneira: Incisivo Central: Compri.: 9,5mm -------------- 100% Largura: X ----------- 80% 9,5 x 80% = X = 7,6mm L 100% 7,6mm Largura. Para descobrir as novas medidas de Incisivo Lateral multiplicamos o valor da largura do Incisivo Central pelo valor da proporção áurea que é 0,618. Posteriormente o Canino será procedido da mesma forma, pegamos o valor da largura obtida pelo Incisivo Lateral, multiplicamos por 0,618 e por fim teremos a largura ideal de Canino. Veja a seguir: Largura IL= Largura do IC x Proporção Áurea = 7,6 x 0,618 = 4,7mm Largura! Largura Canino= Largura do IL x Proporção Áurea = 4,7 x 0,618 = 2,9mm NOTA: Nem sempre a proporção é possível ser respeitada! Esse projeto diagnóstico de simulação pode ser, e é, normalmente feito através do enceramento do modelo obtido por um protético passando para Facetas ele as novas medidas realizadas na etapa de proporcionamento. Esse projeto pode também ser feito em computador através do uso de programas específicos, como é o caso do DSD, ferramenta utilizada pelo Cirurgião-Dentista e também pelo protético que é redesenhado o dente com a nova proporcionalidade e formato. 7. Confecção das Guias de Desgaste – Assim como explicado no item 7 em “Facetas Diretas”; 8. Colocação do Fio Retrator e Delimitação do Término Periférico – Colocar no sulco- gengival um fio retrator e delimitar com o lápis o término periférico circundando toda a face vestibular do dente abrangendo de mesial à distal; 9. Confecção do Sulco Periférico - Confeccionar com a ponta diamantada 1014, (podendo ser também a 1011, 1012 ou 1013), numa inclinação de 45° uma canaleta/sulco orientadora na região demarcada pelo lápis (região cervical supra gengival) circundando toda a face vestibular do dente para mesial e distal sem romper o contato proximal. Essa canaleta deve ter profundidade mínima de 0,2mm e máxima de 0,6mm (meia ponta ativa da ponta diamantada); 10. Confecção dos Sulcos de Orientação Vestibular – A seguir, efetua-se a confecção de dois sulcos de orientação no sentido gengivo-oclusal (vertical) sendo um no centro da face vestibular e o outro na distal. A profundidade desse sulco é de 0,5mm (espessura de meia ponta ativa) e pode ser confeccionada com pontas diamantadas em forma anelada/ de roda 4141 ou 4142, a ponta diamantada tronco cônica de extremidade arredondada 2135 ou até mesmo a ponta diamantada esférica 1014; NOTA: É de suma importância salientar que a confecção dos sulcos de orientação deve acompanhar a inclinação da face vestibular do dente, se preocupando com a espessura do bordo incisal. Outro ponto é que a profundidade de desgaste irá variar conforme o grau de escurecimento, para grua leve o desgaste deve ser 0,6mm, para grau moderado deve ser de 1,0mm e para grau severo deve ser de 1,2mm. A profundidade de desgaste no preparo de facetas visa criar um espaço que possibilita uma espessura de compósitos capaz de mascarar a cor escura do fundo do dente sem tornar a restauração excessivamente artificial e o dente fragilizado. Os fatores que determinarão a profundidade de desgaste são: etiologia da alteração de cor; variação de espessura de esmalte em diferentes áreas do dente; projeção/inclinação dos dentes. • Etiologia de Alteração de Cor Dependendo da etiologia da alteração de cor, a faceta incialmente mascara a alteração de cor, porém, com o tempo, o dente pode sofrer escurecimento contínuo promovendo um resultado indesejável. Nesses casos, são aconselháveis um ligeiro aprofundamento do preparo e neutralização da cor escura do fundo com uma técnica de opacificação estratificada. • Variação de Espessura de Esmalte em Diferentes Áreas do Dente O esmalte varia sua espessura da região cervical para a região incisal, sendo mais fina na primavera e mais espesso na segunda. • Projeção/Inclinação dos Dentes Luis Augusto Barros Dentística IV Dentes vestibularizados são imprescindivelmente desgastados para viabilizar a aplicação de uma faceta. Às vezes, de tão pronunciada que é essa projeção para a vestibular que será necessário um realinhamento ortodôntico para subsequentemente executar a faceta. Dentes com inclinação palatina/lingual tem um desgaste mínimo, ainda preservando esmalte, na maioria dos casos e quando muito inclinada a inclinação dispensará o desgaste. 11. União dos Sulcos de Orientação da Porção Disto-Vestibular – Unir com a ponta diamantada tronco cônica de extremidade arredondada 2135 os sulcos realizados na porção central e distal da face vestibular, configurando uniformidade de espessura para a metade do dente; 12. Confecção dos Sulcos de Orientação da Metade Mésio-Vestibular – Proceder da mesma forma na metade mésio-vestibular não preparada, conforme explicado no passo 10, realizando posteriormente igualmente o passo 11; 13. Preparo Proximal – Preparo proximal deve ser de metade do comprimento vestíbulo-lingual da face proximal do dente vizinho, como meio de esconder as margens da faceta (transição entre dente e faceta); 14. Extensão Sub-gengival do Preparo – Com a redução da superfície vestibular finalizada, deve-se proceder à extensão subgengival. Essa extensão deve ser efetuada nos casos de lesões subgengivais, em dentes com forte escurecimento, em pacientes com linha do sorriso alta e principalmente e sempre por razões estética, procurando “esconder” a transição entre dente e faceta. Preparo com a ponta diamantada tronco cônica de extremidade arredondada 2135, com extensão de 0,2mm. A terminação cervical obtida deve ser a de chanfrado; 15. Confecção do Degrau Palatino (Overlap Palatino) – Efetuamos a confecção de um degrau palatino com a profundidade de cerca de 1,5 a 2,0mm confeccionada com a ponta diamantada tronco cônica de extremidade arredondada 2135 de forma paralela ao longo eixo do dente (em direção ao cíngulo);16. Confecção dos Sulcos de Orientação Incisal (Overlap Incisal) – A seguir, efetua- se a confecção de três sulcos de orientação incisal. A profundidade desse sulco é de 1,0 a 1,5mm (espessura de uma a uma e meia ponta ativa) confeccionadas com a ponta diamantada tronco cônica de extremidade arredondada 2135 ou até mesmo a ponta diamantada esférica 1014 num ângulo de aproximadamente 90° em relação ao longo eixo do dente; 17. União dos Sulcos de Orientação Incisal – Unir com a ponta diamantada tronco cônica de extremidade arredondada 2135 os sulcos realizados na porção incisal, com inclinação para palatina, promovendo uma redução incisal de mesial a distal, numa angulação de aproximadamente 70 a 80° em relação ao longo eixo do dente; 18. Avaliação do Desgaste – Com o auxílio dos guias de desgaste, avaliamos o desgaste feito sob os dentes e analisamos a necessidade ou não de mais um pouco de desgaste; 19. Remoção do Fio Retrator Facetas 20. Moldagem – Com o auxílio de excelentes materiais de cópia e moldagem iremos copiar os desgastes feitos para que o protético possa confeccionar as facetas em porcelana sob o modelo que será obtido a partir dessa moldagem. • Técnicas de Moldagem • Moldagem de Dois Tempos ou Dupla Moldagem Nesta técnica, primeiramente transforma-se a moldagem pesada em uma moldeira individual e posteriormente faz-se uma moldagem “corretiva” para que a pasta leve registre os detalhes. O profissional inicia a manipulação da massa densa e a coloca na moldeira. Depois, deve cobrir a massa densa com uma folha de filme de PVC e realizar a moldagem. Esta película plástica bem fina terá o papel de realizar um mínimo e uniforme alívio permitindo o espaço para a futura moldagem com a pasta leve. Após a presa da massa densa, a moldeira deve ser removida e a folha plástica descartada. Em seguida, o profissional deve manipular a pasta leve e injetá-la através de uma seringa para moldagens no preparo. O restante de pasta leve remanescente na placa de mistura deve forrar toda a moldagem densa e então inserir na cavidade oral do paciente. Esta técnica consome mais tempo e exige o emprego de uma quantidade maior de pasta leve. No entanto, pode facilmente ser executada sem o auxílio de um assistente. Vale a pena ressaltar que a não realização do alívio dificultará a reinserção da moldeira e o posicionamento original da moldagem preliminar (massa densa) e poderá acarretar em uma maior espessura de pasta leve, fatos que aumentam as chances de deformações. • Moldagem de Um Tempo ou Moldagem em Passo Único Nesta técnica, as moldagens pesada e leve são feitas simultaneamente. O profissional manipula a pasta leve e injeta por intermédio de uma seringa para moldagens o material no preparo. O excedente pode ser injetado nas faces oclusais dos demais dentes. Ao mesmo tempo, um auxiliar manipula a massa densa e então o profissional assenta a moldeira com a massa densa na cavidade oral. Com isto, a massa densa irá fazer com que a pasta leve escoe mais ainda, limitando a esta o registro de detalhes aos quais a densa não registraria (terminações cervicais, detalhes de retenções adicionais, etc...). Esta manobra requer um perfeito sincronismo entre profissional e auxiliar, pois os dois materiais tomarão presa juntos. As grandes vantagens desta técnica são a economia de tempo (pois a moldagem é feita em único passo) e limitar a massa leve (maior contração e menores propriedades mecânicas) ao mínimo necessário. 21. Confecção do Provisório – A faceta cerâmica levará um tempo para ficar pronta, dessa forma, será necessário confeccionar facetas provisório para proteger a estrutura dentária desgastada. Os provisórios poderão ser feitos de forma direta com resina composta, quando poucos dentes estiverem sendo facetados, ou poderão ser feitos de resina acrílica, quando há uma grande quantidade de dentes sendo facetados. Descreveremos brevemente as técnicas: • Provisório de Resina Composta 1º. Isolar o campo operatório relativamente; 2º. Realizamos o condicionamento ácido assim como descrito no item 17 em “Facetas Diretas”; Luis Augusto Barros Dentística IV 3º. Aplicamos o adesivo fotopolimerizável assim como descrito no item 18 em “Facetas Diretas”; 4º. Incrementamos uma grande porção única de resina composta, de uma cor só e fotopolimerizar por cerca de 1 minuto; 5º. Retirar excesso com uma lâmina de bisturi e dar acabamento e polimento com a sequência de discos de lixa abrasivos e disco de feltro + pasta diamantada; • Provisório de Resina Acrílica 1º. Confeccionar antes de realizar os desgastes, a partir de uma moldagem e obtenção de um modelo, uma matriz plástica, semelhante aquelas feitas para clareamento; 2º. Preencher a porção vestibular da matriz plástica com uma massa de resina acrílica e quando essa massa perder o brilho superficial levar sobre os dentes; 3º. Pressionar com a ajuda dos dedos a massa, retirando o excesso que escoar para fora da matriz; 4º. Retirar excesso com uma lâmina de bisturi e dar acabamento e polimento com a sequência de discos de lixa abrasivos e disco de feltro + pasta diamantada. NOTA: Os provisórios de resina acrílica poderão ser mantidos unidas ao dente, nos casos de dentes contíguos ou serem cimentadas com cimento provisório. 22. Prova da Faceta – Após as facetas serem confeccionadas e estarem prontas, antes da cimentação propriamente dita, faremos sua prova. Concentre-se; a prova da faceta é minuciosa. Vamos enumerar para auxiliar e ter melhor proveito desta etapa: 1. Verifique contra a luz e em luz natural e veja se a faceta apresenta trincas 2. Coloque a faceta no modelo troquelizado e certifique-se que a adaptação e contorno cervical estão corretos. Retire com cuidado a faceta do modelo; 3. Retire o provisório e analise se há alguma irregularidade na superfície dental que impeça a correta adaptação da peça. Se houver regularize a superfície; 4. Coloque, delicadamente, a faceta no preparo e observe sua adaptação. Se não estiver bem adaptada, verifique primeiramente os pontos de contato. Qualquer ajuste deve ser feito com papel- carbono de boa qualidade e brocas esféricas para cerâmica; 5. Com o auxílio das resinas de prova que, normalmente acompanham os kits de cimentação escolha a cor mais apropriada do cimento resinoso definitivo. Se a faceta foi confeccionada na cor correta, poderemos cimentar com cimento transparente; 6. Avalie, por fim, o resultado estético em relação aos dentes remanescentes e também o grau de satisfação do paciente. Tudo ok, partiremos para a cimentação propriamente dita. 23. Preparo da Faceta Para Cimentação – Para que haja melhor união entre uma faceta de porcelana e a estrutura dental, é necessário que a superfície interna da Facetas faceta seja submetida aos seguintes procedimentos: 1. Prenda a faceta pela superfície vestibular com o auxílio de haste de ponta pegajosa (vivastick). Dê leves pancadas no cabo para verificar se ela ficou bem presa; 2. Limpeza com o auxílio de um jato de bicarbonato de sódio; 3. Enxague com água corrente; 4. Colocação das facetas num recipiente comacetona, num aparelho de ultrassom por 5 minutos 5. Condicionamento ácido da superfície interna da faceta com ácido fluorídrico de 2 a 10% durante 2 minutos, lavagem com spray de ar/água e secagem com ar 6. A seguir, com auxílio de um pincel descartável, deve aplicar um silano para formar elo químico entre o adesivo e a cerâmica. Deixar o silano secando ao ar; 7. Após a silanização, o adesivo selecionado deverá ser aplicado na superfície interna da faceta, sem que ele “emposse” e ser fotopolimerizado. 24. Preparo da Faceta Para Cimentação – Para tal, a superfície do dente deverá ser submetida aos seguintes procedimentos: 1. Isole o campo operatório usando roletes de algodão, afastador de lábios e bochechas e auxílio de fios retratores mecânicos; 2. Protegemos os dentes adjacentes aos dentes envolvidos na faceta com um papel celofane ou matriz de poliéster e aplicamos ácido fosfórico à 37% no esmalte durante 30 segundos e 15 segundos em dentina (se houver exposição). Lavamos com spray de ar/água o dente durante 60 segundos, retiramos o excesso de umidade com um papel absorvente ou bolinha de algodão; 3. Aplicamos o adesivo nas superfícies condicionadas, mas não fotopolimerize (por enquanto). 25. Cimentação Propriamente Dita – Segue os passos: 1. Verifique se a faceta continua imobilizada na haste de ponta pegajosa, repetindo as pancadinhas no cabo; 2. Retiramos as tiras de papel celofane ou a matriz de poliéster para não interferir no assentamento da faceta 3. Espalhe, sem excesso, o cimento resinoso definitivo em toda a superfície interna da faceta eliminando com algum instrumento de ponta fina a possíveis bolhas que tenham ficado. Se não eliminarmos essas bolhas, após a polimerização estas se apresentam como manchas cinzas na faceta, dando resultado estético desagradável; 4. Assente a faceta sobre o dente preparado e assegure de que houve extravasamento do cimento em toda a margem. Se não houver extravasado, ficaram fenda que reterão placa bacteriana; 5. Retire a haste pegajosa com cuidado para não deslocar a peça 6. Com uma sonda, verifique se a faceta ficou bem adaptada ao preparo; 7. Fotopolimerize o cimento por um período de 5 a 8 segundos 8. Com o auxílio de uma lâmina de bisturi 12, remova o maior volume de excesso marginal no sentido faceta-dente, pois o contrário pode deslocar a faceta; Luis Augusto Barros Dentística IV 9. Fotopolimerize por mais 1 minuto na face palatina/lingual, depois a incisiva, proximal e por último a vestibular; 10. Retire o fio retrator; 11. Remova com a mesma lâmina de bisturi as rebarbas de cimento tomando cuidado para não danificar as margens da faceta. Na proximal, antes de empregar a lâmina, faça um afastamento interdental vigoroso com cunha de madeira; 12. Ajuste a oclusão 13. Dar acabamento proximal com tiras de lixa de aço e/ou discos flexíveis, cervical com pontas diamantadas e pontas de silicone 14. O polimento será realizado com pasta especial para cerâmica com disco de feltro.