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resumos de parasitologia

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Parasitologia
Algumas definições
Parasitismo: é qualquer relação entre indivíduos de espécies diferentes, em que se observa uma associação intima e duradora, um grau de dependência variável.
Obs: o que o parasito busca no hospedeiro?
Adaptação morfológica, evolução, obtenção de alimentos e proteção.
Sobre morfologias
Degeneração: perda ou atrofia de órgãos
Hipertrofias: aumento de órgãos de fixção, locomoção e reprodução
Sobre a biologia
Capacidade reprodutiva: 
 Grandes quantidades de ovos, cistos e outras formas infectantes; Vencimento das barreiras
Tipos diversos de reprodução:
 Hermafroditismo: o indivíduo apresenta os dois sexos
 Partenogênese: desenvolvimento de um ser vivo sem um ovulo não fecundado.
 Poliembrionia: formação de mais de um embrião a partir de um zigoto ou semente.
 Esquizogônica: processo de reprodução assexuada em que uma única célula se fragmenta dando origem a várias outras.
Assexuada: reprodução que ocorre sem a conjunção de material genético, existe um único progenitor que se divide por mitose.
Sexuada: envolve troca e mistura de material genético, entre indivíduos da mesma espécie.
Sobre capacidade de resistência e agressão ao hospedeiro:
Resistência a anticorpos, macrófagos; induzir a uma imunossupressão, e ser receptor de membrana
Tropismo: fenômeno biológico que orienta o crescimento de um organismo. Isso ocorre para facilitar a propagação, reprodução, e a sobrevivência de determinada espécie.
Endoparasitos: parasitas que vivem no interior do hospedeiro, ex:plateomintos, nematoides
Ectoparitose; parasitas que vivem no externo do hospedeiro, ex:carrapatos e ácaros.
Tipos de hospedeiros
Intermediário: abriga formas imatura ou assexuada do parasita
Definitivo: abriga formas maduras ou adultas do parasita
Tipos de parasitas
Números de reservatório (onde ele pode viver, hospedeiros)
Estenocenos:poucas espécies podem servir de reservatório
Eurixenos; muitas espécies servem de reservatório
Números de hospedeiros no ciclo
Monoxenicos: um só hospedeiro
Heteroxenicos:mais de um hospedeiro definitivo e/ou intermediário
Modalidade de parasitismo
Parasita acidental: parasita outro hospedeiro que não é o seu habitual
Parasita facultativo: pode viver nesse hospedeiro ou não
Parasita obrigatório: para completar o seu ciclo necessita ser esse hospedeiro
Duração 
Parasita temporário: é momentâneo dependendo do hospedeiro
Parasito periódico: em seu ciclo alterna em vida livre
Parasito permanente; sempre se encontra no hospedeiro
Mecanismos de transmissão
Por agua e alimentos contaminados; solos contaminados; vetores/hospedeiros intermediários; transfusão sanguínea; acidentes de laboratórios, animais domésticos
Principais tipos de habitat do parasita
Aparelho digestivo; sistema vascular sanguíneo, sistema linfático, pele, aparelho respiratório, aparelho geniturinário; diferentes tecidos
Sintomas gerais de parasitismo no corpo humano
Fadiga crônica; coceira constante no nariz, orelha ou anus; disfunção sexual; esquecimento; perda de reflexos; gases e constipação; perda de apetite, face amarelada; aceleração cardíaca.
Agente etiológico: causador da doença
Cepa: agente infeccioso dentro de uma espécie
Fomite; utensílios contaminados
Trypanosoma cruzi (doença de chagas)
O Trypanosoma cruzi é um protozoário unicelular flagelado causador da Doença de Chagas.
O T. cruzi é caracterizado pela presença de um único flagelo, uma mitocôndria grande e pelo cinetoplasto, um compartimento na mitocôndria que contém DNA.
A distribuição geográfica do T. cruzi estende-se do Sul dos Estados Unidos ao Sul da Argentina. Nesta região, existem diversos casos da Doença de Chagas.
A Doença de Chagas é transmitida através das fezes de um inseto, o barbeiro, que contém as formas infectantes do T. cruzi.
Morfologia
Durante o seu ciclo de vida, o T. cruzi pode apresentar três formas morfológicas: amastigota, epimastigota e tripomastigota.
Amastigota: apresenta forma arredondada. O núcleo e o cinetoplasto não são observados com microscópios ópticos. Não possui flagelos. Presente na fase intracelular, durante a fase crônica da doença.
Epimastigota: apresenta tamanho variável com formato alongado e núcleo semi-central. Representa a forma encontrada no tubo digestivo do barbeiro, o vetor da doença de chagas.
Tripomastigota: apresenta formato alongado e fusiforme em forma de “c” ou “s”. É a forma presente na fase extracelular, que circula no sangue, na fase aguda da doença. É a forma infectante para os vertebrados.
Ciclo de vida
O ciclo de vida do T. cruzi inicia quando o barbeiro, ao se alimentar do hospedeiro vertebrado, elimina suas fezes e urina, onde podem estar presentes as formas tripomastigotas.
Os parasitas tripomastigotas penetram na pele e infectam as células do hospedeiro, onde transformam-se para a forma amastigota.
Quando as células estão repletas de parasitos, eles novamente mudam para a forma tripomastigotas. Por estarem com grande quantidade de parasitos, as células se rompem e os protozoários atingem a corrente sanguínea, atingindo outros órgãos.
Nessa fase, se o hospedeiro vertebrado for picado pelo barbeiro, os protozoários serão transmitidos ao inseto. No intestino do barbeiro, mudam sua forma para epimastigotas, onde multiplicam-se e tornam-se novamente tripomastigotas, as formas infectantes aos vertebrados.
Sintomas
Febre;edema;heptamegalia;insuficiência cardíaca
Profilaxia
Combate ao vetor;melhorias da habitação humana;não existe medicamento contra o parasita
Tricomoniase
A tricomoníase, também chamada tricomonose, é uma doença causada por protozoário que atinge principalmente as mulheres.
O nome científico do agente etiológico causador da doença é Trichomonas vaginalis
essa infecção genital pode atingir a vagina, o útero, o pênis ou a uretra. E, se não for tratada, pode gerar outras doenças, por exemplo a vaginite.
Além disso, ela pode aumentar as chances de desenvolver outras doenças sexualmente transmissíveis como a gonorreia, o HPV, o HIV, sífilis, dentre outras.
O diagnóstico da doença nas mulheres é feito através do exame papanicolau que coleta as secreções vaginais. Noutros casos, pode ser diagnosticada pelo exame de sangue
Ciclo
Trofozoitos na urina e nas secreções vaginais ocorre a multiplicação dos trofozoitos por divisão binaria assexuada e assim o trofozoito entra na vagina ou orifício da ureta
Transmissão
Contato sexual desprotegido,banheiros públicos,toalhas e roupas intimas de outros individuos
Tricomoniase na gravidez
quando a gestante contrai o protozoário, deve ir ao médico para tomar todas as medidas necessárias.
Isso porque alguns medicamentos que combatem o protozoário não devem ser tomados nos primeiros meses de gestação.
Nesses casos, o feto sofre ao ser infectado, o que pode levar ao parto prematuro, uma vez que o protozoário pode atingir as membranas que protegem o bebê.
Sintomas
depois de contraída a doença, o período de incubação do parasita varia entre 5 a 28 dias.
Ou seja, a pessoa pode apresentar sintomas depois de um mês, sendo que os principais são:
Coceira intensa e ardor
Corrimento amarelo-esverdeado
Dores durante a relação sexual
Dor abdominal
Vermelhidão na área genital
Ardência ao urinar
Odor forte
Obs: A maioria dos homens quando infectados não apresentam sintomas. No entanto, o surgimento de corrimento, prurido no pênis, dor ao urinar e durante a ejaculação são os mais comuns em pessoas do sexo masculino.
Tratamento
tratamento da tricomoníase é feito com remédios antibióticos indicados pelo médico ginecologista ou urologista.
Essa medicação elimina o parasita causador da doença. O tratamento leva cerca de uma semana e é aconselhável evitar o uso de bebidas alcoólicas nesse período.
Durante o tratamento deve-se evitar o contato sexual. Geralmente, o parceiro do infectado também deve se medicar. Além da medicação via oral, pode ser utilizada pomada no localpara aliviar os sintomas.
Prevenção
A profilaxia da doença é feita pelo uso de preservativos nas relações sexuais.
Muitas pessoas infectadas podem estar com o parasita e não apresentar os sintomas. Daí a importância do exame de rotina
Toxoplasmose
A toxoplasmose é uma doença causada pelo protozoário Toxoplasma gondii encontrado nas fezes de gatos. Por esse motivo, também é conhecida por doença do gato.
Essa zoonose pode causar lesões neurológicas e oculares que podem deixar sequelas como cegueira, retardo mental e deformidades congênitas.
Em 2018, a cidade de Santa Maria (RS) enfrentou um surto da doença, provavelmente, através da contaminação da água. A toxoplasmose é considerada comum na região Sul do Brasil, porém, de janeiro a maio foram identificados mais de 20 casos confirmados e muitos outros suspeitos
Sintomas
Na maioria dos casos, a toxoplasmose é assintomática, ou seja, não apresenta sintomas. Além disso, muitas vezes os sintomas confundem-se com o quadro de gripe.
Sendo assim, surgem coriza, dor de cabeça, dores musculares, febre, cansaço e dor de garganta.
A doença é mais severa em indivíduos com debilidade no sistema imunológico, como pessoas com AIDS e em processo de quimioterapia.
Nesses casos, os sintomas da toxoplasmose caracterizam-se por problemas oculares, musculares, articulares, cardíacos e cerebrais.
Quando a toxoplasmose é adquirida através da via transplacentária, durante a vida intra-uterina, provoca lesões severas.
Transmissão e ciclo
O Toxoplasma gondii está presente em praticamente todas as espécies de aves e mamíferos, que atuam como hospedeiros intermediários.
Os hospedeiros definitivos são os felinos, principalmente o gato. Eles se infectam ao consumirem carne contaminada, como de rato e aves. É no organismo do gato que o protozoário realiza a sua reprodução sexuada, completando o seu ciclo de vida.
Por sua vez, o ser humano é contaminado ao consumir carne de aves e mamíferos mau passadas e com os cistos dos parasitas.
A transmissão também pode ocorrer através das seguintes formas:
Via placenta, da mãe infectada para o feto;
Transfusões de sangue;
Transplantes de órgãos;
Ingestão de cistos presentes em carnes cruas ou mal cozidas;
Ingestão ou inalação de oocistos presentes no solo, alimentos e fezes;
Manuseio de fezes de gatos sem higienização posterior.
É importante ressaltar que a toxoplasmose não é transmitida de pessoa para pessoa. Porém, ela pode ser congênita, ou seja, transmitida de mãe para filho durante a gravidez.
A toxoplasmose pode ocorrer de duas formas básicas: congênita e adquirida.
Toxoplasmose congênita
A toxoplasmose congênita é o resultado da infecção da mãe durante a gestação.
Ela pode se apresentar no período neonatal, nos primeiros meses de vida ou na infância e adolescência, com os seguintes sintomas:
Hidrocefalia;
Convulsões;
Calcificações cerebrais e atrofia cerebral;
Aumento do tamanho do baço e fígado;
Anemia causada pela destruição dos eritrócitos;
Alterações oculares.
Toxoplasmose adquirida
A toxoplasmose adquirida ocorre através da ingestão do parasita e outras formas de infecção.
Normalmente, a toxoplasmose não prejudica o adulto. Porém, ela pode trazer complicações como inflamações na retina e na coroide ocular, as quais podem evoluir para cegueira.
Quando o protozoário atinge os olhos, surge a toxoplasmose ocular. Nesse caso, os sintomas são os seguintes:
Visão embaçada;
Sensibilidade à luz;
Dor nos olhos;
Vermelhidão nos olhos.
Tratamento e diagnostico
 toxoplasmose tem cura. O seu tratamento é baseado no uso de antibióticos e tem como objetivo eliminar rapidamente o parasita para evitar a sua multiplicação, combater as inflamações para prevenir sequelas e impedir as recidivas.
Além disso, também contribui para prevenir ou amenizar o aparecimento da doença em fetos de mães infectadas na gravidez.
Geralmente, o diagnóstico da toxoplasmose congênita e adquirida é feito através da pesquisa de anticorpos específicos por intermédio de testes sorológicos que detectam anticorpos da classe IgG, IgM e IgA.
Malária
Malária é uma doença infecciosa parasitária, causada por protozoários do gênero Plasmodium e transmitida ao homem através da picada de fêmeas infectadas do mosquito Anopheles.
A transmissão da Malária de pessoa para pessoa também pode se dar por meio de transfusão de sangue e compartilhamento de seringase agulhas infectadas.
Ciclo
O agente etiológico da Malária é um parasito do gênero Plasmodium, sendo 4 as espécies associadas à malária humana: Plasmodium falciparum, P. vivax, P. malariae e P. ovale. No Brasil, apenas os 3 primeiros estão presentes.
A infecção inicia-se quando os parasitos (esporozoítos) são inoculados na pele pela picada do vetor, os quais irão
invadir as células do fígado, os hepatócitos.
Nessas células, multiplicam-se e dão origem a milhares de novos parasitos (merozoítos), que rompem os hepatócitos e, caindo na circulação sanguínea, vão invadir as hemácias e dar início à segunda fase do ciclo, chamada de esquizogonia sanguínea. É nessa fase sanguínea que aparecem os sintomas da malária.
.
Na fase sanguínea do ciclo, os merozoítos formados rompem a hemácia e invadem outras, dando início a ciclos repetitivos de multiplicação eritrocitária
O P. falciparum, mais comum na África, é o que causa a forma grave da malária e leva à morte, uma vez que se espalha mais rápido pelo corpo e atinge rapidamente o cérebro, causando a chamada malária cerebral
No Brasil, o parasita mais comum é o Plasmodium vivax, que se espalha mais lentamente pelo corpo e dificilmente provoca a malária cerebral
Sintomas da malária
Febre;
Calafrios;
Sudorese;
Dores musculares e articulares;
Dores de cabeça;
Náuseas e vômitos.
Os sintomas da Malária manifestam-se após 9 a 14 dias após a infecção. O quadro clínico da doença pode ser leve, moderado ou grave, dependendo da espécie do parasito, da quantidade de parasitos circulantes, do tempo
de doença e do nível de imunidade adquirida pelo indivíduo.
A morte por malária pode ser resultante de danos cerebrais (malária cerebral) ou danos aos órgãos vitais. A redução do número de glóbulos vermelhos (hemácias) pode causar anemia.
Tratamento
O tratamento da Malária é simples, quando a doença é detectada precocemente. Cada espécie de Plasmodium é tratada com medicamento ou associações de medicamentos específicos, em dosagens adequadas à cada situação
Prevenção
A quimioprofilaxia é o uso de medicamentos antimaláricos que impedem a multiplicação do parasito no sangue, mas que não evita a infecção malárica e pode adiar a manifestação dos sintomas.
Medidas Preventivas
Evitar o contato com o mosquito transmissor;
Utilizar repelentes;
Usar mosquiteiros sobre as camas ou redes de dormir;
Colocar telas nas janelas e portas;
Não ficar ao ar livre ao amanhecer e anoitece
leishmaniose
nome dado a um conjunto de doenças infectocontagiosas, zoonóticas, que acometem homens e animais. O agente etiológico compreende alguns protozoários do gênero Leishmania spp. Apresenta diversas formas de manifestação, de acordo com a espécie de parasita que infecta o organismo, apresentando formas que atingem somente a pele (Leishmaniose cutânea - LC - ou Botão do Oriente), pele e mucosas (Leishmaniose tegumentar americana - LTA - ou Cutâneo-mucosa) e órgãos internos (Leishmaniose visceral – LV - ou Calazar). A LTA é uma doença parasitária da pele e mucosas, que possui várias apresentações. A Leishmaniose tegumentar americana é a forma mais comum nas Américas e no Brasil. Ainda hoje é um grave problema de saúde pública em nosso país, e no mundo. É uma doença de notificação compulsória no Brasil. A leishmaniose visceral (LV) ou Calazar (também chamada de Febre Dundun, Doença do Cachorro), é uma zoonose que afeta o homem além de outros animais. A transmissão ocorre, no Brasil, pela picada de mosquitos do gênero Lutzomya spp. A doença pode acometer mamíferos silvestres e domésticos.Os cães e roedores são os reservatórios primários do agente. 
Ciclo
Na tentativa da ingestão do sangue, as formas promastigotas são introduzidas no local da picada. Dentro de quatro a oito horas, estes flagelados são interiorizados pelos macrófagos teciduais. A saliva do flebotomíneo possui neuropeptideos vasodilatadores que atuam facilitando a alimentação do inseto e ao mesmo tempo imunossuprimindo a resposta do hospedeiro vertebrado; desta forma, exerce importante papel no sucesso da infectividade das promastigotas metaciclicas.
     O macrófago estende pseudópodos que envolvem o parasito, introduzindo-o para o seu interior, envolto pelo vacúolo fagocitário. Rapidamente as formas promastígotas se transformam em amastígotas que são encontradas 24 horas após a fagocitose.
    Dentro do vacúolo fagocitário dos macrófagos, as amastigotas estão adaptadas ao novo meio fisiológico e resistem a ação destruidora dos lisossomas, multiplicando se por divisão binaria até ocupar todo o citoplasma. O núcleo do macrófago chega a deslocar-se do centro, para dar lugar ao vacúolo com as amastígotas. Esgotando-se sua resistência, a membrana do macrófago se rompe liberando as amastígotas no tecido, sendo novamente fagocitadas, iniciando no local uma reação inflamatória.
Transmissão
Na leishmaniose tegumentar americana (LTA), a transmissão ocorre pela picada de insetos flebotomínios (mosquitos) do gênero Lutzomya, com período de incubação médio de 2 a 3 meses, mas podendo ir de 2 semanas a 2 anos. Não existe transmissão homem a homem. Na LV, a transmissão ocorre pela picada da fêmea do flebótomo Lutzomia longipalpis. Também não ocorre transmissão pessoa a pessoa, nem animal a animal. O período de incubação varia de 10 dias a 24 meses, mas a média é de 2 a 4 meses
Sintomas
a forma clássica são pápulas, que evoluem para úlceras e/ou placas verrucosas. A forma mucosa se caracteriza por infiltrados e destruição dos tecidos da cavidade nasal, faringe ou laringe. Nas formas mais graves pode apresentar dificuldade de engolir, alteração da voz, insuficiência respiratória por edema de glote, pneumonia por aspiração e morte. Na LV, os sintomas se caracterizam por: por febre de longa duração, perda de peso, perda ou diminuição da força física, fraqueza muscular, desnutrição, queda de cabelos, hepatoesplenomegalia acentuada, palidez na pele, vários episódios de hemorragias (a amenorreia nas mulheres é um exemplo), retardo no crescimento
Diagnostico
é realizado em pacientes com lesões suspeitas através da intradermorreação de Montenegro (IDRM) positiva, e pesquisa do parasito na borda de lesões ou material de biópsia ou em material histopatológico. Pode ser realizado também isolamento do parasito em cultura com meios específicos. A imunofluorescência pode ser utilizada como diagnóstico diferencial com outras doenças. Na LV, o diagnóstico é clinico-epidemiológico com apoio de exames laboratoriais: sorologia (imunofluorescência e ELISA) e parasitológico: material retirado de baço e medula óssea.
Tratamento
medicamento utilizado é o antimonial glucamina
Prevenção
Diagnóstico precoce, tratamento adequado dos casos humanos e redução do contato homem-vetor (mosquito); uso de repelentes, mosquiteiros, telas finas em portas e janelas. Nas áreas endêmicas de LV, faz-se necessário reforçar as medidas de controle especialmente no respeito aos cães infectados.
Giardíase
A Giardíase, Giardiose ou lambliose é uma doença causada por protozoário. O nome científico do agente etiológico causador é Giardia lamblia
Sua principal característica é o acometimento do intestino delgado, causando intensa diarreia.
Ainda que seja mais comum em crianças, ela pode afetar também os adultos. Geralmente, a giardíase ocorre em países de clima temperado.
O diagnóstico é feito através do exame de fezes, e se não for tratada pode gerar desidratação e anemia no paciente.
Ciclo e vetor
A Giargia lamblia é um parasita intestinal que possui um ciclo de vida. Esse protozoário flagelado unicelular afeta o ser humano a partir do momento em que são ingeridos cistos maduros. 
O vetor causador da doença pode se apresentar de duas maneiras: cistos e trofozoítos (estágio adulto do protozoário). Eles são resistentes e não morrem com os ácidos liberados pelo estômago. Assim, chegam ao intestino delgado.
O período de incubação do protozoário é de aproximadamente uma a quatro semanas
Os cistos podem sobreviver por horas na agua gelada
Ao engerir alimentos contaminados,com cistos dormentes;os trofozoitos emerge dos cistos para um estado ativo.
Reprodução do trofozoitos por fissão binaria ou por bipartição
Ocorre o esquistamento durante a passagem para o colo.
E depois os trofozoitos são eliminados nas fezes.
Somente os cistos sobrevivem fora do hospedeiro.
Transmissão
A giardíase é transmitida por meio de alimentos e água contaminados com cistos do protozoário.
Portanto, os locais em que o saneamento básico (esgoto, água tratada, etc.) é inexistente ou precário, a chance da doença se proliferar é bem maior. Por esse motivo, em países mais desenvolvidos o número de infectados é mais baixo.
O protozoário é encontrado nas fezes dos portadores da doença e, portanto, pode ser transmitida pelo contado direto ou indireto com as fezes dos infectados.
Curioso notar que a giardíase pode também ser transmitida pelo contato sexual anal desprotegido (sem uso de preservativos).
Sintomas
Depois de infectado com o protozoário, os sintomas surgem geralmente em duas semanas. Os principais sintomas da giardíase são:
Febre baixa
Dor de cabeça
Diarreia
Dores abdominais
Gases
Azia
Náuseas
Fraqueza
Mal-estar
Perda de apetite e peso
Irritabilidade
Fezes amareladas e com cheiro forte
Tratamento
boa alimentação, rica em nutrientes. Alimentos mais leves são indicados.
Além disso, a ingestão de líquidos é essencial, devido à diarreia intensa que pode provocar desidratação no paciente. Medicamentos são indicados pelos especialistas para matar o protozoário.
Se não for tratada, no pior dos casos, pode levar à morte dos indivíduos infectados
Prevenção
lavar bem as mãos antes das refeições, bem como os alimentos que vamos consumir (frutas, legumes e verduras). Cozinhar os alimentos também é uma forma de prevenção contra a doença.
Portanto, a profilaxia é feita com os cuidados com a higiene. Além disso, especialistas recomendam a ingestão de água potável.
Amebíase
uma doença parasitária causada por protozoário. O nome científico do agente causador da amebíase é Entamoeba histolytica.
Sua principal característica é a alteração das ações habituais do intestino, causando uma intensa diarreia e que pode vir acompanhada de sangue.
Qualquer pessoa, de qualquer faixa etária, pode adquirir esse parasita. O diagnóstico da doença pode ser feito pelo exame de fezes, endoscopia, proctoscopia ou tomografia computadorizada.
Ainda que seja menos comum, um exame de sangue pode detectar a presença de anticorpos contra o parasita.
Transmissão
A transmissão da amebíase ocorre pela ingestão dos cistos da ameba encontrados na água ou em alimentos contaminados. Geralmente, os cistos causadores da amebíase são encontrados nas fezes dos infectados e no solo.
Ainda que seja raro, a doença pode ser transmitida pelo contato sexual sem proteção devida.
Observe que a maioria dos casos acontecem em países menos favorecidos, onde as condições de higiene são mais precárias, o que facilita a proliferação do protozoário
Ciclo
O ciclo de vida do protozoário causador da amebíase começa quando o indivíduo ingere os cistos. Estes passam pelo estômago até chegarem no intestino delgado. Interessante notar que eles são muito resistentes, uma vez que sobrevivem aos ácidos estomacais.
Dali, migram para o intestino grosso, onde ficam aderidos à mucosa do intestino. Se alimentam de células intestinais, bactérias benéficas presentes nos intestinos e do bolo fecal, ao mesmo tempo em que vão criando colônias
Sintomas
Os principais sintomasda amebíase são:
Febre
Calafrios
Forte diarreia
Cólicas intestinais
Dor para evacuar
Excesso de gases
Sangue nas fezes
Náuseas e vômitos
Fraqueza
Tratamento
O tratamento da doença é feito pelo uso de medicamentos que combatem o protozoário, além dos sintomas como a febre, as náuseas, etc. Geralmente, duas semanas são suficientes para a recuperação da enfermidade.
Além disso, recomenda-se uma alimentação rica em nutrientes e ingestão de líquidos, por conta da desidratação causada pela diarreia excessiva.
Nos casos mais extremos, podem ser feitas cirurgias se os cistos atingirem outros órgãos
Prevenção
A prevenção da amebíase começa com melhores condições de higiene e saneamento básico (tratamento de água e esgoto).
Portanto, é recomendado lavar bem as mãos antes das refeições e após usar o banheiro. Também deve-se higienizar bem os alimentos (frutas, verduras, legumes) antes de consumi-los. Além disso, especialistas recomendam a ingestão de água potável.
O uso de proteção (preservativos) nas relações sexuais oral-anal também é uma forma de se prevenir da amebíase.

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