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Aula 04 - Pronomes: Emprego, Formas de Tratamento e Colocação

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Aula 04
Português p/ TJ-PE (Com videoaulas)
Professores: Janaína Efísio, Rafaela Freitas
Língua Portuguesa p/ TJ-PE 
 Analista e Técnico Judiciário 
Teoria e Questões Comentadas 
Profª Rafaela Freitas ʹ Aula 04 
 
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AULA 04 
PRONOMES: EMPREGO, FORMAS DE TRATAMENTO E 
COLOCAÇÃO. 
A 
 
Olá, estudiosos e aplicados alunos!! Animados?? 
Nesta aula vamos trabalhar uma classe gramatical de extrema 
importância: PRONOMES. Estudo muito importante, pois aparece em quase 
100% dos certames! 
Vou iniciar a aula com uma breve introdução sobre todas as classes de 
palavras, em seguida, vou focar apenas na identificação, emprego e uso dos 
pronomes! 
Não vamos perder tempo! Vamos para a aula! 
 
SUMÁRIO 
INTRODUÇÃO SOBRE CLASSES DE PALAVRAS VARIÁVEIS E INVARIÁVEIS....02 
PRONOME............................................................................................04 
COLOCAÇÃO PRONOMINAL.....................................................................18 
QUESTÕES COMENTADAS ......................................................................23 
LISTA DE QUESTÕES COMENTADAS NESTA AULA......................................53 
GABARITO............................................................................................76 
 
 
 
 
"O incentivo de viver é arriscar, deixe o medo para os fracos." 
Charlin Chaples 
 
 
 
 
20609588060
Língua Portuguesa p/ TJ-PE 
 Analista e Técnico Judiciário 
Teoria e Questões Comentadas 
Profª Rafaela Freitas ʹ Aula 04 
 
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MORFOLOGIA 
 
Trata-se do estudo da estrutura, da formação e da classificação das 
palavras. O objetivo da morfologia é estudar as palavras olhando para elas 
isoladamente e não dentro da sua participação na frase ou período (disso trata 
a sintaxe). A morfologia está agrupada em dez classes, denominadas classes 
de palavras ou classes gramaticais. São elas: 
 
VARIÁVEIS (sofrem flexões): 
 
1. SUBSTANTIVO: designa os seres reais ou fictícios 
 Ex.: pato, ave, Deus, lobisomem, alegria, 
 Barbacena, dó, pé-de-moleque 
 
2. ADJETIVO: indica as características dos seres 
 Ex.: bela, selvagem, brasileiro, amarelo-claro, 
 famoso, azul 
 
3. ARTIGO: acompanha o substantivo, determinando-o ou 
generalizando-o 
 Ex.: o, a, os, as / um, uma, uns, umas 
 
4. NUMERAL: indica quantidade ou ordem dos seres 
 Ex.: um, dois, primeiro, décimo, meio, dobro 
 
5. PRONOME: é a palavra que substitui ou acompanha um 
substantivo (nome) em relação às pessoas do discurso 
 Ex.: Ela veio à nossa casa. 
 
 
6. VERBO: indica processo, exprimindo ação, estado ou fenômeno 
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 Ex.: voar, cantar, sofrer, ser, estar, chover, 
 nevar 
 
INVARIÁVEIS: 
 
7. ADVÉRBIO: modifica essencialmente o verbo exprimindo uma 
circunstância (modo, tempo, lugar) 
 Ex.: bem, mal, muito, meio, talvez, calmamente, 
 hoje, logo, aqui, perto, sim, não 
 
8. PREPOSIÇÃO: liga duas palavras estabelecendo entre elas certas 
relações (posse, companhia) 
 Ex.: A casa é DE Luís. 
 
 a, ante, até, após, com, contra, de, desde, em, 
 entre, para, per, perante, por, sem, sob, sobre, 
 trás 
 
9. CONJUNÇÃO: liga duas orações coordenando-as, subordinando-
as 
 Ex.: Ele chora E ri ao mesmo tempo. 
 É verdade QUE ele fala muito? 
 Sairei QUANDO me pedirem. 
 
10. INTERJEIÇÃO: palavra ou locução que expressa apelos, emoções, 
ou ideias mal estruturadas 
 Ex.: Ah!, Ai!, Olá!, Valha-me Deus! 
 Macacos me mordam! 
 
 
 
Quanto à função, pode-se agrupar as palavras em: 
 
Principais, Adjuntas, Conectivas, Classe Especial 
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x PRINCIPAIS: Substantivo, Verbo 
x PRINCIPAIS e ADJUNTAS: Pronome e Numeral 
x ADJUNTAS (sempre): Artigo, Adjetivo, Advérbio 
x CONECTIVAS: Preposição e Conjunção 
x CLASSE ESPECIAL: Interjeição 
 
 
 
 
PRONOME 
 
Antes das demais classificações, precisamos compreender o uso 
pronominal em duas situações, veja: 
 
x Pronome Substantivo: quando ele substitui um substantivo, fica no 
lugar dele em uma frase, fazendo remissão textual. 
 
Ex.: Tudo nos une, nada nos separa. 
 
Os pronomes em destaque substituem coisas e pessoas na frase. 
 
x Pronome Adjetivo: determina o substantivo, funcionando mesmo 
como um adjetivo. 
 
 
 
 Ex.: Todo homem é mortal 
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O pronome todo está ligado ao substantivo homem. 
 
I ± CLASSIFICAÇÃO: para entendermos o uso dos pronomes, vamos vê-
los divididos em grupos. 
 
Os pronomes podem ser: 
1) Pessoais: subdividem-se em retos e oblíquos. 
 
a) Retos: funcionam como sujeito ou predicativo. 
 
1ª pessoa ± eu / nós 
2ª pessoa ± tu / vós 
3ª pessoa ± ele (a) / eles (as) 
 
Ex.: Eu não sou ele. 
 Sujeito predicativo 
 
O uso do pronome pessoal reto é como o sujeito da oração, posição que 
nenhum outro pronome pode assumir. 
 
b) Oblíquos: funcionam como complementos (verbais e nominais) ou 
adjuntos 
 
 
 
 
 
 
 
 
Singular 
1ª pessoa - Me mim comigo 
2ª pessoa - Te ti contigo 
3ª pessoa - Se si consigo o, a, lhe 
 
Plural 
1ª pessoa - Nos 
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Exemplos: 
Beijou±me com amor. 
 O.D. 
 
O verbo beijar é transitivo direto e pede um complemento, que, no caso, 
é quem foi beijado, me é o objeto direto! 
 
Entregou±me o livro. 
 O.I. 
O verbo entregar é transitivo direto e indireto, entrega-se alguma coisa 
(OD) a alguém (OI). No caso da oração, entregou o livro (OD) a mim (me - 
OI) 
 
Tenha±me respeito. 
 C. Nominal 
 
Analisando sintaticamente a oração, temos: ter... o quê? Respeito (OD). 
Respeito a quem? A mim (me ± complemento nominal). 
 
Tapou±me a boca. 
 Adjunto Adnominal 
 
Vejam: tapou o quê? A minha boca. Minha é adjunto adnominal de 
boca. 
 
 
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9 Os pronomes ele, nós, vós, eles serão considerados oblíquos 
quando estiverem em funções sintáticas próprias do pronome oblíquo > O 
diretor convidará todos ELES (OD), se estiver na posição de sujeito, será 
classificado como reto > Ele convidará a todos. ELE é o sujeito, então é 
pronome reto. 
 
 
 
Emprego de o, a, os, as 
 
1) Em verbos terminados em vogal ou ditongo oral, os pronomes: o, a, 
os, as não se alteram. 
Exemplos: 
Chame-o agora. 
Deixei-a mais tranquila. 
 
2) Em verbos terminados em r, s ou z, estas consoantes finais alteram-se 
para lo, la, los, las. 
Exemplos: 
(Encontrar) Encontrá-lo é o meu maior sonho. 
(Fiz) Fi-lo porque não tinha alternativa. 
 
3) Em verbos terminados em ditongos nasais (am, em, ão), os pronomes 
o, a, os, as alteram-se para no, na, nos, nas. 
Exemplos: 
Chamem-no agora. 
Põe-na sobre a mesa. 
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4) As formas combinadas dos pronomes oblíquos: mo, to, lho, no-lo, vo-
lo, formas em desuso, podem ocorrer em próclise, ênclise ou mesóclise. 
Ex.: Ele mo deu. (Ele me deu o livro) 
 
 
 
 
9 O, A, OS, AS 
 
x Objeto Direto = Jamais O acompanharei. 
x Sujeito do infinitivo = Deixei ± O ficar no quarto. 
 
9 LHE, LHES - só não terá a função de Objeto Direto, podendo ser 
Objeto Indireto, Complemento Nominal e Adjunto Adnominal. 
 
x O.I. (2ª pessoa) = Façam o que LHES convêm. 
x Compl. Nominal = Tenho ± LHE respeito. 
x Adj. Adnominal = Beijei ± LHE o rosto. 
 
 
 
 
 
9 Uso de EU ± TU / MIM ± TI 
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Existe grande confusão na língua falada sobre isso! Mas vejam: 
 
x Ele trouxe um presente para MIM. ± CORRETO - Após preposição e 
em posição de complemento, usa-se o oblíquo. 
x Ele trouxe um presente para EU. ± ERRADO - O EU e o TU são 
sempre retos. 
x Ele trouxe um presente para EU usar na festa. ± CORRETO - O EU é 
sujeito do infinitivo usar. 
x Ele trouxe um presente para mim usar na festa. ± ERRADO - Embora 
comum na linguagem falada, está errado de acordo com a gramática 
normativa: nada de oblíquo na posição de sujeito! 
x É fácil para MIM trabalhar aqui. ± CORRETO - A frase está invertida, 
cuidado: Trabalhar aqui é fácil para mim. 
x O namoro acabou, nada mais há entre MIM e TI. ± CORRETO - Não 
podemos usar os pronomes retos EU e TU nesse caso, pois não estão 
em posição de sujeito! 
x Pesam suspeitas sobre você e MIM. ± CORRETO - Não podemos usar 
o pronomes reto EU no lugar de MIM, pois a posição não é de sujeito. 
 
 
 
 
 
 
 
9 O diretor ficou satisfeito CONOSCO. 
 O diretor ficou satisfeito com NÓS todos. 
 
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Caso seja usado um determinante após o conosco, o pronome deve ser 
desmembrado: com nós. 
 
9 SE, SI, CONSIGO ± são sempre reflexivos 
Ex.: Ele trouxe CONSIGO o irmão. 
 Ele não SE dá com a irmã. 
 Ele guardou o livro para SI. 
 
c) Tratamento: usados no relacionamento social e em 
correspondências oficiais. 
 
Você (V.) = para um ser igual 
Vossa Alteza (V.A.) = Príncipes e Princesas 
Vossa Majestade (V.M.) = Reis e Rainhas 
Vossa Eminência (V.Emª) = Cardeais 
Vossa Excelência (V.Exª) = Altas patentes 
Vossa Senhoria (V.Sª) = Linguagem comercial 
Vossa Santidade (V.S.) = Papas 
 
 
 
 
 
 Cuidado com a concordância com relação ao uso dos pronomes de 
tratamento. Embora eles sejam usados para a segunda pessoa do discurso, 
os pronomes de tratamento fazem concordância em 3ª pessoa. 
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1ª pessoa do discurso: emissor 
2ª pessoa do discurso: receptor 
3ª pessoa do discurso: o assunto 
 
 
Ex.: Vossa Alteza soubeste do ocorrido? ERRADO! O verbo saber deverá 
concordar em terceira pessoa com o pronome de tratamento! 
 Vossa alteza soube do ocorrido? CORRETO! 
 
 Emprego dos pronomes Vossa e Sua: 
 
9 VOSSA - para falar com... 
9 SUA ± para falar de... 
 
Ex.: Vossa Excelência gostaria de um chá? (falando com a própria Alteza) 
 Sua Alteza, o príncipe, estará presente. (referindo-se à Alteza) 
 
2) Possessivos: indicam posse 
 
1ª pessoa ± meu (a) (s) / nosso (a) (s) 
2ª pessoa ± teu (a) (s) / vosso (a) (s) 
3ª pessoa ± seu (a) (s) / seu (a) (s) 
 
9 O pronome SEU quase sempre traz ambiguidade. 
Ex.: Chegaram Pedro, Maria e SEU filho. 
 
 De quem é o filho? De Pedro, de Maria ou seu? 
 
9 Constitui pleonasmo vicioso usar pronome possessivo para se 
referir a partes do próprio corpo. 
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Ex.: Estou sentindo muita dor no MEU joelho. 
 
 
 
9 Os pronomes pessoais podem funcionar como possessivos: 
Ex.: Beijou-lhe a boca avidamente. 
 Beijou a boca dela. 
Lhe = pronome pessoal usado como possessivo 
 
Pegou-me a mão com força. 
Pegou a minha mão. 
Me = pronome pessoal usado como possessivo 
 
3) Demonstrativos: posição do ser no tempo e no espaço 
 
1ª pessoa ± este (a) (s) / isto 
2ª pessoa ± esse (a) (s) / isso 
3ª pessoa ± aquele (a) (s) / aquilo 
 
 Emprego 
 
a) Em relação às pessoas 
 
 AQUI ± Veja ESTES livros. (os livros estão perto do emissor) 
 AÍ ± Não carregues ESSA culpa. (a culpa é de quem ouve, do receptor) 
 LÁ ± AQUILO que vês em alto-mar é a salvação. (longe de quem emite e 
de quem recebe a mensagem) 
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b) Em relação ao tempo da mensagem 
 
Sei apenas ISTO: nada somos. (o que ainda SERÁ falado) 
Estudar muito? ISSO não quero. (o que já FOI falado recentemente) 
AQUILO que disse é sério? (FOI falado há bastante tempo, passado 
remoto) 
 
c) Em relação ao tempo cronológico 
 
PRESENTE ± ESTE foi o século mais importante de todos. 
PASSADO e FUTURO ± Uma noite DESSAS irei à sua casa. 
PASSADO e FUTURO distantes ± AQUELE tempo era bom. 
 
d) Localizando termos da oração 
 
ÚLTIMO da série (ESTE) ± PRIMEIRO da série (AQUELE) 
 
Ex.: Diálogo entre pais e filhos é difícil: ESTES não querem ouvir nada, e 
AQUELES querem falar muito. 
Estes: filhos 
Aqueles: pais 
 
9 São também pronomes demonstrativos TAL, MESMO, PRÓPRIO, 
SEMELHANTE,O. 
 
Ex.: Pediram-me que voltasse, mas não O farei. 
 As garotas MESMAS não disseram TAL coisa. 
 
 
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Os Dêiticos 
Pode ser que a banca use a denominação dêiticos para se referir aos 
elementos linguísticos que fazem referência ao falante, à situação de 
produção de um dado enunciado ou mesmo ao momento em que o 
enunciado é produzido. Nós acabamos de estudar os pronomes 
demonstrativos, não só eles, mas os pessoais e os advérbios de lugar e de 
tempo, em geral, funcionam como dêiticos, elementos que evidentemente se 
encarregam de "embrear" o enunciado, situando-o no contexto espaço-
temporal em que se realiza. 
Trata-se, pois, da utilização de palavras apontando para a situação em 
que o discurso é materializado. Por isso, é indispensável que haja o 
conhecimento partilhado dessa situação de produção para que os elementos 
dêiticos façam sentido na interação comunicativa. 
 
Dependendo da localização do referente, um elemento linguístico pode ser 
classificado como dêitico ou como anafórico. Se o referente se localizar no 
texto, então o elemento que é usado para referir-se a ele é uma anáfora. 
Neste caso, ocorre uma remissão a um referente anteriormente citado e, por 
isso, passível de ser reconhecido pelo interlocutor. Mas, estando o referente 
na situação comunicativa imediata, então o elemento linguístico de que se vale 
para apontá-lo é um dêitico. 
 
Na prática: qual é a diferença entre dêiticos e as anáforas? 
 
Basicamente, a diferença está no fato de que os dêiticos fazem referência 
ao contexto extralinguístico, enquanto os anafóricos retomam elementos já 
citados e situados no ambiente linguístico. Por exemplo: 
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1- Chegamos a São Paulo hoje. Esta cidade me inspira! 
 
2- Aquele livro sobre a mesa não é meu. 
 
Em (1) o demonstrativo ESTA refere-se a um elemento linguístico já 
citado: anáfora, pois. 
Em (2) o pronome AQUELE faz referência a algo que não está no contexto 
linguístico, mas extralinguístico. Trata-se, portanto, de um dêitico. 
 
 
4) Indefinidos: refere-se à 3ª pessoa do discurso de maneira vaga 
 
Principais indefinidos: 
x Algo, algum, bastante, cada, certo, mais, menos, muito, nada, qualquer, 
ninguém, alguém, vários 
 
Ex.: Alguém sabe em que matéria paramos? 
 Tenho bastantes livros. (vários ± varia para o plural porque aqui é 
um pronome, não advérbio) 
 
x LOCUÇÕES PRONOMINAIS: cada um, cada qual, seja quem for, todo 
aquele que, qualquer um, quem quer que 
 
 
9 Certos amigos nem sempre são amigos certos. 
 Pronome indefinido Adjetivo de amigos 
9 Recebi muito apoio. Chorei muito. 
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 Pronome indefinido Advérbio 
 
A classificação vai depender do uso! 
 
5) Interrogativos: usado em frases interrogativas diretas ou 
indiretas 
 
QUEM foi o maior jogador do mundo? 
QUE loucura é essa? 
QUANTOS candidatos foram aprovados? 
Não sei QUEM fez tal acusação. 
Gostaria de saber QUAL é seu nome. 
 
6) Relativos: substitui um termo comum a duas orações, 
estabelecendo uma relação de subordinação entre elas. 
 
O banco não oferece produtos. (primeira oração) + Você não precisa de 
produtos. (segunda oração) O banco não oferece produtos de que você 
não precisa. (período composto unido pelo relativo que) 
 
 
 
Emprego: 
 
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a) QUEM: refere-se sempre a pessoas. $FRPSDQKDGR� GH� SUHS�� ³a´�
com verbo transitivo direto (V.T.D.). 
Conheça a mulher A QUEM amo. 
 
b) QUE: refere-se a coisas ou a pessoas e ao antecedente mais 
próximo. 
Você é a pessoa QUE sempre chega na hora. 
O estudo é o caminho QUE conduz ao sucesso. 
 
c) QUAL: refere-se a coisas ou a pessoas e ao antecedente mais 
distante. Sempre é acompanhado de artiJR�³o´�RX�³a´. 
Aquele é o candidato do concurso O QUAL obteve o 1º lugar. 
 Antecedente 
 mais distante 
 
d) ONDE: indica lugar. ETXLYDOHQWH� D� ³HP� TXH´� RX� ³QR� TXDO´, mas 
não pode ser substituído por eles. 
Visitaremos a casa ONDE nasceu Bilac. 
Ela sabe AONDE você quer chegar. 
 
* quero o relatório onde falo da petrobrás. ERRADO = onde apenas 
para LUGAR! 
 
$7(1d­2�� ³DRQGH´� H� ³GRQGH´� VmR� XVDGRV� DSHQDV� FRP� YHUERV� GH�
movimento. 
Aonde você está indo? 
 
e) QUANTO: aSyV�³WDQWR´��³WRGR´�H�³WXGR´ 
Não gaste num dia tudo QUANTO ganhas no mês. 
 
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f) CUJO: refere-se a um antecedente, mas concorda com o 
consequente, indicando POSSE. Sempre é pronome adjetivo. 
 
ATENÇÃO: NÃO admite artigo (antes ou depois) 
 Há pessoas CUJA inimizade nos honra. >> antecedente pessoas, 
concorda com inimizade. 
 
g) COMO: antecedentes sempre: maneira, modo, forma 
 Este é o modo COMO deves estudar. 
 
 
 
 
COLOCAÇÃO PRONOMINAL 
 
É a parte da gramática que trata da correta colocação dos pronomes 
oblíquos átonos na frase. Embora, na linguagem falada, a colocação dos 
pronomes não seja rigorosamente seguida, algumas normas devem ser 
observadas, sobretudo, na linguagem escrita. 
 
 
A ordem natural na Língua Portuguesa é o uso da ênclise, mas existe 
uma prioridade na colocação pronominal: 1º tente fazer próclise, depois 
mesóclise e, em último caso, ênclise. 
 
Próclise 
 
É a colocação pronominal antes do verbo. A próclise é usada: 
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1) Quando o verbo estiver precedido de palavras atrativas, ou seja, 
que atraem o pronome para antes do verbo. São elas: 
 
a) Palavras de sentido negativo: não, nunca, ninguém, jamais etc. 
Ex.: Não se esqueça de mim. 
 
b) Advérbios 
Ex.: Agora se negam a depor. 
 
c) Conjunções subordinativas 
Ex.: Soube que me negariam. 
 
d) Pronomes relativos 
Ex.: Identificaram duas pessoas que se encontravam desaparecidas. 
 
e) Pronomes indefinidos 
Ex.: Poucos te deram a oportunidade. 
 
f) Pronomes demonstrativos. 
Ex.: Disso me acusaram, mas sem provas. 
 
2) Orações iniciadas por palavras interrogativas. 
Ex.: Quem te fez a encomenda? 
 
3) Orações iniciadas por palavras exclamativas.Ex.: Quanto se ofendem por nada! 
 
4) Orações que exprimem desejo (orações optativas). 
Ex.: Que Deus o ajude. 
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Mesóclise 
 
Usa-se dizer que é a colocação pronominal no meio do verbo, mas, na 
verdade, é a colocação entre o verbo e a desinência. A mesóclise é usada: 
 
1) Quando o verbo estiver no futuro do presente ou futuro do 
pretérito, contanto que esses verbos não estejam precedidos de palavras que 
exijam a próclise. 
 
Exemplos: 
Realizar-se-á, na próxima semana, um grande evento em prol da paz no 
mundo. (Verbo no futuro do presente) 
Não fossem os meus compromissos, acompanhar-te-ia nessa viagem. 
(Verbo no futuro do pretérito) 
 
 
 
Ênclise 
 
É a colocação pronominal depois do verbo. A ênclise é usada quando a 
próclise e a mesóclise não forem possíveis: 
 
1) Quando o verbo estiver no imperativo afirmativo. 
Ex.: Quando eu avisar, silenciem-se todos. 
 
2) Quando o verbo estiver no infinitivo impessoal. 
Ex.: Não era minha intenção machucar-te. 
 
3) Quando o verbo iniciar a oração. 
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Ex.: Vou-me embora agora mesmo. 
 
4) Quando houver pausa antes do verbo. 
Ex.: Se eu ganho na loteria, mudo-me hoje mesmo. 
 
5) Quando o verbo estiver no gerúndio. 
Ex.: Recusou a proposta fazendo-se de desentendida. 
 
 
O pronome poderá vir proclítico ou não quando o infinitivo estiver 
precedido de preposição ou palavra atrativa. 
Exemplos: 
É preciso encontrar um meio de não o magoar. 
É preciso encontrar um meio de não magoá-lo. 
 
 
Colocação pronominal nas locuções verbais 
 
1) Quando o verbo principal for constituído por um particípio: 
 
a) O pronome oblíquo virá depois do verbo auxiliar. 
Ex.: Haviam-me convidado para a festa. 
 
b) Se antes da locução verbal houver palavra atrativa, o pronome oblíquo 
ficará antes do verbo auxiliar. 
Ex.: Não me haviam convidado para a festa. 
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Se o verbo auxiliar estiver no futuro do presente ou no futuro do pretérito, 
ocorrerá a mesóclise, desde que não haja palavra atrativa antes dele. 
Ex.: Haver-me-iam convidado para a festa. 
 
2) Quando o verbo principal for constituído por um infinitivo ou 
um gerúndio: 
a) Se não houver palavra atrativa, o pronome oblíquo virá depois do verbo 
auxiliar ou depois do verbo principal. 
 
Exemplos: 
Devo esclarecer-lhe o ocorrido. 
Devo-lhe esclarecer o ocorrido. 
Estavam chamando-me pelo alto-falante. 
Estavam-me chamando pelo alto-falante. 
 
b) Se houver palavra atrativa, o pronome poderá ser colocado antes do 
verbo auxiliar ou depois do verbo principal. 
 
Exemplos: 
Não posso esclarecer-lhe o ocorrido. 
Não lhe posso esclarecer o ocorrido. 
Não estavam chamando-me. 
Não me estavam chamando. 
 
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Não há hoje no mundo, em qualquer domínio de atividade artística, um 
artista cuja arte contenha maior universalidade que a de Charles Chaplin. A 
razão vem de que o tipo de Carlito é uma dessas criações que, salvo 
idiossincrasias muito raras, interessam e agradam a toda a gente. Como os 
heróis das lendas populares ou as personagens das velhas farsas de 
mamulengos. 
Carlito é popular no sentido mais alto da palavra. Não saiu completo e 
definitivo da cabeça de Chaplin: foi uma criação em que o artista procedeu por 
uma sucessão de tentativas erradas. 
Chaplin observava sobre o público o efeito de cada detalhe. 
Um dos traços mais característicos da pessoa física de Carlito foi achado 
casual. Chaplin certa vez lembrou-se de arremedar a marcha desgovernada de 
um tabético. O público riu: estava fixado o andar habitual de Carlito. 
O vestuário da personagem - fraquezinho humorístico, calças lambazonas, 
botinas escarrapachadas, cartolinha - também se fixou pelo consenso do 
público. 
Certa vez que Carlito trocou por outras as botinas escarrapachadas e a 
clássica cartolinha, o público não achou graça: estava desapontado. Chaplin 
eliminou imediatamente a variante. Sentiu com o público que ela destruía a 
unidade física do tipo. Podia ser jocosa também, mas não era mais Carlito. 
Note-se que essa indumentária, que vem dos primeiros filmes do artista, 
não contém nada de especialmente extravagante. Agrada por não sei quê de 
elegante que há no seu ridículo de miséria. Pode-se dizer que Carlito possui o 
dandismo do grotesco. 
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Não será exagero afirmar que toda a humanidade viva colaborou nas salas 
de cinema para a realização da personagem de Carlito, como ela aparece 
nessas estupendas obras-primas de humor que são O garoto, Em busca do 
ouro e O circo. 
Isto por si só atestaria em Chaplin um extraordinário discernimento 
psicológico. Não obstante, se não houvesse nele profundidade de pensamento, 
lirismo, ternura, seria levado por esse processo de criação à vulgaridade dos 
artistas medíocres que condescendem com o fácil gosto do público. 
 Aqui é que começa a genialidade de Chaplin. Descendo até o público, não 
só não se vulgarizou, mas ao contrário ganhou maior força de emoção e de 
poesia. A sua originalidade extremou-se. Ele soube isolar em seus dados 
pessoais, em sua inteligência e em sua sensibilidade de exceção, os elementos 
de irredutível humanidade. Como se diz em linguagem matemática, pôs em 
evidência o fator comum de todas as expressões humanas. 
�$GDSWDGR�GH��0DQXHO�%DQGHLUD��³2�KHURtVPR�GH�&DUOLWR´�Crônicas da província do 
Brasil. 2. ed. São Paulo, Cosac Naify, 2006, p. 219-20) 
 
01. (SEFAZ-PE ± 2014 - Auditor Fiscal do Tesouro Estadual ± FCC) 
A substituição do elemento grifado pelo pronome correspondente foi realizada 
de modo INCORRETO em: 
a) pôs em evidência o fator comum = pô-lo em evidência 
b) eliminou imediatamente a variante = eliminou-na imediatamente 
c) arremedar a marcha desgovernada de um tabético = arremedá-la 
d) trocou por outras as botinas escarrapachadas = trocou-as por outras 
e) ela destruía a unidade física do tipo = ela a destruía 
 
&RPHQWiULR��QD�DOWHUQDWLYD�%��³HOLPLQRX-QD´�HVWi�HUUDGR��SRLV�QmR�MXVWLILFD�
o uso do n antes do pronome a. Segundo a regra, recebem o n o pronome 
pessoal em verbos terminados em nasal. O correto seria: eliminou-a. As outras 
alternativas estão corretas. 
GABARITO: B 
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Para responder a questão, considere o texto abaixo, conferência 
pronunciada por Joaquim Nabuco, a 20 de junho de 1909, na Universidade de 
Wisconsin, nos Estados Unidos. 
 
 
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02. (DPE-RS ± 2014 - Defensor Público ± FCC) Há na vida das nações 
um período em que ainda não lhes foi revelado o papel que deverão 
desempenhar. 
Sobre o pronome destacado acima, afirma-se com correção, considerada a 
norma padrão escrita: 
a) está empregado em próclise, mas poderia adequadamente estar 
enclítico à forma verbal. 
b) pode ser apropriadamente substituído por "à elas", posicionada a 
expressão após a palavra revelado. 
c) constitui um dos complementos exigidos pela forma verbal presente na 
oração. 
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d) está empregado com sentido possessivo, como se tem em "Dois 
equívocos comprometeram-lhe o texto". 
e) dado o contexto em que está inserido, se sofrer elipse, não altera o 
sentido original da frase. 
 
Comentário: o pronome lhes, na frese em questão, está em próclise por 
haver uma palavra atrativa antes do verbo (não). Por esse motivo, não é 
SRVVtYHO�FRORFDU�R�SURQRPH�DSyV�R�YHUER��PHVPR�TXH�IRVVH�QD�IRUPD�³j�HODV´��
Sintaticamente, o pronome lhes foi usado como complemento indireto do 
verbo revelar (revelar alguma coisa a alguém) e não tem sentido possessivo. 
Tem importância essencial por ser complemento verbal, de maneira que não 
pode estar em elipse para que a frase não fique incompleta e, 
consequentemente, sem sentido. 
GABARITO: C 
 
A cultura brasileira em tempos de utopia 
 
Durante os anos 1950 e 1960 a cultura e as artes brasileiras expressaram 
as utopias e os projetos políticos que marcaram o debate nacional. Na década 
de 1950, emergiu a valorização da cultura popular, que tentava conciliar 
aspectos da tradição com temas e formas de expressão moderna. 
No cinema, por exemplo, Nelson Pereira dos Santos, nos seus filmes Rio, 
40 graus (1955) e Rio, zona norte (1957) mostrava a fotogenia das classes 
populares, denunciando a exclusão social. Na literatura, Guimarães Rosa 
publicou Grande sertão: veredas (1956) e João Cabral de Melo Neto 
escreveu o poema Morte e vida Severina - ambos assimilando traços da 
linguagem popular do sertanejo, submetida ao rigor estético da literatura 
erudita. 
Na música popular, a Bossa Nova, lançada em 1959 por Tom Jobim e João 
Gilberto, entre outros, inspirava-se no jazz, rejeitando a música passional e a 
interpretação dramática que se dava aos sambas-canções e aos boleros que 
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dominavam as rádios brasileiras. A Bossa Nova apontava para o despojamento 
das letras das canções, dos arranjos instrumentais e da vocalização, para 
melhor H[SUHVVDU�R�³%UDVLO�PRGHUQR´�� 
Já a primeira metade da década de 1960 foi marcada pelo encontro entre 
a vida cultural e a luta pelas Reformas de Base. Já não se tratava mais de 
buscar apenas uma expressão moderna, mas de pontuar os dilemas brasileiros 
e denunciar o subdesenvolvimento do país. Organizava-se, assim, a cultura 
engajada de esquerda, em torno do Movimento de Cultura Popular do Recife e 
do Centro Popular de Cultura da União Nacional dos Estudantes (UNE), num 
processo que culminaria no Cinema Novo e na canção engajada, base da 
moderna música popular brasileira, a MPB. 
(Adaptado de: NAPOLITANO, Marcos e VILLAÇA, Mariana. História para o ensino 
médio. São Paulo: Atual, 2013, p. 738) 
 
03. (TRT - 1ª REGIÃO (RJ) ± 2014 - Analista Judiciário - Tecnologia 
da Informação ± FCC) As expressões onde e em cujo preenchem 
corretamente, na ordem dada, as lacunas da seguinte frase: 
a) ...... iriam os artistas da época, senão ao Rio, atrás do sucesso artístico 
...... todos queriam alcançar e se realizar. 
b) Rodado na cidade do Rio de Janeiro, ...... se viviam algumas tensões 
políticas, o filme provocou um grande debate, ...... calor muita gente 
mergulhou. 
c) O filme Rio, 40 graus foi exibido no ano de 1955, ...... a atmosfera 
política propiciaria um período de realizações ...... o maior responsável seria o 
novo presidente da República. 
d) Ao realizar Rio, zona norte, filme ...... Nelson Pereira dos Santos 
lançou em 1957, o cineasta dava sequência a um filme anterior, ...... valor já 
fora reconhecido. 
e) O Rio era uma cidade ...... muitos buscavam para viver melhor, a 
capital ...... esplendor todos os cariocas se orgulhavam. 
 
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Comentário: o relativo onde só pode ser usado para referir-se a um lugar, 
não pode ser usado com verbos de movimento como o verbo ir, nem para 
indicar tempo, muito menos filme, dessa forma, as alternativas A, C e D não 
podem ser preenchidas por ele. Ficamos entre as alternativa B e E. Em cujo 
não pode preencher a segunda lacuna da alternativa E, pois a preposição em 
não é regida pelo verbo orgulhar. Já na alternativa B, o verbo mergulhar rege 
a preposição: mergulhar em + o = no calor. 
GABARITO: B 
 
Novas fronteiras do mundo globalizado 
 
Apesar do desenvolvimento espetacular das tecnologias, não devemos 
imaginar que vivemos em um mundo sem fronteiras, como se o espaço 
estivesse definitivamente superado pela velocidade do tempo. Seria mais 
correto dizer que a modernidade, ao romper com a geografia tradicional, cria 
QRYRV�OLPLWHV��6H�D�GLIHUHQoD�HQWUH�R�³3ULPHLUR´�H�R�³7HUFHLUR´�PXQGR�p�GLOXtGD��
outras surgem no interior deste último, agrupando ou excluindo as pessoas. 
Nossa contemporaneidade faz do próximo o distante, separando-nos 
daquilo que nos cerca, ao nos avizinhar de lugares remotos. Neste caso, não 
VHULD� R� RXWUR� DTXLOR� TXH� R� ³QyV´� JRVWDULD� GH� H[FOXLU? Como o islamismo 
(associado à noção de irracionalidade), ou os espaços de pobreza (África, 
setores de países em desenvolvimento), que apesar de muitas vezes próximos 
se afastam dos ideais cultivados pela modernidade. 
(Adaptado de: ORTIZ, Renato. Mundialização e cultura. São Paulo: Brasiliense, 1994, 
p. 220) 
 
As novas tecnologias estão em vertiginoso desenvolvimento, mas não 
tomemos as novas tecnologias como um caminho inteiramente seguro, pois 
falta às novas tecnologias, pela velocidade mesma com que se impõem, o 
controle ético que submeta as novas tecnologias a um padrão de valores 
humanistas. 
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04. (TRT - 1ª REGIÃO (RJ) ± 2014 - Analista Judiciário - Tecnologia 
da Informação ±FCC) Para evitar as viciosas repetições do texto acima é 
preciso substituir os segmentos sublinhados, na ordem dada, pelas seguintes 
formas: 
a) lhes tomemos - lhes falta - as submeta 
b) as tomemos - falta a elas - submeta-las 
c) lhes tomemos - falta-lhes - submeta-lhes 
d) tomemos a elas - lhes falta - lhes submeta 
e) as tomemos ± falta-lhes ± as submeta. 
 
Comentário: a primeira substituição deve ser feita por as tomemos. A 
próclise é exigida pela força atrativa da palavra negativa ³não´. A segunda 
substituição deve ser feita com o pronome lhes em ênclise, pois não há 
situação que exija a próclise. Já na terceira substituição, a próclise volta a ser 
exigida pela força atrativa da conjunção subordinativa que. 
GABARITO: E 
 
 
DEPOIMENTO 
 
Fernando Morais (jornalista) 
 
O que mais me surpreendia, na Ouro Preto da infância, não era o ouro dos 
altares das igrejas. Nem o casario português recortado contra a montanha. 
Isso eu tinha de sobra na minha própria cidade, Mariana, a uma légua dali. O 
espantoso em Ouro Preto era o Grande Hotel - um prédio limpo, reto, liso, um 
monólito branco que contrastava com o barroco sem violentá-OR��(UD�³R�+RWHO�
GR�1LHPH\HU´��GL]LDP��'HVOXmbrado com a construção, eu acreditava que seu 
criador (que supunha chamar-VH�³1HL�0DLD´�� IRVVH�PLQHLro - um marianense, 
quem sabe? 
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A suspeita aumentou quando, ainda de calças curtas, mudei-me para Belo 
Horizonte. Era tanto Niemeyer que ele só podia mesmo ser mineiro. No bairro 
GH�6DQWR�$QW{QLR�ILFDYD�R�&ROpJLR�(VWDGXDO��D�FDL[D�G¶iJXD�HUD�R�OiSLV��R�SUpGLR�
das classes tinha a forma de uma régua, o auditório era um mata- borrão). 
Numa das pontas da vetusta Praça da Liberdade, Niemeyer fez pousar 
suavemente uma escultura de vinte andares de discos brancos superpostos, 
um edifício de apartamentos cujo nome não me vem à memória. E, claro, tinha 
a Pampulha: o cassino, a casa do baile, mas principalmente a igreja. 
Com o tempo cresceram as calças e a barba, e saí batendo perna pelo 
mundo. E não parei de ver Niemeyer. Vi na França, na Itália, em Israel, na 
Argélia, nos Estados Unidos, na Alemanha. Tanto Niemeyer espalhado pelo 
planeta aumentou minha confusão sobre sua verdadeira origem. E hoje, quase 
meio século dHSRLV� GR� DOXPEUDPHQWR� SURGX]LGR� SHOD� YLVmR� GR� ³+RWHO� GR� 1HL�
0DLD´��FRQWLQXR�VHP�VDEHU�RQGH�HOH�QDVFHX��0HVPR�WHQGR�YLVWR�XP�SDSHO�TXH�
prova que foi na Rua Passos Manuel número 26, no Rio de Janeiro, estou 
convencido de que lá pode ter nascido o corpo dele. A alma de Oscar 
Niemeyer, não tenham dúvidas, é mineira. 
(Adaptado de: MORAIS, Fernando. Depoimento. In: SCHARLACH, Cecília (coord.). 
Niemeyer 90 anos: poemas testemunhos cartas. São Paulo: Fundação Memorial da 
América Latina, 1998. p. 29) 
 
05. (TRF - 1ª REGIÃO ± 2014 - Analista Judiciário - Área de Apoio 
Especializado ± FCC) No contexto do texto, o autor utiliza os pronomes seu 
(no primeiro parágrafo) e sua (no último) para se referir, respectivamente, a: 
a) Nei Maia e Oscar Niemeyer. 
b) Grande Hotel e Oscar Niemeyer. 
c) Ouro Preto e Hotel do Nei Maia. 
d) Mariana e Rua Passos Manuel. 
e) Hotel do Niemeyer e Rio de Janeiro. 
 
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Comentário: os pronomes são importantes elementos de coesão textual 
ao fazerem remissão anafórica (para traz) ou catafórica (para frente). O 
pronome seu fez remissão anafórica a Grande Hotel. O pronome possessivo 
sua refere-se anaforicamente a Oscar Niemeyer, a origem dele. 
GABARITO: B 
 
ANTES QUE O CÉU CAIA 
 
Líder indígena brasileiro mais conhecido no mundo, o ianomâmi Davi 
Kopenawa lança livro e participa da FLIP enquanto relata o medo dos efeitos 
das mudanças climáticas sobre a Terra. 
Leão Serva 
 
'DYL�.RSHQDZD�HVWi�WULVWH��³$�FREUD�JUDQGH�HVWi�GHYRUDQGR�R�PXQGR´��HOH�
diz. Em todo lugar, os homens semeiam destruição, esquentam o planeta e 
mudam o clima: até mesmo o lugar onde vive, a Terra Indígena Yanomâmi, 
que ocupa 96 km2 em Roraima e no Amazonas, na fronteira entre Brasil e 
Venezuela, vem sofrendo sinais estranhos. O céu pode cair a qualquer 
momento. Será o fim. Por isso, nem as muitas homenagens que recebe em 
todo o mundo aplacam sua angústia. 
Ele decidiu escrever um livro para contar a sabedoria dos xamãs de seu 
povo, a criação do mundo, seus elementos e espíritos. Gravou 15 fitas em que 
QDUURX�WDPEpP�VXD�SUySULD�WUDMHWyULD��³1mR�DGLDQWD�Vy�RV�EUDQFRV�HVFUHYHUHP�
os livros deles. Eu queria escrever para os não indígenas não acharem que 
tQGLR�QmR�VDEH�QDGD�´� 
A obra foi lançada em 2010, na França (ed. Plon), e no ano passado, nos 
(8$��SHOD� HGLWRUD�GD�XQLYHUVLGDGH�+DUYDUG��&RP�R�QRPH� ³$�4XHGD�GR�&pX´��
está sendo traduzido para o português pela Companhia das Letras. No fim de 
julho, Davi vai participar da Feira Literária de Paraty/FLIP, mas a versão em 
português ainda não estará pronta. O lançamento está previsto para o ano que 
vem. 
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2� OLYUR�H[SOLFD�RV�HVStULWRV�FKDPDGRV�³[DSLULV´��TXH�RV� LDQRPkPLV�FUHHP�
serem os únicos capazes GH� FXLGDU� GDV� SHVVRDV� H� GDV� FRLVDV�� ³;DSLUL� p� R�
médico do índio. E também ajuda quando tem muita chuva ou está quente. O 
branco está preocupado que não chove mais em alguns lugares e em outros 
tem muita chuva. Ele ajuda a nosVD�WHUUD�D�QmR�ILFDU�WULVWH�´� 
Nascido em 1956, Davi logo cedo foi identificado como um possível xamã, 
pois seus sonhos eram frequentados por espíritos. Xamã, ou pajé, é a 
referência espiritual de uma sociedade tribal. Os ianomâmis acreditam que os 
[DPmV� UHFHEHP� GRV� HVStULWRV� FKDPDGRV� ³[DSLULV´� D� FDSDFLGDGH� GH� FXUD� GRV�
GRHQWHV�� 'DYL� GHVFUHYH� DVVLP� VXD� YRFDomR�� ³4XDQGR� HX� HUD� SHTXHQR��
costumava ver em sonhos seres assustadores. Não sabia o que me atrapalhava 
R�VRQR��PDV�Mi�HUDP�RV�[DSLULV�TXH�YLQKDP�D�PLP´��4XDQGR�MRYHP��UHFHEHX�D�
formação tradicional de pajé. 
Com cerca de 40 mil pessoas (entre Brasil e Venezuela), em todo o 
mundo os ianomâmis são o povo indígena mais populoso a viver de forma 
tradicional em floresta. Poucos falam português. Davi logo se tornou seu porta-
voz. 
(Adaptado de: SERVA, Leão. Revista Serafina. Número 75. São Paulo: 
Folha de S. Paulo, julho de 2014, p. 18-19) 
 
06. (TRF - 1ª REGIÃO ± 2014 - Analista Judiciário - Área de Apoio 
Especializado ± FCC) No período O livro explica os espíritos chamados 
µ[DSLULV¶�� que os ianomâmis creem serem os únicos capazes de cuidar das 
pessoas e das coisas (quarto parágrafo), a palavra grifada tem a função de 
pronome relativo, retomando um termo anterior. Do mesmo modo como 
ocorre em: 
a) Os ianomâmis acreditam que os xamãs recebem dos espíritos 
FKDPDGRV�³[DSLULV´�D�FDSDFLGDGH�GH�FXUD�� 
b) Eu queria escrever para os não indígenas não acharem que índio não 
sabe nada. 
c) O branco está preocupado que não chove mais em alguns lugares. 
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d) Gravou 15 fitas em que narrou também sua própria trajetória. 
e) Não sabia o que me atrapalhava o sono. 
 
Comentário: o relativo que no trecho destacado no texto tem como 
antecedHQWH� ³[DSLULV´�� O que pode assumir várias funções na Língua 
Portuguesa, entre elas: conjunção integrante (alternativas A, B e E) e 
conjunção coordenativa (alternativa C), além de pronome relativo. 
GABARITO: D 
 
 
Por mais que em nosso discurso nós, os mais velhos, afirmemos que a tal 
GD� HGXFDomR� SDUD� D� FLGDGDQLD� ³VXS}H� D� ERD� FRQYLYrQFLD� QR� HVSDoR� S~EOLFR��
entre outras coisas", não temos conseguido praticar tal ensinamento com os 
mais novos, sobretudo porque não sabemos como fazer isso. Há muitas 
escolas com boa vontade nesse sentido, mas sem saber o que fazer para evitar 
que seus alunos se confrontem com grosseria e que aprendam a compartilhar 
respeitosamente o espaço comum. O instrumento mais utilizado pela escola 
ainda é a punição, em suas várias formas. Ações afirmativas nesse sentido são 
difíceis de ser encontradas no espaço escolar. 
Não sabemos ensinar às crianças a boa convivência no espaço público 
porque não a praticamos. Ora, como ensinar o que não sabemos, como 
esperar algo diferente dos mais novos, se eles não mais têm exemplos de 
comportamento adulto que os orientem? 
 
 (Adaptado de: SAYÃO, Rosely. Folha de S. Paulo, 17/06/2014) 
 
07. (TCE-RS ± 2014 - Auditor Público Externo - Engenharia Civil - 
Conhecimentos Básicos ± FCC) A educação para a cidadania é um objetivo 
essencial, mas comprometem essa educação para a cidadania os que 
pretendem praticar a educação para a cidadania sem dotar a educação para a 
cidadania da visibilidade das atitudes públicas. 
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Evitam-se as repetições viciosas da frase acima substituindo-se os 
segmentos sublinhados, respectivamente, por: 
a) comprometem-lhe - praticá-la - dotar-lhe 
b) comprometem ela - praticar-lhe - dotá-la 
c) comprometem-na - praticá-la - dotá-la 
d) comprometem a mesma - a praticar - lhe dotar 
e) comprometem a ela - lhe praticar - a dotar 
 
Comentário: um texto repetitivo torna-se incoerente, diante disso, temos 
que usar recursos para evitar a repetição de termos. Um dos principais 
recursos é o uso dos pronomes. Relembre a regra para verbos terminados em 
m e em r: 
 
Emprego de o, a, os, as 
 
1) Em verbos terminados em r, s ou z, estas consoantes finais alteram-se 
para lo, la, los, las. 
Exemplos: 
(Encontrar) Encontrá-lo é o meu maior sonho. 
(Fiz) Fi-lo porque não tinha alternativa. 
 
2) Em verbos terminados em ditongos nasais (am, em, ão, õe, õe,), os 
pronomes o, a, os, as alteram-se para no, na, nos, nas. 
Exemplos: 
Chamem-no agora. 
Põe-na sobre a mesa. 
 
Sendo assim, temos como correta a alternativa C 
GABARITO: C 
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08. (MPE-AP ± 2012 - Analista Ministerial - Administração ± FCC) 
Fazendo-se as alterações necessárias, o termo grifado foi corretamente 
substituído por um pronome em: 
a) decidido a inventar uma noite = decidido a inventá-la 
b) expressar [...] seu fascínio pelo céu constelado = expressar-lhe 
c) tem diante de si a tela em branco = tem-a diante de si 
d) Imagino o momento = Imagino-lhe 
e) definiu uma paisagem noturna = definiu-na 
 
Comentário: a substituição correta foi feita na alternativa A (inventar + a 
= inventá-la). 
Vejamos o erro nas outras alternativas: 
Em B: o pronome lhe, que, como complemento de verbo, deve ser Objeto 
,QGLUHWR�� FRPSOHPHQWDQGR� R� YHUER� WUDQVLWLYR� GLUHWR� ³H[SUHVVDU´�� /RJR��
³H[SUHVVi-OR´� 
Em C: tem-na. Verbos terminados em ditongo decrescente nasal devem 
ter seu complemento no, na, nos, nas. 
Em D: o pronome lhe, que, como complemento de verbo, deve ser Objeto 
Indireto, complementando o verbo transitivo direto ³LPDJLQDU´�� /RJR��
³LPDJLQR-R´� 
Em E: Verbos terminados em ditongos (definiu) devem ter seu 
complemento o, a, os, as. 
O complemento é substituído, corretamente, pelo pronome oblíquo 
adequado apenas na alternativa A. 
GABARITO: A 
 
 
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09. (MPE-AP ± 2012 - Promotor de Justiça ± FCC) Ao se substituir um 
elemento de determinado segmento do texto, o pronome foi empregado de 
modo INCORRETO em: 
a) e têm a convicção = e têm-na 
b) que demonstra toda sua potência = que lhe demonstra 
c) alagam as planícies = alagam-nas 
d) só resta aos homens = só lhes resta 
e) providenciar barreiras e diques = providenciá-los 
 
Comentário: 
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A única que apresenta erro em relação à substituição do complemento 
verbal pelo pronome oblíquo, uma vez que cita um verbo transitivo direto, cujo 
REMHWR�GLUHWR�p�³WRGD�VXD�SRWrQFLD´ é a B; portanto, a substituição desse objeto 
direto só poderia VHU�SHOR�SURQRPH�REOtTXR�³D´� 
GABARITO: B 
 
 
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10. (MPE-PE ± 2012 - Analista Ministerial - Área Jurídica ± FCC) Ao 
se substituir um elemento de determinado segmento do texto, o pronome foi 
empregado de modo INCORRETO em: 
a) e mantém seu ser = e lhe mantém 
b) é dedicado [...] a uma mulher = lhe é dedicado 
c) reviver acontecimentos passados = revivê-los 
d) para criar uma civilização comum = para criá-la 
e) que provê o fundamento = que o provê 
 
Comentário: vejamos cada alternativa: 
Alternativa A ± ERRADA, porque o pronome lhe exerce a função de objeto 
indireto; nessa frase, o verbo é transitivo direto. 
Alternativa B - CORRETA, pois ³p�GHGLFDGR�>���@�D�XPD�PXOKHU´ exerce a 
função de complemento nominal, podendo ser substituído, assim, pelo 
pronome ´OKH´� 
Alternativa C, D e E - nas três alternativas, ocorre a presença de um 
verbo transitivo direto, podendo ser substituído, assim, pelos pronomes 
indicados em cada uma delas. 
GABARITO: A 
 
[Do espírito das leis] 
 
Falta muito para que o mundo inteligente seja tão bem governado quanto 
o mundo físico, pois ainda que o mundo inteligente possua também leis que 
por sua natureza são invariáveis, não as segue constantemente como o mundofísico segue as suas. A razão disso reside no fato de estarem os seres 
particulares inteligentes limitados por sua natureza e, consequentemente, 
sujeitos a erro; e, por outro lado, é próprio de sua natureza agirem por si 
mesmos. (...) 
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O homem, como ser físico, tal como os outros corpos da natureza, é 
governado por leis invariáveis. Como ser inteligente, viola incessantemente as 
leis que Deus estabeleceu e modifica as que ele próprio estabeleceu. Tal ser 
poderia, a todo instante, esquecer seu criador - Deus. 
As leis humanas são falíveis, os homens desrespeitam as leis humanas e 
destituem as leis humanas do sentido de uma profunda equidade que deveria 
reger as leis humanas. 
 
11. (TRT ± 2014 - 16ª REGIÃO (MA) - Analista Judiciário - Área 
Administrativa ± FCC) Evitam-se as viciosas repetições do período acima 
substituindo-se os elementos sublinhados, na ordem dada, por: 
a) desrespeitam a elas - destituem-nas - deveria reger-lhes 
b) desrespeitam-lhes - as destituem - deveria regê- las 
c) desrespeitam-nas - lhes destituem - lhes deveria reger 
d) lhes desrespeitam - destituem-lhes - deveria regê-las 
e) desrespeitam-nas - destituem-nas - as deveria reger 
 
Comentário: 
 
 
 
9 Os pronomes oblíquos O, A, OS, AS costumam sofrer alterações 
quando pospostos ao verbo. Vejam: 
 
x Lo, la, los, las ± quando ligados a verbos terminados em R, S, Z 
ESTUDAR + O = ESTUDÁ ± LO 
QUIS + A = QUI ± LA 
SATISFEZ + OS = SATISFÊ ± LOS 
 
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x No, na, nos, nas ± quando ligados a verbos terminados em sons nasais 
DÃO + O = DÃO ± NO 
AMAM + A = AMAM ± NA 
 
 
9 O, A, OS, AS 
 
x Objeto Direto = Jamais O acompanharei 
x Sujeito do infinitivo = Deixei ± O ficar no quarto 
 
 
9 LHE, LHES - só não terá a função de Objeto Direto, podendo ser 
Objeto Indireto, Complemento Nominal e Sdjunto Adnominal. 
 
x O.I. (pessoa) = Faça o que LHES convêm 
x Compl. Nominal = Tenho ± LHE respeito 
x Adj. Adnominal = Beijei ± LHE o rosto 
 
 
Sendo assim, as substituições ideais são: os homens desrespeitam-nas 
(ênclise com uso pronome as indicador de objeto direto) e destituem-nas 
(ênclise com uso pronome as indicador de objeto direto) do sentido de uma 
profunda equidade que as deveria reger (próclise exigida pelo uso da 
conjunção subordinativa que. Pronome as como objeto direto de reger). 
GABARITO: E 
 
Da utilidade dos prefácios 
 
Li outro dia em algum lugar que os prefácios são textos inúteis, já que em 
100% dos casos o prefaciador é convocado com o compromisso exclusivo de 
falar bem do autor e da obra em questão. Garantido o tom elogioso, o prefácio 
ainda aponta características evidentes do texto que virá, que o leitor poderia 
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ter muito prazer em descobrir sozinho. Nos casos mais graves, o prefácio 
adianta elementos da história a ser narrada (quando se trata de ficção), ou 
antecipa estrofes inteiras (quando poesia), ou elenca os argumentos de base a 
serem desenvolvidos (quando estudos ou ensaios). Quer dizer: mais do que 
inútil, o prefácio seria um estraga-prazeres. 
Pois vou na contramão dessa crítica mal-humorada aos prefácios e 
prefaciadores, embora concorde que muitas vezes ela proceda - o que não 
justifica a generalização devastadora. Meu argumento é simples e pessoal: em 
muitos livros que li, a melhor coisa era o prefácio - fosse pelo estilo do 
prefaciador, muito melhor do que o do autor da obra, fosse pela consistência 
das ideias defendidas, muito mais sólidas do que as expostas no texto 
principal. Há casos célebres de bibliografias que indicam apenas o prefácio de 
uma obra, ficando claro que o restante é desnecessário. E ninguém controla a 
possibilidade, por exemplo, de o prefaciador ser muito mais espirituoso e 
inteligente do que o amigo cujo texto ele apresenta. Mas como argumento final 
vou glosar uma observação de Machado de Assis: quando o prefácio e o texto 
principal são ruins, o primeiro sempre terá sobre o segundo a vantagem de ser 
bem mais curto. 
 Há muito tempo me deparei com o prefácio que um grande poeta, dos 
maiores do Brasil, escreveu para um livrinho de poemas bem fraquinhos de 
uma jovem, linda e famosa modelo. Pois o velho poeta tratava a moça como 
se fosse uma Cecília Meireles (que, aliás, além de grande escritora era também 
linda). Não havia dúvida: o poeta, embevecido, estava mesmo era prefaciando 
o poder de sedução da jovem, linda e nada talentosa poetisa. Mas ele 
conseguiu inventar tantas qualidades para os poemas da moça que o prefácio 
acabou sendo, sozinho, mais uma prova da imaginação de um grande gênio 
poético. 
 (Aderbal Siqueira Justo, inédito) 
 
12. (TRT ± 2014 - 16ª REGIÃO (MA) - Analista Judiciário - 
Contabilidade ± FCC) As lacunas da frase Um prefácio ...... nossa inteira 
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atenção esteja voltada certamente conterá qualidades ...... força é 
impossível resistir preenchem-se adequadamente, na ordem dada, pelos 
seguintes elementos: 
a) para o qual - a cuja 
b) ao qual - de cuja a 
c) com o qual - por cuja 
d) aonde - de que a 
e) por onde - das quais a 
 
Comentário: para preencher corretamente as lacunas é necessário saber 
que a locução esteja voltada rege a preposição para, que virá antes do 
pronome relativo o qual. Resistir rege o uso da preposição a, que também 
deverá ficar antes do pronome relativa, mas, neste caso, do cuja. 
GABARITO: A 
 
 
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13. (TRT - 2ª REGIÃO (SP) ± 2014 - Analista Judiciário - Área 
Administrativa ± FCC) A construção da frase eu pressuponho esse futuro 
com o qual nada me autoriza a contar permanecerá correta caso se substitua o 
elemento sublinhado por 
a) perante o qual não sei avaliar. 
b) em cujo nada posso desconfiar. 
c) de cujo pouco posso prever. 
d) por quem nada posso antecipar. 
e) do qual nada me é dado esperar. 
 
Comentário: contar com alguma coisa, no sentido figurado, é o mesmo 
que esperar por algo e bem diferente de avaliar, desconfiar, prever ou 
antecipar. Sendo assim, a oração em destaque no enunciado poderá ser 
substituída apenas pela oração da alternativa E. 
GABARITO: E 
 
14. (SABESP ± 2014 - Técnico em Gestão - Informática ± FCC) 
As filmagens de Vidas Secas foram no sertão, em Palmeira dos Índios 
(AL), cidade ...... o escritor morou e ...... foi prefeito. 
 Preenchem corretamenteas lacunas da frase acima, na ordem dada: 
a) a qual ± que 
b) em que - da qual 
c) no qual ± onde 
d) onde - cuja 
e) que - a que 
 
Comentário: 
Para referir-se à cidade na qual em que escritor morou só podemos usar o 
onde ou o em que/ na qual, pois tanto o pronome relativo (onde) quanto a 
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preposição (em) indicam lugar. A segunda lacuna deve ser preenchida por 
termo no feminino, pois o antecedente é cidade: 
As filmagens de Vidas Secas foram no sertão, em Palmeira dos Índios (AL), 
cidade em que o escritor morou e da qual foi prefeito. 
GABARITO: B 
 
 
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.. lamentei ver minha conterrânea... / ... atingi o vão da janela... / ... aos 
cabelos negros misturavam-se alguns fios grisalhos. 
 
15. (TRT - 19ª Região (AL) ± 2014 - Analista Judiciário - Oficial de 
Justiça Avaliador ± FCC) Fazendo-se as alterações necessárias, os 
segmentos grifados podem ser substituídos, respectivamente, pelos seguintes 
pronomes: 
a) -la - -lo - -lhe 
b) -a - -la - -os 
c) -la - -o - -lhes 
d) -a - -o - -lhes 
e) -la - -lo - -los 
 
Comentário: com relação aos verbos ver e atingir, o pronome irá 
substituir os objetos diretos, sendo possível ser o, a, os, as. No caso: lamentei 
vê-la, com o l antes, e Atingi-o. Misturar é um verbo transitivo direto e 
indireto, rege dois complementos: um OD e um OI. Sendo assim: 
Misturavam-se lhes alguns fios brancos. 
 O.I. O.D. 
GABARITO: C 
 
Saber é trabalhar 
 
Geralmente, numa situação de altos índices de desemprego, o trabalhador 
sente a necessidade de aprimorar a sua formação para obter um posto de 
trabalho. As empresas buscam os mais qualificados em cada categoria e 
excluem os que não se encaixam no perfil pretendido. Nos últimos anos, essa 
não tem sido a lógica vigente no Brasil. Segundo a pesquisa de emprego 
urbano feita pelo Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos 
Socioeconômicos) e pela Fundação Seade (Sistema Estadual de Análise de 
Dados), os níveis de pessoas sem emprego estão apresentando quedas 
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sucessivas de 2005 para cá. O desemprego em nove regiões metropolitanas 
medido pela pesquisa era de 17,9% em 2005 e fechou em 11,9% em 2010. 
 A pesquisa do Dieese é um medidor importante, pois sua metodologia 
leva em conta não só o desemprego aberto (quem está procurando trabalho), 
como também o oculto (pessoas que desistiram de procurar ou estão em 
postos precários). Uma das consequências dessa situação é apontada dentro 
da própria pesquisa, um aumento médio no nível de rendimentos dos 
trabalhadores ocupados. 
A outra é a dificuldade que as empresas têm de encontrar mão de obra 
qualificada para os postos de trabalho que estão abertos. A Fundação Dom 
Cabral apresentou, em março, a pesquisa Carência de Profissionais no Brasil. A 
análise levou em conta profissionais dos níveis técnico, operacional, estratégico 
e tático. Do total, 92% das empresas admitiram ter dificuldades para contratar 
a mão de obra de que necessitam. 
(Língua Portuguesa, outubro de 2011. Adaptado) 
 
16. (TJ/SP ± 2012 - ESCREVENTE ± VUNESP) No contexto em que se 
insere o período ± A outra é a dificuldade que as empresas têm de encontrar 
mão de obra qualificada para os postos de trabalho que estão abertos. ± (3.º 
parágrafo), entende-VH�TXH�D�H[SUHVVmR�³$�RXWUD´�UHIHUH-se a: 
(A) consequências. 
(B) lógica. 
(C) pesquisa. 
(D) situação. 
(E) metodologia. 
 
Comentário: para entender esta remissão é importante voltar ao texto 
para contextualizar o trecho do enunciado: 
³Uma das consequências dessa situação é apontada dentro da própria 
pesquisa, um aumento médio no nível de rendimentos dos trabalhadores 
ocupados. 
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A outra é a dificuldade que as empresas têm de encontrar mão de obra 
qualificada para os postos de trabalho que estão DEHUWRV�´ 
A OUTRA CONSEQUÊNCIA... 
GABARITO: A 
 
17. (BB ± 2012 ± Engenheiro de Segurança do Trabalho ± FCC) Em 
uma correspondência oficial, em que se apuram o rigor e a formalidade da 
linguagem, deve-se atentar para o seguinte procedimento: 
 
a) o verbo deve conjugar-se como se a pessoa gramatical fosse você no 
caso de tratamentos como Vossa Senhoria ou Vossa Excelência. 
b) o tratamento por vós (e não por tu) é o indicado no caso de 
interlocutores de alta projeção na esfera política e institucional. 
c) o tratamento por Sua Senhoria ou Sua Excelência revela menos 
solenidade do que os tratamentos em Vossa. 
d) apenas excepcionalmente o tratamento em Vossa Excelência levará 
o verbo a flexionar-se na 3a pessoa do singular. 
e) formas abreviadas, como V. Exa., devem reservar-se a autoridades 
com quem se tenha contato mais amiúde. 
 
Comentário: vejamos o que há de errado em cada alternativa: 
b) Nenhumas das duas formas (tu e vós) é indicada. Para interlocutores 
de alta projeção o tratamento dispensado deve ser Vossa Senhoria ou Vossa 
Excelência. 
c) Não é verdade o que se afirma nesta alternativa. A diferença é que 
usamos o Vossa para falar com a própria pessoa e Sua para se referir a ela. 
d) TODAS as formas de tratamento fazem concordância em 3ª pessoa. 
H��2�SUREOHPD�GHVWD�DILUPDWLYD�p�³TXHP�VH�WHQKD�FRQWDWR�PDLV�DPL~GH´��
o que faz com que esteja errada. Quanto a abreviaturas, não existe um 
consenso sobre isso, pois o MRPR não fala nada especificamente sobre esse 
assunto. Os exemplos que costumamos ver trazem as formas de tratamento 
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sempre na forma plena, mas alguns autores defendem a ideia de que isso deve 
ser regra apenas para a Presidência da República e para Governantes de 
Estado. 
GABARITO: A 
 
18. (TRT/2 ± 2012 - Apoio Especializado ± TI ± FCC) Considere o 
final de uma reivindicação dos moradores de um bairro, dirigida ao Prefeito da 
cidade: 
 
Esperamos que ......, Senhor Prefeito, ...... verificar as condições por nós 
apontadas, e que sejam tomadas as medidas necessárias no sentido de 
solucionar tais problemas. 
 
A ...... dispor, atentos às providências, 
Os moradores 
 
As lacunas estarão corretamente preenchidas, respectivamente, por: 
a) V.Sa. - mandeis ± vosso 
b) V.Exa. - mande ± seu 
c) V.Exa. - mandeis ± seu 
d) V.Sa. - mande ± vosso 
e) V.Exa. - mande - vosso 
 
Comentário: Segundo o MRPR, o tratamento dispensado a Prefeito é 
Vossa Excelência, cuja abreviatura é V.Exa. ou V.Exª. O verbo e o pronome, 
que irão preencheras outras duas lacunas, devem concordar em 3ª pessoa 
(não em 2ª) ficando, assim, mande e seu. 
GABARITO: B 
 
19. (TRE/SE ± 2015 ± Analista Judiciário ± FCC) Está plenamente 
adequado o emprego de ambas as expressões sublinhadas na frase: 
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(A) Há vocábulos estrangeiros em cujo emprego se faz desnecessário, 
uma vez que nossa língua conta com termos de que o sentido traduz 
plenamente o daqueles. 
(B) O abuso no emprego de estrangeirismos, ao qual o autor se bate, é 
um mal em cujo reconhecimento pouca gente é capaz. 
(C) Nossas exportações de café, às quais tanto devemos, levaram a 
outros países um hábito cujo cultivo tornou-se parte de nossa identidade. 
(D) Um hábito ridículo, do qual muita gente se curva, está no emprego 
abusivo de palavras estrangeiras, nas quais se atribui um prestígio maior. 
�(��+i�H[SUHVV}HV�HVWUDQJHLUDV�� FRPR� ³VKRSSLQJ� FHQWHU´��onde o uso se 
justifica plenamente, uma vez que nomeiam realidades em que o 
estabelecimento se deu em outros países. 
 
CoPHQWiULR�� OHYDQGR� HP� FRQWD� TXH� R� SURQRPH� µFXMR¶� somente é 
utilizado no sentido de posse, fazendo referência ao termo 
antecedente e ao substantivo subsequente e que ele deve aparecer 
antecedido de preposição sempre que a regência dos termos 
posteriores exigir; considerando também que o pronome µTXDO¶ faz 
referência a pessoa ou coisa e que deve aparecer antecedido de 
preposição sempre que a regência dos termos posteriores exigir, 
prossigamos com os comentários. Na opção A, o primeiro termo em cujo 
não está correto, nesse caso deveria ocorrer de cujo, pois o termo emprego 
exige a preposição de. Na alternativa B, os dois termos sublinhados estão 
incorretos, o primeiro, ao qual, deveria ser no qual, já que o verbo bater, 
nesse contexto, exige preposição em; também a expressão em cujo está 
errada, uma vez que o termo reconhecimento rege a preposição de. Ambos os 
termos sublinhados na opção D estão incorretos, ou seja, em lugar de do qual 
deveria haver ao qual, devido à expressão curvar-se, que exige a preposição a, 
nesse caso. O termo onde, na alternativa E, está adotado incorretamente, pois 
seu uso só é permitido para indicar local, lugar, nesse contexto deveria ocorrer 
em que; a expressão em que deveria ser substituída por cujo. 
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GABARITO: C 
 
20. (TRE/SE ± 2015 ± Analista Judiciário ± FCC) A frase redigida 
corretamente, conforme a norma-padrão da língua portuguesa, é: 
(A) Santo Souza sempre identificou-se com a poesia, mas ainda garoto 
teve de abandonar os estudos e começou à trabalhar em uma farmácia. 
(B) Segundo alguns críticos, a obra de Santo Souza destacaria-se devido à 
uma linguagem universal, com elementos da cultura clássica. 
(C) Santo Souza começou a escrever cedo, mas foi com o livro Ode Órfica, 
vindo à público em 1955, que notabilizou-se entre os poetas brasileiros. 
(D) O sergipano Santo Souza, natural de Riachuelo, dedicou-se à poesia e 
também à música, além de escrever crônicas e novelas para o rádio. 
(E) Santo Souza, membro da Academia Sergipana de Letras, nunca 
esqueceu-se de sua cidade natal, Riachuelo, à 23 km de Aracaju. 
 
Comentário: na alternativa A, está incorreto o uso da ênclise em 
³LGHQWLILFRX-se´, aqui deveria ser usada próclise em função de o verbo ser 
antecedido de um advérbio; também está incorreto o uso do acento grave 
antes de um verbo em ³começou à trabalhar´. Na letra B está incorreto o uso 
de ênclise quando se deveria usar mesóclise devido ao fato de o verbo estar 
conjugado no futuro do pretérito, a forma correta seria ³destacar-se-ia´; 
também está incorreto o uso de acento grave antes de um artigo indefinido. O 
mesmo ocorre na opção C, em que há o uso incorreto de crase antes de 
palavra masculina e ênclise onde deveria haver próclise, diante do verbo 
³notabilizou´. Na alternativa E há crase usada de forma errada diante de um 
numeral e ênclise usada incorretamente em lugar de próclise, já que o verbo 
está precedido de advérbio de negação. 
GABARITO: D 
 
 
 
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Teoria e Questões Comentadas 
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QUESTÕES COMENTADAS NESTA AULA 
 
 
Não há hoje no mundo, em qualquer domínio de atividade artística, um 
artista cuja arte contenha maior universalidade que a de Charles Chaplin. A 
razão vem de que o tipo de Carlito é uma dessas criações que, salvo 
idiossincrasias muito raras, interessam e agradam a toda a gente. Como os 
heróis das lendas populares ou as personagens das velhas farsas de 
mamulengos. 
Carlito é popular no sentido mais alto da palavra. Não saiu completo e 
definitivo da cabeça de Chaplin: foi uma criação em que o artista procedeu por 
uma sucessão de tentativas erradas. 
Chaplin observava sobre o público o efeito de cada detalhe. 
Um dos traços mais característicos da pessoa física de Carlito foi achado 
casual. Chaplin certa vez lembrou-se de arremedar a marcha desgovernada de 
um tabético. O público riu: estava fixado o andar habitual de Carlito. 
O vestuário da personagem - fraquezinho humorístico, calças lambazonas, 
botinas escarrapachadas, cartolinha - também se fixou pelo consenso do 
público. 
Certa vez que Carlito trocou por outras as botinas escarrapachadas e a 
clássica cartolinha, o público não achou graça: estava desapontado. Chaplin 
eliminou imediatamente a variante. Sentiu com o público que ela destruía a 
unidade física do tipo. Podia ser jocosa também, mas não era mais Carlito. 
Note-se que essa indumentária, que vem dos primeiros filmes do artista, 
não contém nada de especialmente extravagante. Agrada por não sei quê de 
elegante que há no seu ridículo de miséria. Pode-se dizer que Carlito possui o 
dandismo do grotesco. 
Não será exagero afirmar que toda a humanidade viva colaborou nas salas 
de cinema para a realização da personagem de Carlito, como ela aparece 
nessas estupendas obras-primas de humor que são O garoto, Em busca do 
ouro e O circo. 
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Isto por si só atestaria em Chaplin um extraordinário discernimento 
psicológico. Não obstante, se não houvesse nele profundidade de pensamento, 
lirismo, ternura, seria levado por esse processo de criação à vulgaridade dos 
artistas medíocres que condescendem com o fácil gosto do público. 
 Aqui é que começa a genialidade de Chaplin. Descendo até o público, não 
só não se vulgarizou, mas ao contrário ganhou maior força de emoção e de 
poesia. A sua originalidade extremou-se. Ele soube isolar em seus dados 
pessoais, em sua inteligência e em sua sensibilidade de exceção, os elementos 
de irredutível humanidade. Como se diz em linguagem matemática, pôs em 
evidência o fator comum de todas as expressões humanas. 
�$GDSWDGR�GH��0DQXHO�%DQGHLUD��³2�KHURtVPR�GH�&DUOLWR´�Crônicas da província do 
Brasil.

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