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Conceito e Requisitos da Confissão Judicial e Extrajudicial

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CONFISSÃO 
De acordo com GONÇALVES (2017., p. 993) há confissão quando alguém
reconhece a existência de um fato contrário ao seu interesse e favorável ao do seu
adversário. THEODORO JUNIOR (2015, p. 1204) conceitua que a confissão é a
“declaração, judicial ou extrajudicial, provocada ou espontânea, em que um dos
litigantes, capaz e com ânimo de se obrigar, faz da verdade, integral ou parcial, dos
fatos alegados pela parte contrária, como fundamentais da ação ou da defesa”.
Há também alguns requisitos para a confissão, tais como os seguintes
elementos: o primeiro elemento básico é que haja um sujeito que confesse e seja capaz
de praticar os atos da vida civil, o segundo elemento é que este sujeito tenha vontade
declarar o fato de forma livre e desimpedida de qualquer erro ou coação e além disso o
terceiro elemento é o fato contrário do interesse de quem está confessando. 
O Código Processual Civil especifica as classificações da confissão como
judicial e a extrajudicial. A judicial sempre acontecerá dentro do processo e a
extrajudicial e aquela que acontece fora do atos do processo.
A judicial se subdivide em real e ficta. A primeira é gerada da plena vontade do
confessor ela fracciona em: espontânea que é quando o confitente tem a iniciativa de
confessar; provocada que é obtida mediante interrogatório. Outra subdivisão é ficta
quando ocorre a recusa da parte que foi intimada a depor de comparecer ao
interrogatório ou responder as perguntas, logo são considerados verdadeiros os fatos em
questão.
A confissão extrajudicial, pode ser oral ou escrita, apresentada em duas formas:
a espontânea quando o confidente perante testemunhas assume como verdade
determinada imposição feita pela parte contraria; e a provocada que é retirada de outros
processo sem que o confesso tivesse a vontade de produzir prova contra o determinado
processo.
O artigo 3911 trata da eficácia da confissão, aduzindo que esta prova é restrita
ao confessante. Assim, a confissão feita por um dos litisconsorte não pode fazer prova
contra os demais litisconsortes. Os atos que são benefícios aproveitam ao demais e os
atos que são prejudiciais não iram aproveitar aos demais.
1 Art. 391. A confissão judicial faz prova contra o confitente, não prejudicando, todavia, os
litisconsortes. Parágrafo único. Nas ações que versarem sobre bens imóveis ou direitos reais sobre
imóveis alheios, a confissão de um cônjuge ou companheiro não valerá sem a do outro, salvo se o
regime de casamento for o de separação absoluta de bens.
Já o artigo 392 protege os casos indisponíveis, para que haja confissão seja ela
real ou ficta é necessário que o direito discutido seja de caráter disponível, se for um
direito indisponível que esteja sendo discutido neste caso não terá eficácia:
Art. 392. Não vale como confissão a admissão, em juízo, de fatos relativos a
direitos indisponíveis. § 1o A confissão será ineficaz se feita por quem não for
capaz de dispor do direito a que se referem os fatos confessados. § 2o A
confissão feita por um representante somente é eficaz nos limites em que este
pode vincular o representado. (Código do Processo Civil)
No 394 se trata de um limite de eficácia da confissão extrajudicial que tenha
sido feita de forma oral para dizer que só terá eficácia nos caso em que a lei não exija
prova literal do que esteja sendo alega: “Art. 394. A confissão extrajudicial, quando
feita oralmente, só terá eficácia nos casos em que a lei não exija prova literal” (Código
do Processo Civil).
O artigo 393, do CPC estabelece que a confissão é irrevogável uma vez que
tenha ocorrido a confissão a parte não pode revogá-la, desdisser o que já foi dito.
Diferentemente da anulação só ocorre diante de um erro de fato e de coação, sempre que
a parte confessar por um erro ou por estar sendo coagida é possível anular esta
confissão, para que os seus efeitos desapareçam causando a anulação do ato jurídico. 
Art. 393. A confissão é irrevogável, mas pode ser anulada se decorreu de
erro de fato ou de coação. Parágrafo único. A legitimidade para a ação
prevista no caput é exclusiva do confitente e pode ser transferida a seus
herdeiros se ele falecer após a propositura “ (Código do Processo Civil).
No contexto da indivisibilidade do depoimento o art. 395 esclarece que a
confissão é indivisível, com isso a parte não pode usar uma fração como válida. Este
fracionamento da peça interrogatória em uma parte que beneficia e outra que é
prejudicial não é admitido pelo CPC, vez que nestes casos o depoimento é considerado
uno. Entretanto a parte final do artigo 395 autoriza cisão deste depoimento, quando a
pessoa que está confessando aduzir fatos novos capazes de constituir fundamentos de
defesa de direito material ou reconvenção.
REFERÊNCIAS:
BRASIL. Código de Processo Civil. Lei Federal nº 13.105, de 16 de março de 2015.
GONÇALVES, Marcus Vinicius Rios. Direito processual civil esquematizado. 8 ed.
São Paulo:Saraiva, 2017.
THEODORO JÚNIOR, Humberto. Curso de Direito Processual Civil: Teoria geral do
direito processual civil, processo de conhecimento e procedimento comum – vol. I, 56.
ed. rev., atual. e ampl. – Rio de Janeiro: Forense, 2015.

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