Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
OAB 2011.1 - 2ª FASE PENAL Direito Penal Geovane Moraes Complexo de Ensino Renato Saraiva | www.renatosaraiva.com.br | (81) 3035 0105 1 Questões Dissertativas – OAB 2011.1 – Ficha 2 1. André está sendo investigado pela autoridade policial competente pelo envolvimento no crime de extorsão mediante sequestro, Art. 159 do Código Penal, praticado contra um empresário da cidade X, tendo o investigado constituído advogado para defender os seus interesses. No decorrer do inquérito já existiam diligências conclusas e outras ainda em andamento, tendo então o advogado do indiciado requerido ao delegado de polícia vista do inquérito policial para tomar ciência das diligências conclusas. Todavia, a autoridade policial não permitiu que o advogado tivesse acesso aos autos do inquérito policial, sob a alegação de que somente poderia ter vista do referido após a conclusão de todas as diligências. Diante da situação acima apresentada pergunta-se: I.O delegado de polícia agiu corretamente ? II. Existe algum meio de impugnação contra a decisão da autoridade policial ? Fundamente sua resposta. 2. Gláuber, passando-se por um matuto, dizendo-se do interior de Minas Gerais, abordou Ofélia, pessoa idosa, a fim de obter informações sobre o endereço de uma casa lotérica ou agência da Caixa Econômica Federal para receber um prêmio, alegando ter ganhado na loteria. Gláuber, então, mostrou a Ofélia uma listagem falsa da Caixa Econômica Federal, onde constava o número do bilhete sorteado. Ofélia, envolvida na história narrada pelo suposto matuto, acompanhou-o até a casa lotérica para receber o prêmio, ocasião em que Gláuber lhe ofereceu o bilhete pelo preço de R$ 450,00. Ofélia, de pronto, aceitou e entregou-lhe a quantia acertada em troca do bilhete premiado. Em seguida, Gláuber, satisfeito, foi embora e Ofélia se dirigiu a uma agência da Caixa Econômica Federal para retirar o prêmio, onde constatou que o bilhete era falso e que havia sido enganada. Com base nessa situação hipotética, tipifique, justificadamente, a conduta de Gláuber. 3. Carlos lesionou Messias em uma briga. Os dois foram conduzidos à delegacia de polícia, que os encaminhou ao Juizado Especial Criminal. Frustrada a conciliação, Messias apresentou representação criminal contra Carlos. O representante do Ministério Público fez a proposta de transação penal, que não foi aceita. A ação penal foi iniciada e, ao final, Carlos foi absolvido por ter agido em legítima defesa própria. A decisão transitou em julgado. Passados dois meses, Carlos recebeu um mandado de citação relativo a processo em curso junto ao tribunal do júri, no qual a denúncia narra o mesmo fato, Messias, figurando como vítima e a acusação de tentativa de homicídio. Com base na situação hipotética apresentada, pergunta-se: a) Qual é a providência, privativa de advogado, que deve ser adotada nesse processo pelo advogado de Carlos 4. O detento Getúlio envolveu, com fio elétrico, o pescoço de Paulo Tirso, policial militar que trabalha no complexo penitenciário, e o ameaçou com estilete, exigindo ser transferido do pavilhão A para o pavilhão B. OAB 2011.1 - 2ª FASE PENAL Direito Penal Geovane Moraes Complexo de Ensino Renato Saraiva | www.renatosaraiva.com.br | (81) 3035 0105 2 Em face da situação hipotética apresentada, responda, fundamentadamente, às seguintes perguntas. a) Que crime foi praticado pelo detento Getúlio? b) Que procedimento/rito processual deve ser observado? 5. Hugo, indiciado em inquérito policial, em seu interrogatório na esfera policial, foi constrangido mediante grave ameaça a indicar uma testemunha presencial do crime de que era acusado. A testemunha foi regularmente ouvida e em seu depoimento apontou Hugo como autor do delito. Diante desta situação, o depoimento da testemunha, pode ser considerado válido ? Fundamente sua resposta. 6. Caso determinada autoridade do estado do Rio Grande do Norte, detentora de foro especial por prerrogativa de função no Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte, cuja previsão encontra-se apenas na respectiva constituição estadual, cometa crime doloso contra a vida, a competência para processá-la e julgá-la será de qual órgão ? 7. Um servidor público, nomeado para elaborar prova de concurso para a progressão de servidores para classe imediatamente superior, antecipou a alguns candidatos as questões e as respostas do exame, o que acarretou graves conseqüências de ordem administrativa e patrimonial devido à anulação do certame. Nessa situação, além das sanções administrativas correspondentes, o agente poderá responder pela prática de algum crime ? 8. Alberto é funcionário da prefeitura da Cidade Zeta e é responsável pelo setor financeiro, sempre mexendo com uma grande quantidade de dinheiro. Apesar de ser bastante responsável, em um certo dia, por mera distração, esqueceu de fechar a porta de sua sala, o que ocasionou a subtração do valor de R$ 1.000,00 (reais) em espécie, por uma pessoa não identificada. Em razão de sua ação, Alberto foi denunciado pelo crime de peculato previsto no Art. 312, § 1º, do Código Penal. Com peso na consciência, Alberto desembolsou de seu próprio bolso o referido valor e restituiu a quantia aos cofres da prefeitura após a sentença penal condenatória e antes do trânsito em julgado desta. Em face da situação hipotética acima pergunta-se: a) O promotor de justiça tipificou corretamente o crime cometido por Alberto? Em caso negativo qual crime ele teria cometido ? b) Justifique se Alberto terá direito a algum benefício.
Compartilhar