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1 
 
A ESCOLA E OS TIPOS DE INCLUSÃO 
 
 
 
SACCHETT, Júlio César Bezerra. RU 2446099 
POLO PALHOÇA 
UNINTER 
 
 
Resumo 
 
A Educação Inclusiva é, sem dúvida, um dos maiores desafios da sociedade. 
Desenvolvida na década de 70, ela envolve muito mais que a pessoa com deficiência, 
envolve também a família, a escola e a sociedade. Portanto, este é o foco do presente 
portfólio: a inclusão de alunos com deficiência na classe regular, a preservação das 
Políticas Públicas, a participação da família e a formação do Professor. Com este 
trabalho, busco analisar as circunstâncias interativas que esses alunos estabelecem com 
seus professores e colegas nas classes da rede regular de ensino. Assim, pretendo 
avaliar como se processa a inserção desses alunos no contexto da classe comum, em 
que a maioria dos alunos, não apresenta tais necessidades. 
 
Palavras chaves: Educação; Inclusão; Sociedade. 
 
 
Introdução 
 A educação inclusiva se encontra marcada por necessidades que devem ser 
examinadas sob diversas formas, pois sua proposta inovadora implica em uma 
reestruturação radical na dinâmica da escola, devido a este desafio, a abordagem das 
questões educacionais e da inclusão exige a contribuição de diferentes disciplinas, para 
que ensinamentos de diferentes campos do saber possam ser utilizados no sentido de 
esclarecer e orientar os educadores em relação a uma prática pedagógica que atenda a 
diversidade na escola. 
 A pessoa com deficiência merece atenção e respeito, que deveria ser aceita pela 
sociedade sem discriminação, mas na realidade as coisas funcionam diferente, existem 
 
2 
 
muitas dificuldades que precisam ser ultrapassadas para que estas pessoas sejam 
incluídas socialmente como cidadãs, com direitos iguais e qualidade de vida. 
 Existem diversas políticas públicas que foram criadas com o objetivo de garantir 
direitos às pessoas com necessidades especiais, entre elas a Constituição de 1988, o 
PNE- Plano Nacional de Educação, a Declaração de Salamanca, a Convenção sobre os 
Direitos das Pessoas com Deficiência, dentre outras. 
 A educação inclusiva constitui um novo padrão educacional baseado nos direitos 
humanos, que une igualdade e diferença como valores inseparáveis e que vai de encontro 
à ideia de respeito à igualdade de direito. 
 A inclusão destas crianças é um princípio que valoriza o ser humano sem nenhum 
tipo de preconceito, para que elas possam exercer sua cidadania e se sentir integradas na 
sociedade, participando de forma ativa do processo de aprendizagem e das atividades 
educacionais propostas, contando com o apoio da escola e da comunidade. 
Políticas públicas, família e professores 
 Para garantir o direito de todos os alunos independente da sua condição de 
estarem juntos participando e aprendendo, sem ser discriminado, o Ministério da 
Educação apresenta a Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da 
Educação Inclusiva, que visa constituir políticas públicas que promovem uma educação 
de qualidade para todos. A Constituição Federal de 1988 tem como objetivos 
fundamentais “promover o bem de todos, sem preconceito de origem, raça, sexo, cor, 
idade e quaisquer outras formas de discriminação” (art. 3° Inciso IV). Define no artigo 205, 
a educação como um direito de todos, garantindo o pleno desenvolvimento da pessoa, o 
exercício da cidadania e a qualificação para o trabalho. No seu artigo 206, Inciso I, 
estabelece a “igualdade de condições de acesso e permanência na escola”, como um dos 
princípios para o ensino e, garante como dever do Estado, a oferta do atendimento 
educacional especializado, preferencialmente na rede regular de ensino (art. 208). O 
Plano Nacional de Educação - PNE, Lei n°10.172/2001, destaca que “o grande avanço 
que a década da educação deveria produzir seria a construção de uma escola inclusiva 
que garanta o atendimento à diversidade humana”. 
 
3 
 
 A Declaração de Salamanca (UNESCO, 1994) tornou-se um importante marco 
na luta em defesa da escola inclusiva e tem como direção o direito à educação, 
considerando as características dos alunos, com uma proposta de pedagogia 
centrada na criança e que respeite suas limitações e potencialidades. Esse 
documento destaca ainda as necessidades de as escolas serem projetadas com 
adaptações na edificação, afirmando que as políticas públicas devem prover a 
formação de professores voltada para a inclusão. 
 A Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência, aprovada pela ONU 
em 2006, da qual o Brasil é signatário, estabelece que os Estados Parte devam garantir 
um sistema de educação inclusiva em todos os níveis de ensino, em ambientes que 
maximizem o desenvolvimento acadêmico e social compatível com a meta de inclusão 
plena. 
 A Lei garante educação para todos, mas será que isso acontece na prática? A 
inclusão é um assunto que gera muitas dúvidas e discussões, principalmente entre pais e 
professores, muitos acreditam que crianças especiais devam frequentar escolas 
especiais, mas e a inclusão? É dever do Estado oferecer ensino em escolas regulares 
para essas crianças, atualmente muitas escolas já adotam a inclusão, mas infelizmente 
existem professores sem qualificação para trabalhar com criança especial, algumas 
escolas oferecem o Atendimento Educacional Especializado (AEE) em horários 
alternativos, com professores capacitados para ensinar as crianças com estas 
necessidades. 
 O termo “necessidades especiais” não é sinônimo de deficiências, já que estas 
podem ser identificadas em várias situações que representam dificuldades de 
aprendizagem como resultado das condições de cada um, sejam elas, econômicas ou 
socioculturais dos alunos, sendo assim ao tratar dos deficientes dentro do campo da 
educação para aqueles que possuem estas necessidades está dentro do princípio de 
educação para todos. A proposta da inclusão abre espaço para que se acabe com a 
diferença existente entre educação regular e especial, entretanto, não se pode dizer que 
as crianças com deficiência possuem características diferentes das demais que compõem 
o grupo dos alunos com necessidades educativas especiais (Bueno, 2001). 
 A falta de conhecimento e a proteção dos pais, podem levá-los a tomar decisões 
nem sempre corretas com a real necessidade da criança, muitos tem receio e preferem 
 
4 
 
acreditar que só a inclusão é necessária, que o AEE o Atendimento Educacional 
Especializado não tem importância e se esquecem que nem sempre o professor do 
ensino regular é especializado, então o processo de ensino e aprendizagem deste aluno 
fica prejudicado, o ideal para as crianças com necessidades especiais é que a inclusão 
seja feita no ensino regular e num momento especial, criado pela Escola, onde ela receba 
um atendimento direcionado. O objetivo do AEE é preparar os alunos para desenvolver 
habilidades e utilizar instrumentos de apoio que facilitem seu desenvolvimento, 
normalmente essas aulas são oferecidas em salas de recursos multifuncionais e o desafio 
é descobrir o que existe ou pode ser criado para beneficiar cada criança. 
 É fundamental a participação da família neste processo para o desenvolvimento do 
aluno, são sugeridos encontros semanais, nos quais o professor explica em que se 
baseiam as adaptações nos conteúdos e nos materiais, feitas para atender às 
necessidades da criança, é importante explicar aos mesmos que a adaptação do currículo 
não é definida pela deficiência, mas pelo o que ele pode desenvolver com o tempo e 
também para que eles possam oferecer recursos necessários na realização dasatividades em casa. 
 A política de formação de professores para inclusão é caracterizada desde a Lei de 
Diretrizes e Bases da Educação Nacional – LDB n° 9.394/96, que define que os sistemas 
de ensino devem assegurar professores capacitados para oferecer uma educação de 
qualidade com currículos, métodos, técnicas, recursos educativos e organizações 
específicos que atendam às necessidades desses alunos. No entanto, anos após a 
promulgação desta Lei ainda constatamos professores despreparados para trabalhar com 
alunos especiais. A falta de conhecimento do professor sobre as particularidades das 
deficiências, o não reconhecimento das potencialidades destes alunos e a falta de 
flexibilização do currículo podem ser considerados fatores determinantes para estas 
dificuldades, além das práticas pedagógicas que não atendem as necessidades reais dos 
deficientes e a resistência com relação à inclusão. 
 Alguns professores ainda acham que o aluno é incapaz e acabam por abandoná-lo, 
não favorecendo situações de interação que possibilitem o avanço cognitivo e o 
desenvolvimento desse aluno. A inclusão educacional requer professores preparados 
 
5 
 
para atuar na diversidade, percebendo as diferenças e valorizando as potencialidades de 
cada aluno de modo que o ensino favoreça a aprendizagem de todos, não basta garantir 
o acesso destes alunos à escola regular, é necessário o apoio ao professor para que esta 
inclusão aconteça garantindo então a igualdade no atendimento do ensino, isso requer 
uma formação do professor capaz de envolver o respeito e a compreensão da 
diversidade. 
 No Brasil, assuntos relacionados à formação de professores, ainda causam muita 
polêmica nos meios educacionais, a formação do professor é entendida como um 
processo que tem origem na formação inicial e se prolonga por toda a vida profissional 
dele. Na concepção de Freire (1996), ensinar não se restringe apenas à simples 
transmissão de saberes prontos e cristalizados, mas sim, constitui um exercício constante 
de autonomia, liberdade e amor ao trabalho. 
Conclusão 
 Assim, tornam-se necessárias, como formas de enfrentar os preconceitos e 
paradigmas existentes no ambiente educacional, ações em políticas públicas voltadas à 
formação contínua dos professores, buscando uma educação que estimule as 
potencialidades de seus alunos e que garanta o aprendizado sem ignorar a diversidade 
dos alunos existentes nas escolas, logo, são importantes os estudos e ações que 
pontuem a educação e as necessidades educacionais, bem como informações às escolas 
sobre as deficiências e a busca de soluções que facilitem o aprendizado e o alcance das 
potencialidades dos alunos, através da parceria entre escola regular e especial, quando 
necessário e debates envolvendo todos os que participam do processo educativo; 
professores, funcionários das escolas, alunos e seus familiares, esse processo não é fácil, 
mas é necessário e urgente, sobretudo em uma época que se busca ampliar a prática de 
uma educação que atenda verdadeiramente a todos os alunos. 
 
 
Referências 
 
 
6 
 
SAMPAIO, C.T., Sampaio, S.M.R. Educação Inclusiva: o professor mediando para a vida. 
Salvador: EDUFBA, 2009. 
FREIRE, P. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. São 
Paulo: Paz e Terra, 1996. 
MIRANDA, Teresinha Guimarães; Filho, Teófilo Alves Galvão. O professor e a educação 
inclusiva: formação, práticas e lugares. Salvador: EDUFBA, 2012. 
acervo.novaescola.org.br 
portal.mec.gov.br/arquivos/pdf/politicaeducespecial.pdf

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