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ARTIGO DE MAQUINA DE FLUXO (4)

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ
CENTRO DE TECNOLOGIA
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃOMECÂNICA
MÁQUINAS DE FLUXO
BÁRBARA MONTEIRO - 385338
GIULIA BEZZATO - 389192
JULIA FARIAS - 392055
MANUELA ANDRADE - 389195
SISTEMA DE DISTRIBUIÇÃO DE ÁGUA DE UM EDIFÍCIO
POR MEIO DE TUBULAÇÕES E BOMBAS
FORTALEZA
2018
1
SUMÁRIO
1 Introdução 3
2 Referencial Teórico 3
2.1 Perda de Carga . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3
2.2 Fator de atrito . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4
2.3 Cavitação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5
3 Metodologia 5
3.1 Capacidade Total . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6
3.2 Vazão horária . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8
3.3 Escolha da tubulação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8
3.4 Determinação da velocidade da tubulação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9
3.4.1 Velocidade na tubulação de recalque . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9
3.4.2 Velocidade na tubulação de sucção . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10
4 Número de Reynolds 10
4.1 Número de Reynolds para tubulação de recalque . . . . . . . . . . . . . . . . . 11
4.2 Número de Reynolds para tubulação de sucção . . . . . . . . . . . . . . . . . 11
5 Fator de atrito (f) 11
5.1 Fator de atrito para tubulação de recalque . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12
5.2 Fator de atrito para tubulação de sucção . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12
6 Perdas distribuídas 12
6.1 Perdas distribuídas para tubulação de recalque . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13
6.2 Perdas distribuídas para tubulação de sucção . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13
7 Perdas localizadas 13
7.1 Perdas localizadas para tubulação de recalque . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14
7.2 Perdas localizadas para tubulação de sucção . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14
1
8 Perda de carga total 14
8.1 Perda total na tubulação de recalque . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14
8.2 Perda total na tubulação de sucção . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14
9 Altura manométrica 15
10 Determinação da bomba centrífuga 15
11 NPSH 19
11.1 Cálculo do NPSHa . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 19
11.2 Cálculo do NPSHr . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20
12 Conclusão 21
13 Referências 22
14 ANEXO 22
2
1 Introdução
Visando uma distribuição eficaz de água nas residências, que supra a demanda de con-
sumo com as pressões desejadas, é necessário um sistema de distribuição de água eficiente que,
hidraulicamente, possua o mínimo possível de gargalos. Com isso, o presente trabalho tem por
objetivo apresentar a metodologia de um sistema de distribuição de água predial que abasteça
um condomínio de 5 andares e com 80 habitantes ao todo, certificando o seguimento das normas
NBR 5626-98.
Segundo (MACINTYRE, 2010), os sistemas de distribuição são divididos em: sistema
de distribuição direta, que é da rede pública até a utilização ou indireto, que pode ser com reser-
vatório ou misto, onde parte da distribuição é direta e outra parte é indireta.Assim, a instalação
predial de água fria é o conjunto de tubulações, equipamentos, reservatórios e dispositivos exis-
tentes a partir do ramal predial, destinado ao abastecimento dos pontos de utilização de água
do prédio, em quantidade suficiente, mantendo a qualidade da água fornecida pelo sistema de
abastecimento.
Os sistemas de distribuição de água devem atender, dentre outros requisitos:
• Preservar a potabilidade da água;
• Garantir o fornecimento de água de forma contínua, em quantidade adequada e com pres-
sões e velocidades compatíveis com o perfeito funcionamento dos aparelhos sanitários,
peças de utilização e demais componentes;
• Evitar níveis de ruído inadequado à ocupação do ambiente;
• Proporcionar conforto aos usuários, prevendo peças de utilização adequadamente locali-
zadas, de fácil operação, com vazões satisfatórias e atendendo às demais exigências do
usuário.
Ademais, é importante ressaltar que modelo hidráulico é baseado nos estudos de Collns
e Johnson(1975); Righetto(1977) sobre o método dos nós, no qual cada trecho é considerado
um elemento e cada elemento interage diretamente com os nós de suas extremidades, expressa
pela equação de perda de carga linearizada desse trecho, a qual seja abordada no estudo.
2 Referencial Teórico
2.1 Perda de Carga
Para um dimensionamento eficiente e coerente de um sistema de distribuição hidráulico,
é necessária uma análise assertiva e cautelosa das dimensões usadas bem como da disposição
3
da tubulação e seus componentes utilizados.
Com isso, quando um fluido atrita ao percorrer uma tubulação cilíndrica, ocorre uma
turbulência do fluido com ele mesmo, assim, a pressão que existe na tubulação vai diminuindo
a medida que o fluido vai se deslocando. Tal diminuição é caracterizada como perda de carga,
sendo essa uma restrição do fluxo que deve ser evitada ou minimizada ao máximo durante o
dimensionamento da instalação hidráulica. Segundo Kamand (1988), a perda de carga é um
fator limitante para os projetos de engenharia, visto que afeta diretamente o custo total e o
balanço hidráulico do sistema de distribuição.
Desse modo, existem dois possíveis tipos de perda de carga, sendo eles: a perda de
carga normal ou distribuída, que ocorre ao longo da tubulação retilínea com diâmetro constante
e a perda de carga localizada, que ocorre nas conexões, nas válvulas, nas saídas e nas entradas
existentes no sistema proposto.
Com isso, conclui-se que a perda de carga, segundo Hermes (2013) é decorrente da
resistência ao fluido em escoamento em virtude da rugosidade do tubo, ao diâmetro da tubulação
e a velocidade do escoamento.
2.2 Fator de atrito
Segundo Andrade e Carvalho (2001), a estimativa do fator de atrito é essencial para
a predição da perda contínua de carga, sendo, portanto, a tarefa mais difícil para a aplicação
da equação de Darcy-Weisbach. Além disso, segundo Bombardelli e Garcia (2003) o fator de
atrito, ou resistência hidráulica, varia com as condições de escoamento, estando representado
na equação citada anteriormente, com isso o fator constitui uma informação básica necessária
em um projeto hidráulico.
Para o caso de ocorrência de um escoamento turbulento, seja ele em um tubo liso ou
rugoso, o fator de atrito pode ser calculado segundo a equação de Colebrook White, contudo a
mesma exige a aplicação de métodos iterativos de cálculos, o que representa uma desvantagem
frente a equações como a de Blausius, que explicita o fator, amenizando a complexidade da
equação.
A equação de Blausius, amplamente utilizado no estudo, ajusta-se bem a resultados
experimentais para tubos hidraulicamente lisos, como é o caso dos tubos propostos de PVC,
com 4000≤ Re ≤ 105.
Apesar das comparações realizadas, a fórmula de Blausius pode ser utilizada em conco-
mitância com a equação de Colebrook-White em determinadas situações. No presente estudo,
para efeitos de simplificação e de concordância a fórmula utilizada foi a de Blausius.
4
2.3 Cavitação
Em um sistema de distribuição de água, como o apresentado no trabalho, um fator que
deve ser observado com maior atenção é o fenômeno de cavitação. Dessa forma, cavitação é
o fenômeno de vaporização de um líquido pela redução da pressão durante seu escoamento no
interior de uma bomba ou turbina, provocando a formação de bolhas no interior do fluido.
Dentre os motivos que causam ou agravam o fenômeno de cavitação, o principal é se
a pressão absoluta em qualquer ponto apresentar valor igual ou inferior à pressão de vapor
do líquido. Com isso, a ocorrência desse fenômeno pode acarretara formação de cavidades que
alteram significativamente a configuração do escoamento, a desagregação do material ou erosão
cavital e a formação de ruídos devido a implosão do fluido na parede.
Além disso, a cavitação é responsável pela queda de importantes características da
bomba como a diminuição do rendimento e a redução da vazão da máquina causada pela redu-
ção da seção útil de passagem do fluido. Dessa forma, com o intuito de garantir a não ocorrência
de tal fenômeno é necessário a certificação de que o NPSHa (altura de sucção positiva disponí-
vel), definida como energia que o líquido possui à entrada da bomba, do sistema será maior que
o NPSHr (altura de sucção positiva requerida), a energia requerida pelo líquido para chegar ao
ponto onde começará a ganhar energia.
Para evitar a ocorrência de tal fenômeno pode-se adotar medidas como: pequeno valor
da relação entre diâmetros de entrada e saída das pás, número suficientemente grande de pás,
baixos ângulos de entrada das pás e pequeno valor para a velocidade normal.
3 Metodologia
Segundo a norma NBR 56268 (ABNT, 1998) para projetar um sistema de distribuição
de água de um edifício, deve-se primeiramente determinar a capacidade do reservatório. Cabe
ressaltar que o reservatório superior deve conter 2/5 da reserva adotada acrescido da reserva de
incêndio, enquanto o reservatório inferior deve conter 3/5 da reserva adotada.
Considerando a temperatura ambiente igual a 20ºC, pode-se utilizar a tabela abaixo
como fonte de consulta para alguns dados que serão utilizados para resolução do problema em
questão.
5
Figura 1: Propriedades da água à temperatura ambiente
Fonte: Adaptado de Lencastre, A. 1996. Hidráulica Geral.
3.1 Capacidade Total
A fim de determinar a reserva adotada, deve-se calcular a capacidade total. Para tanto,
deve-se considerar as premissas iniciais de que o edifício possui cinco andares, com quatro
apartamentos por andar e cada apartamento possui quatro habitantes. Além disso, o consumo
diário de água per capita adotado será de 200L por dia.
Figura 2: Consumo de água per capita
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de População e Indicadores Sociais,
Pesquisa Nacional de Saneamento Básico 2000.
6
Assim, pode-se calcular:
n◦ de habitantes = n◦ de andares × n◦ de apto por andar × n◦ de habitantes por andar
n◦ de habitantes = 5× 4× 4 habitantes = 80 habitantes
C = n◦ de habitantes× consumo per capita = 16000L/dia
A norma NBR 56268 esclarece que o volume de água reservado para uso doméstico
deve ser no mínimo o necessário para 24 horas de consumo normal no edifício, sem considerar
o volume de água para combate à incêndio. Consideraremos no seguinte problema a reserva
usual adotada no Ceará, no qual o volume necessário deve suprir o consumo normal do prédio
por 48 horas, além do volume de água para combate à incêndio.
Além disso, é necessário calcular a reserva de incêndio, a qual pode ser adotada como
20% do volume de água reservado. Assim, a capacidade total é calculada por:
CT = C ×2× 1, 2
CT = 16000 ×2× 1, 2 = 38400L = 38, 4m3
Com relação ao volume de água a ser armazenada, a divisão adotada usualmente é:
Reservatório superior = 2/5 da reserva adotada + Reserva de Incêndio
Reservatório inferior = 3/5 da reserva adotada.
Logo, as reserva superior e inferior são calculadas da seguinte forma:
RS = (32 000 ×2/5) + (0, 2× 32000)
RS = 19200 L
RI = (32 000 ×3/5)
RI = 19200 L
O reservatório superior utilizado será uma caixa d’água de fibra de vidro de volume 20 000L da
marca Fibra Amazonas e dentro dela existe uma boia caixa d’água que regula a quantidade de
água até 19200 L.
7
Figura 3: Caixa d´água Fibra Amazonas
Fonte: Catálogo Fibra Amazonas, 2017.
3.2 Vazão horária
Para calcular a vazão horária (Qh), a NBR 5626 orienta: “A vazão de suprimento de
reservatórios pode ser determinada dividindo-se a capacidade do reservatório pelo tempo de en-
chimento. Para edifícios com pequenos reservatórios individualizados, o tempo de enchimento
deve ser menor do que 1 hora. No caso de grandes reservatórios, o tempo de enchimento pode
ser até 6 horas, dependendo do tipo de edifício.” O valor utilizado para calcular a vazão horária
nesse problema é de 5 horas, adotado como tempo usual.
Qh = (19 200 L)/5h
Qh = 3840 L/h = 3,840 m3/h
Qh = 0,0010667 m3/s
3.3 Escolha da tubulação
No que se refere a determinação da tubulação a ser utilizada, a escolha foi baseada no
catálogo da Tigre (2016), utilizando um tubo de PVC rígido da linha soldável com 3 metros de
comprimento. Para a tubulação de recalque será usado o diâmetro de 32 mm de diâmetro e para
a tubulação de sucção será usado o diâmetro de 40 mm, nos modelos 10121817 e 10121841,
respectivamente.
8
Figura 4: Tubulação de PVC rígido
Fonte: Catálogo Tigre, 2016.
As características técnicas do tubo de PVC rígido escolhido são descritas abaixo.
• Fabricados em PVC - Cloreto de Polivinila, cor marrom.
• Temperatura máxima de trabalho: 20°C.
• Diâmetros disponíveis: 20, 25, 32, 40, 50, 60, 75, 85, 110.
• Pressão de serviço (a 20°C):
• Tubos: 7,5 Kgf/cm² (75 m.c.a.);
• Conexões entre 20 mm e 50 mm: 7,5 Kgf/cm² (75 m.c.a.);
• Conexões entre 60 mm e 110 mm: 10,0 kgf/cm² (100 m.c.a.).
• Tubos ponta-bolsa, fornecidos em barras de 6 m ou 3 m.
Desse modo, com as informações acima pode ser realizado o dimensionamento do sis-
tema de distribuição de água de um edifício. O modelo utilizado para esse trabalho está apre-
sentado abaixo.
3.4 Determinação da velocidade da tubulação
A velocidade da tubulação é obtida por meio da vazão volumétrica encontrada anteri-
ormente e da respectiva área do tubo em questão, que irá variar de acordo com o diâmetro.
Ademais, cabe ressaltar que a velocidade na tubulação deve ser inferior a 3m/s, de acordo com
a norma NBR 5626.
3.4.1 Velocidade na tubulação de recalque
Q = vazão volumétrica
Vr = velocidade na tubulação de recalque
Ar = área do tubo de recalque
9
Figura 5: Dimensionamento do sistema de distribuição de água para um edifício
Fonte: Próprio Autor.
Q = v ×A
Vr = Q/Ar
Vr = 19,2/((pi ×0, 0322)/4)
Vr = 1,326291192 m/s
3.4.2 Velocidade na tubulação de sucção
Q = vazão volumétrica
Vs = velocidade na tubulação de sucção
As = área do tubo de sucção
Vs = Q/As
Vs = 19,2/((pi ×0, 0402)/4)
Vs = 0,84882663 m/s
4 Número de Reynolds
O número de Reynolds é um número adimensional usado para o cálculo do regime de
escoamento de determinado fluido dentro de um tubo ou sobre uma superfície e determina se o
escoamento é laminar, de transição ou turbulento.
Re < 2000 : Escoamento Laminar
10
2000 < Re < 2400 : Escoamento de Transição
Re > 2400 : Escoamento Turbulento
4.1 Número de Reynolds para tubulação de recalque
Vr = velocidade média do fluido na tubulação de recalque
Dr = diâmetro para o fluxo no tubo de recalque
µ = viscosidade dinamica do fluido
ρ = massa especifica do fluido
Rer = (ρV rDr)/µ
Rer = (999, 8× 1, 326291192× 0, 032)/(1010× 10−6)
Rer = 42012, 70287
Assim, o escoamento é classificado como turbulento, pois Re > 2400.
4.2 Número de Reynolds para tubulação de sucção
Vs = velocidade média do fluido na tubulação de sucção
Ds = diâmetro para o fluxo no tubo de sucção
µ = viscosidade dinamica do fluido
ρ = massa especifica do fluido
Res = (ρV sDs)/µ
Res = (999, 8× 0, 84882663× 0, 040)/(1010× 10−6)
Res = 33610, 16229
Conclui-se que o escoamento é turbulento, pois Re > 2400.
5 Fator de atrito (f)
De posse da informação que o escoamento obtido é turbulento, podemos utilizar a equa-
ção de Colebrook, dada por:
1/
√
f = −2, 0× log × (((ε/D)/3, 7) + (2, 51/(Re√f)))
11
Em escoamento turbulento com
Re < 105 (1)
Pode-se utilizar a fórmula de Blausius, que se ajusta bem a tubos hidraulicamente lisos,
como os de PVC (PORTO, 2006).f = c
′
/Rem
m ≈ 0, 25
c’ ≈ 0, 3164
f = 0, 3164/
4
√
Re
5.1 Fator de atrito para tubulação de recalque
Rer = 42012, 70287
f = 0,3164/ 4
√
Rer
f = 0,3164/ 4
√
42012, 70287
fr = 0, 022099951
5.2 Fator de atrito para tubulação de sucção
Res = 33610, 16229
f = 0,3164/ 4
√
Res
f = 0,3164/ 4
√
33610, 16229
fr = 0, 023367854
6 Perdas distribuídas
Perda de carga pode ser definida como energia dissipada em forma de calor. Uma perda
distribuída corresponde à perda que ocorre ao longo da canalização, no caso em estudo, tanto
na tubulação de recalque quanto na de sucção. Sabendo que o escoamento é turbulento, pode-se
usar a fórmula abaixo.
L= comprimento do tubo
12
D= diâmetro do tubo
f= fator de atrito
v=velocidade na tubulação
g= gravidade
hd = f × (L/D)× (V 2/2g)
6.1 Perdas distribuídas para tubulação de recalque
hdr = fr × (Lr/Dr)× (V 2r /2g)
hdr = 0, 022099951× (24/0, 032)× (1, 3262911922/(2× 9, 81))
hdr = 1, 487559283m
6.2 Perdas distribuídas para tubulação de sucção
hds = fs × (Ls/Ds)× (V 2s /2g)
hds = 0, 023367854× (6/0, 04)× (0, 848826632/(2× 9, 81))
hds = 0, 128852168m
7 Perdas localizadas
Em relação às perdas localizadas, pode-se dizer que elas ocorrem em pontos localizados
na tubulação, como em cotovelos, reduções, ampliações, que chamamos comumente de aces-
sórios. Cada acessório possui um coeficiente de perda de carga, que possui notação “K”. Os
valores de K utilizados foram obtidos a partir da tabela a seguir.
Figura 6: Coeficiente de perda de carga
Fonte: Adaptado de Fox (2008)
13
7.1 Perdas localizadas para tubulação de recalque
Sendo:
Ks: K da saída
Kj: K da junção
Kc: K do cotovelo
Kr: K do registro de gaveta
hlr = (v2r/2g)× (ks + 5.kj + 2.kc + kr)
hlr = (1, 3262911922/(2× 9, 81))× (0, 5 + 5.0, 4 + 2.0, 9 + 0, 2)
hlr = 0, 403863136m
7.2 Perdas localizadas para tubulação de sucção
Sendo:
Ks: K da entrada
Kc: K do cotovelo
Kr: K do registro de gaveta
hls = (v2s/2g)× (ke + kc + kr)
hls = (0, 848826632/(2× 9, 81))× (0, 5 + 0, 9 + 0, 2)
hls = 0, 058816832m
8 Perda de carga total
A perda de carga total refere-se à soma da perda distribuída e da perda localizada.
8.1 Perda total na tubulação de recalque
hr = hlr + hdr
hr = 1, 891422419m
8.2 Perda total na tubulação de sucção
hs = hls+ hds
hs = 0, 187669m
14
9 Altura manométrica
Considerando os pontos 1 (tubulação de sucção) e 2 (tubulação de recalque) do sistema
de distribuição de água esquematizado, pode-se aplicar a equação do balanço de energia entre
esses dois pontos.
hf = hr+hs = 2,079091 m
P1 = P2 = Patm
V1 = 0, 848826363m/s
Z1 = −3m
V2 = 1, 326291192m/s
Z2 = 18m
G= 9,8 m/s²
H1 +Hm = H2
((P1/γ) + ((V 21 )/2g) + Z1) + Eb− hf = ((P2/γ) + ((V 22 )/2g) + Z2)
Eb = H2 −H1 + hf = 23, 13208m
Logo, Eb é a altura manométrica.
10 Determinação da bomba centrífuga
Tendo em vista que objetivo do referido trabalho é alimentar um sistema de tubulação,
optamos por uma bomba centrífuga. As bombas centrífugas são utilizadas com o objetivo de
transportar um fluido de um local de baixa pressão para outro local de alta pressão, transfor-
mando energia mecânica de um rotor em energia hidráulica. O modelo escolhido foi a bomba
centrífuga para uso geral KSB ETA. Esse modelo é indicado para o bombeamento de líquidos
ou turvos e encontra aplicação preferencial em abastecimentos de água nas indústrias, nos ser-
viços públicos, nas lavouras, em irrigações, na circulação de condensados, óleos térmicos, nos
serviços de resfriamento, em instalações prediais e de ar condicionado.
Os dados da operação da bomba são:
• Tamanhos – DN 32 até 300
• Vazões – até 1.800 m³/h
• Elevações – até 120 m
• Temperaturas – até 1400C
15
Figura 7: Modelo de bomba centrífuga
Fonte: Catálogo KSB ETA (2008)
• Rotações – até 3500 rpm
Figura 8: Curva característica da bomba KSB ETA
Fonte: Catálogo KSB ETA (2008)
Por meio da análise da tabela acima, é possível afirmar que o modelo 32-12 da bomba
KSB ETA é compatível com a tubulação previamente escolhida, no qual o diâmetro da tubulação
de recalque é de 32mm e de sucção 40mm.
16
Figura 9: Tabela de medidas dos modelos de bomba KSB ETA
Fonte: Catálogo KSB ETA (2008)
Analisando o primeiro gráfico acima, pode-se concluir que o diâmetro do rotor é de
110mm e o rendimento da bomba está na faixa de 40% a 50%. Ademais, de acordo com a
leitura realizada no segundo gráfico, sabe-se que a potência necessária da bomba em questão é
aproximadamente 0,6cv.
Com o fito de confirmar o resultado gráfico apresentado acima, pode-se calcular a po-
tência da bomba de acordo com a seguinte equação:
Q = vazão volumétrica
H = altura de carga
γ = peso especifico
n = rendimento da bomba
P=(Q ×H × γ)/n
Caso n = 40%,
17
Figura 10: Curvas características da bomba KSB ETA
Fonte: Catálogo KSB ETA (2008)
P = (0, 001066667× 23, 13207826× 999, 8× 9, 8)/0, 4
P = 604, 3974083W
P = 0, 821761837cv
Caso n = 50%,
P=(0,001066667 ×23, 13207826× 999, 8× 9, 8)/0, 5
P=483,5179266 W
P=0,65740947 cv
Os resultados obtidos por meio da equação acima validam o resultado gráfico obtido por
meio do catálogo da bomba KSB ETA.
18
11 NPSH
Segundo Fox(2000), NPSH é a altura de sucção positiva líquida, definida como a dife-
rença entre pressão absoluta de estagnação na sucção da bomba e a pressão de vapor do líquido,
expressa em altura de líquido em escoamento. Portanto, é necessário calcular a altura mano-
métrica na sucção da bomba. NPSHa é o NPSH disponível e decresce à medida que a vazão
volumétrica aumenta. Já NPSHr é o NPSH requerido pela bomba, e aumenta à medida que a
vazão volumétrica aumenta, pois a velocidade aumenta, o que cria pressões localmente reduzi-
das e que tendem a promover cavitação. É extremamente importante que não haja cavitação em
uma bomba e, para isso, necessariamente NPSHr<NPSHa.
11.1 Cálculo do NPSHa
Para o cálculo do NPSH disponível utilizaremos a representação abaixo, de modo que o
nível do reservatório é o ponto 1 e o nível da sucção da bomba é o nível S.
Figura 11: Representação do reservatório
Fonte: Catálogo KSB ETA (2008)
Hlt = perda de carga total de sucção = 0,187669m
P atm = 101325 Pa
Z1 = −3m
Zs = 0m
Vs = 0, 848826363m/s
ρ = 999, 8kg/m3
g= 9,8 m/s²
P1+((ρV 21 )/2) + (ρgZ1) = Ps+ ((ρV
2
s )/2) + (ρgZs) + ρHlt
Sabendo que V1 é desprezível e dividindo a equação por ρg,
19
Hs=H1 + Z1 − Zs − ((V 2s )/2g)− (Hlt/g)
H1= P atm/ ρg = 101325/(999, 8× 9, 8) = 10, 34135399m
V2s/2g = (0, 848826363)
2/(9, 8× 2) = 0, 03676052m
Hs = 10, 34135399 + (−3)− 0, 03676052− (0, 187669/9, 8)
Hs = 7, 285443567m
Segundo Fox (2000), pode-se calcular o HPSHa por meio da seguinte equação:
NPSHA = Hs + ((V 2s )/2g)−Hv
O valor da pressão de vapor da água a 20°C pode ser obtido por meio da tabela abaixo.
Figura 12: Pressão de vapor da água de acordo com a temperatura
Fonte: Adaptado de Fox (2000)
NPSHA = 7, 285443567 + 0, 03676052− 0, 25
NPSHA = 7, 072204087m
11.2 Cálculo do NPSHr
De acordo com o catálogo KSB ETA, é utilizada a seguinte fórmula para calcular o
NPSH requerido.
Desse modo, pode-se calcular o NPSHr de acordo com a fórmula descrita no catálogo.
NPSHR = 10−Hs + ((V 2s )/2g) + 0, 5
NPSHR = 10− 7, 285443567 + 0, 03676052 + 0, 5
NPSHR = 3, 251316953m
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Figura 13: Cálculo do NPSH
Fonte: Catálogo KSB ETA (2008)
Como NPSHr<NPSHa (3,251316953 < 7,072204087), conclui-se que a bomba não ca-
vita, logo o sistema de distribuição de água do edifício dimensionado está de acordo com o
esperado.
12 Conclusão
O presente estudo, além de proporcionar aos alunos envolvidos a prática dos conhe-
cimentos teóricos de Máquinas de Fluxo, proporcionou o aprendizado aprofundado acerca de
sistemas de distribuiçãode água em edifícios, de tubulações e bombas.
Os resultados obtidos através dos cálculos demonstraram o excelente desempenho do
sistema de distribuição de água de um edifício proposto pelo trabalho, tendo em vista que os
objetivos propostos anteriormente, de fornecer água aos usuários de forma contínua e em quan-
tidade suficiente, foram alcançados de forma eficaz.
Desse modo, através dos cálculos expostos anteriormente, foi comprovado que a bomba
de marca KSB e modelo 32-12 escolhida se adequa com sucesso à tubulação de sucção e de
recalque propostas. Além disso, foi verificado que não ocorre a o fenômeno da cavitação na
bomba, garantindo o não aparecimento de bolhas em regiões de altas velocidades e baixa pres-
21
são nos tubos de sucção, que prejudicaria o funcionamento eficaz do sistema de distribuição de
água do edifício em questão.
13 Referências
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fator de atrito. Revista Brasileira de Engenharia Agrícola e Ambiental, v. 5, n. 3, p. 554-557,
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Paulo, Brasil, 2006.
ROCHA, Hermes Soares da. Rugosidade superficial interna de tubos para irrigação.
2013. Tese de Doutorado. Universidade de São Paulo.
14 ANEXO
22

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