Buscar

RESOLUÇÃO EXPLICATIVA DE QUESTÕES DE DIREITO DAS OBRIGAÇÕES

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 4 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

RESOLUÇÃO EXPLICATIVA DE QUESTÕES DE DIREITO DAS OBRIGAÇÕES 
1)Explique o que é sub-rogação no Direito Obrigacional.
 PAGAMENTO COM SUB-ROGAÇÃO (arts. 346/351): 
- O pagamento com sub-rogação, é forma especial de cumprimento da obrigação, onde traduz a ideia de cumprimento da dívida por terceiro, com a consequente substituição de credores na mesma relação obrigacional. Art. 346, CC. Pagamento com sub-rogação é um pagamento com substituição de credores. 
Espécies de pagamento com sub-rogação: 
a) legal: artigo 346 CC – a sub-rogação opera-se por força de lei. 
b) convencional: artigo 347 CC - a substituição opera-se por força de contrato, de um negócio. 
Efeitos Do Pagamento Com Sub-Rogação: 
Nos termos do artigo 349 do CC, a sub-rogação transfere ao novo credor todos os direitos, ações, privilégios e garantias do credor originário. 
ATENÇÃO - SUB-ROGAÇÃO LEGAL - Na linha do artigo 350 do CC, estabelece que, na sub-rogação legal, o novo credor só poderá cobrar do devedor, aquilo que efetivamente desembolsou para solver a dívida. 
Artigo 350 CC: “Na sub-rogação legal o sub-rogado não poderá exercer os direitos e as ações do credor, senão até à soma que tiver desembolsado para desobrigar o devedor.”
2- Explique o que são obrigações alternativas. 
OBRIGAÇÕES ALTERNATIVAS: 
São aquelas que têm por objeto duas ou mais prestações (objeto múltiplo ou composto), de maneira que o devedor se exonera cumprindo apenas uma delas. Trata-se de uma obrigação de objeto composto ou múltiplo, ou seja, trata-se de uma obrigação com duas ou mais prestações unidas pelo conectivo “ou”. 
OBS: Observar impossibilidade total ou parcial nas obrigações alternativas (artigos 253 a 256 do Código Civil). 
Artigo 252 do CC: “Nas obrigações alternativas, a escolha cabe ao devedor, se outra coisa não se estipulou. §1° Não pode o devedor obrigar o credor a receber parte em uma prestação e parte em outra. §2° Quando a obrigação for de prestações periódicas, a faculdade de opção poderá ser exercida em cada período. §3° No caso de pluralidade de optantes, não havendo acordo unânime entre eles, decidirá o juiz, findo o prazo por este assinado para a deliberação. (se os devedores não entrarem em acordo quem decidirá será o juiz). §4° Se o título deferir a opção a terceiro, e este não quiser, ou não puder exercê-la, caberá ao juiz a escolha se não houver acordo entre as partes.” 
Obrigação alternativa - prestações múltiplas equivalentes 
3- O que é obrigação de resultado? 
Obrigação de resultado
A Obrigação de resultado é aquela em que o devedor garante o resultado final que as partes previram. Ex. empreiteiro, engenheiro, se obriga a cumprir o que projetou. 
4- O que é credor putativo? 
Credor putativo é aquele que se apresenta aos olhos de todos como o verdadeiro credor. Recebe tal denominação, portanto, quem aparenta ser credor, como é o caso do herdeiro aparente, OU SEJA, é aquele QUE PARECE SER O CREDOR, mas não é.
5- Na obrigação solidária somente alguns são responsáveis?
Não. Tendo em vista que, só existe solidariedade quando, na mesma obrigação, concorre uma pluralidade de credores (solidariedade ativa) ou de devedores (solidariedade passiva), cada um com direito ou obrigado a toda dívida - art. 264 CC. Dessa forma, na obrigação solidária ativa, QUALQUER UM dos credores pode exigir a obrigação por inteiro. Na obrigação solidária passiva, da mesma forma, a dívida pode ser paga por QUALQUER UM dos devedores.
Exemplos:
Solidariedade ativa -> João estava precisando de R$1.500,00 para pagar uma dívida, desesperado, pediu emprestado aos irmãos Carlos, Roberto e Bruno, os mesmos são conhecidos em seu bairro por emprestar dinheiro. Dessa forma, João quando for quitar os R$1.500,00 pode pagar a QUALQUER um dos irmãos, e também QUALQUER um dos irmãos pode cobrar a dívida COMPLETA à João, entretanto o irmão que recebeu os R$1.500,00 deverá dá a parte dos outros 2. 
Ex: Solidariedade passiva-> Galvão emprestou R$2.000,00 a um grupo de amigos para eles fazerem um churrasco no dia do jogo do Brasil, o grupo é composto por Neymarito, Jesuito, Tiaguito e Coutinito. Portanto, Galvão pode cobrar os R$2.000,00 de QUALQUER um dos amigos, assim como também, qualquer um dos amigos pode pagar os R$2.000,00 sozinho a Galvão, entretanto, aquele que pagar PODE exigir a parte corresponde de cada um dos outros 3. Ou seja, digamos que Neymarito pague os R$2.000,00, logo, ele poderá exigir do Jesuito, Tiaguito e Coutinito que lhe paguem a parte deles, já que ele pagou ao Galvão sozinho. 
6- Geralmente na obrigação alternativa a quem cabe a escolha?
Ao devedor, conforme o Artigo 252 do CC:
 “Nas obrigações alternativas, a escolha cabe ao DEVEDOR, se outra coisa não se estipulou. ”
7- E em uma relação em que existe três devedores, um deles (A) foi exonerado da obrigação pelo credor, (B) ficou insolvente e (C) pagou integralmente, como se resolve esta situação entre os devedores? 
Bem, vamos analisar passo a passo a questão. Primeiramente, se existem 3 devedores estamos falando de uma obrigação SOLIDÁRIA PASSIVA, logo, qualquer um deles poderá pagar a dívida toda perante o credor. 
Segundamente, na questão diz que “A” foi exonerado da OBRIGAÇÃO, ou seja, da solidariedade. Seguindo, a questão fala que “B” ficou insolvente, ou seja, não tem meios para pagar o que deve, e “C” pagou a dívida integralmente, ou seja, pagou SOZINHO. 
Conforme Art. 284, CC. No caso de rateio entre os co-devedores, contribuirão também os exonerados da solidariedade pelo credor, pela parte que na obrigação incumbia ao insolvente.
Portanto, “C” que pagou a dívida sozinho PODERÁ cobrar de “A” o correspondente ao seu quinhão + a parte que pagou pelo quinhão de “b”, mesmo “A” tendo sido exonerado, pois a EXONERAÇÃO NÃO libera do ônus de responder pelo rateio da parte referente àquele que se tornar insolvente, conforme art 284, CC.
Como essa questão é bem complicadinha segue uma outra questão, que o professor pode cobrar na prova:
Caio, Tício e Mérvio são devedores solidários de Glauco, em quinhões iguais, do valor total de R$ 3.000,00 (três mil reais). Glauco, sensibilizado com a precária situação financeira de Caio, exonerou-o da solidariedade. Logo depois, Tício tornou-se insolvente. No dia do vencimento, Mérvio pagou integralmente a dívida. 
A esse respeito, assinale a afirmativa correta.
Parte superior do formulário
Mérvio não poderá regredir contra Caio para que participe do rateio do quinhão de Tício, pois ele fora exonerado da solidariedade por Glauco.
 b)Se, em vez de insolvente, Tício tivesse falecido, seu herdeiro seria obrigado a pagar a totalidade de sua parte na dívida, ainda que tal montante fosse superior ao valor da quota correspondente ao seu quinhão hereditário.
 c)A exoneração da solidariedade em relação a Caio importa em remissão da sua parte da dívida.
 d)Glauco não poderia ter exonerado Caio da solidariedade sem exonerar também Tício e Mérvio, uma vez que a renúncia só é válida se relativa a todos os devedores simultaneamente.
 e)Apesar da exoneração da solidariedade, Mérvio pode cobrar de Caio o correspondente ao seu quinhão, bem como a metade do que pagou pelo quinhão de Tício.
Explicaçãozinha: 
Originalmente, havia uma dívida solidária, com quota-parte de R$ 1.000,00 cada um, totalizando R$ 3.000,00. O credor Glauco exonerou Caio da SOLIDARIEDADE, porém a dívida de R$ 1.000,00 relativo a Caio continua a existir, porque não houve remissão (perdão) da dívida, somente renúncia da solidariedade. Os outros R$ 2.000 de dívida ficaram como obrigação solidária entre Tício e Mévio. Mévio pagou os R$ 3.000,00 ao credor. Exerceu o direito de regresso contra Caio, pelos R$ 1.000,00 que lhe correspondiam e R$ 500,00 pela divisão do valor do devedor insolvente Tício, conforme prescreve o artigo 283 do Código Civil.
No caso, a renúncia à solidariedade somente livra Caio de pagar a dívida por inteiro, mas ainda subsiste a obrigação de adimplir com seu quinhão. Ou seja, não há remissão de sua parte da dívida.Lado outro, consoante o permitido pelo art. 283 do CC, como Mérvio quitou a integralidade da dívida, e tendo-se em vista que Tício se tornou insolvente, Mérvio poderá cobrar o quinhão de Caio na dívida, acrescido da metade do quinhão de Tício - a parte do insolvente dívide-se em partes iguais entre os demais devedores, e como no caso são 2 devedores restantes, cada qual arca com metade.
 Portanto, gabarito E.
8- O que é contrato mútuo?
 Contrato de mútuo é todo aquele que fala da transferência de bens, como imóveis por exemplo, que podem ser substituídos por outro de mesma espécie, desde que tenham mesma qualidade ou quantidade. Dentro desse contrato, as partes envolvidas são chamadas de mutante e mutuário.
9- Quando em uma relação obrigacional os devedores são solidários, o credor ao tentar cobrar de cada devedor eles negam-se a pagar e o credor demanda ação contra um somente os demais devedores permanecem responsáveis? 
Sim, os demais devedores permanecem responsáveis, pois conforme o § 1º do art 275 “Não importará renúncia da solidariedade a propositura de ação pelo credor contra um ou alguns dos devedores. ”
10- Explique a Dação em Pagamento. 
- DAÇÃO EM PAGAMENTO ( arts. 356/359): 
A dação em pagamento, forma especial de cumprimento da obrigação, traduz a hipótese em que, na mesma relação obrigacional, o credor aceita receber prestação diversa da que lhe é devida (artigo 356 do Código Civil). 
OBS: a dação em pagamento só é possível se o credor aceitar, contudo o STJ HC 20317 SP - aceitou a dação de um imóvel em favor de um devedor de alimentos. Dação de imóvel mesmo que a mulher, credora, não queira receber. 
OBS: Vale lembrar que a denominada dação pro solvendo (ou por causa de pagamento) não satisfaz imediatamente o interesse do credor, a exemplo da cessão de um título de crédito (artigo 358 do CC), razão pela qual não pode ser confundida com o instituto ora estudado. Professor é melhor que o título seja de terceiro, se for do próprio, cheque próprio, não seria um bom exemplo de pro solvendo. 
Observar artigo 359 do Código Civil. 
11- Se alguém ao visitar um imóvel demonstra interesse em adquirir e fica acertado um sinal e no mesmo instante o interessado disponibiliza o sinal, ficando acertado pelas partes que o restante será pago em mais duas parcelas, a segunda no prazo de 30 dias e a terceira no prazo de noventa dias. Ficando acertado entre as partes que o negócio seria irretratável. Passados alguns dias o vendedor se arrepende da venda. Nesta situação como deve se resolver a situação em tela? 
O vendedor deverá devolver o sinal que lhe foi dado em dobro, pois no caso de quem recebeu as arras/sinal desistir do contrato, terá que devolvê-las em dobro a quem as pagou com atualização monetária segundo índices oficiais regularmente estabelecidos, juros e honorários de advogado, conforme o artigo 418, CC.

Continue navegando