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Casos Concretos Tributario I

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Semana 1 
 
Determinado governador do Estado do Acre está em forte debate com a Assembleia 
Legislativa. Apesar de ter sido eleito em primeiro turno com uma expressiva maioria de 
votos, sua Assembleia é hoje composta em maioria considerável pela oposição 
ressentida por não ter reeleito o antigo governador, candidato da situação. Diante deste 
conflito político, o governador não consegue aprovar a lei orçamentária que se manifesta 
compatível com suas propostas. Sendo assim, decide baixar o orçamento por medida 
provisória. Deputado da oposição se recusa a votar a medida provisória e levanta 
argumentos tecnicamente adequados. Pergunta-se: 
 
 
a A) Quais seriam estes argumentos? 
 
Resposta: A nossa Constituição Federal veda expressamente a edição de Medida 
Provisória para Leis Orçamentárias, salvo em casos imprevisíveis ou de 
catástrofes. 
 
 
B) Pode o governador editar medida provisória? 
 
 
Resposta: Sim, o Governador pode editar Medida Provisória, não tendo tal 
proibição. Pela nossa doutrina, temos o princípio da simetria, onde o Chefe do 
Poder Executivo, pode editar tal medida. 
 
 c) Cabe medida provisória em Direito Financeiro. 
 
Não há proibição expressa de medida provisória em direito financeiro, com 
exceção nas matérias relativas nas leis orçamentárias previstas nos arts 62 $1, i, 
d, da CF. 
 
 
Questão Objetiva 1 
 
 
 
Identifique qual das opções abaixo traz situação que será objeto de aplicação das 
regras do Direito Financeiro: 
 
a) realização de despesa pela Ordem dos Advogados do Brasil 
 
b) processo de seleção de juízes para a carreira da magistratura estadual 
c) projeção de receitas da Companhia Estadual de Água e Esgoto do Estado do Rio de 
Janeiro 
 
(Correta) D) previsão de gastos com pessoal da Universidade Federal do Rio 
Grande do Norte. 
 
 
 
 
 
Semana 2 
 
Em meio a uma crise política e econômica em 2015, o Governo Federal apresentou 
ao Congresso Nacional um proje to de lei orçamentária comum déficit de 30,5bilhões 
de reais. À época, questionamentos políticos e econômicos foram levantados e o 
cerne da questão gira em torno de um dos princípios orçamentários mais relevantes, 
que congrega todos os elementos da atividade financeira do estado. 
 
Indaga-se: 
 
 
A) A questão que se levantou é se estaria o poder executivo autorizado a propor um 
projeto de lei com este desequilíbrio? Identifique o princípio orçamentário referente e 
como os elementos do Direito Financeiros e relacionam no caso. 
 
Resposta: O princípio que se relaciona com os elementos do direito financeiro é 
o princípio do equilíbrio orçamentário, que corresponde ao fato do gestor público 
estar preso a estimativa de receitas para realizar as despesas durante o exercício 
financeiro, conforme previsão em lei orçamentária. A constituição de 88 veda no 
seu artigo 167, III apenas a realização de operações de crédito que excedam o 
montante das despesas de capital, com ressalva daquelas autorizadas mediante 
créditos suplementares ou especiais aprovadas pelo legislativo. 
 
B) Como ficaria com base na legislação atual? 
 
Resposta: A partir da promulgação da emenda constitucional 95/2016 foi 
implementado um novo regime fiscal com limites individualizados, no intuito de 
estabelecer o equilíbrio orçamentário, uma vez que são limites globais para cada 
poder. 
 
Questão Objetiva 
 
Julgue os segui ntes itens relativos à receita pública e marque a opção correta. 
 
a) Todo tributo advém da Receita Originária. 
b) Ingresso e receita constituem sinônimos. 
c)Os tributos constituem receita derivada c obrada mediante 
atividade administrativa vinculada ou discricionária. 
 
d)(Correta) Receita originária é aquela em que o Estado atua como 
particular e receita derivada é aquela em que o Estado atua 
através do seu poder de império. 
 
e) Receita deriva da é aquela em que o Estado atua como 
particular e receita originária é aquela em que 
o Estado atua através do seu poder de império. 
 
 
 
 
Caso Semana 3 
 
 O Tribunal de Contas do Estado de Minas Gerais, no ano de 2014, aplicou multas no 
valor total de R$278.0 00,00 a 69 prefeituras por descumprimento da Lei de 
Rsponsabilidade Fiscal. Estas prefeituras deixaram de encaminhar no prazo legal 
àquele Tribunal o Relatório de Gestão Fiscal, o Relatório Resumido de Gestão 
Orçamentária e o Comparativo das Metas Bimestrais de arrecadação. Neste sentido, 
considerando a naturezado Tribunal de Contas e as regras da Lei de Responsabilidade 
fiscal, responda: 
 
 
 
A) A aplicação de multas do Tribunal de Contas é ato regular? 
 
Resposta: O tribunal de contas é orgão do estado responsável por fazer a 
avaliação técnica das contas públicas. Em função disso, como órgão de controle 
externo possui atribuição para aplicar sanções pelo descumprimento das regras 
constitucionais e da lei de responsabilidade fiscal, em relação aqueles que 
exercem a gestão das contas públicas. A aplicação de multas está prevista no 
ART 71, VIII da CF/88. 
 
B) Estas multas podem ser questionadas perante o Poder Judiciário, ou já se encontram 
alcançadas pela coisa julgada? 
 
Resposta: As multas aplicadas pelo tribunal de contas resultam em documento 
que terá eficácia de título executivo, conforme dispõe o artigo 71,§ 3° da CF. Tendo 
em vista que o tribunal de contas não exerce jurisdição, função do Estado com 
atributo de definitividade, suas manifestações podem ser objeto de 
questionamento judicial. 
 
3) Independente da solução aplicada pelo Tribunal de Contas, qual é o princípio contido 
na Lei de Responsabilidade Fiscal relacionado com os relatórios exigidos ? 
 
O concreto decorre de aplicação do princípio da transparência, previsto no ART 
48 e seguintes da lei de responsabilidade fiscal. 
 
 
Objetiva Correta - Letra D 
 
 
 
 
 
 
 
 
Caso 4 
 
Ao dispor sobre o plano de custeio da Seguridade Social, a União cuidou de regular a 
cobrança de várias contribuições cujos fatos geradores dizem respeito à atividades do 
contribuinte como a remuneração paga ou creditada aos segurados que prestem 
serviço às empresas, dos empregadores domésticos, dos trabalhadores (incidentes 
sobre o seu salário-de-contribuição), incidentes sobre o faturamento e lucro das 
empresas e sobre a receita de concursos de prognósticos. Estas contribuições são, 
por lei, designadas de contribuições sociais. A mesma lei que as institui estabelecia 
um prazo de dez anos para a apuração e constituição dos créditos da seguridade 
social. Sabendo que normas gerais do Direito Tributário são reservadas pela 
Constituição para lei complementar, identifique e analise o dispositivo, tendo para 
tanto a compreensão da natureza da cobrança realizada e, portanto, o ordenamento 
jurídico específico ao qual está submetida. 
 
 
Resposta: A cobrança estabelecida como fonte de custeio da seguridade social 
está submetida ao conceito de tributo previsto no ART 3° do CTN e no ART 149 
da constituição, o STF ao identificar a contribuição social como uma espécie 
tributária entendeu que ela está submetida ao regime jurídico do direito 
tributário, razão pela qual suas normas gerais devem ser objeto de lei 
complementar na forma do ART 146, III da CF. 
 
 
Questão objetiva 
 
(CETREDE – 2016) Como se chama o tributo que tem por características ser não 
vinculado a uma atividade estatal, admite, por expressa e excepcional previsão 
constitucional, destinação específica do produto da arrecadação e não admite previsão 
de restituição ao final de determinado período? 
 
A ( ) Contribuição de intervenção no domínio econômico. 
B ( ) Contribuição social. 
C ( ) Empréstimo compulsório. 
D (X) Imposto. 
E ( ) Taxa. 
 
 
CASO CONCRETO 5 
 
 
A União através de lei ordinária isenta tributo do Estado sob o fundamento de que deve 
fomentar odesenvolvimento das microempresas e empresas de pequeno porte. 
Comente a legalidade e a Constitucionalidade da referida lei. 
 
Resposta: O ART 151, III da CF, veda a chamada isenção heterônoma, ou seja, a 
união não pode conceder este benefício fiscal em relação aos tributos de 
competência dos estados e municípios. 
 
 
 
Questão objetiva 
 
Relativamente à competência tributária, assinale a alternativa incorreta. 
 
a) A União Federal tem competência para instituir impostos extraordinários em caso de 
guerra. 
b) Os Municípios têm competência para instituir impostos sobre a propriedade predial e 
territorial urbana. 
c) Os Municípios não têm competência para instituir contribuições 
previdenciárias, pois esta competência é exclusiva da União Federal. 
d) As taxas e as contribuições de melhoria são consideradas, pela doutrina, tributos de 
competência comum. 
 
 
Caso Concreto 6 
 
Servidor estadual ingressa com ação de repetição de indébito contra o Estado 
respectivo em função de uma retenção na fonte de imposto de renda retido na fonte 
pelo órgão ao qual pertencia a servidora. O Estado alega ilegitimidade passiva tendo 
em vista que a competência tributária para legislar sobre o imposto de renda é da União. 
Comente se procede a alegação do Estado. 
 
Resposta: A competência tributária no imposto de renda é de fato da união, 
entretanto o Estado é parte legítima para figurar no pólo passivo da ação de 
repetição de indébito promovida por seus servidores em relação ao imposto retido 
na fonte pagadora, esse é o posicionamento do STJ veiculado na súmula 447. Isso 
porque, o ART 157, I, da CF, dispõe que pertence ao Estado 100% do produto da 
arrecadação do IR incidente na fonte sobre os rendimentos pagos por eles aos 
seus servidores. 
 
Questão objetiva 
 
Na relação abaixo, de transferências intergovernamentais de receitas tributárias, 
MARQUE as da União para os Estados/DF (1), as da União para os Municípios (2) e as 
dos Estados/DF para os Municípios (3): 
 
( 3 ) 50% do IPVA; 
( 2 ) 20% dos impostos de competência residual; 
( 1 ) 50% do ITR; 
( 2 ) 21,5% do IPI e do IR para Fundo de Participação; 
( 3 ) 25% do ICMS; 
( 1 ) 22,5% do IPI e do IR para Fundo de Participação; 
( 1 ) 70%do IOF sobre o ouro ativo financeiro ou instrumento cambial. 
 
 
Caso Concreto 7 
 
Governador de um Estado da Federação propõe Ação Direta de Inconstitucionalidade 
contra emenda constitucional que cria um imposto sobre toda e qualquer 
movimentação financeira, inclusive as realizadas por pessoas jurídicas de direito 
público e que entraria em vigor imediatamente. Incialmente, os argumentos da afronta 
a duas limitações constitucionais ao poder de tributar, a saber a imunidade recíproca 
(vedação à imposição de impostos entre os entes federativos) e anterioridade 
(obrigatoriedade de aguardar até o exercício financeiro para que se possa cobrar o 
tributo) parecem corretas. Mas há uma preliminar questionada: a possibilidade de se 
questionar a constitucionalidade de dispositivo constitucional. Analise a questão e 
indique o posicionamento do Supremo Tribunal Federal. 
 
Resposta: As normas de emenda constitucional decorrem do poder constituinte 
derivado, razão pela qual podem ser objeto de controle, mediante ação direta de 
inconstitucionalidade quando confrontadas com normas elaboradas pela 
assembleia nacional constituinte. Esse é o posicionamento do STF. ( ADIN 926. ) 
 
 
Questão objetiva: 
 
(FGV-2015) O Presidente, representando a República Federativa do Brasil, celebra 
tratado internacional com outros dois Estados soberanos, com o objetivo de 
incrementar a prestação de serviços de tecnologia para grandes projetos de 
infraestrutura. O acordo internacional, após todos os trâmites legislativos impostos 
pela ordem jurídica interna e internacional, passa a produzir seus efeitos, dentre os 
quais a isenção de todos os impostos incidentes nessa operação. Considerando que 
esses serviços estão incluídos na lista anexa da Lei Complementar nº 116/2003 e a 
jurisprudência do STF, é correto afirmar que o tratado é: 
 
A ( ) inconstitucional ao estabelecer isenção heterônoma, vedada pelo artigo 151, III, 
da Constituição Federal em vigor, o qual veda à União instituir isenções de tributos da 
competência dos Estados, do Distrito Federal ou dos Municípios; 
 
B ( X ) constitucional, pois a vedação constitucional se volta à União, nada 
impedindo que a República Federativa do Brasil, na qualidade de pessoa jurídica 
de direito público externo, celebre tratados e acordos internacionais de Direito 
Tributário; 
 
C ( ) constitucional, pois, nos termos da Constituição Federal, os tratados e 
convenções internacionais sobre tributação, desde que aprovados, em cada Casa do 
Congresso Nacional, em dois turn os, por três quintos dos votos dos respectivos 
membros, serão equivalentes às emendas constitucionais; 
 
D ( ) inconstitucional, pois somente lei complementar federal poderia estabelecer 
isenção de tributos estaduais e municipais; 
 
E ( )inconstitucional, pois a União somente pode conceder isenção de tributos de 
competência dos Estados, do Distrito Federal ou dos Municípios, quando 
simultaneamente conceder aos tributos de competência federal. 
 
 
Caso Concreto 8 
 
O Município de Angra dos Reis promulga lei em 30.05.2006, estabelecendo a 
incidência do ITBI sobre as embarcações alienadas no território municipal, já que 
esses bens são garantidos por hipoteca, o que demonstraria a natureza imobiliária das 
embarcações. Ester efetua alienação de uma embarcação para Moisés (ambos 
domiciliados naquele Município, mediante contrato lavrado em cartório no dia 
30.05.2007. Firme na legislação municipal, a Fazenda Pública de Angra dos Reis 
efetua o lançamento de ofício do ITBI. Ester apresenta impugnação na via 
administrativa, pleiteando o seu direito de não pagar o tributo em tela. Examine o caso, 
em suas várias nuances, sob a ótica das normas do CTN sobre interpretação. 
 
Resposta: As embarcações não são consideradas como bens imóveis pela 
legislação em geral, tão pouco o código civil às classifica expressamente desta 
forma, razão pela qual não procede a alegação do município. Ademais, o código 
tributário nacional não permite a utilização de conceitos de outros ramos do 
direito para ampliar as competências tributárias, e consequentemente a 
tributação. 
 
Questão objetiva 
 
(FAURGS-2015) No que se refere à legislação tributária, assinale a alternativa que 
contém afirmativa correta. 
 
A ( X )Leis expressamente interpretativas não podem ser aplicadas a atos ou 
fatos pretéritos se contrariarem orientação favorável aos contribuintes já 
firmada pelos Tribunais Superiores. 
 
B ( )Os conceitos utilizados pela Constituição da República para outorgar competência 
impositiva podem ser alterados pelo legislador do ente político que a titularizar, dada a 
sua autonomia tributária e financeira. 
 
C ( )O Código Tributário Nacional admite a utilização da analogia para a aplicação das 
hipóteses de incidência tributária a fatos juridicamente semelhantes àqueles por elas 
previstos, com vistas à promoção da igualdade. 
 
D ( )O legislador ordinário pode estabelecer que multa tributária menos gravosa 
somente se aplique a fatos futuros. multa ou imputação de débito tem a natureza de 
título executivo. 
 
 
Caso Concreto 9 
 
Lei federal, publicada no ano passado, majora alíquotas do Imposto de Renda incidente 
em determinadas importações e determina a incidência sobre o exercício passado cuja 
declaração será feita neste exercício. Neste caso, inicia-se forte discussão sobre o tema 
da segurança jurídica e dos princípios tributários atinentes.Para verificação da 
constitucionalidade do tema, apresente o entendimento do STF e sua evolução até os 
dias atuais. 
 
 
 
Resposta: A súmula 584 do STF autoriza a aplicação da legislação tributária 
vigente no exercício da declaração ainda que alcance fatos geradores ocorridos 
no exercício financeiro anterior. Porém, após a edição da referida súmula, o STF 
alterou seu posicionamento ao julgar o RE 592.396, reconhecendo a 
inconstitucionalidade a aplicação retroativa sobre imposto de renda. 
 
 
Caso Concreto 10 
 
O Estado do Rio de Janeiro decide alterar a sua legislação tributária relativa ao ITCMD 
para aumentar as alíquotas do imposto e, portanto, aumentar sua arrecadação. Em 
função disso, aumenta a alíquota do imposto para 4,5% (quando se tratar de 
transferências realizadas em montante de até 400.000 unidades fiscais de referência) e 
de 5% (quando se tratar de transferências em montante superior a 400.000 unidades 
ficais de referência). Contribuinte questiona a alíquota progressiva do tributo diante de 
falta de autorização expressa da Constituição neste sentido. Assim tratando, analise 
como se posiciona o Supremo Tribunal Federal sobre o assunto. 
 
 
Resposta: O STF alterou o posicionamento sobre a necessidade de autorização 
expressa da Constituição Federal, para a aplicação de alíquota progressiva aos 
impostos reais (RE 562045). Hoje a Suprema Corte entende que todos os 
impostos devem se submeter, na medida do possível ao princípio da capacidade 
contributiva. 
 
 
Caso Concreto 11 
 
O Supermercado Vende Bem propõe uma ação para anular uma cobrança de ICMS que 
desconsiderava créditos de ICMS decorrentes do consumo de energia elétrica que, 
segundo o contribuinte, a energia elétrica utilizada para a comercialização de seus 
produtos não podia ser confundida com aquela utilizada para o uso ou consumo, pois a 
energia elétrica utilizada nas áreas comerciais (dentro dos supermercados) seria 
indispensável ao desempenho das atividades do estabelecimento, tais como na 
conservação de produtos congelados e refrigerados, na fabricação de pães e biscoitos, 
sendo posta em uso para proveito dos consumidores finais que não podem comprar às 
escuras. Neste sentido, como deve se manifestar o tribunal? 
 
Resposta: O Tribunal deverá rejeitar o pleito do contribuinte, uma vez que atualmente a 
Lei Complementar 87/96 que trás normas gerais sobre ICMS que vão permitir o 
creditamento do imposto incidente sobre aquisição de energia elétrica consumida nas 
áreas comerciais com o imposto devido, na circulação de mercadorias, devendo aplicar 
o princípio Tempus Regit Actum. 
 
 
CASO CONCRETO 12 
 
O Estado de Pernambuco, de forma a incrementar sua arrecadação tributária e ampliar 
a sua receita, decide criar alíquota diferenciada para veículos de fabricação estrangeira 
importados ao Brasil. Esta alíquota é maior do que as dos veículos nacionais. Desta 
forma, encaminha a proposta à sua assessoria jurídica que após pesquisa à 
jurisprudência das Cortes Superiores lhe dá parecer. O parecer mais adequado deve 
ser em que sentido? 
 
Resposta: O parecer deverá ser pela impossibilidade de alíquota diferenciada aos 
veículos importados, pois a Constituição Federal veda a diferença tributária em 
razão da procedência de destino dos bens e serviços, aplicando o princípio da 
uniformidade geográfica. 
 
 
CASO CONCRETO 13 
 
A prefeitura do município de Rio Branco enviou carnê de IPTU para a Locadora de 
Veículos Localizada em terreno da Infraero ao lado do Aeroporto Internacional Plácido 
de Castro. A Locadora promoveu ação anulatória e o processo se encontra hoje no STF 
aguardando julgamento de recurso extraordinário. Neste sentido, apresente os 
argumentos favoráveis ao fisco e ao contribuinte. 
 
Resposta: Ao Julgar o R.E 601.720 em 06/04/2017 o STF decidiu por maioria sobre 
a incidência do IPTU sobre o imóvel que goza de imunidade tributária mas está 
cedido à pessoa jurídica de direito privado, sendo esta devedora do imposto. 
 
 
CASO CONCRETO 14 
 
A legislação do Imposto de Renda da Pessoa Física atribui ao contribuinte uma série 
de obrigações e deveres. Analise os dispositivos abaixo elencados e indique sua 
natureza específica. Em seguida, identifique o ato normativo que pode tratar de cada 
uma das matérias e o regime jurídico ao qual devem se submeter. 
 
A) Lei 7.713/1988 Art. 3º O imposto incidirá sobre o rendimento bruto, sem qualquer 
dedução, ressalvado o disposto nos arts. 9º a 14 desta Lei. 
 
Resposta: Obrigação Tributária principal de pagar tributo deve ser instituída por 
Lei. 
 
B) Lei 7.713/1988 Art. 53. Os juros e as multas serão calculados sobre o imposto ou 
quota, observado o seguinte: a) quando expresso em BTN serão convertidos em 
cruzados novos pelo valor do BTN no mês do pagamento; b) quando expresso em 
BTN Fiscal, serão convertidos em cruzados novos pelo valor do BTN Fiscal no dia do 
pagamento. 
 
Resposta: Obrigação Tributária principal de pagar juros e multa, seguindo a 
posição de parte da doutrina, e deve ser regulada por Lei. 
 
 
C) Instrução Normativa 1613/2016 Art. 2º Está obrigada a apresentar a Declaração de 
Ajuste Anual referente ao exercício de 2016, a pessoa física residente no Brasil que, 
no ano-calendário de 2015: I - recebeu rendimentos tributáveis, sujeitos ao ajuste na 
declaração, cuja soma foi superior a R$ 28.123,91 (vinte e oito mil, cento e vinte e três 
reais e noventa e um centavos); 
 
Resposta: Obrigação acessória de fazer, e deve ser regulada por Legislação. 
 
 
CASO CONCRETO 15 
 
Em processo administrativo discute-se a base de cálculo do ISSQN incidente sobre a 
prestação de serviço de transporte coletivo de passageiros. O ponto central do problema 
é se a base de cálculo para efeito do recolhimento do ISSQN seria o preço efetivamente 
pago pelo usuário no ato da compra e venda dos bilhetes (seja vale-transporte ou 
passagem escolar), posição adotada pelo contribuinte ou se o vigente no momento 
posterior em que se dá a efetiva prestação, posição adotada pelo Fisco. Considerando 
que no momento em que se deu a efetiva prestação o preço já estaria majorado, qual o 
seu parecer jurídico sobre o tema? qual dos elementos referente ao fato gerador integral 
está em discussão? 
 
Resposta: O caso versa sobre o elemento quantitativo do fato gerador (base de 
cálculo). Segundo a jurisprudência do STJ a base de cálculo do ISSQN incidente 
sobre a prestação de serviços de transporte coletivo de passageiros é o preço 
efetivamente pago pelo usuário no dia da compra dos bilhetes, e não aquela 
vigente na data da prestação do serviço (Resp 922.239) 
 
 
 
 
 
CASO CONCRETO 16 
 
 
Filipe sócio da sociedade FILIPE & FERNANDA LTDA com intuito de prestigiar seus 
funcionários resolveram pagar o 15º salário (criado por eles). Diante disso a sociedade 
por falta de planejamento ficou em dificuldades financeiras motivo que levou ao 
inadimplemento do IRPJ. O patrimônio da sociedade não era suficiente para arcar com 
a dívida tributária e a Receita Federal do Brasil resolveu redirecionar a execução fiscal 
contra o sócio Filipe. Responda se Filipe é parte legitima para figurar no polo passivo da 
execução invocando os fundamentos que sustentam a relação jurídica de direito 
material. 
Resposta: Felipe não é parte legítima para figurar no pólo passivo da execução 
pois apenas o sócio gerente pode ser responsabilizado pessoalmente por dívidas 
tributárias da pessoa jurídica, e qua do agir com excesso de poder, infração a Lei, 
contrato social ou estatuto, ou ainda quando houver o encerramento irregular da 
empresa ( art 135, III CTN e súmulas 430 e 435 do STJ.)

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