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Desenvolvimento Interpessoal e Gestão de Mudança Treinamento, um agente de mudanças Ms. Brigitte Bedin Desenvolvimento Interpessoal e Gestão de Mudança – Treinamento, um agente de mudanças 2 Universidade Guarulhos Mantenedora Associação Paulista de Educação e Cultura Chanceler Prof. Antonio Veronezi Reitora Profa. Dra. Luciane Lúcio Pereira Pró-Reitor de Graduação Prof. Ms. Mario Alberto Marcondes Perito Pró-Reitora de Pós-Graduação, Pesquisa e Extensão Profa. Ms. Maria Helena Krüger Curso Superior de Tecnologia em Gestão de Recursos Humanos Diretor de Graduação Tecnologica Prof. Ms. André Luiz de Oliviera Diretora Adjunta do Curso Superior de Tecnologia em Gestão de Recursos Humanos Profa. Ms. Brigitte Bedin Desenvolvimento Interpessoal e Gestão de Mudança – Treinamento, um agente de mudanças 3 Sumário Objetivos da Aula ............................................................................... 4 Introdução ........................................................................................... 4 15.1 Definições ......................................................................................... 5 15.1.1 Competência .................................................................................. 5 15.1.2 Educação ....................................................................................... 6 15.1.3 Aprendizagem ................................................................................. 7 15.1.4 Ensino ............................................................................................ 8 15.1.5 Treinamento ................................................................................... 8 15.1.6 Desenvolvimento ............................................................................. 9 15.1.7 Terapia .......................................................................................... 9 15.2 Treinamento versus Terapia ................................................................. 9 15.3 O papel do Coordenador ..................................................................11 Considerações Finais ........................................................................ 12 Bibliografia ....................................................................................... 13 Materiais Complementares .............................................................. 13 Glossário ........................................................................................... 13 Desenvolvimento Interpessoal e Gestão de Mudança – Treinamento, um agente de mudanças 4 Objetivos da Aula Entender como o treinamento pode ser um agente de mudanças; Compreender a diferença entre treinamento e terapia; Identificar o papel do coordenador de laboratório; Avaliar a importância da ética em treinamento. Introdução O treinamento nas empresas sempre propiciou as mudanças. Portanto o treinamento é um agente de mudanças, uma via pela qual o indivíduo pode crescer, aprender, reaprender, e sensibilizar. Há quem o relacione com uma terapia, para Moscovici (2011) esse tema vem do laboratório de sensibilidade. A autora explica que existem linhas rígidas entre educação e terapia. "A educação tem componentes terapêuticos e a terapia tem componentes educacionais." (MOSCOVICI, 2011, p. 50) A aula 15 apresentará as diferenças entre essas duas abordagens, além do papel do coordenador de laboratório. A questão ética também é bastante importante. Desenvolvimento Interpessoal e Gestão de Mudança – Treinamento, um agente de mudanças 5 15.1 Definições Se falo em treinamento como agente de mudanças, preciso conhecer algumas definições importantes. Se penso em treinamento visualizo: Competência; Educação; Aprendizagem; Ensino; Treinamento; Desenvolvimento; Terapia. 15.1.1 Competência Competência: sf (lat competentia) 1 Capacidade legal, que um funcionário ou um tribunal tem, de apreciar ou julgar um pleito ou questão. 2 Faculdade para apreciar e resolver qualquer assunto. 3 Aptidão, idoneidade. 4 Presunção de igualdade. 5 Concorrência, confronto. 6 Conflito, luta, oposição. Antôn (acepções 1, 2 e 3): incompetência. Também posso definir competência associando-a ao CHA. É algo que eu desenvolvo, além disso representa excelência e diferencial, é um conjunto de conhecimentos, habilidades e atitudes, que me possibilitam uma atuação superior. Estoque de Conhecimentos Habilidades Atitudes Conceito de Competências Desenvolvimento Interpessoal e Gestão de Mudança – Treinamento, um agente de mudanças 6 15.1.2 Educação Segundo o Dicionário Michaelis: Ato ou efeito de educar. 2 Aperfeiçoamento das faculdades físicas intelectuais e morais do ser humano; disciplinamento, instrução, ensino. 3 Processo pelo qual uma função se desenvolve e se aperfeiçoa pelo próprio exercício: educação musical, profissional, etc. 4 Formação consciente das novas gerações segundo os ideais de cultura de cada povo. 5 Civilidade. 6 Delicadeza. 7 Cortesia. 8 Arte de ensinar e adestrar os animais domésticos para os serviços que deles se exigem. 9 Arte de cultivar as plantas para se auferirem delas bons resultados. E. física: a que consiste em formar hábitos e atitudes que promovam o desenvolvimento harmonioso do corpo humano, mediante instrução sobre higiene corporal e mental e mediante vários e sistemáticos exercícios, esportes e jogos. O Educar para Paulo Freire Educar é construir, é libertar o homem do determinismo, passando a reconhecer o papel da história e onde a questão da identidade cultural, tanto em sua dimensão individual, como em relação à classe dos educandos, é essencial à prática pedagógica proposta. Sem respeitar essa identidade, sem autonomia, sem levar em conta as experiências vividas pelos educandos antes de chegar à escola, o processo será inoperante, somente meras palavras despidas de significação real. A educação é ideológica, mas dialogante, pois só assim pode se estabelecer a verdadeira comunicação da aprendizagem entre seres constituídos de almas, desejos e sentimentos. Educar vai além de ensinar. Ensinar é instruir, enquanto que educar envolve fé, determinação, amor, disciplina, instrução e ensino. Posso concluir que, o ensino faz parte da educação. Desenvolvimento Interpessoal e Gestão de Mudança – Treinamento, um agente de mudanças 7 Saiba Mais Saiba mais em: http://www.educacao.salvador.ba.gov.br/site/doc umentos/espaco-virtual/espaco-alfabetizar- letrar/lecto-escrita/teorias-teoricos/paulo-freire- educacao.pdf 15.1.3 Aprendizagem Aprendizagem: sf (aprendiz+agem) 1 Ação de aprender qualquer ofício, arte ou ciência. 2 O tempo gasto para aprender uma arte ou ofício. 3 Psicol Denominação geral dada a mudanças permanentes de comportamento como resultado de treino ou experiência anterior; processo pelo qual se adquirem essas mudanças. Var: aprendizado. É o ato de aprender, a definição do Dicionário Michaelis vem de encontro com a proposta de mudanças: Denominação geral dada a mudanças permanentes de comportamento como resultado de treino ou experiência anterior; processo pelo qual se adquirem essas mudanças. Ou seja, se aprendemos mudamos, do contrário, pelo menos nos conscientizamos. Desenvolvimento Interpessoal e Gestão de Mudança – Treinamento, um agente de mudanças 8 15.1.4 Ensino Ensino: ação ou efeito de ensinar.2 Forma sistemática normal de transmitir conhecimentos, particularmente em escolas. 3 Um dos principais aspectos, ou meios, de educação: Quem dá o pão dá o ensino. 4 Castigo. Var: ensinança. E. ativo: o que se realiza por meio da continuada participação dinâmica do aluno. E. verbal: o que se realiza apenas por meio de exposições orais. Podemos dizer que essa é a prática da transmissão de saberes. 15.1.5 Treinamento Treinamento: É a preparação prática para alguma atividade, nele englobamos o CHA: Conhecimentos, Habilidades e Atitudes. Embora pareça com ensino, tem outra abordagem e um viés totalmente voltado para o trabalho em uma empresa. Desenvolvimento Interpessoal e Gestão de Mudança – Treinamento, um agente de mudanças 9 15.1.6 Desenvolvimento Desenvolvimento em treinamento representa o aperfeiçoamento do funcionário, algo que melhore o seu desempenho. Refere-se aos cargos a serem ocupados futuramente, tendo como foco o CHA desejado. 15.1.7 Terapia Terapia: O mesmo que terapêutica. T. ocupacional: tratamento que se desenvolve através do interesse do paciente por determinado trabalho ou ocupação. 15.2 Treinamento versus Terapia Para Moscovici (2011) existem algumas diferenças entre treinamento e terapia, aqui representados por: Laboratório de Sensibilidade e Psicoterapia de Grupo. Se preciso mudar um grupo, necessariamente afloro sua sensibilidade, pois além de todo o processo de mudança, também desenvolvo pessoas. PSICOTERAPIA DE GRUPO LABORATÓRIO DE SENSIBILIDADE 1. PARTICIPANTES Participantes conflitados, que procuram tratamento psicológico para seus problemas e comportamento disfuncionais. Treinandos não conflitados seriamente, que procuram adquirir e aperfeiçoar habilidades como membros de grupo. 2. ORIENTAÇÃO PREDOMINANTE Sobrevivência/cura Competência Interpessoal/crescimento 3. COORDENADOR Psicoterapeuta Educador 4. CONTEÚDO PRINCIPAL Eventos do passado, presente, fantasias e interpretações relacionadas. Aqui e agora dos eventos do grupo, ideias e sentimentos examinados e confrontados conjuntamente. 5. PARTICIPANTES COMO SISTEMAS DE APRENDIZAGEM Mais fechados, motivação para preservação do eu, reações de defesa psicológica. Mais abertos, motivação para crescimento, menor resistências às mudanças. 6. FONTES DE APRENDIZAGEM Confiança maior em um profissional Confiança em si mesmo e nos outros membros do grupo como recursos de aprendizagem. Desenvolvimento Interpessoal e Gestão de Mudança – Treinamento, um agente de mudanças 10 (psicoterapeuta) para dialogar e aprender. 7. TIPOS DE FEEDBACK PREDOMINANTE Interpretativo, inferido, avaliativo, emocional. Pouco distorcido, diretamente verificável, pouco avaliativo. 8. ACEITAÇÃO DE FEEDBACK Maior dependência nas interpretações fundamentadas do terapeuta. Maior dependência do feedback pessoal de colegas do grupo. 9. AUTOCONHECIMENTO Insight mais profundo de sua motivação inconsciente nas situações de vida. Insight mais superficial de seu desempenho em situações sociais e profissionais. 10. DURAÇÃO Tempo variável. Tempo fixado previamente (entre 20 e 60 horas) Fonte: (MOSCOVICI, 2011, p. 53) A autora deixa clara a diferença entre terapia e treinamento. A terapia foca no indivíduo, na sobrevivência e aceitação. O treinamento tem o foco em pessoas, competências e acima de tudo no grupo. Como agente de mudanças isso é exemplar, pois possibilita, por meio de sensibilizações, dinâmicas e vivências, desenvolver o comportamental e agir como facilitador nas mudanças. Desenvolvimento Interpessoal e Gestão de Mudança – Treinamento, um agente de mudanças 11 15.3 O papel do Coordenador Em DI (Desenvolvimento Interpessoal) o coordenador deve ter preparo e expertise. É desejável que tenha formação sólida e pós-graduação. Deve ser ético e ter em mente que é um educador acima de tudo. Tem como tarefa o crescimento dos treinandos, portanto deve criar um clima harmônico onde todos se ajudam e ajudam os outros. O ambiente deve ser manipulado se necessário, jamais as pessoas. O grupo deve funcionar de acordo com suas necessidades e objetivos, incentivando a confiança e liderança compartilhada. (MOSCOVICI, 2011) Esse coordenador deve ser ético no exercício de sua função, pois as decisões tomadas em sala podem afetar pessoas. Além da competência técnica, coordenador e terapeuta apresentam competência interpessoal, flexibilidade perceptiva, atitude experimental, capacidade de assumir riscos e, principalmente, padrões éticos de exercício profissional. A responsabilidade ética é inalienável quando se tomam decisões que irão afetar profundamente outras pessoas. Não há justificativa moral para a inexperiência, a ignorância ou a irresponsabilidade, mesmo inocentes e não intencionais, que não avaliam as consequências danosas e, muitas vezes, irreversíveis de atividades ou técnicas empregadas com seres humanos. (MOSCOVICI, 2011, p. 55) Desenvolvimento Interpessoal e Gestão de Mudança – Treinamento, um agente de mudanças 12 Considerações Finais O treinamento como agente de mudanças, transforma as pessoas. As mudanças planejadas têm seus objetivos atingidos com a utilização do treinamento. Essa ferramenta eficaz desenvolve pessoas, quebra a resistência à mudança, oferece feedback, além de preparar os grupos para os desafios do dia-a-dia. Desenvolvimento Interpessoal e Gestão de Mudança – Treinamento, um agente de mudanças 13 Bibliografia MOSCOVICI, Fela. Desenvolvimento Interpessoal. 20ª Ed. Rio de Janeiro: José Olympio, 2011. ROBBINS, Stephen Paul. Administração: mudanças e perspectivas; Tradução Cid Knipel Moreira. São Paulo: Saraiva, 2000. Materiais Complementares DICIONÁRIO MICHELIS. Disponível em: http://michaelis.uol.com.br/ Acesso em: 07/09/2013. Disponível em: http://www.educacao.salvador.ba.gov.br/site/documentos/espaco-virtual/espaco- alfabetizar-letrar/lecto-escrita/teorias-teoricos/paulo-freire-educacao.pdf Acesso em: 07/09/2013. Glossário Afloro - Desperto. Dialogante - Que dialoga. Ideologia - Estudo das ideias. Inoperante - Que não funciona. Propiciou - Possibilitou.
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