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Casos Concretos Direito Financeiro e Tributário

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Governador de um Estado da Federação propõe Ação Direta de Inconstitucionalidade contra emenda 
constitucional que cria um imposto sobre toda e qualquer movimentação financeira, inclusive as 
realizadas por pessoas jurídicas de direito público e que entraria em vigor imediatamente. Incialmente, 
os argumentos da afronta a duas limitações constitucionais ao poder de tributar, a saber a imunidade 
recíproca (vedação à imposição de impostos entre os entes federativos) e anterioridade (obrigatoriedade 
de aguardar até o exercício financeiro para que se possa cobrar o tributo) parecem corretas. Mas há uma 
preliminar questionada: a possibilidade de se questionar a constitucionalidade de dispositivo 
constitucional. Analise a questão e indique o posicionamento do Supremo Tribunal Federal. 
R: RESPOSTA: O Governador pode propor a ADI sobre a Emenda 
Constitucional, uma vez que a Emenda a Constituição não pode instituir tributo, 
apenas pode delimitar a Competência Tributaria pelos Entes tributáveis realizarem a 
criação ou majoração dos tributos 
 
 O Presidente, representando a República Federativa do Brasil, celebra tratado internacional co
m outros dois Estados soberanos, com o objetivo de incrementar a prestação de serviços de te
cnologia para grandes projetos de infraestrutura. O acordo internacional, após todos os trâmite
s legislativos impostos pela ordem jurídica interna e internacional, passa a produzir seus efeitos
, dentre os quais a isenção de todos os impostos incidentes nessa operação. Considerando que 
esses serviços estão incluídos na lista anexa da Lei Complementar nº 116/2003 e a jurisprudênc
ia do STF, é correto afirmar que o tratado é: 
 
R: constitucional, pois a vedação constitucional se volta à União, nada impedindo que a Repúb
lica Federativa do Brasil, na qualidade de pessoa jurídica de direito público externo, celebre tra
tados e acordos internacionais de Direito Tributário; 
 
O Município de Angra dos Reis promulga lei em 30.05.2006, estabelecendo a incidência do ITBI 
sobre as embarcações alienadas no território municipal, já que esses bens são garantidos por 
hipoteca, o que demonstraria a natureza imobiliária das embarcações. Ester efetua alienação 
de uma embarcação para Moisés (ambos domiciliados naquele Município, mediante contrato 
lavrado em cartório no dia 30.05.2007. Firme na legislação municipal, a Fazenda Pública de 
Angra dos Reis efetua o lançamento de ofício do ITBI. Ester apresenta impugnação na via 
administrativa, pleiteando o seu direito de não pagar o tributo em tela. Examine o caso. 
R: Usaremos para responder esta q uestão os métodos interpretativos, (int erpretações literais, 
históricas, teleológicas, entre outr as) para entendermos que não se pode tributar as embarcações 
que não são verdadeiros imóveis em sua essência e que seu alcance estaria apenas servindo ao 
interesse de ampliar o alcance da competência do Municipio. 
Questão objetiva (FAURGS-2015) No que se refere à legislação tributária, assinale a alternativa 
que contém afirmativa correta. 
R:A ( )Leis expressamente interpretativas não podem ser aplicadas a atos ou fatos pretéritos se 
contrariarem orientação favorável aos contribuintes já firmada pelos Tribunais Superiores. 
 
RESPOSTA: De acordo com a sumula 584 do STF 
não há nenhum impedimento a que se altere a legislação aplicável a declaração de 
imposto de r enda no mesmo exercício em que a mesma será entregue. Não obstante, 
é inconstitucional que uma lei nova atinja fatos geradores já ocorridos, para onerar-se 
a tributação. 
 
Questão objetiva (FUNDATEC-2015) Quanto aos princípios da legalidade e da anterioridade 
tributária, analise as assertivas abaixo: I. O princípio da legalidade tributária aplica-se a todos 
os tributos, mas se admite a alteração da alíquota de certos impostos federais, de caráter 
extrafiscal, desde que sejam atendidas as condições e os limites estabelecidos em lei. II. 
Reserva absoluta de lei tributária designa a exigência de que a Administração Tributária se 
paute rigorosamente pelos ditames legais, não adotando condutas contrárias à legislação 
tributária. III. A anterioridade de exercício e a nonagesimal são aplicáveis a todos os tributos, 
de forma cumulativa, excetuadas hipóteses previstas taxativamente no texto constitucional. 
IV. Majoração de alíquota do ICMS, determinada por lei publicada em 1º de novembro de um 
ano, pode ser aplicada em 1º de janeiro do ano subsequente. Após a análise, pode-se dizer 
que: A ( ) Está correta apenas a assertiva I. B ( ) Estão corretas apenas as assertivas I e II. C ( ) 
Estão corretas apenas as assertivas I e III. D ( ) Estão corretas apenas as assertivas II e III. 
R: I e III 
 
O Estado do Rio de Janeiro decide alterar a sua legislação tributária relativa ao ITCMD para 
aumentar as alíquotas do imposto e, portanto, aumentar sua arrecadação. Em função disso, 
aumenta a alíquota do imposto para 4,5% (quando se tratar de transferências realizadas em 
montante de até 400.000 unidades fiscais de referência) e de 5% (quando se tratar de 
transferências em montante superior a 400.000 unidades ficais de referência). Contribuinte 
questiona a alíquota progressiva do tributo diante de falta de autorização expressa da 
Constituição neste sentido. 
Resposta: Ver súmula 656 STF 
e Recurso Extraordinario 562045 que alterou o entendimento de que deve 
haver expressa autorização na CF para alíquotas progressivas em tributos 
reais. O STF hoje entende que todos os impostos devem se submeter na 
medida em que possível ao principio da capacidade contributiva. 
 
O Decreto nº 3.000/99, conhecido na prática por RIR/99, estabelece, em seu art. 1º , que: “O 
Imposto sobre a Renda e Proventos de Qualquer Natureza será cobrado e fiscalizado de 
conformidade com o disposto neste Decreto.” Ao contemplar a cobrança do Imposto Renda 
sobre toda e qualquer forma de renda e provento, nos limites da Lei, o artigo está contemplando 
o critério da A ( ) anterioridade. B ( ) capacidade contributiva. C ( ) generalidade. D ( ) legalidade. 
E (x) universalidade. 
 
O Supermercado Vende Bem propõe uma ação para anular uma cobrança de ICMS que 
desconsiderava créditos de ICMS decorrentes do consumo de energia elétrica que, segundo o 
contribuinte, a energia elétrica utilizada para a comercialização de seus produtos não podia ser 
confundida com aquela utilizada para o uso ou consumo, pois a energia elétrica utilizada nas 
áreas comerciais (dentro dos supermercados) seria indispensável ao desempenho das atividades 
do estabelecimento, tais como na conservação de produtos congelados e refrigerados, na 
fabricação de pães e biscoitos, sendo posta em uso para proveito dos consumidores finais que 
não podem comprar às escuras. Neste sentido, como deve se manifestar o tribunal? 
 
Partindo do pres s upos to que o caso conc reto se refere ao ano de 1994, fic ou defin ido 
judicialm ente que n ão poder ia se pautar na norm a geral de IC MS in troduzida por L ei 
Complementar em 1996. Alem dis s o a Legislaç ão já foi alt erada por outras Leis 
Complementares que não permitem tal c om pens ação desta energia elétric a 
c ons um ida nas áreas c om erc iais do es tabelecim ento. Tal a s ua relevânc ia es s e tema 
teve reperc uss ão geral e todos os proc es s os que vers am s obre o as s unto deverão ser 
tratados e dec ididos da m esm a m aneira. 
Questão objetiva O princípio da não cumulatividade é 
 
B ( ) princípio de tributação por meio do qual se pretende evitar a assim chamada “tributação 
em cascata” que onera as sucessivas operações e prestações com bens e serviços sujeitos a 
determinado tributo 
 
O Estado de Pernambuco, de forma a incrementar sua arrecadação tributária e ampliar a sua 
receita, decide criar alíquota diferenciada para veículos de fabricaçãoestrangeira importados 
ao Brasil. Esta alíquota é maior do que as dos veículos nacionais. Desta forma, encaminha a 
proposta à sua assessoria jurídica que após pesquisa à jurisprudência das Côrtes Superiores lhe 
dá parecer. O parecer mais adequado deve ser em que sentido? 
Não pode , p elo princi pi o da ved ação à co ncessão de i sençõe s 
heterô no mas . O tri buto não é Estadua l e si m F ederal . Porta n to , os Estados 
e DF não podem esta belecer a l íquo tas d e IPV A. 
 
Questão objetiva Sobre as limitações ao poder de tributar, assinale a alternativa correta: 
 D ( ) É vedado ao Município de Vila Velha instituir tributo diferenciado sobre serviços 
prestados por estabelecimentos domiciliados no Município de Vitória. 
 
A prefeitura do município de Rio Branco enviou carnê de IPTU para a Locadora de Veículos 
Localizada em terreno da Infraero ao lado do Aeroporto Internacional Plácido de Castro. A 
Locadora promoveu ação anulatória e o processo se encontra hoje no STF aguardando 
julgamento de recurso extraordinário. Neste sentido, apresente os argumentos favoráveis ao 
fisco e ao contribuinte. 
O caso co ncreto a i nda e nco nt ra -se e m 
análi se no S TF e g a nho u reperc ussão geral . N a v isão do fisco dever ia inc idir 
IPT U so bre imóvel P ub lico qu and o cedido para explorá - lo 
comercialme nte. N a visã o do co ntr ibuinte , apa renteme nte a braçada pelo 
mi ni stro rela tor nã o caberia a co bran ça com o argu mento de q ue a empresa 
teria impróp r ia a “ titu lo precário ” a ti t ulo de cessão. E sta p oss e nã o po ssu i 
 
 Questão objetiva Na hipótese da União, mediante tratado internacional, abrir mão de tributos 
de competência de Estados e Municípios, nos termos do decidido pelo Supremo Tribunal 
Federal (RE 229096), é correto afirmar que 
D ( ) se insere a medida na competência privativa do Presidente da República, sujeita a 
referendo do Congresso Nacional, com prevalência dos tratados em relação à legislação 
tributária interna 
A legislação do Imposto de Renda da Pessoa Física atribui ao contribuinte uma série de 
obrigações e deveres. Analise os dispositivos abaixo elencados e indique sua natureza 
específica. Em seguida, identifique o ato normativo que pode tratar de cada uma das matérias 
e o regime jurídico ao qual devem se submeter. 
A) Lei 7.713/1988 Art. 3º O imposto incidirá sobre o rendimento bruto, sem qualquer 
dedução, ressalvado o disposto nos arts. 9º a 14 desta Lei. B) Lei 7.713/1988 Art. 53. 
Os juros e as multas serão calculados sobre o imposto ou quota, observado o seguinte: 
a) quando expresso em BTN serão convertidos em cruzados novos pelo valor do BTN 
no mês do pagamento; 
R: Nes ta le i 
nota-s e a Obrigação tributária pr incipalque é a obri gação de pagar o tributo 
propriamente dito (port anto, obr igaç ão de dar), e ventu almente ac resc ido de juros e 
m ultas . Alem da obrigação acess ória que s ão as prestações de faz er ou não fazer 
determinados atos em c um primento do interes s e do exercíc io fisc aliza tório do Estado. 
Tratam-s e de deveres instrumentais, que auxiliam o Fis c o nas s uas atividades 
 
 
b) quando expresso em BTN Fiscal, serão convertidos em cruzados novos pelo valor do BTN 
Fiscal no dia do pagamento. 
R: O brigaç ão tributária princ ipal de pres taç ão de tributo. D eve 
s er ins tituída p or Lei Ordinári a. Subm ete-s e às regras do D ireito Tributario. 
 
 
c)Instrução Normativa 1613/2016 Art. 2º Está obrigada a apresentar a Declaração de Ajuste 
Anual referente ao exercício de 2016, a pessoa física residente no Brasil que, no ano-
calendário de 2015: I - recebeu rendimentos tributáveis, sujeitos ao ajuste na declaração, cuja 
soma foi superior a R$ 28.123,91 (vinte e oito mil, cento e vinte e três reais e noventa e um 
centavos); 
R: RESPO STA: O brigac ao Tributaria ac es s ória ou dever 
jurídico instrumental. Com portam ento do c ontribuinte de pres tar dec larações 
 
 
 
Questão objetiva (FUNDATEC-2014) É correto afirmar que: 
 
B ( ) O objeto da obrigação tributária é a prestação, variando essa apenas em relação 
ao seu objeto 
 
Em processo administrativo discute-se a base de cálculo do ISSQN incidente sobre a 
prestação de serviço de transporte coletivo de passageiros. O ponto central do 
problema é se a base de cálculo para efeito do recolhimento do ISSQN seria o preço 
efetivamente pago pelo usuário no ato da compra e venda dos bilhetes (seja vale-
transporte ou passagem escolar), posição adotada pelo contribuinte ou se o vigente no 
momento posterior em que se dá a efetiva prestação, posição adotada pelo Fisco. 
Considerando que no momento em que se deu a efetiva prestação o preço já estaria 
majorado, qual o seu parecer jurídico so 
 
R: O informativo 505 do STJ diz que a base de cálculo do ISS incidente sobre a prestação 
de serviço de transporte coletivo de passageiros é o p reço efetivamente pago pelo usuário no 
ato da compra e venda dos bilhetes (seja vale-transporte ou passagem escolar), não o vigente no 
momento posterior em que se dá a efetiva prestação. Assim, mostra-se indevido o 
recolhimento do tributo sobre a diferença verifi cada quando da majoração da tarifa de 
transporte ocorrida entre a co mpra do bilhete antecipado e a efetiva prestação do serviço, 
pois o momento da incidência do fato 
gerador é o da co mpra das passagens. Precedentes ci tados: AgRg no AREsp 89.695 -RS; 
AgRg no 
REsp 1.172.322-RS, e REsp 922.239-MG, AgRg no AREsp 112.288 -RS, Rel. Min. Benedito 
Gonçalves. 
 
Tendo como referência o disposto no CTN, assinale a opção correta. 
 
A ( ) A capacidade tributária passiva é plena e independe da capacidade civil. 
 
 
Filipe sócio da sociedade FILIPE & FERNANDA LTDA com intuito de prestigiar seus 
funcionários resolveram pagar o 15º salário (criado por eles). Diante disso a sociedade 
por falta de planejamento ficou em dificuldades financeiras motivo que levou ao 
inadimplemento do IRPJ. O patrimônio da sociedade não era suficiente para arcar com 
a dívida tributária e a Receita Federal do Brasil resolveu redirecionar a execução fiscal 
contra o sócio Filipe. Responda se Filipe é parte legitima para figurar no polo passivo 
da execução invocando os fundamentos que sustentam a relação jurídica de direito 
material. 
Fe li pe nã o é par te l eg í ti ma par a fig urar n o pól o pas s i vo da e xe cuçã o poi s a pe nas 
o s óci o g ere nte po de s er res po ns a bil i za do pe s s oal me nte por dí vi das tri bu tár i as 
da pe s s oa jurí di c a, e qu a do 
ag i r com e xc es s o de poder , i nfr aç ã o a Le i, c ontr at o s oc ial ou es tat ut o, ou ain da qu 
an do h ou ve r o ence rra men to ir reg ular da e mpres a ( ar t 1 3 5, III C TN e s ú mul as 43 0 e 
4 3 5 do S TJ .) 
 
A responsabilidade tributária por sucessão 
 
Questão objetiva A responsabilidade tributária por sucessão A ( ) é pessoal do espólio 
pelos tributos devidos pelo de cujus, desde a data da abertura da sucessão até a data 
da partilha ou adjudicação; também é pessoal a responsabilidade do cônjuge meeiro e 
sucessores a qualquer título, nos limites da meação, do quinhão ou legado, pelos 
tributos devidos pelo de cujus até a data da partilha ou adjudicação

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