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CENTRO UNIVERSITÁRIO ESTÁCIO DO CEARÁ
CURSO DE EDUCAÇÃO FISICA
EDSON ANDRADE TORRES FILHO
PEDRO VITOR COUTINHO BEZERRA
A IMPORTÂNCIA DOS EXERCÍCIOS DE MOBILIDADE EM PRATICANTES DE MUSCULAÇÃO
FORTALEZA
2018
CENTRO UNIVERSITÁRI ESTÁCIO DO CEARÁ
CURSO EDUCAÇÃO FISICA
EDSON ANDRADE TORRES FILHO
PEDRO VITOR COUTINHO BEZERRA
A IMPORTÂNCIA DOS EXERCÍCIOS DE MOBILIDADE EM PRATICANTES DE MUSCULAÇÃO
Projeto de pesquisa apresentado para obtenção dos créditos da disciplina Trabalho de Conclusão do Curso I, como parte das exigências para Graduação no curso de Educação Física Do Centro Universitário Estácio do Ceará.
 Orientador: Prof. Ms. Patrick Simão Carlos
FORTALEZA
2013
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO	4
2 OBJETIVOS GERAIS......................................................................................................2
2.1OBJETIVOS ESPECÍFICOS	3
3 REFERENCIAL TEÓRICO	4
3.1FUTSAL: INICIAÇÃO E ESPECIALIZAÇÃO 	4
3.2 Iniciação no Esporte	6
3.3 Iniciação no Futsal	....6
3.4 Especialização no Esporte	6
3.5 Especialização no Futsal	7
4 METODOLOGIA	10
4.1 Tipo de estudo	10
4.2 Local e Período	10
4.3 População e amostra	10
4.4 Critérios de inclusão	10
4.5 Critérios de exclusão	11
4.6 Coletas de dados	11
4.7 Aspectos éticos	11
4.8 Analise dos dados
5 CRONOGRAMA	16
REFERÊNCIAS 	25
APÊNDICE	28
APÊNDICE A – Tabelas	29
APÊNDICE B – Termo de Consentimento Livre e Esclarecido	30
APÊNDICE C – Ofício aos diretores das escolas	31
APÊNDICE D - Questionário	32
INTRODUÇÃO 
A flexibilidade ou mobilidade é bastante específica para cada articulação, podendo variar de indivíduo para indivíduo e até no mesmo indivíduo (PHILLIPS e HASKELL, 1995; ACHOUR JR., 2006). A mobilidade tem uma grande importância na prática esportiva (ACHOUR JR, 1995). Pois, uma amplitude de movimento reduzida poderá prejudicar o alcance da técnica satisfatória. O desenvolvimento ideal da mobilidade, é importante no sentido de que níveis satisfatórios dessa capacidade física, possa interferir de forma positiva sobre fatores físicos responsáveis pela performance e sobre as habilidades esportivas, além de em proporções especiais proteger contra lesões (WEINECK, 2000). Este estudo tem como principal finalidade saber qual a relevância da mobilidade articular de acordo com a execução dos exercícios. De qual modo pode ser avaliado a mobilidade e como pode interferir no desempenho dos exercícios nos praticantes de musculação?
2 OBJETIVOS GERAL
O estudo terá como objetivo avaliar e verificar o efeito dos exercícios de mobilidade sobre os praticantes de musculação.
2.1 OBJETIVOS EXPECÍFICOS
Determinar quais exercícios tem maior relevância e eficiência na mobilidade.
Avaliar a flexibilidade e mobilidade em alguns movimentos específicos trabalhados nos praticantes.
Determinar a importância e diferenças entre os exercícios de mobilidade e flexibilidade.
Comparar os grupos que fizeram e os que não fizeram os movimentos de mobilidades.
Identificar possíveis exercícios que podem causar lesões, se feitos por pessoas com baixa mobilidade.
3 REFERENCIAL TEÓRICO
 
Mobilidade consiste na capacidade de mover um segmento corporal num amplo arco de movimento. Este conceito está intimamente ligado ao movimento voluntário, ao contrário da flexibilidade que é um conceito essencialmente passivo. Por esses conceitos podemos concluir que mobilidade e flexibilidade são conceitos bem distintos, um consiste na amplitude que pode ser alcançado de forma natural e a outra envolve forças externas. Este é um dos cinco elementos básicos que determinam a performance física do indivíduo. A mobilidade pode ser dividida em dois componentes: flexibilidade e capacidade de extensão. A primeira depende das articulações e discos e a extensibilidade depende dos músculos, tendões, ligamentos e das capsulas articulares. (SCHNEIDER et al, 1995).
 Para que um segmento corporal desempenhe bem o seu papel biomecânico e funcional é necessário que o componente osteocinemático e artrocinemático estejam em plena sintonia.
Mobilidade osteocinética está relacionada com os movimentos corporais de grande amplitude (Ex: Flexão de joelho, extensão do cotovelo, rotação da cervical, etc.). São movimentos executados de forma ativa e também são conhecidos como movimentos fisiológicos.
Os movimentos artrocinemáticos são os movimentos que ocorrem no interior da articulação e, eles descrevem a distensibilidade na cápsula articular, permitindo que os movimentos fisiológicos ocorram ao longo da amplitude de movimento sem lesar as estruturas articulares. Esses movimentos não podem ser realizados ativamente pelo paciente. São cinco os movimentos artrocinemáticos: giro, rolamento, tração, compressão e deslizamento. Também é conhecido como movimento acessório.
A amplitude de movimento (ADM) é definida como o deslocamento angular de uma articulação (ENOKA, 2000)
A amplitude de movimento compreende o grau de amplitude atingido por uma articulação sinovial. Ou seja, ela é o movimento completo e normal que uma articulação tem a capacidade de realizar. Quando esse deslocamento é máximo ela é nomeada amplitude de movimento completa (ADMC). Entretanto, o movimento pode ocorrer em amplitudes menores que a completa e nesse caso a ADM é denominada parcial (ADMP). O termo amplitude de movimento, também conhecido pela sigla ADM, é bastante utilizada no âmbito da fisioterapia. A ADM tem o intuito de avaliar de maneira funcional de um membro e uma articulação.
Quando uma pessoa realiza algum movimento, o controle complexo da atividade muscular que causa ou controla o movimento vem do sistema nervoso central. Os ossos movem-se, um em relação ao outro, nas articulações que fazem ligações entre eles. A estrutura das articulações, assim como a integridade e a flexibilidade dos tecidos moles que passam sobre as articulações, afeta a quantidade de movimento que pode ocorrer em dois ossos. O movimento completo possível é chamado de ADM (KISNER & COLBY, 2005).
Uma alteração na ADM poderá modificar, por exemplo, a intensidade do treinamento, uma mudança na amplitude poderá também modificar o torque de resistência aplicado pelo peso.
A ADM varia de indivíduo para indivíduo de acordo com a idade, sexo, prática de atividade física, presença ou ausência de disfunção e o grau de força muscular quando o indivíduo é submetido à avaliação da ADM ativa (VENTURINI , 2006).
Para manter a amplitude de movimento normal, os segmentos precisam ser movimentados nas suas amplitudes completas periodicamente, sejam essas amplitudes articulares ou musculares. Muitos fatores podem levar a uma diminuição da amplitude muscular, como doenças sistémicas, articulares, neurológicas ou musculares; agressões cirúrgicas ou traumáticas; ou simplesmente inatividade ou imobilização (Lambert & Evans, 2002).
O treinamento da flexibilidade é considerado um aspecto importante para o aumento no desempenho de inúmeras modalidades esportivas e também como componente da aptidão física relacionada à promoção da saúde e bem-estar e, mais recentemente, tem sido reconhecido como um importante caminho para ajudar a prevenir e tratar inúmeras lesões musculoesqueléticas. A palavra alongamento é usada para descrever a técnica utilizada para melhorar a flexibilidade, por meio de elasticidade muscular, ao colocar o músculo alongado além de seu tamanho habitual. Clientes sem um adequado nível de flexibilidade e mobilidade articular pode aumentar os riscos de lesões e pode não ser capaz de alcançar seus objetivos pessoais de condicionamento físico até que esses déficits sejam corrigidos.
A flexibilidade é uma propriedade intrínseca dos tecidos moles do corpo que determinam a amplitude de movimento conseguida numa articulação ou num grupo de articulações, ou seja, da viscoelasticidade dos músculos, ligamentos e outros tecidos. (Barbanti, 2010). O treinamento da flexibilidade é considerado um aspecto importantepara o aumento no desempenho de inúmeras modalidades esportivas e também como componente da aptidão física relacionada à promoção da saúde e bem-estar e, mais recentemente, tem sido reconhecido como um importante caminho para ajudar a prevenir e tratar inúmeras lesões musculoesqueléticas. Clientes sem um adequado nível de flexibilidade e mobilidade articular pode aumentar os riscos de lesões e pode não ser capaz de alcançar seus objetivos pessoais de condicionamento físico até que esses déficits sejam corrigidos.
Enquanto a flexibilidade é a capacidade de um músculo alongar, como quando os músculos posteriores da coxa são alongados durante a flexão do tronco e quadril para frente, a mobilidade é um conceito mais amplo, pois envolve os músculos e articulações, Mobilidade é também mais inclusiva ao descrever a liberdade de movimento. Um bom exemplo de mobilidade é durante o agachamento quando o executante é capaz de manter os calcanhares em contato com o solo, no ponto em que as coxas são paralelas ao chão. Observe que o agachamento envolve múltiplas articulações e músculos (Cook, 2003).
Os fatores endógenos influenciadores dos graus de flexibilidade são11: idade, sexo, somatótipo, individualidade biológica, condição física, respiração e concentração, e os exógenos são a temperatura ambiente e a hora do dia. Alguns estudos3, relacionando idade e flexibilidade, preconizam que os melhores resultados no treinamento de flexibilidade ocorrem entre 10 e 16 anos de idade, apesar da melhor mobilidade de algumas articulações corresponder a uma idade mais avançada.
Dentre os fatores que mais favorecem a redução dos níveis de amplitude articular, destaca-se o envelhecimento, devido às mudanças músculo-esqueléticas e fisiológicas relacionadas à idade. O bom nível de flexibilidade varia com a necessidade de cada um, logo, a boa flexibilidade é aquela que permite ao indivíduo realizar os movimentos articulares, dentro da amplitude necessária durante a execução de suas atividades diárias, sem grandes dificuldades e lesões. O corpo humano pode ser definido como uma composição de esqueleto, músculos, gordura e pele. O esqueleto e formato por cerca de 200 ossos conectados uns aos outros por articulações e constitui a base de toda a forma da superfície do corpo humano[CRO,90]
O sistema articular e composto por articulações que Forman conexões entre os osso, o estudo das articulações e denominado de Artrologia, a classificação das articulações do corpo são de acordo com:
 grau de movimento tipo de tecido interposto aos ossos, sendo elas divididas em três: fixas ou praticamente imóveis, pouco móveis, amplamente ou livremente móveis, quanto ao tipo de tecido entreposto aos ossos estão divididos em: articulações fibrosas, cartilagíneas e sinoviais. 
Articulações cartilagíneas os ossos estão unidos por cartilagem e permitem o movimento limitado
Articulações fibrosas ela possui pequena separação com tecido conjuntivo fibroso entre os ossos. Seu papel principal é proporcionar a absorção de choque.
Articulações sinovíais incluem a maioria das articulações do corpo, estão subdivididas na seguinte forma: articulações planas, monoaxial, uniaxial, gínglimo ou dobradiça, tricóide ou pivô, biaxial, condilar ou elipsóide, selar, triaxial, esferóide.
Estruturas das articulações móveis são compostas por ligamentos que são constituídos de fibras colágenas dispostas paralelamente ou intimamente entrelaçadas umas as outras, são maleáveis e flexíveis para permitir a perfeita liberdade de movimento, porém são muito fortes, resistentes, e inelásticos.
Os exercícios de mobilidade consistem em exercícios livres que utilizam o peso do próprio corpo e alguns equipamentos para adicionar sobrecarga. Exercícios como agachamento livre a fundo, flexão e extensão de tornozelo, agachamento lateral alternado, passada lateral, ponte ventral com flexão de quadril e joelho alternado, são exemplos de exercícios utilizados dentro da perspectiva de aquecimento. 
 O objetivo principal da mobilidade articular usada como aquecimento antes do treino propriamente dito é criar no praticante uma predisposição para o esforço físico, ou seja, proporcionar melhores condições, tais como, preparação cinética e coordenativa, gerando familiarização dos movimentos, prevenções de lesões musculares e articulares. Estudos prévios indicam que alguns mecanismos neurais e fisiológicos explicam como os exercícios de mobilidade usados como aquecimento beneficiaria o desempenho muscular ao realizar TF (treinamento de força), como por exemplo, aumentos subsequentes no fluxo sanguíneo, na temperatura muscular, na temperatura central, bem como, uma maior economia de movimentos em virtude de uma resistência viscosa reduzida dentro dos músculos ativos, promovendo uma contração e relaxamento mais rápido dos músculos.
Segundo a NSCA (National Strenght and Conditioning Association), em uma sessão de treinamento para atletas os movimentos que visam ganho da amplitude de movimento das articulações devem ser trabalhados no momento direcionado ao aquecimento dinâmico, justamente pensando em preparo para a demanda biomecânica e metabólica dos movimentos que serão realizados no treinamento em si. O mesmo vale para qualquer indivíduo que esteja inserido em programas de treinamento, até mesmo que visem apenas a saúde e o condicionamento físico. Estes movimentos não se concentram em músculos individuais, mas sim enfatizam as exigências de um exercício ou esporte, não à toa o termo “preparação do movimento” é constantemente utilizado quando nos referimos ao período do treinamento direcionado ao ganho de mobilidade.
4 METODOLOGIA
4.1 Tipo de estudo: Este estudo caracteriza-se por ser de fator transversal quantitativo.
4.2 Local e Período: A pesquisa foi desenvolvida na Academia situada no bairro de Fatima no período de fevereiro de 2018 a junho de 2018.
4.3 População e Amostra: A população deste estudo compreende em 300 os alunos da academia situada no bairro de Fatima no qual serão analisados 50 para o devido estudo.
4.4 Critérios de inclusão
Serão analisados os indivíduos dentro da faixa etária 18-59 anos de idade não praticantes de mais de uma modalidade física.
4.5 Critérios de exclusão
Indivíduos com alguma patologia pré-existentes já atestada por diagnóstico médico tendo assim limitações para executar os testes de mobilidade/flexibilidade.
4.6 Coletas de dados: Em um primeiro momento, pedimos autorização para que possamos executar os testes junto a academia e aos alunos da mesma que irão participar do presente estudo. Foi definido uma data específica com os alunos em um período de 10 dias, levando em consideração a disponibilidade deles para que seja feito os testes de mobilidade e flexibilidade.
4.7 Aspectos éticos: O estudo respeitará as diretrizes e critérios estabelecidos na Resolução 466/12 do Conselho Nacional d e Saúde (CNS), mesmo sendo de revisão, os preceitos éticos estabelecidos no que se refere à zelar p ela legitimidade das informações, privacidade e sigilo das informações, quando necessárias, tornando os resultados desta pesquisa público, serão considerados em todo o processo de construção do trabalho. 
4.8 Instrumentos e procedimentos da pesquisa: O presente teste busca observar o nível de mobilidade e flexibilidade dos praticantes de musculação. Com isso podemos analisar como a falta desses exercícios de mobilidade e/ou pouca flexibilidade podem afetar na execução correta de alguns exercícios atrapalhando seus resultados, e podendo levar riscos à saúde.
4.8.1 Goniometria
Refere-se a medida do ângulo das articulações humanas pelos ossos do corpo através de um instrumento chamado de Goniômetro.
O goniômetro pode ser metálico ou plástico e apresenta várias formas de tamanho e modelos diferentes. Alguns possuem corpos de meio círculo e outros de círculo total no centro do instrumento. O goniômetro se divide em braço fixo, braço móvel e corpo de círculo. O braço móvel se movimenta de acordo com o movimento da articulação enquantoo braço fixo fica parado sem acompanhar o movimento. Dessa forma é possível medir os ângulos das articulações.
4.8.2 Banco de Wells
É um instrumento feito de madeira que possui uma régua e uma fita métrica milimetrada. Conhecido como teste de sentar e alcançar, é usado para medir a amplitude do alongamento da parte posterior do tronco e das pernas. 
O avaliado deverá sentar-se com os pés totalmente apoiado na parte lateral da caixa que fica embaixo da caixa. Os braços estarão estendidos à frente com uma mão sobre a outra, posicionada com a palma da mão virada para baixo.
O avaliado deverá flexionar o tronco sobre o quadril empurrando e deslizando os dedos sobre a régua, no qual será marcada pela a fita milimetrada a distância alcançada, obtendo um score final. Esse procedimento será analisado três vezes, considerando a maior distância atingida.
4.8.3 Beste de Apley:
Comecemos com o teste abaixo, conhecido como teste de Apley. Ele é bastante simples e muitos ortopedistas também o utilizam nos consultórios. Através dele você consegue avaliar duas características:
Mobilidade Glenoumeral;
Estabilidade escapular.
4.8.4 Teste de lunge: 1- Paciente está de frente para a parede com cerca de 10 cm entre os pés e a mesma;
2- Desloca posteriormente a perna contralateral ao lado que será avaliado;
3- Dobrar o joelho da perna que ficou à frente até tocar na parede (mantendo o calcanhar no chão);
4- Se o paciente não conseguir tocar o joelho na parede sem o calcanhar sair do solo, mova o pé mais perto da parede e em seguida repita o movimento;
5- Se o joelho tocar facilmente a parede sem o calcanhar sair do solo, mova o pé mais para longe da parede e em seguida repita o movimento;
6- Repita o passo 5 até o paciente conseguir tocar de forma simples o joelho na parede sem tirar o calcanhar do solo.

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