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Fichamento Livro Para Entender Kelsen

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FURB – Fundação Universidade Regional de Blumenau.
Curso: Direito – Noturno – Sala B-203
Fase: 7º Semestre
Disciplina: Hermenêutica Jurídica
Professora: Ivone Fernandes Morcilo Lixa
Acadêmica: Graziele Avi Welter
Conceitos Básicos e Teoria da Norma Jurídica (pp. 1 – 46) Primeiro e Segundo Capítulos. 
Coelho, Fábio Ulhoa. Para entender Kelsen. Prologo de Tércio Sampaio Ferraz Jr. São Paulo: Editora Saraiva. 4ª edição, 2001.
A obra “Para entender Kelsen” de Fábio Ulhoa Coelho, tem o propósito de auxiliar na compreensão de alguns pensamentos e teorias abordados pelo positivista Hans Kelsen.
O livro possui uma linguagem simples, recheado de diversos exemplos elucidativos muito bem encaixados, que facilita a compreensão dos pensamentos deste grande juspositivista, Hans Kelsen, que se caracteriza por não ser de leitura fácil.
“Para entender Kelsen”, é segmentado em quatro partes, Conceitos Básicos, Teoria da Norma Jurídica, A Ciência do Direito e Kelsen na Filosofia Jurídica. Porém, falarei apenas de dois segmentos, o primeiro e segundo capítulos: Conceitos Básicos e o outro que é a Teoria da Norma Jurídica.
No capítulo “Conceitos Básicos” podemos identificar que Fabio Ulhoa Coelho, de forma simples, buscou elucidar os pontos principais das teorias de Kelsen. Esta parte está subdividida em 5 outras partes. 
A primeira delas é “Princípio metodológico fundamental” – Kelsen na teoria pura do direito tem como motivação definir as condições para a construção de um conhecimento cientifico do direito. Se preocupa com o conhecimento do direito e os meios, cautelas e métodos a serem usados para garantir o estatuto cientifico do direito. O cientista do direito deve ocupar-se exclusivamente da norma posta. O conhecimento jurídico científico deve ser neutro, sem emitir qualquer juízo de valor na opção adotada pelo órgão competente na edição das normas jurídicas. Abstração dos valores envolvidos com a aplicação da norma jurídica.
A segunda parte “Sistema estático e sistema dinâmico” – Através de duas perspectivas distintas o conhecimento jurídico pode considerar as normas integrantes de seu objeto. A teoria estática do direito preconiza relacionar as normas entre si como elementos da ordem em vigor, assim apanha-se as normas jurídicas enquanto reguladoras da conduta humana. Já a teoria dinâmica do direito cuida exclusivamente de normas jurídicas que regulam o processo de produção normativa.
Na terceira parte temos as categorias, Norma jurídica de um lado e de outro a proposição jurídica. Com tais categorias, norma jurídica e proposição jurídica, pretendeu-se acentuar a diferença entra a atividade de aplicação do direito e a desenvolvida pelo cientista jurídico. A norma jurídica prescreve a sanção que se deve aplicar contra os agentes de condutas ilícitas. A proposição jurídica, juízo hipotético, afirma que, dada a conduta descrita na lei, deve ser aplicada a sanção também estipulada na lei. Aqui o que deve ser levado em conta é o sentido do enunciado, não a sua exteriorização. A norma jurídica, editada pela autoridade competente, tem caráter prescritivo, enquanto a proposição jurídica, emanada da doutrina, tem natureza descritiva.
Já a quarta parte deste capitulo dos conceitos básicos fala sobre a Norma hipotética fundamental. Para solucionar a questão da regressão ao infinito (toda norma jurídica sempre decorre de outra norma, e esta, por sua vez, somente pode ter sido editada por uma autoridade competente), Kelsen lança mão de uma norma que deve sustentar o fundamento e validade da ordem jurídica como um todo, mas que necessariamente não tenha sida editada por nenhum ato de autoridade. Uma norma não posta, mas suposta. A norma fundamental, portanto, não é positiva, mas hipotética e prescreve a obediência aos editores da primeira constituição histórica. A norma hipotética fundamental prescreve a obediência aos primeiros constituintes históricos. A questão não trata de verificar a efetiva anterioridade no tempo, material próprio do estudo dos historiadores. Mas sim, de que a primeira constituição histórica (norma fundamental hipotética), deriva de revolução na ordem jurídica, tendo em vista que não encontra suporte nessa ordem, mas inaugura uma nova.
A quinta, e ultima parte deste capitulo sobre os conceitos básicos, se debruça no positivismo. Contradições a respeito do positivismo jurídico. Positivista é considerado tanto aquele autor que nega qualquer direito além da ordem jurídica posta pelo estado, em contraposição às formulações jusnaturalistas e outras não formais, como o defensor da possibilidade de construção de um conhecimento cientifica acerca do conteúdo das normas jurídicas. Kelsen é positivista em ambos os sentidos.
Na parte da Teoria da Norma Jurídica podemos identificar que Fabio Ulhoa Coelho, de forma simples, buscou elucidar os pontos principais da teoria da norma jurídica de Kelsen. Este capitulo está subdividido em 5 outras partes. 
Na primeira parte, Estrutura da norma jurídica, Fabio Ulhoa Coelho decompõe a estrutura das normas jurídicas: Estrutura: Proibitiva; Antecedente: conduta ilícita; e Consequente: punição. Kelsen prevê que todas as normas jurídicas, mesmo as mais abstratas resumem-se neste triangulo. Toda norma jurídica pode ser compreendida como a imposição de uma sanção à conduta nela considerada. Assim, para Kelsen, a norma jurídica tem caráter impositivo, cogente, portanto normas que não possuem atos de coerção sendo normas que dependem daquelas que as possuem. As normas jurídicas podem ser descritas como a prescrição de imposição de penalidade contra certa conduta.
Na segunda parte, Validade e Eficácia, tem-se que a norma jurídica é válida se tem essencial relação com a Norma Hipotética Fundamental, ou se é emanada de poder competente. Ainda, adicionado a estes dois fatores existe a necessidade que a norma precisa possuir um mínimo de eficácia. A validade e eficácia embora se alinhem, sendo complementos uma da outra, elas não são sinônimas. Então, Kelsen dispõe que para que a norma seja válida são necessários três requisitos: Competência da autoridade proponente da norma; Mínimo de eficácia; e Eficácia do ordenamento do qual a norma é componente.
Como terceira parte temos a questão da Sansão. A Sanção é consequência normativa da violação do preceito primário. Para Kelsen o direito é uma ordem social coativa, que impõe sanções. E, é na coação que a norma jurídica se difere da norma moral. Por isso, a sanção, aos olhos de Kelsen, é um elemento essencial ao Direito, pois sem ela, as normas jurídicas seriam somente normas morais, que aprovam ou desaprovam uma conduta, não podendo assim coagir, impor a sociedade a cumpri-la. 
Na ultima parte, “A questão das antinomias”, tem-se de forma simples um apanhado do que Kelsen produziu a respeito das contradições existentes com relação as normas. Assim dispõe Fabio Ulhoa Coelho, que as normas são válidas ou não-válidas, não devendo serem consideradas como verdadeiras ou falsas, e por isso Kelsen rejeita a possibilidade de um relacionamento lógico entra as normas jurídicas. Desta forma, para evitar os conflitos entre as normas (antinomias), devem guardar ao máximo uma relação de unidade (validade) com a Constituição e sua Norma Hipotética Fundamental.

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