Buscar

FUNARI, Pedro Paulo. Grécia e Roma. (Citações sobre a cidade de Atenas)

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 3 páginas

Prévia do material em texto

FUNARI, Pedro Paulo. Grécia e Roma. 2ª ed. São Paulo, SP: Editora Contexto, 2002. 143 p.
CITAÇÕES DO LIVRO QUE TRATAM SOBRE A CIDADE DE ATENAS
 (Página 35) Desde 491 a.C., os gregos vinham sendo furiosamente atacados pelos persas até que, em 485 a.C., estes foram finalmente derrotados. A partir de então, Atenas, que havia liderado a vitória grega sobre os inimigos, tornou-se também a cidade mais importante e suntuosa da Grécia. Restaurou suas fortificações, ergueu construções admiráveis, tornou-se um império e evoluiu em direção à democracia. 
Em Atenas, este regime político atingiu seu pleno desenvolvimento no tempo de Péricles, que se tornou líder dos democratas em 469 a.C. Nessa época, os cargos políticos ligados à redação das leis e sua aplicação tornaram-se legalmente acessíveis tanto aos cidadãos ricos como aos pobres, e as palavras justiça e liberdade passaram a ser referenciais importantes no imaginário ateniense. Entre 440 e 432 a.C., Péricles comandou a construção de diversos edifícios monumentais na cidade que se tornou o centro artístico, econômico e intelectual da Grécia.
(Página 36) A democracia ateniense era direta: todos os cidadãos podiam participar da assembleia do povo (Eclésia), que tomava as decisões relativas aos assuntos políticos, em praça pública.
[...]
Em 431 a.C. havia cerca de 42 mil cidadãos com direito a comparecer à assembleia, mas a praça de reuniões não comportava esse número de homens.
(Página 38) A partir de 395 a.C., os cidadãos que participavam da assembleia também passaram a ter direito a receber um pagamento por sua presença. A idéia era que cidadãos de menos posses, que trabalhavam para garantir seu sustento, pudessem assistir às reuniões e usufruir dos direitos políticos do mesmo modo que os mais abastados — o que era, sem dúvida, mais democrático.
[...]
Na democracia ateniense, como foi dito, apenas tinham direitos integrais os cidadãos. Calcula-se que, em 431 a.C., havia 310 mil habitantes na Ática, região que compreendia tanto a parte urbana como rural da cidade de Atenas, 172 mil cidadãos com suas famílias, 28.500 estrangeiros com suas famílias e 110 mil escravos. Os escravos, os estrangeiros e mesmo as mulheres e crianças atenienses não tinham qualquer direito político e para eles a democracia vigente não trazia qualquer vantagem.
(Página 41-42) Para garantir a estabilidade do regime democrático, Aristóteles recomendava que se procurasse atrair os grupos intermediários, a "classe média" (to ton meson, os que estão no meio, não são nem ricos, nem pobres), já que o regime democrático foi ameaçado, diversas vezes, pela reação das elites, intimidadas pelas massas. Ao final da Guerra do Peloponeso, em 404 a.C., Atenas foi tomada por um golpe que colocou no poder trinta oligarcas. Ainda que estes tenham ficado no poder por pouco tempo, a restauração democrática mostrou a Aristóteles a importância da participação da classe média na política.
 (Página 42) Era a exploração do Império ateniense que bancava a prosperidade de Atenas, seus monumentos, festas, soldos, riquezas acumuladas, frota possante, construções, no século v a.C. O Império contava com aproximadamente duzentas cidades que forneciam a Atenas matérias-primas, tributos. Os ingressos provenientes das áreas do Império correspondiam a cerca de 60% do total de recursos atenienses, o que permitiu as grandes construções, o desenvolvimento das artes e das letras, mas, principalmente, assegurou a participação dos pobres na política e fez deles beneficiários diretos da exploração imperialista. Além disso, Atenas pegou terras de outros e distribuiu entre seus cidadãos pobres. Assim, a potência de Atenas era baseada na exploração de seus "aliados", a democracia de Atenas, com seu regime direto, pressupunha a escravidão e dependia da exploração de outros gregos. Nunca houve, portanto, igualdade entre todos e nem entre as cidades do Império.
(Página 74) A luta entre Atenas e Esparta, conhecida como Guerra do Peloponeso, começou em 431 a.C., pouco antes da morte de Péricles em 429 a.C., e durou até 404 a.C., quando a derrota de Atenas iniciou um período de declínio das cidades gregas independentes. A luta entre Atenas e Esparta foi o resultado da disputa pelo controle das cidades gregas e, mesmo após a derrota de Atenas, as guerras entre as cidades gregas continuaram a ocorrer, resultando no enfraquecimento das cidades e na ruína para camponeses e artesãos. Os exércitos passaram a ser recrutados, por isso, fora da cidade, sendo pagos como mercenários. 
Nesse contexto, as cidades gregas mantiveram suas disputas, até que Felipe da Macedônia começou a conquistá-las e seu filho Alexandre, o Grande, dominou não apenas toda a Grécia como venceu os persas e chegou até a Índia, estabelecendo um império imenso.

Continue navegando