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Resumo de Leitura: Norman Angell – A Grande Ilusão. Caps. 2 e 3

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UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA “JÚLIO DE MESQUITA FILHO” – 
FACULDADE DE CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS 
DISCENTES: João Lucas Silva; Noturno; RA: 171223977 
 Lucas Laino da Costa; Noturno; RA: 171223731 
DOCENTE: Prof. Me. Matías Ferreyra 
DISCIPLINA: Teoria das Relações Internacionais I 
CURSO: Relações Internacionais, 2° ano 
 
Resumo de Leitura: Norman Angell – A Grande Ilusão 
 
Ralph Norman Angell, nascido em 26 de dezembro de 1872, em Holbeach, no 
Reino Unido, foi escritor, jornalista e economista ganhador de um Prêmio Nobel da 
Paz em 1933. Graduado pela Universidade de Genebra, Angell foi editor do jornal 
Daily Mail em Paris e desenvolveu diversos trabalhos centrados na paz internacional. 
 Em “A grande ilusão”, o problema exposto por Angell está relacionado a 
pertinência e a veracidade de alguns paradigmas da política internacional: É 
justificável a alegação de que a dominação territorial de um determinado país confere 
benefícios e vantagens à população do país dominador? A destruição e a dominação 
de potencias rivais são meios eficazes de proteção dos interesses econômicos 
domésticos? 
 Após a apresentação desse problema, o autor ressalta que as produções 
intelectuais na área das relações internacionais convergem para uma resposta 
afirmativa a esse respeito, assim como a opinião pública aceita os axiomas da política 
internacional europeia e endossa o comportamento beligerante e dominador das 
nações. Entretanto, a tese defendida por Angell afirma que a ideia de que o 
comportamento agressivo é benéfico para a defesa do bem-estar da população é um 
erro. “Erro que tem em alguns dos seus aspectos, o caráter de uma ilusão de ótica, 
de outros o de uma simples superstição” (ANGELL, 2002, p. 22). 
 Nessa acepção, Angell sustenta sua tese em uma série de proposições 
elementares. Em um dos pontos apresentados, o autor afirma que a população é 
intrínseca ao comercio. Portanto para uma nação destruir a economia de uma 
potência rival, deva-se aniquilar sua população, o que seria inviável. Mas, se 
praticado, seu resultado seria prejudicial para a economia do país dominante, visto 
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que implicaria na perda de potenciais nichos econômicos. “Se a invasão da Inglaterra 
pela Alemanha implicasse ‘a ruína total do Império’, como pensam Harrison e os que 
compartilham as suas ideias, o capital alemão também desapareceria” (ANGELL, 
2002, p. 23). Nesse sentido, o autor também explicita a independência entre o bem-
estar populacional e o poder político de uma nação, citando países desprovidos de 
grande poder político e bélico que ainda assim mantêm tanta prosperidade quanto as 
grandes potências. 
 Com base no que foi analisado, o autor demonstra a ideia de que não há 
fundamentos práticos nos axiomas da política europeia, visto que o poder de uma 
política expansionista não necessariamente influi no bem-estar e nos interesses 
econômicos de uma população. Portanto, o principal fato demonstrado é a existência 
de uma “ilusão de ótica”, cujos resultados podem ser incertos e muito provavelmente 
danosos em uma perspectiva geral. “Em sumo, que a guerra, mesmo quando 
vitoriosa, não pode alcançar os objetivos postulados como uma aspiração universal” 
(ANGELL, 2002, p. LIV). 
 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
ANGELL, Norman. Sinopse, Cap. II: Os Modernos Axiomas Estatísticos, Cap. III: 
A Grande Ilusão. In: A Grande Ilusão. São Paulo: Editora Universidade de Brasília, 
2002. P. 11-35. 
SIR Norman Angell - Biographical. Nobel Prize, local indisponível, 08/04/2018. 
Disponível em 
<https://www.nobelprize.org/nobel_prizes/peace/laureates/1933/angell-bio.html>. 
Acesso 18 de abril de 2018.

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