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TCC VERSÃO FINAL PARA A ESTÁCIO CORRIGIDO(2)

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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ 
 
 
 
 
 
SERVIÇO SOCIAL EAD 
 
 
NEIDE LOSSO NAVE 
 
 
 
 
 
 
 
 
A IMPORTÂNCIA DO CENTRO DE CONVIVÊNCIA NA QUALIDA DE VIDA DO 
IDOSO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
RIO DE JANEIRO 
 
2018 
 
 
 
NEIDE LOSSO NAVE 
 
 
 
 
 
 
 
 
A IMPORTÂNCIA DO CENTRO DE CONVIVÊNCIA NA QUALIDA DE VIDA DO 
IDOSO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Trabalho de Conclusão de Curso 
apresentado à Universidade Estácio 
de Sá, como requisito obrigatório para 
a obtenção do título de Bacharel em 
Serviço Social. 
Prof.Orientador:TacianaLopesBertholi 
no 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
RIO DE JANEIRO 
2018 
AGRADECIMENTOS 
 
 
 
 
 
 
Agradeço primeiramente a Deus pela força, só ele sabe o que passei, durante 
todo esse tempo, sem ele não teria conseguido chegar até aqui. 
A minha família, tios Léa e Fred Wuensche, primos Ivna Wuensche e Emilia 
Aloiza, e em especial aos meus pais (in memoriam) Hercília e Décio, por todo o 
carinho e ajuda que me deram para que eu conseguisse vencer mais essa etapa. 
Agradeço á todos os meus amigos, Marta Mendes S. de Araújo, Rosângela, 
Emilia, Cosme Jorge, Iasodhara, em especial a Simone de Aguiar Rodrigues, que 
fez a minha inscrição no ENEM, e toda a sua família, por terem acreditado que seria 
possível nesta fase da vida, fazer uma universidade. 
Meus agradecimentos a minha professora orientadora, Taciana Lopes 
Bertholino, pela dedicação e ajuda para fazer este trabalho, e ao Governo Federal, 
pois como bolsista do programa Pró Uni, consegui realizar o sonho da minha 
graduação em Serviço Social. 
 
 
RESUMO 
 
 
NAVE, Neide Losso: A Importância do Centro de Convivência na qualidade de 
vida do idoso. Curso de Serviço Social. Universidade Estácio de Sá, 2018. 
 
O presente trabalho de conclusão de curso busca fazer uma análise sobre o 
processo de envelhecimento em nosso país, em todos os aspectos, seja biológico 
econômico e social. Com objetivo específico de compreender a importância do 
Centro de Convivência na qualidade de vida do idoso, em especial, o Lar Fabiano de 
Cristo, Casa Amigos Dedicados. 
Uma das formas em que o idoso se socializa é através dos Centros de 
Convivência, onde o idoso pode se desenvolver, fazer atividades, buscando diminuir 
a solidão, o sentimento de baixa autoestima, de incompetência e a falta de uma 
perspectiva de vida .Tentando atenuar esses sentimentos, o idoso procura este tipo 
de espaço, pois os mesmos, oferecem a oportunidade de envelhecer com dignidade, 
na busca do prazer de viver. 
 
 
Palavras-chave: Idoso, centro de convivência, qualidade de vida
 Sumário 
LISTA DE SIGLAS....................................................................................................... 6 
INTRODUÇÃO ............................................................................................................ 7 
1 – O ENVELHECIMENTO POPULACIONAL ........................................................ 9 
 1.1– O envelhecimento e suas demandas na sociedade .......................................... 13 
 1.2– Políticas públicas para o idoso .......................................................................... 16 
 1.3– Lar Fabiano de Cristo-Casa Amigos Dedicados ................................................ 23 
 1.4– O trabalho do assistente social no centro de convivência de idosos ................. 24 
 1.5– Centro de convivência e qualidade de vida do idoso ......................................... 26 
2 – METODOLOGIA DA PESQUISA .................................................................... 31 
CONSIDERAÇÕES FINAIS ...................................................................................... 34 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .......................................................................... 39 
ANEXO A – FOLHA DA BANCA ............................................................................... 46 
ANEXO B - TERMO DE RESPONSABILIDADE E COMPROMISSO DE AUTORIA 47 
ANEXO C ATA DE DEFESA DO TRABALHOS MONOGRÁFICOS ........................ 48 
LISTA DE SIGLAS 
 
 
CNAS-Conselho Nacional da Assistência Social 
COMDEPI- RIO- Conselho Municipal da Pessoa Idosa 
IBGE- Instituto Brasileiro de Estatística 
ILPI- Instituição de Longa Permanência 
LOAS –Lei Orgânica da Assistência Social 
MPSA- Ministério da Previdência e Assistência Social 
 
MDS -Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome 
OIT-Organização Internacional do Trabalho 
OMS- Organização Mundial de Saúde 
PNI-Política Nacional do Idoso 
SESC-Serviço Social do Comércio 
SUS- Sistema Único de Saúde 
UNESCO-Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura. 
UPA-Unidade de Pronto Atendimento 
7 
 
 
 
INTRODUÇÃO 
 
 
 
O envelhecimento populacional é uma preocupação mundial. 
De acordo com Minayo e CoimbraJr (2002), o aumento da longevidade no 
Brasil, se deve aos seguintes avanços: ao controle de muitas doenças 
infectocontagiosas e geralmente fatais; a diminuição das taxas de fecundidade e a 
queda da mortalidade infantil [...]. 
Dados do Instituto Brasileiro de Estatística, (IBGE) dizem que no mundo, em 
2050, um quinto da população será de idosos, isso acarretará sérios problemas na 
área de saúde, quanto na área econômica e social. 
Infelizmente na realidade brasileira os idosos se sentem inseguros, 
empobrecidos, com dificuldade de locomoção, acesso precário à saúde, à educação 
e a outros serviços. (JORNAL O GLOBO, 2014) 
Segundo Camarano (2004), algumas das políticas públicas que atingem 
atualmente este segmento da população, estão contribuindo para reduzir as 
desigualdades que marcam a vida desses indivíduos, ou a estão reforçando. 
Diante disto, vários dispositivos foram criados na Política Nacional do Idoso e 
no Estatuto do idoso, que busca combater os maus tratos e a discriminação. 
É importante uma maior divulgação dos Fóruns e Conselhos de idosos, para 
que essa faixa da população possa participar, e ter conhecimento de seus direitos. 
De acordo com Veras e Caldas (2004), para desenvolver este novo 
referencial é necessário a garantia da cidadania para todos, inclusive para aqueles 
que a ativeram e perderam. A partir da inclusão social é que teremos pessoas 
solidárias, cordiais e conectadas com tudo e todos. É a partir deste marco, que 
conseguiremos resgatar o idoso como valor para a sociedade. 
Neste sentido, o presente trabalho foi motivado pela experiência de estágio 
que realizei no decorrer de 2016 a 2017, durante o processo de observação das 
atividades com os idosos, no Centro de Convivência Lar Fabiano de Cristo, Casa 
Amigos Dedicados, localizado no Maracanã, Rio de Janeiro. 
O Centro de Convivência tem como foco, a promoção integral do idoso em 
situação de vulnerabilidade e risco social. 
8 
 
Surge como espaços coletivos de escuta e reflexão, que possibilita aos idosos 
investir em qualidade de vida. 
Todo o trabalho é voltado para a valorização da vida e a prevenção do 
rompimento do vínculo familiar e social. 
A partir da inserção dos idosos nas atividades e projetos do Centro de 
Convivência, Casa Amigos Dedicados, observou-se a melhoria da saúde cognitiva, 
física e emocional. 
Neste momento, vimos a necessidade de buscar um maior conhecimento 
sobre o assunto, realizando pesquisas e leituras sobre o tema. 
A metodologia a ser seguida neste trabalho é a pesquisa bibliográfica 
exploratória e documental, de análise qualitativa, respondendo a seguinte pergunta: 
Existe melhoria na qualidade de vida do idoso, através do Centro de Convivência?Assim, elaboramos o primeiro capitulo com os seguintes tópicos: o 
envelhecimento populacional, o envelhecimento e suas demandas na sociedade, 
políticas públicas para o idoso, o Lar Fabiano de Cristo-Casa Amigos Dedicados, 
onde a pesquisa foi realizada, o trabalho do Assistente Social no Centro de 
Convivência de idosos e Centro de Convivência e qualidade de vida do idoso. 
Com o objetivo específico de desvendar, o que leva o idoso a buscar este tipo 
de instituição, quais são as mudanças que ocorrem na vida do idoso ,depois de sua 
inserção na instituição, qual o papel do Serviço Social neste contexto, e a 
importância do centro de convivência na qualidade de vida do idoso. 
No segundo capítulo, trataremos da metodologia de pesquisa deste trabalho. 
A partir do que foi exposto, será apresentado os resultados da pesquisa, onde 
poderei concluir os meus questionamentos, pois tema é de grande importância para 
a sociedade contemporânea. 
9 
 
1– O ENVELHECIMENTO POPULACIONAL 
 
 
Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), o Brasil será até 2025 o 
sexto país do mundo, com maior número de idosos. 
Dentro desta configuração, a população brasileira, vem crescendo 
assustadoramente no processo de envelhecimento. 
 
O mundo está mais velho. Conhecido por ser um país jovem, o Brasil tem 
ficado cada vez mais grisalho. O progresso científico, a biotecnologia, os 
métodos contraceptivos, a maior produção e o acesso a medicamentos, 
enfim, poderíamos elencar uma série de fatores que podem ter contribuído 
para o aumento da expectativa de vida. Mas esses não seriam fatores 
isolados, pois um processo ainda mais complexo aconteceu em poucas 
décadas, levando a velhice a um status até então inalcançado, promovendo 
mudanças na forma de ver e viver o envelhecimento: a visibilidade 
social.(CORREA, 2009, p.29). 
 
No entanto, o país não se estruturou para o aumento da população idosa. 
Existe uma desorganização social que envolve questões, desde familiares 
até previdenciárias. (Veras, 2013) 
A cada ano, o país tem mais de 700 mil pessoas com idade acima de 60 
anos. Isso é algo novo, que os países desenvolvidos já enfrentam há bastante 
tempo e nesse caso, tiveram a chance de se estruturar. (Idem, 2013) 
Neste sentido, para Debert (2004), a perda dos papéis sociais, a pobreza e o 
preconceito, são marcas na velhice da sociedade moderna, na qual os velhos são 
abandonados a uma existência, sem nenhum significado. 
A análise do perfil da população de idosos no Brasil nos diz que: 87% dos 
idosos do sexo masculino chefiam as famílias; 72,6% trabalham 40 ou mais horas 
por semana e apenas 12,7% recebem rendimentos de um salário mínimo mensal. 
Mas no que se refere às mulheres, quase 20% vivem em casas de parentes; 
18,5% não têm renda; 17,1% não têm autonomia para lidar com as tarefas do dia a 
dia e 8,3% não enxergam. Sobre os homens, 13,3%não conseguem desempenhar 
as tarefas do dia a dia, e os que não enxergam são 7,4%. (Camarano, 2004) 
Segundo Minayo e CoimbraJr (2002), no Brasil, a idéia que o idoso é um 
problema social, foi criado pelo próprio Estado, o que faz com que ele sofra 
abandono e descaso, pelos formuladores de política pública. 
Portanto o envelhecimento é vivido de modo diferente de uma pessoa para 
outra, de uma geração para outra e de uma sociedade para outra. A multiplicidade 
10 
 
de experiências nos convida a distinguir entre os elementos inerentes ao processo 
do envelhecimento e aqueles mais diretamente ligados às características do 
indivíduo, à dinâmica social e às políticas públicas vigentes. (Idem, 2002) 
É importante ressaltar que existem diferenças entre a velhice e o 
envelhecimento. 
Para Camarano (2004), o envelhecimento está aliado ao processo biológico, 
ao declínio da força física, devido às fragilidades psicológicas e comportamentais. 
Para Minayo e Coimbra JR (2002), nos livros de gerontologia, a velhice é 
considerada uma fase, em que os indivíduos devem se ajustar às mudanças 
provocadas pela falta da força física, as transformações físicas do corpo, á 
incapacidade de procriar, a morte do cônjuge, ao abandono do lar pelos filhos. 
 
A tendência contemporânea, é rever os estereótipos associados ao 
envelhecimento. A idéia de um processo de perdas tem sido substituída 
pela consideração de que os estágios mais avançados da vida são 
momentos propícios para novas conquistas, guiados pela busca do prazer e 
da satisfação pessoal. As experiências vividas e os saberes acumulados 
são ganhos que oferecem oportunidades de realizar projetos abandonados 
em outras etapas e estabelecer relações mais profícuas com o mundo dos 
mais jovens e dos mais velhos. (DEBERT, 2004, p.14). 
 
O entendimento do que é o envelhecimento, e as suas implicações, tiveram 
início nas civilizações antigas. 
Segundo Peixoto (2007), na França, no Século XIX, a velhice era 
caracterizada pelas pessoas que estavam fora do mercado de trabalho, não eram 
mais produtivas, e consequentemente, não podiam assegurar um futuro financeiro, 
dependiam do auxílio do Estado para sobreviver. 
Enquanto o idoso, eram pessoas mais bem-sucedidas socialmente, tinham 
uma situação econômica estável. 
Hoje temos uma polêmica a respeito do critério para ser chamado de “velho”. 
Seria a questão da idade, ou o enfraquecimento da força física? 
 
A questão, no caso, é quanto ao conteúdo do conceito de “idoso”, cuja 
referência imediata costuma ser características biológicas. O limite etário 
seria o momento a partir do qual os indivíduos poderiam ser considerados 
“velhos”, isto é, começariam a apresentar sinais de senilidade e 
incapacidade física ou mental. Porém, acredita-se que “idoso” identifica não 
somente indivíduos em um determinado ponto do ciclo de vida orgânico, 
mas também em um determinado ponto do curso de vida social, pois a 
classificação de “idoso” situa os indivíduos em diversas esferas da vida 
social, tais como o trabalho, a família etc. (CAMARANO 2004, p.5). 
11 
 
 
 
Portanto, para Neri (2006), a velhice è considerada um processo dinâmico, 
onde se perde a força física, mas mesmo assim, as pessoas podem ser produtivas e 
ativas. 
Prosseguindo, para Beauvoir (1990), as qualidades que são atribuídas aos 
“velhos”, são de uma forma negativa, onde eles são definidos como pessoas em 
situação de declínio físico e social, mas também compreendem a velhice como uma 
totalidade biossociocultural. 
Segundo os autores, devemos largar mão do preconceito, quando falamos na 
velhice, devendo ser retirada do contexto social, toda ou qualquer ideia pré- 
concebida a respeito da vulnerabilidade do idoso. O importante, é que sejam 
utilizados todos os recursos possíveis, para que os indivíduos se adaptem ao 
processo de perda, e que mesmo na velhice, possa existir alegria de viver. 
No que se refere à saúde, Veras (2003) nos fala,que as doenças dos idosos 
de um modo geral são crônicas e múltiplas, persistem por vários anos e precisam de 
um acompanhamento constante, cuidados permanentes, medicação contínua e 
exames periódicos. 
Mas a presença de algumas doenças crônicas, não impossibilita ao idoso 
gerir sua própria vida e encaminhar o seu dia a dia de maneira independente. (Idem, 
2001) 
Para Minozo (2012), o crescimento no número de idosos em nossa 
sociedade, faz com que aumente também, o número de idosos acometidos por 
depressão. Colaboram para isso, o aumento da viuvez, as perdas, a falta de opções 
de lazer, o empobrecimento na velhice e as difíceis relações familiares. 
De acordo com dados do IBGE, o custo de uma internação, devido ao avanço 
da idade é de $93 por idoso, compreendido na faixa etária entre 60 a 69 anos, e na 
faixa entre 80 anos ou mais, o valor é de $ 179. 
O homemidoso apresentou em 2006, um custo per capta maior de $135, no 
valor da internação, do que a mulher, $100. 
Quanto a isso, Veras (2013), declara que o idoso não deve ser tratado como 
uma pessoa jovem. As doenças nessa época da vida passam a ser agudas e o 
tratamento fica caro. Se houver acompanhamento e ações preventivas, será 
possível obter qualidade de vida e reduzir os custos. 
12 
 
De acordo com Netto (2004), na velhice, existem pessoas com saúde e 
pessoas doentes, na verdade o que já existia era uma pré-disposição para uma 
determinada doença. Porém com o aumento da longevidade, as doenças vão se 
agravando. 
[...] o Sistema Único de Saúde (SUS), não está preparado para assistir 
adequadamente esta população. 
Existe deficiência no número de profissionais, na estrutura física, e na rede de 
exames complementares, o que ocasiona demora no atendimento e a piora do 
quadro clinico. (Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia, 2014) 
Consequentemente, os mais velhos são levados para as Unidades de Pronto 
Atendimento (UPA) em situação mais grave, com indicação de internação hospitalar. 
Se o atendimento fosse realizado no momento certo, este quadro poderia ser 
evitado. (Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia, 2014) 
Neste sentido, Veras e Caldas (2004), declaram que se faz necessário 
desenvolver modelos de atenção à saúde do idoso que superem as práticas 
tradicionais, pois o atendimento que lhes é oferecido geralmente se limita ao 
tratamento clinico de doenças. 
A concepção de que velhice seja sinônimo de doença deve ser mudada, onde 
a última etapa da vida pode ser mais produtiva. 
 
[…]as novas possibilidades de comunicação, de viagens, de participação 
grupal, de ampliação da cultura, do cultivo de diferentes formas de lazer 
permitem também uma existência mais saudável. Mesmo nos bairros e nas 
condições em que vivem os mais pobres, é possível dar um novo sentido e 
articular atividades de encontro, comunicação e afeto. Para tudo isso, é 
importante mudar a idéia de que velhice é doença, substituindo-a por uma 
nova visão de um tempo no qual se pode optar com menos 
constrangimentos pelo rumo que se quer dar a esta última etapa da vida, 
produzindo dela uma síntese criadora. 
(MINAYO e COIMBRA JR, 2002, p.24) 
 
 
Segundo os autores, é preciso construir uma imagem mais positiva do idoso, 
não podemos ressaltara penas, os aspectos negativos do envelhecimento. 
Devemos refletir que o envelhecimento faz parte da vida, é natural, pois 
acontece desde o momento em que nascemos. 
Portanto, segundo as afirmações apontadas pelos autores discutidos aqui, o 
importante seria procurar viver bem cada fase, tirando o melhor de cada idade. 
13 
 
 
 
 1.1– O envelhecimento e suas demandas na sociedade 
 
 
Estudos mostram que a velhice afeta o grupo familiar, pois em muitas das 
vezes, ela não é vista como uma das melhores fases da vida, e sim um “problema”. 
 
No imaginário social a velhice sempre foi pensada como uma carga 
econômica, seja para a família, seja para a sociedade, e como uma ameaça 
às mudanças. Essa noção tem levado as sociedades a subtraírem dos 
velhos seu papel de pensar seu próprio destino. No entanto, nunca faltaram 
exceções a tais práticas, o que pode ser exemplificado com o 
reconhecimento pelas sociedades indígenas da figura do pajé ou xamã 
ancião ou, nas sociedades ocidentais, dos poderosos, ricos e famosos 
quando gozam de saúde física, mental e econômica. As exceções, porém, 
não podem esconder as grandes dificuldades socioeconômicas que os 
idosos, particularmente os pobres, sofrem nos mais diferentes contextos de 
vida. Por isso mesmo, a velhice é por eles auto-assumida como ‘problema’, 
na mesma medida em que sofrem por causa dela e o imaginário social 
assim a define. (MINAYO e COIMBRA JR, 2002, p.17). 
 
Por isso, na família, é cada vez maior o número de pessoas, que em idade 
avançada são colocadas em instituições de longa permanência (ILPI). onde a 
realidade está muito abaixo das condições necessárias para um envelhecimento 
saudável. 
 
A dependência precisa ser reconhecida como uma importante questão de 
saúde pública. Seu impacto sobre a família e a sociedade não pode ser 
subestimado. No Brasil, a Política Nacional de Saúde do Idoso (Brasil, 
1999), reconhecendo a importância da parceria entre os profissionais de 
saúde e as pessoas que cuidam dos idosos, aponta que essa parceria 
deverá possibilitar a sistematização das tarefas a serem realizadas no 
próprio domicílio, privilegiando-se aquelas relacionadas à promoção da 
saúde, à prevenção de incapacidades e à manutenção da capacidade 
funcional do idoso dependente e do seu cuidador, evitando-se assim, na 
medida do possível, hospitalizações, asilamento e outras formas de 
segregação e isolamento. (CALDAS, 2003, p.776). 
 
Segundo Costa e Mercadante (2013), a questão que deve ser levantada, é 
sobre o afastamento do indivíduo asilado do mundo exterior. A partir do momento 
que a pessoa deixa sua própria residência, não deixa apenas seus bens pessoais, 
mais o significado de uma vida inteira, o que causa um impacto muito grande no 
emocional do internado, que precisa se adaptar à nova vida. 
Essa nova realidade, condicionada pelas instituições, provoca mudanças no 
comportamento dos internos, podendo distorcer sua identidade, afetando a sua 
individualidade. (Idem, 2013) 
14 
 
O Estatuto do Idoso trouxe legislação específica, visando o direito do idoso. 
No seu artigo art. 3o É obrigação da família, da comunidade, da sociedade e 
do Poder Público assegurar ao idoso, com absoluta prioridade, a efetivação do 
direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, à cultura, ao esporte, ao lazer, ao 
trabalho, à cidadania, à liberdade, à dignidade, ao respeito, à convivência familiar e 
comunitária. 
A família tem obrigação no cuidado do idoso, caso não o faça, responderá 
criminalmente, Capitulo III artigo 244 do Código Penal. 
De acordo com Camarano (2004), a família é vista como fonte direta de apoio 
informal para a população idosa, em vários países, ela aparece como a única 
possibilidade de apoio. 
Segundo Caldas, (2003) embora em diversas culturas,o relacionamento entre 
a família e o idoso seja diferente, na sociedade moderna, a interação entre as 
gerações é um importante fator de construção social. 
Segundo Minayo e CoimbraJr (2002), existem idosos, cujas famílias são muito 
pobres, e não podem oferecer o cuidado adequado. Outros têm familiares que 
precisam trabalhar e não podem fazê-lo em nenhum horário, ou deixar o mercado de 
trabalho para cuidar deles. Fora isso, existem idosos que perderam o contato com 
as famílias ao longo dos anos. 
Por isso, nem sempre a família é sinônimo de cuidado e proteção. 
Muitos argumentos, em favor da obrigação que os filhos têm de cuidar dos 
pais, são baseados na crença de que existe um bom relacionamento entre as 
gerações. Essa teoria pode ser facilmente refutada pela existência de conflitos 
permanentes, por situações de abandono do lar por um dos cônjuges e desarmonia 
familiar, devido a incompatibilidade de personalidades, de valores e de estilos de 
vida entre os jovens e os mais velhos. (Idem,2002) 
Os modelos tradicionais das funções familiares parecem estar se 
desmontando diante das mudanças sociais, econômicas e demográficas. Como 
resultado, temos a mudança dos valores culturais em relação aos idosos em geral e 
ao cuidado familiar do idoso em particular. (Idem, 2002) 
Mas atualmente, existem novas formas de relacionamento familiar. 
De acordo com Camarano (2004), os jovens vêm adiando a idade de sair da 
casa dos pais, pois os filhos passam mais tempo economicamente dependentes, 
15 
 
devido à instabilidade do mercadode trabalho, ao maior tempo na escola e à maior 
instabilidade das relações afetivas. 
[...] os rendimentos da população idosa situam-se num patamar mais 
elevado que o da população jovem. Por exemplo, entre os homens o mais 
baixo rendimento percebido pela população idosa foi o do grupo que tinha 
mais de 80 anos e era maior do que o recebido pela população menor de 25 
anos. Já o grupo de 60 a 64 anos tinha uma renda mais elevada que a 
população menor de 40 anos. É a sua maior renda relativamente à dos mais 
jovens, o que tem propiciado aos idosos maior capacidade de oferecer 
suporte familiar. (CAMARANO, 2004, p.61) 
 
Existem dois fluxos de apoio muito importantes sobre a situação de 
dependência do idoso com relação à família; o ascendente que são os filhos adultos 
para os pais idoso, e igualmente importante, no sentido descendente, de pais idosos 
para filhos adultos. (Idem, 2004) 
Em famílias pobres, aaposentadoria do idoso virou um importante meio de 
sobrevivência familiar; em alguns casos, ele não tem o poder de decidir sobre a 
renda que recebe o que configura violação de seus direitos. 
A necessidade econômica ou o desejo de não se tornar inativo têm ajudado 
a promover outras possibilidades de vivência da aposentadoria que, 
presentemente, é um importante meio de sobrevivência de diversas famílias 
sustentadas por idosos, além de constituir questão preocupante para alguns 
especialistas, os quais acreditam ser necessária uma preparação adequada 
para entrar nessa nova fase da vida.(CORREA, 2009, p.44). 
 
De acordo com Caldas (2003), a conquista de renda, através da Constituição 
Federal de 88, não resolveu o problema do idoso dependente, pois com seus 
ganhos, o idoso muitas vezes é quem sustenta a família e com isso, a renda fica 
abaixo da linha de pobreza. 
Embora a expectativa do idoso seja de que seu filho adulto o ampare na 
velhice, esse modo de pensar tem sofrido mudanças em nossa sociedade. 
Segundo Minayo e CoimbraJr. (2002), é preciso acompanhar essas 
mudanças com programas e serviços para o idoso. Tais recursos se fazem 
necessários, pois muitos idosos isolados, dependentes e abandonados necessitam 
de outras opções do que à assistência familiar. 
Ainda de acordo com o autor, em muitos países, existe certa apreensão 
quanto à possibilidade de ao se oferecer alternativas públicas isso contribua para 
legitimar e encorajar o abandono das responsabilidades pela família. 
16 
 
É preciso que o Estado possa garantir aos cidadãos de qualquer idade os 
seus direitos sociais, e que ele reconheça que se faz necessário implantar estruturas 
de apoio aos idosos e suas famílias, por meio de uma parceria entre governo, 
comunidade local, vizinhança, ONGs, setor privado e organizações religiosas. 
 
 
 1.2– Políticas públicas para o idoso 
 
 
A política pública enquanto área de conhecimento e disciplina acadêmica 
nasceu nos Estados Unidos, rompendo com a tradição européia de estudos e 
pesquisas nessa área [...]. (Souza, 2004). 
Ainda de acordo com o autor, os estudos na época se concentravam mais na 
análise sobre o Governo e suas instituições, do que propriamente na produção dos 
governos. 
A política pública pode ser entendida como, o campo de conhecimento que 
busca, simultaneamente, “colocar o governo em ação” ou analisar essa ação 
(variável independente) e, quando possível, propor mudanças no rumo ou curso 
dessas ações (variável dependente). (Idem ,2004) 
No século XX o envelhecimento da população foi uma das principais 
conquistas sociais, trazendo vários desafios para as políticas públicas. Uma das 
preocupações, é que o desenvolvimento econômico e social possa oferecer um 
patamar econômico que garanta o mínimo de dignidade humana, e a equidade entre 
os grupos etários, na partilha de recursos, direitos e responsabilidades sociais. 
(Camarano, 2004) 
Inicialmente as políticas eram voltadas para a filantropia, mas diversas 
iniciativas foram mudando essa visão ao longo do tempo. 
Neste sentido para Debert (2004), a gestão da velhice foi considerada por 
muito tempo, como esfera privada e familiar, sendo uma questão de previdência 
individual ou de associações filantrópicas, mas ela se transformou em uma questão 
pública. 
O grupo populacional idoso é, em geral, considerado um grupo vulnerável, 
alvo, portanto, de políticas públicas específicas. Isso se deve ao fato de se 
reconhecer que ele não participa do processo produtivo e, 
consequentemente, não tem renda e apresenta incapacidades físicas e 
mentais causadas pela idade, ou seja, acredita-se que é um grupo que tem 
17 
 
a sua autonomia comprometida pela falta de renda e/ou de saúde. 
(CAMARANO, 2004, p. 139) 
 
O marco inicial para o estabelecimento de uma agenda internacional de 
políticas públicas para o idoso foi a Assembleia Mundial sobre o envelhecimento 
ocorrida em Viena, em 1982. 
Segundo Camarano (2004), essa assembleia se tornou o primeiro fórum 
global intergovernamental sobre a questão do envelhecimento da população, 
que resultou na aprovação de um plano global de ação. Foi considerado um 
avanço, pois até então a questão do envelhecimento não era foco das 
assembleias gerais, e tão pouco de nenhuma agência especializada das Nações 
Unidas. 
A questão era tratada de forma marginal pela Organização Internacional do 
Trabalho (OIT), pela Organização Mundial de Saúde (OMS), e pela Organização 
para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO), como parte de suas atividades 
especializadas. (Idem, 2004) 
A Carta de Viena materializou a preocupação de se ter um planejamento, no 
que diz respeito a política voltada para o idoso. 
São instituídas 66 medidas referentes á sete áreas: saúde e nutrição, 
proteção ao consumidor idoso, moradia e meio ambiente, família, bem-estar social, 
previdência social, trabalho e educação. (Idem, 2004) 
Ao longo da década de 90, os idosos foram considerados em outros fóruns 
das Nações Unidas [...]. (Idem, 2004) 
Em 1991, a Assembleia Geral das Nações Unidas adotou 18 princípios em 
favor da população idosa, que foram agrupados em cinco grandes temas: 
independência, participação, cuidados, auto realização e dignidade. (Idem, 2004) 
A Assembleia Geral da ONU de 1992 aprovou a Proclamação sobre o 
Envelhecimento, que estabeleceu o ano de 1999 como o ano Internacional dos 
Idosos. (Idem, 2004) 
Ainda segundo a autora, gradativamente a visão do idoso, visto como um 
subgrupo social vulnerável e dependente foi sendo substituída por um segmento 
populacional ativo e atuante, que deve ser incorporado na busca pelo bem-estar de 
toda a sociedade. 
18 
 
Vinte anos se passaram entre uma assembleia e outra; foram acompanhadas 
por profundas mudanças no plano social, econômico e político dos países. (Idem, 
2004). 
Segundo Veras e Caldas (2004), em abril de 2002, na Segunda Assembleia 
Mundial sobre o Envelhecimento, realizada em Madri, foi aprovado o PIAE – Plano 
Internacional de Ação sobre o Envelhecimento. O documento foi firmado entre todos 
os países membros das Nações Unidas e representa, portanto, um compromisso 
internacional em resposta ao rápido envelhecimento da população mundial. 
A expectativa, é que o plano exerça uma ampla influência nas políticas 
públicas, dirigidas para a população idosa. 
 
 
O Plano de Madri é um documento amplo que contém 35 objetivos e 239 
recomendações para a adoção de medidas dirigidas aos governos 
nacionais, mas insistindo na necessidade de parcerias com membros da 
sociedade civil e setor privado para a sua execução. Destaca-se, também, a 
importância da cooperação internacional. Cabe aos governos explicitar as 
parcerias no processo de implementação do plano, estabelecendo as 
responsabilidadesde cada parte e as do próprio governo. (CAMARANO, 
2004, p.260). 
 
A grande contribuição do Plano de Madri é oferecer um instrumento prático, 
que auxilie os responsáveis pelas formulações das políticas públicas no que se 
refere às prioridades básicas do envelhecimento dos indivíduos e das populações. 
(PLANO DE AÇÃO INTERNACIONAL PARAO DESENVOLVIMENTO, 2002) 
No Brasil, surgem ações para a efetivação da cidadania da população idosa, 
como a Constituição Federal de 1888. 
Foi no cenário da transição democrática entre a ditadura militar de 1964 e a 
democracia consolidada legal e formalmente na Constituição de 1988, que se 
desenvolveu uma mudança no paradigma dos direitos da pessoa humana, inclusive 
para a pessoa idosa. (Faleiros, 2008) 
Além disso, vários movimentos sociais ganharam força neste período. 
As Associações de Aposentados e Pensionistas tiveram participação ativa na 
Constituinte, fazendo pressão junto ao Congresso, e por conta disso, conseguiram 
algumas vitórias para o segmento. (Machado, 2007). 
A Constituição de 1988, chamada de Constituição Cidadã, efetivou garantias 
de direitos aos cidadãos. 
Vários de seus artigos são dedicados ao direito. 
19 
 
No artigo 1º da Constituição federal de 1988, inciso III, se apresenta fundado 
dignidade humana, e no artigo 3º, diz que a República deve promover o bem de 
todos, sem preconceito, discriminação devido à idade. 
Todos esses artigos compreendem que o cidadão é um cidadão de direito, 
direito este, garantido pela Constituição. 
No que tange especificamente ao idoso, há vários artigos, no sentido de 
respeito aos seus direitos. 
Os artigos encontram-se com o Título de Ordem Social. 
No artigo 229, diz que filhos maiores devem ajudar a amparar os pais na 
velhice, carência ou enfermidade, bem como está contemplado no artigo 230, diz 
que a família, a sociedade e o Estado, têm o dever de amparar as pessoas idosas 
assegurando sua participação na comunidade, defendendo a sua dignidade e bem- 
estar, onde é garantido o direito à vida. 
Dando continuidade, no §1º todos os programas de amparo ao idoso serão 
exercidos preferencialmente em seus lares. 
E no § 2º- aos maiores de sessenta e cinco anos é garantida a gratuidade dos 
transportes coletivos. 
Todos estes artigos vieram contemplar a importância, no que se refere a 
proteção dos direitos do idoso, perante o Estado e a família, podendo esta, ser 
responsabilizada criminalmente, caso isto não ocorra. 
Segundo Correa, (2009) os maus tratos na família, no comércio, nos 
transportes públicos, e nas ruas, são mais comuns do que se imagina. Muitas das 
ocorrências são silenciadas pelo idoso por medo ou culpa, e pelo não conhecimento 
dos seus direitos. 
A Constituição de 1988 consagrou o surgimento de muitas leis a favor do 
idoso. 
Como a Lei Orgânica da Assistência Social (LOAS), Lei nº 8743 / 93 que 
regulamentou os artigos 203 e 204 da Constituição Federal de 88. 
De acordo com Okabayashi(1998), a universalização dos direitos sociais está 
presente na Loas (cap.II, seção I), com o benefício de prestação continuada, no 
valor de um salário mínimo pago a pessoa portadora de deficiência e ao idoso, que 
possa comprovar não ter condições de sobrevivência, e nem sua família possa 
prover a sua manutenção, sendo assim, a assistência é um direto do cidadão. 
20 
 
Para efeitos legais, a família que possui renda mensal per capta inferior a ¼ 
um quarto) do salário mínimo (§ 3º do art.20) é considerada incapaz de prover a 
manutenção da pessoa portadora de deficiência ou idosa para a inclusão no 
benefício, é necessário completar 65 anos, conforme o Estatuto do Idoso de 
2003.Dessa forma, se efetiva a proteção, e a garantia de renda aos idosos mais 
pobres. (Faleiros,2007). 
Assim, a Assistência Social se consolida como política de direito. 
Prosseguindo, temos outras ações que foram lançadas pela da Constituição 
Federal, em benefício da população idosa, a Política Nacional do Idoso (PNI). 
 
 
[...] foi aprovada em 1994 (Lei 8.842) a Política Nacional do Idoso (PNI). 
Essa política consiste em um conjunto de ações governamentais com o 
objetivo de assegurar os direitos sociais dos idosos, partindo do princípio 
fundamental de que “o idoso é um sujeito de direitos e deve ser atendido de 
maneira diferenciada em cada uma das suas necessidades: físicas, sociais, 
econômicas e políticas”. Para a sua coordenação e gestão foi designada a 
Secretaria de Assistência Social do então MPAS, atualmente Ministério do 
Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS). Foi criado, também, o 
Conselho Nacional dos Direitos do Idoso (CNDI), que veio a ser 
implementado apenas em 2002. (CAMARANO, 2004, p.269). 
 
A Lei dispõe dos seguintes artigos: 
 
I - A família, a sociedade e o estado têm o dever de assegurar ao idoso 
todos os direitos da cidadania, garantindo sua participação na comunidade, 
defendendo sua dignidade, bem-estar e o direito à vida; 
 
II - O processo de envelhecimento diz respeito à sociedade em geral, 
devendo ser objeto de conhecimento e informação para todos; 
 
III - O idoso não deve sofrer discriminação de qualquer natureza; 
 
 
IV - O idoso deve ser o principal agente e o destinatário das transformações 
a serem efetivadas através desta política; 
 
V - As diferenças econômicas, sociais, regionais e, particularmente, as 
contradições entre o meio rural e o urbano do Brasil deverão ser 
observadas pelos poderes públicos e pela sociedade em geral, na aplicação 
desta Lei. (Lei nº 8.842/1994. 
21 
 
De acordo com Camarano (2004), as principais diretrizes da PNI consistem 
em incentivar e viabilizar formas de cooperação junto as organizações que 
representam os interesses dos idosos, no que concerne na formulação, 
implementação, e avaliação das políticas, planos e projetos; procura privilegiar o 
idoso que se encontra em situação de vulnerabilidade por sua própria família, em 
detrimento ao atendimento asilar. 
A PNI também estabelece as competências das entidades e órgãos 
públicos. A implantação dessa lei estimulou a articulação e integração dos 
ministérios envolvidos13 na elaboração de um plano de ação 
governamental para integração da PNI no âmbito da União. A 
operacionalização da política bem como das demais ações empreendidas 
no campo assistencial ocorre de forma descentralizada, através de sua 
articulação com as demais políticas voltadas para os idosos no âmbito dos 
estados e municípios e na construção de parcerias com a sociedade civil. 
(CAMARANO, 2004, p.265) 
 
Segundo Faleiros (2007), não há dúvida da consolidação dessa Lei de 
Proteção ao Idoso, no que se refere à velhice digna e protegida, como também, no 
que diz respeito aos direitos individuais e coletivos da pessoa. 
Portanto, para Nunes (2000) é de fundamental importância que se 
mantenham nos estados e municípios, Fóruns Permanentes de Implementação da 
Política Nacional do Idoso, garantindo a articulação das ações programáticas e a 
participação de entidades de terceira idade. 
Outro documento importante é o Estatuto do Idoso. 
Foi sancionado pelo Congresso Nacional o Estatuto do idoso em 2003, 
vigente desde 1 janeiro de 2004, tem como objetivo regulamentar os direitos das 
pessoas idosas em várias esferas e dimensões. (Camarano, 2013) 
A lei conta com 118 artigos que falam de questões especificas na área dos 
direitos fundamentais e das necessidades de proteção aos idosos, visando reforçar 
as diretrizes que estão contidas na PNI. (Camarano, 2004) 
Os três primeiros artigos relatam os direitos assegurados ao idoso. 
 
 
Art. 1o É instituído o Estatuto do Idoso, destinado a regular os direitos 
assegurados às pessoas com idade igual ou superior a 60 (sessenta)anos. 
 
Art. 2o O idoso goza de todos os direitos fundamentais inerentes à pessoa 
humana, sem prejuízo da proteção integral de que trata esta Lei, 
assegurando-se, por lei ou por outros meios, todas as oportunidades e 
22 
 
facilidades, para preservação de sua saúde física e mental e seu 
aperfeiçoamento moral, intelectual, espiritual e social, em condições de 
liberdade e dignidade. 
 
Art. 3o É obrigação da família, da comunidade, da sociedade e do Poder 
Público assegurar ao idoso, com absoluta prioridade, a efetivação do direito 
à vida, à saúde, à alimentação, à educação, à cultura, ao esporte, ao lazer, 
ao trabalho, à cidadania, à liberdade, à dignidade, ao respeito e à 
convivência familiar e comunitária. 
 
 
Diante disto, Ceneviva (2004), nos fala que depois de sete anos de tramitação 
no Congresso Nacional, o Estatuto do Idoso foi a provado em 2003, com o intuito de 
elaborar normas, no que diz respeito ao direito do idoso, instituindo vários 
mecanismos específicos de proteção, nos quais vão desde prioridade no 
atendimento de suas condições de vida, até a inviolabilidade física, psíquica e moral. 
Segundo Camarano (2013),á aprovação do Estatuto do Idoso foi um passo 
importante da legislação brasileira, no que concerne às orientações do Plano de 
Ação para o Envelhecimento, Madri de 2002. 
No Rio de Janeiro foi criado o Conselho Municipal do Direito da Pessoa Idosa 
(COMDEPI-RIO). Lei Municipal 2.5508/2010. 
O Conselho na sua composição possui representantes do governo e da 
sociedade civil [...]. (Prefeitura do Rio de Janeiro) 
[...] prioriza resguardar os direitos da pessoa idosa, orientando e fiscalizando 
as ações e serviços de natureza pública e privada. (Prefeitura do Rio de Janeiro). 
 
[...]a baixa prioridade conferida aos idosos pelas políticas públicas 
(assistenciais, previdenciárias e de ciência & tecnologia) evidencia uma 
percepção inadequada das suas necessidades específicas. Torna-se 
necessário, portanto, um esforço político orientado no sentido de colocar na 
Agenda da sociedade as necessidades deste segmento populacional. 
(VERAS e CALDAS, 2004, p.426) 
 
Segundo Camarano (2004), para que as políticas públicas, voltadas para o 
envelhecimento possam ser efetivadas, é necessário que elas sejam integradas 
entre diversos setores específicos: saúde, economia, mercado de trabalho, 
seguridade social, educação. 
23 
 
A formulação e implementação de políticas públicas para o envelhecimento é 
hoje, um grande desafio nacional. 
Neste sentido, Nunes (2000) declara que o Conselho Estadual e Municipal de 
Defesa dos Direitos da Pessoa Idosa tem importante função na participação política 
dos idosos, que carecem de estar organizados em representações não 
governamentais nesses espaços. 
 
 
 
 
 1.3– Lar Fabiano de Cristo-Casa Amigos Dedicados 
 
 
O Lar Fabiano de Cristo foi fundado em 8 de janeiro de 1958, a partir da ideia 
de um grupo de pessoas, que desejavam fazer a caridade. 
Há princípio seria apoio a lares que teriam um grupo pequeno de crianças, 
cabendo a cada integrante do grupo cuidar e amparar essas crianças. 
Mas com o tempo percebeu-se que não só as crianças precisavam de ajuda e 
sim toda a família, que se expunha á situações de risco social e pessoal. 
Neste momento surge a primeira Unidade do Lar Fabiano, enquanto projeto 
social. 
O Lar Fabiano é uma instituição filantrópica mantido pela CAPEMISA, Instituto 
de Ação Social; também recebe doações, cuja metodologia é a educação do SER 
INTEGRAL. 
O trabalho social procura o fortalecimento de vínculos familiares e sociais e a 
função protetiva da família, possibilitando acesso a Rede de Serviços 
Socioassistenciais, visando a melhoria das condições de vida das pessoas. 
O Centro de Convivência de Idosos, Casa Amigos Dedicados é uma unidade 
do Lar Fabiano de Cristo, está localizado no bairro do Maracanã, Rio de Janeiro. 
Atende a 98 usuários a partir de sessenta anos ou mais, que vivem em 
situação de vulnerabilidade e risco pessoal e social, com vínculos afetivos 
fragilizados, forte sentimento de solidão, alguns casos de violência doméstica, baixa 
autoestima. Quando chegam a unidade, solicitam sua inscrição nas atividades, em 
busca de melhoria para os seus problemas de saúde, pois trazem como demanda, 
problemas físicos, psicológicos e sociais. 
24 
 
O trabalho é feito por uma equipe multidisciplinar, em maioria por voluntários 
e profissionais da instituição em diversas áreas, como: terapeutas holísticos 
psicólogos, fisioterapeutas, professores de educação física, yoga, informática, dança 
e música. 
A Promoção social do Idoso se desenvolve através da modalidade Centro de 
Convivência e Fortalecimento de Vínculos, e Proteção Social Básica no domicílio. 
Todo o trabalho e as atividades têm o intuito de promover á autonomia, 
prevenindo o isolamento e a depressão. 
O idoso é visto em sua totalidade, a partir de uma visão holística do ser, o que 
coopera para a saúde biopsicossocial. As atividades atendem a Cartilha de 
Promoção de Envelhecimento Saudável divulgada pela Organização Mundial da 
Saúde que preconiza; a autoestima elevada, a importância de atividades físicas, o 
cultivo da espiritualidade, a escolha por uma alimentação saudável e colorida, o 
exercício da cidadania e a socialização, para que o idoso tenha qualidade de vida. 
 
 
 1.4– O trabalho do assistente social no centro de convivência de idosos 
 
 
Segundo Piana (2009), o assistente social tem como objeto de trabalho, a 
questão social com suas diversas expressões, formulando e implementando 
propostas para seu enfrentamento, por meio das políticas sociais, públicas, 
empresariais, de organizações da sociedade civil e movimentos sociais. 
É um profissional busca a inclusão social das classes subalternas, através de 
alternativas e estratégicas de ação. Procura conhecer a realidade em que atua, e 
possui compromisso ético com a classe trabalhadora e com a qualidade dos 
serviços prestados. (Idem, 2009). 
A atuação do Assistente Social no Centro de Convivência tem a função de 
mediador entre á instituição e o usuário, onde o trabalho tem como foco, os direitos 
sociais do idoso. 
 
Portanto, colocar os direitos sociais como foco do trabalho profissional é 
defendê-los, tanto em sua normatividade legal, quanto traduzi-los 
praticamente viabilizando a sua efetivação social. Essa é uma das frentes 
de luta que move os assistentes sociais nas microações cotidianas que 
compõem o trabalho. (IAMAMOTO, 2004, p.78) 
25 
 
O idoso inserido na instituição se apresenta em situação de vulnerabilidade e 
risco social, traz como demanda para o assistente social, á violência doméstica, o 
preconceito, e a falta de perspectiva de vida. 
Do ponto de vista da demanda, o que se observa é que, na sociedade 
brasileira, o Serviço Social como profissão vem desenvolvendo sua 
intervenção junto aos segmentos mais empobrecidos e subalternizados da 
sociedade, interferindo em situações sociais que afetam as condições 
concretas em que vivem seus usuários, em geral e, sobretudo, os 
segmentos mais desfavorecidos da sociedade. (YAZBEK, 2009, p.13) 
 
 
Por isso, todo o trabalho é voltado para o reconhecimento de sua condição de 
sujeito social, autônomo e proativo, a fim de contribuir para a viabilidade da inclusão 
social. 
Neste sentido, paraYazbek (2009), o Assistente Social é conhecido como o 
profissional que ajuda, que dá auxílio, assistência, faz gestão de serviços 
sociais, desenvolvendo uma ação pedagógica, distribuindo recursos materiais, 
atestando carências, realizando triagens, conferindo méritos, orientando e 
esclarecendo a população quanto a seus direitos, serviços e benefíciosdisponíveis, 
administrando recursos na instituição, numa mediação da relação: Estado, 
instituição, classes subalternas. 
O Assistente Social para Iamamoto(2004) deve ser um profissional informado, 
crítico e propositivo, mas também um profissional técnico-operativo capaz de realizar 
ações nos níveis de assessoria, planejamento, negociação, pesquisa e ação direta, 
onde deve estimular os usuários a participar da formulação, gestão e avaliação de 
programas e serviços sociais de maior qualidade. 
No Centro de Convivência, o Assistente Social utiliza instrumentos e técnicas 
importantes para realização de seu trabalho, como: entrevistas, visitas domiciliares, 
grupo social, palestras educativas. 
 
A noção estrita de instrumento como mero conjunto de técnicas se amplia 
para abranger o conhecimento como meio de trabalho, sem que esse 
trabalhador especializado não consegue efetuar sua atividade ou trabalho. 
(IAMAMOTO, 2004, p.62) 
 
 
O trabalho não é realizado isoladamente, existe uma equipe multidisciplinar, 
com o intuito de oferecer um trabalho de qualidade para os coparticipantes 
(usuários). 
26 
 
 
 
Tal perspectiva reforça a preocupação com a qualidade dos serviços 
prestados, com respeito aos usuários, investindo na melhoria dos 
programas institucionais, na rede de abrangência dos serviços públicos 
reagindo contra a imposição de crivos de seletividade no acesso aos 
atendimentos. Volta-se para a formulação de propostas (ou contrapropostas 
de) de políticas institucionais criativas e viáveis, que alarguem os horizontes 
indicados, zelando pela eficácia dos serviços prestados […](IAMAMOTO, 
2004, p.8) 
 
 
O Assistente Social tem importante papel no Centro de Convivência de 
Idosos, pois sua atuação é voltada para a melhoria da qualidade de vida deste 
segmento da população. Através de suas ações, procura conscientizar o idoso sobre 
seus direitos, resgatando sua condição de sujeito social, a fim de assumir seu lugar 
na sociedade. 
 
 1.5– Centro de convivência e qualidade de vida do idoso 
 O que é qualidade de vida? 
Essa é uma questão bastante complexa de ser respondida. 
Qualidade de vida é a percepção que um indivíduo tem de sua inserção da 
vida, no contexto da cultura e sistemas de valores nos quais ele vive, e em relação 
aos seus objetivos, expectativas, padrões e preocupações. (OMS, 1995) 
Portando, para Minayo, qualidade de vida é uma noção eminentemente 
humana: 
[…] tem sido aproximada ao grau de satisfação encontrado na vida familiar, 
amorosa, social e ambiental e à própria estética existencial. Pressupõe a 
capacidade de efetuar uma síntese cultural de todos os elementos que 
determinada sociedade considera seu padrão de conforto e bem-estar. O 
termo abrange muitos significados, que refletem conhecimentos, 
experiências e valores de indivíduos e coletividades que a ele se reportam 
em variadas épocas, espaços e histórias diferentes, sendo, portanto, uma 
construção social com a marca da relatividade cultural. (MINAYO, et al., 
2000, p.8) 
 
 
Saúde e qualidade de vida estão intimamente relacionadas, isto porque a 
saúde contribui com a qualidade de vida. 
A relação entre saúde e qualidade de vida existe desde o nascimento da 
medicina social, nos séculos XVIII e XIX, quando investigações foram feitas para se 
ter subsídios para políticas públicas e movimentos sociais. (Idem, 2000) 
27 
 
No que se refere a saúde da população idosa, dados da OMS, dizem que até 
2050 serão 2 bilhões de pessoas a chegar a idade de 60 anos ou mais, tornando as 
doenças crônicas e o bem-estar dessa população, um novo desafio para a saúde 
pública. 
 
[...] são necessárias políticas que promovam melhorias na saúde desde a 
infância e que se prolonguem ao longo da vida. Dentre elas, citam-se a 
promoção à saúde, o acesso universal aos serviços de saúde pública ao 
longo da vida e, em decorrência, a consideração da importância de fatores 
ambientais, econômicos, sociais, educacionais, dentre outros, no 
aparecimento de enfermidades e incapacidades. São necessários, também, 
programas de capacitação de profissionais nas áreas de geriatria, 
gerontologia e de serviços sociais. (CAMARANO, 2004, p.289) 
 
[...] cabe a um sistema público de saúde assegurar meios, para que as 
pessoas terminem suas vidas com dignidade e mínimo de sofrimento, quando achar 
que chegou a hora. (Idem, 2004) 
Construir estratégias, que possam contribuir com a saúde e 
consequentemente com a qualidade de vida desta população é um grande desafio. 
 
As pessoas idosas desejam e podem permanecer ativas e independentes 
por tanto tempo quanto for possível, se o devido apoio lhes for 
proporcionado. Os idosos estão potencialmente sob risco não apenas 
porque envelheceram, mas em virtude de o processo de envelhecimento 
torná-los mais vulneráveis à incapacidade, em grande medida, decorrente 
de condições adversas do meio físico, social, ou de questões afetivas. 
Portanto, o apoio adequado é necessário tanto para os idosos quanto para 
os que deles cuidam. (VERAS e CALDAS, 2004, p.428) 
 
 
Neste sentido para Camarano (2004), as medidas preventivas na área de 
saúde, como por exemplo, as voltadas para preservação da capacidade funcional, 
podem auxiliar na melhoria da qualidade de vida da população idosa e adiar os 
cuidados de longa permanência. 
 
É importante que, em qualquer faixa etária, todos saibam reconhecer 
situações que ponham em risco a qualidade de vida no presente e no futuro, 
e como preveni-las. A proposta para os que já são idosos é a de promover a 
saúde por meio da manutenção ou recuperação da autonomia e 
independência. (VERAS e CALDAS,2004,p.427) 
 
Geralmente os idosos são excluídos da sociedade, por serem pessoas que 
perderam sua capacidade produtiva. 
28 
 
O idoso é visto como um indivíduo que já cumpriu a sua função social, e só 
lhe resta esperar a finitude da vida 
 
[…] essa percepção distorcida se dá porque, em muitos momentos, o 
avanço da idade leva as pessoas a abrirem mão de vários papéis sociais 
até então desempenhados. Por isso a aposentadoria, a perda do 
companheiro, o afastamento dos filhos, as limitações impostas por algumas 
doenças, dentre outros fatores, interferem negativamente em sua qualidade 
de vida, tornando o idoso mais insatisfeito com sua condição. Como 
algumas perdas são inevitáveis, cabe ao idoso buscar novas alternativas 
para garantir a manutenção de um papel ativo em seu meio. (MIRANDA e 
BANHATO, 2008, p.71) 
 
Por conta dessa realidade, estudiosos na área de gerontologia e geriatria, 
procuram meios de inserir essa população na sociedade. 
O envelhecimento da população é uma aspiração de qualquer sociedade; 
mas tal desejo, por si só, não é o bastante. É importante almejar qualidade 
de vida para aqueles que já envelheceram ou estão no processo de 
envelhecer. O que implica na tarefa complexa de manutenção da autonomia 
e independência. O desafio para os países pobres é considerável, já que no 
passado, quando as populações dos países europeus começaram a 
envelhecer, a população mundial era menor e a sociedade menos 
complexa. (VERAS e CALDAS, 2004, p.20) 
 
Para Correa (2009), o aumento no número de idosos no país, constitui um sério 
problema. Enquanto objeto produzido historicamente pela sociedade, a velhice tem 
implicações políticas, econômicas e sociais que dizem respeito inclusive, á 
necessidade de se conceber uma política de gestão e controle dessa população em 
crescimento. 
Para Nunes (2000), houve um aumento significativo de espaços com grupos 
de idosos, dentre eles, os Centros de Convivência. O SESC, desde a década de 
1960, foi pioneiro no trabalho social com idosos, tem possibilitado a esses 
segmentos atividades de lazer e cultura, ao mesmotempo em que realiza palestras 
sobre temas importantes para a compreensão do processo de envelhecimento. 
O Trabalho Social com os idosos é realizado á mais de 40 anos, e atende 
anualmente a 60 mil pessoas. [...] as ações do SESC procuram resgatar o valor 
social dos idosos e privilegiam a cidadania e a educação por meio de projetos, que 
são adaptados às diferentes culturas das regiões. (SESC) 
Para Veras e Caldas (2004), os Centros de Convivência têm como metas: a 
redução dos problemas de solidão, a intensificação dos contatos sociais e o 
29 
 
desenvolvimento de novas capacidades. Mesmo em idades mais avançadas essas 
metas podem ser alcançadas. 
Segundo Nunes (2000) as atividades em grupo são ótimas, pois ajudam a 
estimular o desejo de associação e o desenvolvimento social, ao mesmo tempo em 
que os idosos procuram respeitar e ouvir o outro e a si mesmos, encontrando 
alternativas para discutir seus problemas conjuntamente. 
 
[...] o Centro de Convivência se propõe, portanto, a operar em sintonia com 
os mais avançados conceitos de promoção da saúde do idoso, incluindo a 
prevenção da doença o mais precoce possível e a manutenção da 
capacidade funcional. É sabido que quando mais prematura for a 
identificação do problema e imediato o encaminhamento para o 
atendimento, maiores são as chances de um prognóstico e evolução 
favorável do quadro. Com esta estratégia da antecipação e da busca ativa 
do problema procura-se combater as consequências mórbidas das 
patologias que levam à perda da qualidade de vida. Esta concepção 
encontra-se totalmente fundamentada nos princípios do movimento de 
promoção da saúde, na área de Saúde Coletiva, expressos pelos seus 
principais documentos e referenciais teóricos. 
(VERAS e CALDAS, 2004, p.28) 
 
No Centro de Convivência, Casa Amigos Dedicados, a promoção social do 
idoso, obedece aos critérios da Tipificação Nacional de Serviços Socioassistenciais, 
que se desenvolve através dos Serviços de Convivência, Fortalecimento de Vínculos 
e a Proteção Social Básica, em domicílio, tem por objetivo, superar as situações de 
fragilidade social, e promover o acesso aos serviços e programas socioassistenciais. 
No que concerne à pessoa idosa, a Tipificação Nacional dos Serviços 
Socioassistenciais diz que as ações do serviço devem contribuir no processo de 
envelhecimento saudável, no desenvolvimento da autonomia e de sociabilidades, no 
fortalecimento de vínculos familiares e do convívio comunitário e na prevenção de 
risco social. (BRASÍLIA, 2012, p. 34) 
O Conselho Nacional de Assistência Social (CNAS), por meio da resolução 
nº109 de novembro de 2009, aprovou a Tipificação de Serviços Socioassistenciais, 
tem por objetivo, definir e caracterizar os serviços socioassistenciais, visando 
estabelecer padrões e critérios para os serviços de proteção básica e especial de 
Média e Alta Complexidade. (BRASÍLIA, 2012, p.6) 
As duas proteções se complementam, dando organicidade ao Sistema Único 
de Assistência Social (SUAS). 
30 
 
Com isso, foram criadas condições para um trabalho, voltado para qualidade 
de vida do idoso. 
A Política Nacional do Idoso (1994), diz que são competências, da área de 
promoção e assistência social; estimular a criação de incentivos e de alternativas de 
atendimento ao idoso, como os Centro de Convivência. 
Constitui um espaço importante para o auxílio no processo de 
envelhecimento, com qualidade de vida. 
Para Miranda e Banhato (2008), o idoso inserido em grupo social, proporciona 
uma mudança no padrão de velhice, enquanto limitação e incapacidade, porque 
nesses grupos é possível encontrar idosos ativos e autônomos […]. 
Segundo os autores citados, a principal característica do envelhecimento 
saudável, é aceitar que existem alterações de ordem física e mental. 
Mas o envelhecimento ativo aumenta a expectativa de vida, e como podemos 
observar, o Centro de Convivência tem sido uma alternativa, que contribui para o 
incremento da qualidade de vida do idoso, e atua de modo significativo no processo 
do reconhecimento de sua condição de sujeito social, autônomo e proativo. 
31 
 
 
 
 
 
2– METODOLOGIA DA PESQUISA 
 
 
Mostraremos neste capítulo, quais foram os caminhos percorridos, os 
instrumentos e técnicas, para se chegar aos resultados da pesquisa. 
Para Gil (2002), a pesquisa é um procedimento racional e sistemático, que 
objetiva obter respostas, aos problemas que são propostos. 
Neste sentido, o trabalho consiste em uma pesquisa bibliográfica, exploratória 
e documental, de análise qualitativa. 
A pesquisa bibliográfica se desenvolve á partir de material já elaborado, 
principalmente de livros e artigos científicos. [...] existem pesquisas que são 
realizadas unicamente com fontes bibliográficas, e boa parte de estudos 
exploratórios pode ser definida como pesquisa bibliográfica. (Idem, 2002) 
Para Triviños (1987), o estudo exploratório permite que pesquisador, aumente 
a sua experiência em torno de um determinado problema. 
Segundo Gerhardt e Silveira (2009), a pesquisa qualitativa possui os aspectos 
da realidade que não podem ser quantificados, deve-se compreender e explicar a 
dinâmica das relações sociais. 
A pesquisa documental para Gil (2002) é muito parecida com a pesquisa 
bibliográfica. A diferença está na natureza das fontes: Enquanto a pesquisa 
bibliográfica utiliza a contribuição de vários autores sobre um determinado assunto, 
a pesquisa documental se utiliza de documentos que não receberam análise ou 
podem ser reelaborados conforme os objetos de pesquisa. 
A pesquisa bibliográfica é muito importante, pois ela é o marco teórico de 
qualquer investigação científica. Através da pesquisa, se consegue aprimorar os 
conhecimentos e o espírito investigativo. 
Para facilitar a pesquisa, tendo em vista, a grande quantidade de publicações, 
utilizou-se critérios que deveriam orientar a investigação. 
Neste sentido, buscou-se autores conhecidos sobre o assunto, priorizando as 
publicações nacionais e artigos, de acordo com a temática de cada capítulo. 
Selecionamospelo resumo e a introdução, os que seriam lidos completamente ou 
apenas extraídos as ideias principais. 
32 
 
O levantamento de dados foi realizado através de documentos, banco de 
dados da Sciello e várias literaturas sobre o assunto na internet; na procura de 
artigos, teses, livros, jornais, como também de revistas científicas. Foram utilizadas 
as palavras chave; velhice envelhecimento, Centro de Convivência e qualidade de 
vida. 
Após a coleta de dados, foram feitas leituras acompanhadas por anotações, 
com o objetivo de analisar e interpretar as diversas publicações e documentos, o 
que proporcionou um maior entendimento, sobre os conceitos de velhice, 
envelhecimento, e qualidade de vida. 
Optou-se pela análise qualitativa, pois ela permite uma melhor compreensão 
e interpretação das diversas publicações científicas. 
Para Triviños (1997), é importante que o pesquisador tenha amplo domínio 
não só do estudo que está realizando, como também do embasamento teórico que 
lhe serve de apoio, para atingir os objetivos da investigação. 
A humanidade careceu de milhões de anos, para atingir meio bilhão de 
pessoas. O que teria acontecido em 1830 [...]. (VERAS, 2003) 
Em 1960 havia três bilhões de habitantes no planeta. De lá pra cá, esses 
números só cresceram. (Idem, 2003) 
[...] as projeções são de que em 2050, a população em idade mais avançada, 
chegará a 1.900 bilhões de pessoas, o que equivale à faixa da população infantil de 
0 a 14 anos de idade. (Idem, 2003) 
Paralelamente ao aumento da população idosa, o Brasil enfrenta uma crise 
econômica que acarreta vários problemas sociais na vida do idoso,em particular, ao 
idoso dependente. (CALDAS, 2003) 
Ainda segundo o autor, o baixo nível de renda, a baixa escolaridade, a 
carência de serviços públicos e saneamento básico, indicam que as condições e a 
qualidade de vida da população idosa no Brasil sãoprecárias. 
Diante desse contexto, o trabalho justifica-se, pois, o aumento da população 
em idade mais avançada vem crescendo, e levanta questões, que devem ser 
discutidas pela sociedade e pelos formuladores de políticas públicas. 
Tanto o governo, quanto a sociedade civil não podem ficar omissos a esse 
respeito; pois se não houver a melhoria das condições de vida dessa população, 
poderá ocorrer sérios problemas, que serão de difícil solução no futuro. 
33 
 
É preciso criar políticas públicas que atendam a população idosa, no que se 
refere à saúde, educação, habitação, etc., quanto às condições para o aumento da 
vida ativa e a prevenção de riscos sociais. 
O presente trabalho iniciou-se, no período da prática cotidiana de estágio, 
onde se observou grandes mudanças, não só nos comportamentos, mas também, 
no processo de autonomia e de certos conceitos, pois o idoso quando entra na 
instituição, em muitas das vezes, traz consigo visões de mundo distorcidas sobre a 
realidade. 
O Centro de Convivência, por vezes, é o único local, em que o idoso pode 
interagir com as pessoas, ter o seu lazer, ter motivação para continuar a viver, se 
socializar; na busca de envelhecer com melhor qualidade de vida. 
Neste sentido, o assunto é relevante, tanto para o meio acadêmico, quanto 
para a sociedade, merece ser discutido e analisado, pois a sociedade deve se 
preparar para atender as demandas da população idosa, que geralmente são 
excluídos do meio social. 
Desse modo, sentimos a necessidade de ampliar os estudos sobre o tema: 
A Importância do Centro de Convivência na Qualidade de Vida do Idoso. 
O trabalho abordou os seguintes tópicos: O envelhecimento populacional; o 
envelhecimento e suas demandas na sociedade; as políticas públicas para idosos; 
Lar Fabiano de Cristo-Casa Amigos Dedicados; o trabalho do Assistente Social no 
Centro de Convivência; Centro de Convivência e qualidade de vida. 
Espera-se que o presente trabalho, possa corroborar, para futuras pesquisas 
sobre o processo de envelhecimento com qualidade de vida, pois o tema é bastante 
atual, e requer outras discussões. 
34 
 
CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
 
Diante do que foi exposto, podemos concluir que o crescimento da população 
idosa traz uma grande repercussão, tanto na área demográfica, quanto social e 
econômica; mas devemos ressaltar que o envelhecimento não deve ser visto como 
um problema, e sim, como uma melhoria, na vida da população. 
Estamos aumentando a expectativa de vida, devido aos avanços na medicina 
e a novas tecnologias, que permitem a prevenção ou cura de muitas doenças, e com 
isso ganhamos qualidade de vida. 
Por isso, o envelhecimento deve ser pensado ao longo da vida; é importante 
uma boa alimentação, fazer atividades físicas, conviver com outras pessoas, para se 
chegar a velhice de forma saudável. 
Não se pode precisar a idade de ser considerado “velho”, vai depender das 
características individuais de cada um, ele é único, e depende de indivíduo para 
indivíduo. 
Aliás, existe muito preconceito sobre a questão do ser “velho”, pois 
atualmente na sociedade se prega a “eterna juventude”. 
As pessoas procuram lançar mãos de “ferramentas”,como fazer plásticas, 
pintar os cabelos, para esconder a idade real, para parecer mais jovem. 
Isso nos mostra, como essa questão ainda é vista de forma negativa no meio 
social, pois o idoso é muito discriminado. 
A sociedade tende a achar, que o idoso não tem capacidade para alcançar as 
novas tecnologias, a vida sexual não é vista como normal nesta fase da vida, e para 
continuar no mercado de trabalho, há uma grande dificuldade, pois geralmente a 
predileção é por pessoas mais novas; como se o idoso não tivesse capacidade de 
fato, de continuar trabalhando. 
Neste sentido, é importante enfatizar, que o preconceito deve ser combatido, 
pois o idoso ainda tem muito a contribuir, e deve participar ativamente na sociedade. 
Outro aspecto relevante sobre o envelhecimento, é que a velhice é uma fase 
que traz fragilidades físicas e emocionais. 
Isso não quer dizer que idoso seja uma pessoa inválida; e envelhecer, não é 
sinônimo de doença. 
35 
 
Devemos repensar a forma de se ver a velhice; ela deve ser compreendida 
como uma fase que propicia novas conquistas e realizações e não necessariamente, 
uma fase de perdas. 
A sociedade deve buscar novas alternativas que possam contribuir com a 
autonomia e a qualidade de vida dessa população. 
Isso é um problema, que precisa ser solucionado, tanto pelos profissionais 
ligados à área do envelhecimento, como para os cuidadores, que geralmente é 
algum familiar. 
Segundo o Estatuto do Idoso, lei nº10.741 de 2003, a responsabilidade de 
cuidar do idoso é da família, do Estado e da sociedade. 
A família é vista como uma instituição, que têm a função de proteger e cuidar 
do idoso na sociedade. 
Mas nem sempre isso ocorre, devido a desarmonia familiar ou porque o idoso 
se encontra dependente, um dos caminhos, pra resolver tal situação, são as 
Instituições de Longa Permanência. 
O idoso que se vê, em uma instituição asilar, sofre de vários problemas 
emocionais, como o sentimento de rejeição e abandono, e acaba vivendo à margem 
da sociedade, mas é obrigado, a se adaptar à nova vida. 
Geralmente, a família não tem nenhum preparo e nem o suporte necessário 
para lidar com essa situação. 
Diante deste quadro, o Estado deve avançar, na criação de estruturas de 
apoio, para que a família possa continuar a cuidar do idoso, e que este, possa ter o 
direito do convívio familiar. 
Sobre a saúde, o envelhecimento traz como demanda, o aparecimento de 
doenças crônicas degenerativas, como: a diabetes, hipertensão,doenças 
cardiovasculares, artrite, artrose, que podem levar a algum tipo limitação, no sentido 
de fazer as tarefas do dia a dia; fazer compras, tomar a medicação,utilizar o 
transporte público. 
O idoso com algum comprometimento de saúde, precisa ter 
acompanhamento médico e muito dessas doenças podem ser evitadas se forem 
adotadas medidas de promoção e prevenção na área da saúde, o que contribui com 
a qualidade de vida dessa população. 
36 
 
Quanto a isso, os profissionais de saúde devem estar capacitados para 
compreender o processo do envelhecimento e satisfazer as suas necessidades, 
como a melhoria da capacidade funcional. 
É preciso evitar que as pessoas desenvolvam as doenças crônicas, pois ela 
pode gerar incapacidade física ou mental; portanto, é necessário que se faça 
investimentos na área de saúde coletiva, pois os serviços públicos de saúde estão 
de péssima qualidade 
Com relação a isso, o Sistema Único de Saúde deve melhorar o tempo nos 
atendimentos e na estruturação dos serviços; pois faltam leitos, equipamentos, 
materiais, o que compromete o tratamento de saúde; e consequentemente há uma 
grande elevação, no quadro de internação hospitalar. 
O envelhecimento saudável, com qualidade de vida, depende da promoção e 
acesso a saúde, mas também de fatores econômicos, ambientais, sociais e 
educacionais. 
Em razão disso, se faz necessário que o Estado possa garantir os direitos 
fundamentais da população idosa como: saúde, habitação, alimentação, renda, etc. 
E que este, possa ter acesso aos serviços básicos, necessários ao seu bem-estar, 
como: energia elétrica, água e esgoto, atendimento médico e hospitalar e transporte 
público de qualidade. 
O Brasil, tem procurado atender as demandas dapopulação idosa, buscando 
enfrentar os problemas sociais, mas não têm conseguido grandes resultados, pois 
muitos idosos, encontram-se em vulnerabilidade social. 
Neste sentido, a Constituição federal de 1988, consolidou vários dispositivos 
de proteção para os idosos. 
A lei Orgânica da Assistência Social (Loas), lei 8.742 de 1993, a Política 
Nacional do Idoso, lei 8.842 de 1994, e o Estatuto do Idoso, lei 10.741 de 2003. 
Todos esses dispositivos vieram ampliar e regulamentar os direitos do idoso. 
Mas as políticas, precisam avançar e sair do papel, precisam ser colocadas em 
prática, e melhorar as condições de vida do dessa população, afim de promover a 
sua autonomia e efetiva participação na sociedade. 
Durante o trabalho, estudos mostraram como é importante fazer atividades e 
trabalhos em grupo, pois auxilia a promover a autoestima e a integração do idoso na 
sociedade. 
37 
 
Quanto a isso, o campo de estágio, foi um período propício para se observar 
e constatar, a real importância do trabalho desenvolvido no Centro de Convivência. 
O Centro de Convivência Lar Fabiano de Cristo-Casa Amigos Dedicados 
surge como espaço de encontro e convivência social, que possibilita ao idoso 
compartilhar suas vivências, alegrias, tristezas e o auxilia, a investir na saúde em 
sua totalidade, seja na saúde física, mental e emocional. 
Através do Programa de Qualidade de vida, os idosos são inseridos nas 
atividades e são acompanhados de três em três meses por entrevistas e visitas 
domiciliares, que auxiliam na promoção social do idoso. 
O idoso inserido no Centro de Convivência, interage melhor com o outro, 
trocam experencias e conhecimentos, e com isso surgem novos laços de amizade, o 
que auxilia a prevenir o isolamento e a depressão. 
As atividades desenvolvidas, como coral, aulas de dança, teatro, artesanato, 
Pilates, alongamento, terapiasholísticas, oficina de hemoterapia, etc., estimulam o 
desenvolvimento cognitivo, físico, moral, psicológico, afetivo e espiritual; o que 
favorece o aumento da autoestima e consequentemente, a uma melhoria na 
qualidade de vida dessas pessoas. 
Através das ações sócio educativas, ele é orientado sobre seus direitos, mas 
também sobre seus deveres, o que permite ao idoso o exercício da cidadania e a 
socialização. 
Sobre o trabalho do Assistente Social na Instituição, ele tem um olhar crítico 
sobre a realidade social do idoso. 
Através de suas ações, ele procura intervir, visando a melhoria das condições 
de vida dos coparticipantes(usuários). 
Neste sentido, o trabalho social tem caráter continuo, e busca fortalecer os 
vínculos familiares e sociais, com vistas, a promoção integral do idoso e sua família, 
inscritos na Instituição. 
Como podemos observar, o Centro de Convivência, muitas vezes, é o único 
local em que o idoso tem o convívio social; tem sido uma alternativa estimulada no 
Brasil, no sentido de proporcionar ao idoso, envelhecer com mais qualidade de vida. 
O presente trabalho procurou tecer algumas considerações, no que se refere 
ao processo do envelhecimento com qualidade de vida. 
Uma vez que a população em idade mais avançada vem aumentando 
consideravelmente em todo o mundo. 
38 
 
A sociedade não deve medir esforços, no sentido de que a última etapa da 
vida seja vivida de forma saudável, com mais qualidade de vida. 
39 
 
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