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Protocolo de Enfermagem na Atenção Primária Fascículo Enfermagem no Cuidado dos Ciclos de Vida no Contexto da Atenção Primária à Saúde Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro Secretaria Municipal de Saúde Subsecretaria de Atenção Primária, Vigilância e Promoção da Saúde Superintendência de Atenção Primária Fascículo Enfermagem no Cuidado dos Ciclos de Vida no Contexto da Atenção Primária à Saúde Rio de Janeiro 2017 ©Secretaria Municipal de Saúde do Rio de Janeiro Prefeito da Cidade do Rio de Janeiro Marcelo Crivella Secretário Municipal de Saúde Marco Antônio de Mattos Subsecretária Geral Executiva Ana Beatriz Busch Araújo Subsecretária de Atenção Primária, Vigilância e Promoção da Saúde Claudia Nastari Superintendente de Atenção Primária Leonardo Graever Organizadoras Fernanda Prudencio Nina Prates Fabiane Minozzo Equipe Técnica de Elaboração, Revisão e Apoio Alex Ribeiro Ana Carolina Moraes Lamberti Ana Helena Rissin Ana Karinny Clímaco de O. Grego Andréa Silveira Manso Camila do Desterro Carmem Lopes Daniele Pinheiro E Silva Fernanda Prudencio Gabriela Rêgo de Almeida Muñoz Isadora Siqueira de Souza Jéssica de Barros Ribeiro Juliana Paulo e Silva Fascículo Enfermagem no Cuidado dos Ciclos de Vida no Contexto da Atenção Primária à Saúde Juliana Rodrigues Ferreira de Oliveira Juliana Rodrigues C. Langsdorff Lidiane Dias Reis Luciana Quagliane Ribeiro Márcia Soares Vieira Margareth G. Sgambato Ferreira Nadja Greffe Neyse da Silva Couto Natacha Carvalho Silva Paulenir Costa vieira Rosane Rito Roseli Cruz de O. Vicente Silvana Holanda Revisão Técnica - Secretaria Municipal de Saúde Andrea Silveira Manso Fátima Virgínia Fernanda Prudencio Nina Prates – Universidade Federal do Rio de Janeiro Elizabete Pimenta de Araújo Paz – Câmara Técnica de Gestão e Assistência de Enfermagem – COREN/RJ Gisele Marques Projeto Gráfico e Diagramação Cláudia Araujo Normatização Ercilia Mendonça – Núcleo de Publicação e Memória CARTA COREN 1 - INTRODUÇÃO 2 - SAÚDE DA CRIANÇA 1. Acolhimento Mãe-Pai - Bebê Nas Unidades De Atenção Primária À Saúde 2. Condutas de Enfermagem a queixas específicas 3. Solicitações de exames complementares em crianças assintomáticas 3.1 Hemograma completo 3.2 Exame de Fezes e Exame de Urina Simples 4. Protocolo para acompanhamento de recém-natos com sífilis congênita, egressos da maternidade na APS 5. Orientações sobre Alimentação em Crianças Menores de Dois Anos 5.1 Orientações sobre Alimentação Para Crianças Menores de Dois Anos 5.2 Os Dez Passos para uma Alimentação Saudável para Crianças Menores de Dois Anos 5.3 Orientações de Alimentação Nos Casos de Crianças Não Amamentadas 3 - SAÚDE DO ADOLESCENTE 6. O Cuidado do Adolescente pelo Enfermeiro (idade entre 10 e 19 anos) 7. Orientações sobre Alimentação para Adolescentes 8. Principais agravos na adolescência 8.1 Transtornos Alimentares – Anorexia Nervosa E Bulimia 9. Protocolo de atendimento às crianças e adolescente vítimas de violência 10. Imunização em adolescentes 11. Saúde Sexual E Reprodutiva 11.1 Infecções Sexualmente Transmissíveis 15 17 82 SUMÁRIO Fascículo Enfermagem no Cuidado dos Ciclos de Vida no Contexto da Atenção Primária à Saúde 4 - SAÚDE DA MULHER 12. Assistência ao Pré-Natal 12.1 Atribuições dos Enfermeiros(as) no pré-natal 12.2 Exames laboratoriais na assistência pré-natal e condutas 12.3 Calendário das Consultas de Pré-Natal 12.4 Manejo do ganho de peso na gestação 12.5 Conduta nas Alterações da Pressão Arterial 12.6 Diabetes na gestação 12.7 Vacinação da gestante 12.8 Condutas Nas Queixas Mais Frequentes 12.9 Principais Sinais de Alerta na Gestação 12.10 Doença Exantemática em Gestante 12.11 Normatizações e Legislações Vigentes para boas práticas ao pré-parto, parto e puerpério 12.12 Cegonha Carioca 12.13 Direitos Sociais da Gestante e do Pai 12.14 Gestantes em Vulnerabilidade Social 12.15 Direitos Trabalhistas das Gestantes e do Pai 13. Puerpério 13.1 Assistência ao Puerpério 13.3 Condutas na Consulta de Puerpério 13.4 Anticoncepção no Puerpério 14. Planejamento Sexual e reprodutivo 14.1 Assistência à Pré-Concepção 98 14.2 Assistência à Contracepção 15. Climatério e Menopausa 15.1 Alterações Orgânicas no Climatério e Resposta Sexual 15.2 Recomendações aos Profissionais de Saúde na Atenção a Mulher no Climatério 15.3 Terapia de Reposição Hormonal 16. Atenção às mulheres em situação de violência doméstica e sexual 16.1 O Atendimento da equipe e o processo de trabalho frente à violência 16.2 Atenção humanizada na situação de interrupção legal da gestação 16.3 Anticoncepção hormonal de emergência – AHE 5 - SAÚDE DO HOMEM 17. CUIDADO DE ENFERMAGEM AO HOMEM DE 20 A 59 ANOS 17.1 Acesso aos serviços de APS 17.2 Consulta de Enfermagem 17.3 Rastreamento tabagismo 17.4 Rastreamento de abuso do álcool 17.5 Paternidade E Cuidado 17.6 Sexualidade E Reprodução 6 - CUIDADO DA PESSOA IDOSA Introdução 18. Política De Atenção À Saúde Da Pessoa Idosa (Morbimortalidade) 19. Acesso Ao Serviço De Aps Da Pessoa Idosa Do Território (Diagnostico De Saúde) REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS Fascículo Enfermagem no Cuidado dos Ciclos de Vida no Contexto da Atenção Primária à Saúde 183 196 LISTA DE QUADROS: QUADRO 01. Calendário de Acompanhamento do Crescimento e Desenvolvimento de Crianças de Baixo Risco (0 a 10 anos) QUADRO 02. Tratamento medicamentoso para parasitose intestinal QUADRO 03. Síntese na atenção ao planejamento reprodutivo: critérios de elegibilidade QUADRO 04. Métodos contraceptivos ofertados na Atenção Primária QUADRO 05. Avaliação de risco para os cuidados profiláticos e de tratamento decorrentes da violência sexual LISTA DE FLUXOGRAMAS FLUXOGRAMA 01. Fluxo de acolhimento mãe-pai-bebê nas unidades da APS após alta da maternidade FLUXOGRAMA 02. Avaliação e Acompanhamento da Criança de 0 a 02 meses pelo Enfermeiro FLUXOGRAMA 03. Avaliação e Acompanhamento da Criança de 02 meses a 05 anos pelo Enfermeiro FLUXOGRAMA 04. Avaliação e Acompanhamento da Criança de 05 anos a 11 anos pelo Enfermeiro FLUXOGRAMA 05. Atendimento a criança com Escabiose (sarna) FLUXOGRAMA 06. Atendimento a criança com Pediculose FLUXOGRAMA 07. Atendimento a criança com Dermatite de Fralda FLUXOGRAMA 08. Atendimento a Criança com Brotoeja FLUXOGRAMA 09. Atendimento ao lactente com Cólica FLUXOGRAMA 10. Atendimento a Criança com Monilíase Oral FLUXOGRAMA 11. Atendimento a Criança com Parasitose Intestinal FLUXOGRAMA 12. Atendimento a criança com Diarreia FLUXOGRAMA 13. Atendimento a criança Com Constipação Intestinal FLUXOGRAMA 14. Atendimento a Criança com Febre FLUXOGRAMA 15. Atendimento a Criança com Dor de ouvido-Otite média (maior de 02 anos até 11 anos 11 meses e 29 dias) 26 46 130 138 164 23 28 30 32 34 36 38 39 40 42 44 48 50 52 54 Fascículo Enfermagem no Cuidado dos Ciclos de Vida no Contexto da Atenção Primária à Saúde FLUXOGRAMA 16. Atendimento a criança com alteração respiratória FLUXOGRAMA 17. Atendimento a criança com alteração no coto umbilical FLUXOGRAMA 18. Atendimento a criança com Anemia FLUXOGRAMA 19. Acompanhamento de recém-natos com sífilis congênita, egressos da maternidade, na APS FLUXOGRAMA 20. Atendimento do enfermeiro ao adolescente FLUXOGRAMA 21. Atendimento às crianças e adolescente vítimas de violência FLUXOGRAMA 22. Diagnóstico da Gravidez FLUXOGRAMA 23. Fluxo de Atendimento à Gestante nos Três Níveis de Atenção FLUXOGRAMA 24. Roteiro para as Consultas de Pré-Natal FLUXOGRAMA 25. Auxílio à concepção – Planejamento de uma gravidez FLUXOGRAMA 26. Auxílio à contracepção – Escolha do método TABELA 27. Anticoncepcional oral combinado(AOC) e minipílula TABELA28. anticoncepção injetável (AI) trimestral e mensal TABELA 29. Dispositivo Intra-uterino (DIU) de cobre FLUXOGRAMA 30. Esterilização voluntária feminina e masculina (métodos definitivos e cirúrgicos) FLUXOGRAMA 31. Fluxo de Atenção em Violência Doméstica e Sexual no IML (Apósa Mulher Prestar Queixa em Delegacia) FLUXOGRAMA 32. de acesso e acolhimento de enfermagem ao homem na APS em demanda livre FLUXOGRAMA 33. FLUXOGRAMA 34.Explorando a experiência da pessoa com o tabagismo FLUXOGRAMA 35.Rastreamento de abuso de álcool FLUXOGRAMA 36. A estratificação de risco de todos os idosos cadastrados pela equipe 56 58 60 66 84 92 101 102 109 140 142 148 150 152 154 179 185 188 189 191 199 1 Introdução Fascículo Enfermagem no Cuidado dos Ciclos de Vida no Contexto da Atenção Primária à Saúde 14 1- INTRODUÇÃO Este documento foi elaborado visando instrumentalizar os (as) enfermeiros (as) que trabalham diretamente na Atenção Primaria a Saúde (APS) na Cidade do Rio de Janeiro, trazendo recomendações sobre as áreas de Saúde da Criança, Adolescente, Mulher, Homem e Idoso, baseadas nas principais referencias de saúde, como WHO, NICE e Ministério da Saúde, entre outras, adaptados para a realidade brasileira e carioca. Esperamos auxiliar os Enfermeiros no desenvolvimento de ações individuais, familiares e coletivas de promoção e proteção da saúde, prevenção, diagnóstico, assistência, reabilitação, redução de danos e manutenção da saúde, desenvolvendo uma assistência de enfermagem integral, articulada com sua equipe multiprofissional e com a rede de saúde, baseada nos principais princípios da coordenação do cuidado, longitudinalidade e equidade que são os pilares da APS. Utilizando-se como instrumento organizador dos processos de trabalho a SAE, que apresenta-se como uma questão deontológica para a enfermagem. A Resolução COFEN nº. 358/2009 enfatiza a necessidade de aplicação da sistematização da assistência e a implementação do Processo de enfermagem na prática cotidiana da enfermagem em seus diferentes cenários de trabalho: utiliza método e estratégia de trabalho científico para a identificação das situações de saúde/doença, subsidiando ações de assistência de Enfermagem que possam contribuir para a promoção, prevenção, recuperação e reabilitação da saúde do indivíduo, família e comunidade, considerando assim a evolução dos conceitos de Consulta de Enfermagem. (FULY, 2008) O Decreto nº 94.406/1987 COFEN afirma ainda que cabe ao enfermeiro: A implantação, planejamento, organização, execução e avaliação do processo de enfermagem. Segundo a Resolução COFEN 358/2009, o processo de Enfermagem é um instrumento metodológico que orienta o cuidado profissional de Enfermagem e a documentação da prática profissional. O registro no prontuário não é sinônimo de sistematização, mas é um requisito legal indispensável à prática de enfermagem. E constitui uma etapa importante para cumprirmos com a SAE. Ainda baseado nesta resolução, o Processo de Enfermagem deve estar baseado num suporte teórico e se organiza em cinco etapas inter-relacionadas, interdependentes e recorrentes, são elas: Histórico de Enfermagem, Diagnóstico de Enfermagem, Planejamento de Enfermagem, Implementação e Avaliação de Enfermagem. Coleta de dados de Enfermagem (ou Histórico de Enfermagem) – realizado com o auxílio de métodos e técnicas variadas, tem por finalidade a obtenção de informações sobre a pessoa, família ou coletividade humana e sobre suas respostas em um dado momento do processo saúde e doença. 15 Diagnóstico de Enfermagem – processo de interpretação e agrupamento dos dados coletados na primeira etapa, que culmina com a tomada de decisão sobre os conceitos diagnósticos de enfermagem que representam, com mais exatidão, as respostas da pessoa, família ou coletividade humana em um dado momento do processo saúde e doença; e que constituem a base para a seleção das ações ou intervenções com as quais se objetiva alcançar os resultados esperados. Planejamento de Enfermagem – determinação dos resultados que se espera alcançar; e das ações ou intervenções de enfermagem que serão realizadas face às respostas da pessoa, família ou coletividade humana em um dado momento do processo saúde e doença, identificadas na etapa de Diagnóstico de Enfermagem. Implementação – realização das ações ou intervenções determinadas na etapa de Planejamento de Enfermagem. Avaliação de Enfermagem – processo deliberado, sistemático e contínuo de verificação de mudanças nas respostas da pessoa, família ou coletividade humana em um dado momento do processo saúde doença, para determinar se as ações ou intervenções de enfermagem alcançaram o resultado esperado; e de verificação da necessidade de mudanças ou adaptações nas etapas do Processo de Enfermagem. 2 Saúde da Criança Fascículo Enfermagem no Cuidado dos Ciclos de Vida no Contexto da Atenção Primária à Saúde 18 2 - SAÚDE DA CRIANÇA A Atenção à Saúde da Criança tem como relevância garantir desde seu nascimento um desenvolvimento intelectual, emocional, cognitivo e físico saudável. Este capítulo busca orientar o Enfermeiro a implementar assistência à criança, sua família e/ou ao cuidador, de maneira integral, atuando sobre condicionantes que possam reduzir a morbidade e mortalidade na infância (0 a 5 anos). Para isso, este protocolo busca orientar os Enfermeiros a desenvolverem e organizarem suas ações para: • Acompanhamento do Crescimento e Desenvolvimento Infantil; • Realização da Triagem Neonatal (Teste do Pezinho, Teste da Orelhinha, Teste do Olhinho e Teste do Coraçãozinho); • Estímulo e apoio ao aleitamento materno e orientação para alimentação saudável; • Diagnóstico e tratamento das doenças prevalentes na infância; • Imunização. 1. ACOLHIMENTO MÃE-PAI - BEBÊ NAS UNIDADES DE ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE - APÓS ALTA DA MATERNIDADE A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) do Município do Rio de Janeiro vem desenvolvendo, desde setembro de 2003, a estratégia de Acolhimento mãe-bebê, a qual foi implantada em parceria com o Programa de Saúde da Mulher nos mesmos moldes das ações “Primeira Semana Saúde Integral”. Considerando que as unidades de APS são as portas de entrada organizada para o acompanhamento do Crescimento e Desenvolvimento da criança, esta estratégia tem o objetivo de estabelecer uma referência para uma recepção humanizada, após alta da maternidade, do binômio mãe-bebê na unidade de APS mais próxima de sua residência realizando as seguintes ações: 1. Estabelecer referência para recepção humanizada da família, após alta da maternidade; 2. Realizar as ações preconizadas para a 1ª semana de vida do bebê e, no caso da mulher, as ações referentes à 1ª semana após o parto e; 3. Possibilitar o estabelecimento precoce do vínculo da família com a Unidade de Saúde. 19 Os profissionais deverão orientar as mães sobre os cuidados com o bebê e apoiá-las neste período de intensas mudanças na família com a chegada da criança (CAB33). As ações prioritárias neste momento são: - Incentivo ao aleitamento materno exclusivo; - Vacinação recomendada para o bebê e a mãe; - Teste do pezinho para detecção precoce de doenças; - Avaliação de risco do bebê e das condições de saúde das mães. Neste momento considera-se muito importante o estímulo à participação do pai/parceiro(a). Neste sentido, é de suma importância minimizar qualquer tipo de exclusão do pai/parceiro(a), que gera, muitas vezes, um grande sentimento de frustração e que reforça ainda mais o seu distanciamento das questões relativas à saúde dos filhos. Para a ampliação e o fortalecimento da participação do pai/parceiro(a), os profissionais devem estar atentos para o acesso e o acolhimento de qualidade dos mesmos, incluindo-os como sujeitos na lógica das consultas realizadas em conjunto com as mães e as crianças (CAB33). Além disso, o profissional de saúde deve estimular o desenvolvimento da parentalidade, a qual é definida como o conjunto de remanejamentos psíquicos e afetivos que permitem ao adulto tornar-se pai ou mãe. O termo parentalizar designa a influência positiva que uma pessoa exerce sobre o sentimento que um adulto tem de ser pai e mãe e refere-se à vivência da identidade parental e aos sentimentos de competênciados pais com relação aos cuidados que eles dispensam ao seu bebê(CAB33). Quem pode exercer a parentalização? - O bebê (durante suas interações com os pais); - Os cônjuges (que podem parentalizar um ao outro) - A família ampliada - Os profissionais que trabalham com pais e bebês. Portanto, para efetivação do Acolhimento Mãe-Pai-Bebê, é importante considerar que o acolhimento não é um momento fixo ou uma etapa, mas uma postura ética, política e, sobretudo empática, que pode ocorrer em boa parte dos momentos de interação entre usuários e profissionais de saúde (MS, 2016). 2 - SAÚDE DA CRIANÇA Fascículo Enfermagem no Cuidado dos Ciclos de Vida no Contexto da Atenção Primária à Saúde 20 - NO PRÉ-NATAL O Enfermeiro deve preparar a gestante, seu companheiro e sua família para as ações do Acolhimento Mamãe – Papai – Bebê durante as consultas de pré-natal, seguindo as sugestões abaixo: - A Gestante deve ser orientada sobre ações que devem ser realizadas para ela e seu bebê entre o 3º e 5º dia de vida. Quando o bebê permanece internado após o 5º dia, a coleta do teste do pezinho deve ser realizada na maternidade. - Nas consultas do 3º trimestre orientar sobre os Testes de Triagem Neonatal, vacinação e apresentar a Caderneta de Saúde da Criança. - Orientar sobre as vantagens do aleitamento materno, a importância de iniciar o aleitamento na 1ª meia hora de vida e outras informações pertinentes. - VISITA DOMICILIAR DO RN ATÉ 5º DIA O Enfermeiro junto a sua equipe deve realizar ou orientar a agenda de vistas domiciliares baseado na LISTA DE GESTANTES para os ACSs. Reiterando as seguintes ações: - Orientar sobre a importância da família comparecer à unidade de saúde para o Acolhimento Mãe- Pai-Bebê (3º ao 5º dia de vida do RN) - Utilizar o Guia de VD para o ACS - Avaliação de Vulnerabilidade em menores de 1 ano (Disponível na Plataforma Subpav no link http://subpav.org/download/crianca/cartelasFrente_geral_ascom_ curvas.pdf) - Realizar BUSCA ATIVA PARA OS FALTOSOS. - AÇÕES REALIZADAS NA UNIDADE DE APS NO MOMENTO DA CONSULTA DE ACOLHIMENTO MÃE-PAI-BEBÊ E muito importante estimular a participação dos pais/responsáveis nos cuidados do bebê e convidá-los a acompanharem as consultas de “Acompanhamento do Crescimento e Desenvolvimento”. 21 2 - SAÚDE DA CRIANÇA O Enfermeiro deve realizar, orientar ou encaminhar a ações pontuadas abaixo: • Coleta do Teste do Pezinho (idealmente do 3º ao 5º dia de vida); • Vacinas: BCG (checar, aplicar se ainda não realizado e registrar na Caderneta) e anti-hepatite B (checar / aplicar/ registrar). Verificar a situação vacinal da mãe para tétano e rubéola (completar esquema iniciado no pré-natal/iniciar esquema vacinal); Acesse o calendário de vacinação da criança atualizado no link a seguir: http://www.rio.rj.gov.br/dlstatic/10112/4860791/4153019/SVS_ CalendarioImuno_Site_CriancaJAN2016.pdf • Avaliação do aleitamento materno: orientação, proteção e apoio; utilizar também orientações e dicas da Caderneta; • Verificar na Caderneta de Saúde da Criança se há registro de realização do Teste do Reflexo Vermelho. Encaminhar para atendimento médico, caso não tenha sido realizado. • Verificar na Caderneta de Saúde da Criança se há registro de realização do Teste da Orelhinha. Agendar via SISREG, caso não tenha sido realizado e registrar na Caderneta; • Verificar na Caderneta de Saúde da Criança se há registro de realização do Teste do Coraçãozinho; • Identificar situações de violência doméstica entre pais e/ou outros familiares e dos pais/cuidadores com o bebê; • Orientar sobre cuidados com o bebê: coto umbilical, banho e posição de dormir - ver orientações na Caderneta da Criança; Incentivar a família na leitura da Caderneta de Saúde da Criança; • Agendar 1ª consulta médica para acompanhamento do Crescimento e Desenvolvimento, até 7º dia de vida, para o RN que se encontra em situação de vulnerabilidade; • Consulta Médica Imediata na presença de um dos sinais de perigo abaixo: - Se “não estiver bem”, irritado, “está diferente” - Não pode mamar no peito - Se tem vômitos - Temperatura axilar <35,5 ou >37,8ºC - Convulsões Fascículo Enfermagem no Cuidado dos Ciclos de Vida no Contexto da Atenção Primária à Saúde 22 - Letárgico, inconsciente ou flácido - Tiragem subcostal grave - Apneia - Gemido, estridor ou sibilância - Cianose central - Palidez severa - Icterícia abaixo do umbigo - Manifestação de sangramento (equimoses, petéquias, hemorragia) - Secreção purulenta do umbigo com eritema que se estende à pele - Distensão abdominal - FR > 60 ou <30 por minuto - Pústulas ou vesículas na pele (em grande número ou extensas) - Retardo no enchimento capilar (>2 segundos) - Anomalias congênitas maiores • Agendamento ou consulta da puérpera de acordo com a avaliação do risco: - Verificar presença de sinais de alerta (hemorragia, febre, dor, sinais de infecção, depressão e outros): consulta imediata e agendamento de consulta pós-natal. • Verificação do uso de Imunoglobulina Anti-Rh na maternidade, no caso da mulher Rh negativo (com parceiro Rh positivo); • Avaliação do método contraceptivo que está sendo utilizado (orientação, oferta de método de espera e encaminhamento para grupo de planejamento familiar); • Agendamento para retirada de pontos em caso de cesariana; • Agendamento de consulta odontológica/avaliação saúde bucal. 23 Fluxograma 01. Acolhimento Mãe – Pai – Bebê nas unidades da APS após alta da maternidade ALTA DA MATERNIDADE ACOLHIMENTO MAMÃE, PAPAI, BEBÊ Até o 5º dia de vida prioritariamente pela visita domiciliar ou na unidade de saúde. Utilizar o ROTEIRO DE ACOLHIMENTO MÃE, PAI, BEBÊ ** como instrumento norteador. AÇÕES P/ MÃE: - Orientações sobre amamentação e contracepção; - Avaliação de Saúde; - Agendamento de consulta do puerpério (02 consultas até 42 dias após o parto); - Vacinação; - Encaminhar para a consulta de odontologia; AÇÕES P/ PAI: - Orientações sobre os cuidados com o bebê; - Orientações sobre as necessidades e auxílio a parceira. AÇÕES P/ RN - Anamnese e exame físico; - Avaliar as vacinas ( aplicação da BCG e Hepatite B); - Registrar os dados na caderneta da vacina; - Avaliar a amamentação; - Aconselhamento e manejo da amamentação; - Enfatizar a importância da realização do teste do pezinho entre o 3º e 5º dia de vida, na unidade de saúde; *Riscos: • Peso ao nascer <2500g; • Mãe ≤ 15 anos; • Nenhum grau de instrução materna • IG<37 Semanas e > 42 semanas; • Anomalias congênitas; • Tipo de parto; • PC< 32 cm; • Nenhuma consulta Pré-Natal; • Apagar nos 5' <6; • Sífilis congênita; • Violência domestica; • Álcool e drogas; O teste do reflexo vermelho deve ser realizado pelo médico. Caso não tenha sido realizado na maternidade, sugere-se que seja feito no Acolhimento Mãe, Pai, Bebê, ou agendar uma consulta médica com até 30 dias de vida (MS) Agendamento de consulta para companhamento do crescimento e desenvolvimento (consulta médica até o 15° dia de vida) Encaminhamento para Atendimento Médico IMEDIATO Avaliação de risco do Bebê Bebê sem risco FONTE: Cab 32 e cab 33 Bebê com risco * 2 - SAÚDE DA CRIANÇA Fascículo Enfermagem no Cuidado dos Ciclos de Vida no Contexto da Atenção Primária à Saúde 24 ROTEIRO DE ACOLHIMENTO MÃE - PAI - BEBÊ Nome da Unidade: _______________________________________________________________ Dados Gerais de identificação Nome da mãe:_____________________________________ Idade:________________________ Nome do pai: ______________________________________ Idade: _______________________ Nome do(a) RN: __________________________________________________________________ Local do Parto: _________________________ Tipo do Parto: ( ) Normal ( ) Fórcipe ( ) Cesáreo Data do parto: ____/____/____ Data alta: ____/____/____ Data acolhimento: ____/____/____ Registro de Nascimento: ( ) Sim ( ) Não CPF: ____________________________ Avaliação do(a) RN RNR (RN de Risco): ( ) Sim - Qual? ____________________________________( ) Não Icterícia? ( ) Sim ( ) Não Lesão de pele: ( ) Sim ( ) Não Coto umbilical: ( ) secreção ( ) eritema ( ) sem alterações Aleitamento materno: ( ) somente leite materno (LM) ( ) LM + água, chá ou suco ( ) LM + outro leite ( ) somente outro leite Avaliação da mamada: mamilos, pega e posição – alterações: ( ) Sim ( ) Não Quais: _______________________________________________________________________ Encaminhada para apoio ao AM? ( ) Sim ( ) Não Onde? ____________________________ Vacinas aplicadas na maternidade: ( ) BCG ( ) Hepatite B Pai tem contato com a criança? ( ) Sim ( ) Não Quem ajuda você com o bebê? ( ) Pai ( ) Ninguém ( ) Outro: ________ Avaliação da Mãe Relação com bebê: ( ) tranquila ( ) conflituosa Relação com parceiro: ( ) tranquila ( ) conflituosa Queixa: _________________________________________________________________________________ Boas condições gerais de saúde? ( ) Sim ( ) Não Por quê? __________________________________ Cicatriz cirurgia em boas condições? ( ) Sim ( ) Não – Febre? ( ) Sim ( ) não Sangramento normal? ( ) Sim ( ) Não - Evacuação e micção s/alteração? ( ) Sim ( ) Não Mamas com alteração? ( ) Sim ( ) Não – Qual? _______________________ 25 2 - SAÚDE DA CRIANÇA Encaminhada para o planejamento familiar? ( ) Sim ( ) Não, por quê? ____________________________ Fornecido método contraceptivo de espera? ( ) Sim ( ) Não Desde que o bebê nasceu, você tem se sentido triste ou deprimida na maior parte do tempo? ( ) Sim ( ) Não Desde que o bebê nasceu, você tem se sentido incapaz de sentir prazer nas atividades que antes eram prazerosas para você? ( ) Sim ( ) Não Caso a paciente seja Rh (-), foi administrado imunoglobulina anti-Rh no pós-parto imediato? ( ) Sim ( ) Não. Caso não, encaminhar com urgência para maternidade de origem. Avaliação do Pai Relação com o bebê: ( ) tranquila ( ) conflituosa Relação com a parceira: ( ) tranquila ( ) conflituosa Período da ultima consulta: ( ) < 6 meses ( ) > 1 ano Ações de saúde realizadas: Para o bebê ( ) Teste do pezinho ( ) Teste da orelhinha ( ) Teste de coraçãozinho ( ) Reflexo vermelho ( ) BCG ( ) Apoio aleitamento materno. Peso = ___________ Encaminhamento para atendimento de urgência? ( ) Sim, por quê? ______________________( ) Não Agendada consulta p/ acompanhamento do crescimento / desenvolvimento ____/____/____ Outras? Quais? ___________________________________________________________________________ ___________________________________________ Para mãe ( ) recepção ( ) informação ( ) Esquema Vacinal ( ) retirada de pontos – data: ____/____/____ Encaminhada para atendimento de urgência? ( ) Sim, por quê? ____________________________( ) Não Agendada consulta de puerpério para: ____/____/____ - ____/____/____ Agendada na saúde bucal para: ____/____/____ Fascículo Enfermagem no Cuidado dos Ciclos de Vida no Contexto da Atenção Primária à Saúde 26 Quadro 01. Calendário de Acompanhamento do Crescimento e Desenvolvimento de Crianças de Baixo Risco (0 a 10 anos) IDADE Calendário de consultas Aleitamento Materno exclusivo Teste do Pezinho Reflexo Vermelho(*) Imunização Fonte: CPI/SVS/SUBPAV/SMS-Rio baseado no Calendário Nacional de Vacinação da CGPNI/ MS Chegada da maternidade Medico Enfermeiro Grupo Educativo Visita Domiciliar 3º/5º dia Acolhimento Mãe-bebê BCG, Hepatite B (se não recebeu na maternidade) < 7 dias Hepatite B 30 dias 2 meses VORH, VIP, Pentavalente, Pneumocócica 3 meses Meningocócica C 4 meses VORH, VIP, Pentavalente, Pneumocócica 5 meses Meningocócica C 6 meses VIP, Pentavalente 7 meses 8 meses 9 meses 10 meses 11 meses 12 meses Triplice viral, Pneumocócica e Meningocócica C 15 meses VOP, DTP, Hepatite A e Tetra Viral 18 meses 2 anos 2 anos e 6 m 3 anos 3 anos e 6 m 27 2 - SAÚDE DA CRIANÇA 4 anos DTP e VOP 4 anos e 6 m 5 anos 5 anos e 6 m 6 anos 6 anos e 6m 7 anos 7 anos e 6 m 8 anos 8 anos e 6 m 9 anos HPV Quadrivalente 9 anos e 6m 10 anos Hepatite B e Triplice Viral- SRC (caso não vacinado) e DT (reforço de 10 em 10 anos Fascículo Enfermagem no Cuidado dos Ciclos de Vida no Contexto da Atenção Primária à Saúde 28 Fluxograma 02. Avaliação e Acompanhamento da Criança de 0 a 02 meses pelo Enfermeiro AVALIAR OS SINAIS DE PERIGO: OBSERVAR: 1.Letargia, inconsciência, flacidez, irritabilidade, “não está bem”; 2.Vômitos; 3.Tiragem intercostal; 4.Apneia; 5.Batimento de asas de nariz; 6.Gemido, estridor e /ou sibilância; 7.Cianose, palidez e icterícia; 8.Pústulas ou vesículas na pele; 9.Equimoses, petéquias, hemorragias; 10.Secreção purulenta no umbigo, olhos e ouvidos; 11.Distensão abdominal; 12.Movimentos anormais; 13.Placas esbranquiçadas na boca; 14.Enchimento capilar lento (>02 segundos) 15.Outros problemas (ex: anomalias congênitas). Determinar: 1.Peso; 2.Frequência respiratória; 3.Temperatura axilar; 4.Enchimento capilar Perguntar: 1.Pode mamar no peito ou tomar leite? 2.Tem vômitos? 3.Tem dificuldade para respirar? 4.Tem febre ou hipotermia? 5.Tem convulsões? Avaliar e acompanhar de acordo com o risco: OS RN PIG, GIG, com restrição de crescimento intrauterino (RCIU), prematuros e os que nascem deprimidos têm maior risco de hipoglicemia, por isso deve se prevenir se possível medir a glicemia sanguínea. •Temperatura < 36° C ou > 37,5° C; •Está mal ou irritado, •Não pode mamar no peito; vômitos; •Convulsões, letárgico. Inconsciente ou flácido; •Tiragem intercostal grave; •Apneia; •Gemido, sibilância ou estridor; •Cianose central, palidez severa; •Icterícia abaixo do umbigo; •Manifestações de sangramento (equimoses, petéquias ou hemorragias); •Distensão abdominal; •Peso < 2000g; •Frequência respiratória > 60 ou < 30 irpm; •Pústulas ou vesículas na pele (em grande número ou extensas); •Retardo no enchimento capilar (>02 segundos); •Olhos fundos; •Sinal de prega cutâneo positivo; •Diarreia ≥07 dias; •Sangramento nas fezes; Atendimento médico imediato na APS •Secreção purulenta conjuntival; •Umbigo eritematoso ou com secreção purulenta; •Pústulas na pele (pequeno número); •Placas brancas na boca (monilíase oral). Atendimento médico na APS em até 60 minutos Realizar cuidados e orientações de enfermagem: 1.Ensinar a mãe a tratar as infecções localizadas em casa; 2. Ensinar a mãe a medidas preventivas e sinais de perigo para retorno imediato; 3.Aconselhar a mãe a prosseguir com o •Diarreia sem desidratação há menos de 07 dias e sem sangramento, problemas de amamentação/alimentação; •Cólicas; •Dermatite amoniacal; •Nenhum dos sinais anteriores. •Orientar a mãe sobre o AME e o retorno da criança da consulta de puericultura; •Avaliar e registrar na caderneta de saúde da criança. •Orientar a mãe sobre o AME e o retorno da criança da consulta de puericultura; SEGUIR O FLUXO DE QUEIXA •Avaliar e registrar na caderneta de saúde da criança. CONSULTA DE ENFERMAGEM NO MESMO TURNO. CONSULTA DE ENFERMAGEM Pode ser agendada a consulta ou Visita Domiciliar de acordo com o caso. Não apresenta sinais de perigo ou outros sinais descritos anteriormente.caso. ACOLHIMENTO E AVALIAÇÃO DE RISCO PELO ENFERMEIRO 29 AVALIAR OS SINAIS DE PERIGO: OBSERVAR: 1.Letargia, inconsciência, flacidez, irritabilidade, “não está bem”; 2.Vômitos; 3.Tiragem intercostal; 4.Apneia; 5.Batimento de asas de nariz; 6.Gemido, estridor e /ou sibilância; 7.Cianose, palidez e icterícia; 8.Pústulas ou vesículas na pele; 9.Equimoses, petéquias, hemorragias; 10.Secreção purulenta no umbigo, olhos e ouvidos; 11.Distensão abdominal; 12.Movimentos anormais; 13.Placas esbranquiçadas na boca; 14.Enchimento capilar lento (>02 segundos) 15.Outros problemas (ex: anomalias congênitas).Determinar: 1.Peso; 2.Frequência respiratória; 3.Temperatura axilar; 4.Enchimento capilar Perguntar: 1.Pode mamar no peito ou tomar leite? 2.Tem vômitos? 3.Tem dificuldade para respirar? 4.Tem febre ou hipotermia? 5.Tem convulsões? Avaliar e acompanhar de acordo com o risco: OS RN PIG, GIG, com restrição de crescimento intrauterino (RCIU), prematuros e os que nascem deprimidos têm maior risco de hipoglicemia, por isso deve se prevenir se possível medir a glicemia sanguínea. •Temperatura < 36° C ou > 37,5° C; •Está mal ou irritado, •Não pode mamar no peito; vômitos; •Convulsões, letárgico. Inconsciente ou flácido; •Tiragem intercostal grave; •Apneia; •Gemido, sibilância ou estridor; •Cianose central, palidez severa; •Icterícia abaixo do umbigo; •Manifestações de sangramento (equimoses, petéquias ou hemorragias); •Distensão abdominal; •Peso < 2000g; •Frequência respiratória > 60 ou < 30 irpm; •Pústulas ou vesículas na pele (em grande número ou extensas); •Retardo no enchimento capilar (>02 segundos); •Olhos fundos; •Sinal de prega cutâneo positivo; •Diarreia ≥07 dias; •Sangramento nas fezes; Atendimento médico imediato na APS •Secreção purulenta conjuntival; •Umbigo eritematoso ou com secreção purulenta; •Pústulas na pele (pequeno número); •Placas brancas na boca (monilíase oral). Atendimento médico na APS em até 60 minutos Realizar cuidados e orientações de enfermagem: 1.Ensinar a mãe a tratar as infecções localizadas em casa; 2. Ensinar a mãe a medidas preventivas e sinais de perigo para retorno imediato; 3.Aconselhar a mãe a prosseguir com o •Diarreia sem desidratação há menos de 07 dias e sem sangramento, problemas de amamentação/alimentação; •Cólicas; •Dermatite amoniacal; •Nenhum dos sinais anteriores. •Orientar a mãe sobre o AME e o retorno da criança da consulta de puericultura; •Avaliar e registrar na caderneta de saúde da criança. •Orientar a mãe sobre o AME e o retorno da criança da consulta de puericultura; SEGUIR O FLUXO DE QUEIXA •Avaliar e registrar na caderneta de saúde da criança. CONSULTA DE ENFERMAGEM NO MESMO TURNO. CONSULTA DE ENFERMAGEM Pode ser agendada a consulta ou Visita Domiciliar de acordo com o caso. Não apresenta sinais de perigo ou outros sinais descritos anteriormente.caso. ACOLHIMENTO E AVALIAÇÃO DE RISCO PELO ENFERMEIRO 2 - SAÚDE DA CRIANÇA Fascículo Enfermagem no Cuidado dos Ciclos de Vida no Contexto da Atenção Primária à Saúde 30 Fluxograma 03. Avaliação e Acompanhamento da Criança de 02 meses 05 anos pelo Enfermeiro AVALIAR OS SINAIS DE PERIGO: Pergunta a mãe se a criança: 1. Consegue beber ou mamar no peito? 2. Vomita tudo o que ingere? 3. Apresentou convulsões? 4. Letárgica ou inconsciente? Observar e/ou verificar: 1. Letargia ou inconsciência; 2. Inquietação ou irritação; 3. Tiragem intercostal; 4. Estridor e sibilancia em repouso; 5. Respiração rápida; 6. Olhos fundos; 7. Sinal de prega volta >02 segundos; 8. Febre (T> 37,5 °C); 9. Rigidez na nuca, abaulamento de fontanela; 10. Petequias; 11. Secreção purulenta de ouvido; 12. Palidez palmar, cianose; 13. Diarreia 14. Sangue nas fezes; 15. Edema; Determinar: 1. Temperatura Axilar; 2. Peso; 3. Verificação de PA nas crianças > 03 anos; 4. Frequência respiratória* Palpar: Tumefacção dolorosa atrás da orelha Verificar outros problemas; Classificar e acompanhar de acordo com o risco • Qualquer sinal de perigo; • Desidratação; • Rigidez de nuca ou Petequias ou abaulamento de fontanela; • Tumefação dolorosa ao toque atrás da orelha; • Emagrecimento acentuado visível; • Não pode mamar no peito ou vômitos; • Letárgico ou Inconsciente; • Tiragem intercostal grave; • Gemido, sibilância ou estridor; • Retardo no enchimento capilar (>02 segundos); • Palidez palmar grave; • Sinais de violência física; • Pacientes psiquiátricos com agitação psicomotora; • Intoxicação exógena. Atendimento médico imediato na APS Realizar os cuidados de enfermagem necessários. ADMINISTRAR A 1ª DOSE de Antibiótico supervisionado após prescrição médica • Febre (sem sinais de perigo); • Respiração rápida; • Inquieta ou irritada; • Olhos fundos; • Bebe avidamente (com sede); • Retardo no enchimento capilar (>02 segundos); • Secreção purulenta visível no ouvido há menos de 14 dias; • Sinais de violência psicossocial Atendimento médico na APS em até 60 minutos. Realizar cuidados e orientações de enfermagem: Agendar retorno até 48 horas para consulta médica. - Ensinar a mãe como dar medicação por V.O ou tratar infecções locais em casa; - Aliviar a tosse com medidas caseiras. Não apresenta sinais de perigo ou outros sinais descritos anteriormente * IDADE 02 a < 12 meses 01 a < 05 anos Definição de respiração rápida 50 ou mais irpm 40 ou mais irpm CONSULTA DE ENFERMAGEM Pode ser agendada a consulta ou Visita Domiciliar de acordo com o caso. - Orientar a mãe sobre o AME e o retorno da criança da consulta de puericultura; SEGUIR O FLUXO DE QUEIXA - Avaliar e registrar na caderneta de saúde da criança. • Tosse há < de 1 semana sem sinal de pneumonia ou esforço respiratório; • Diarreia sem desidratação há menos de 7 dias e sem sangramento; • Febre sem sinal de perigo e risco ou doença febril grave; dor no ouvido; • Problemas na amamentação/alimentação; • Dermatite amoniacal; • Profilaxia de anemia ferropriva. CONSULTA DE ENFERMAGEM NO MESMO TURNO. Retornar em 02 dias, para consulta médica caso não haja melhora. Orientar a Mãe sobre sinais de gravidade, com retorno imediato à Unidade ou emergência (durante à noite). - Orientar a mãe sobre o AME e o retorno da criança da consulta de puericultura; - Avaliar e registrar na caderneta de saúde da criança. ACOLHIMENTO E AVALIAÇÃO DE RISCO PELO ENFERMEIRO 31 2 - SAÚDE DA CRIANÇA AVALIAR OS SINAIS DE PERIGO: Pergunta a mãe se a criança: 1. Consegue beber ou mamar no peito? 2. Vomita tudo o que ingere? 3. Apresentou convulsões? 4. Letárgica ou inconsciente? Observar e/ou verificar: 1. Letargia ou inconsciência; 2. Inquietação ou irritação; 3. Tiragem intercostal; 4. Estridor e sibilancia em repouso; 5. Respiração rápida; 6. Olhos fundos; 7. Sinal de prega volta >02 segundos; 8. Febre (T> 37,5 °C); 9. Rigidez na nuca, abaulamento de fontanela; 10. Petequias; 11. Secreção purulenta de ouvido; 12. Palidez palmar, cianose; 13. Diarreia 14. Sangue nas fezes; 15. Edema; Determinar: 1. Temperatura Axilar; 2. Peso; 3. Verificação de PA nas crianças > 03 anos; 4. Frequência respiratória* Palpar: Tumefacção dolorosa atrás da orelha Verificar outros problemas; Classificar e acompanhar de acordo com o risco • Qualquer sinal de perigo; • Desidratação; • Rigidez de nuca ou Petequias ou abaulamento de fontanela; • Tumefação dolorosa ao toque atrás da orelha; • Emagrecimento acentuado visível; • Não pode mamar no peito ou vômitos; • Letárgico ou Inconsciente; • Tiragem intercostal grave; • Gemido, sibilância ou estridor; • Retardo no enchimento capilar (>02 segundos); • Palidez palmar grave; • Sinais de violência física; • Pacientes psiquiátricos com agitação psicomotora; • Intoxicação exógena. Atendimento médico imediato na APS Realizar os cuidados de enfermagem necessários. ADMINISTRAR A 1ª DOSE de Antibiótico supervisionado após prescrição médica • Febre (sem sinais de perigo); • Respiração rápida; • Inquieta ou irritada; • Olhos fundos; • Bebe avidamente (com sede); • Retardo no enchimento capilar (>02 segundos); • Secreção purulenta visível no ouvido há menos de 14 dias; • Sinais de violência psicossocial Atendimento médico na APS em até 60 minutos. Realizar cuidados e orientações de enfermagem: Agendar retorno até 48 horas para consulta médica. - Ensinar a mãe como dar medicação por V.O ou tratar infecções locais em casa; - Aliviar a tosse com medidas caseiras. Não apresenta sinais de perigo ou outros sinais descritos anteriormente * IDADE 02 a < 12 meses 01 a < 05 anos Definição de respiração rápida 50 ou mais irpm 40ou mais irpm CONSULTA DE ENFERMAGEM Pode ser agendada a consulta ou Visita Domiciliar de acordo com o caso. - Orientar a mãe sobre o AME e o retorno da criança da consulta de puericultura; SEGUIR O FLUXO DE QUEIXA - Avaliar e registrar na caderneta de saúde da criança. • Tosse há < de 1 semana sem sinal de pneumonia ou esforço respiratório; • Diarreia sem desidratação há menos de 7 dias e sem sangramento; • Febre sem sinal de perigo e risco ou doença febril grave; dor no ouvido; • Problemas na amamentação/alimentação; • Dermatite amoniacal; • Profilaxia de anemia ferropriva. CONSULTA DE ENFERMAGEM NO MESMO TURNO. Retornar em 02 dias, para consulta médica caso não haja melhora. Orientar a Mãe sobre sinais de gravidade, com retorno imediato à Unidade ou emergência (durante à noite). - Orientar a mãe sobre o AME e o retorno da criança da consulta de puericultura; - Avaliar e registrar na caderneta de saúde da criança. ACOLHIMENTO E AVALIAÇÃO DE RISCO PELO ENFERMEIRO Fascículo Enfermagem no Cuidado dos Ciclos de Vida no Contexto da Atenção Primária à Saúde 32 Fluxograma 04. Avaliação e Acompanhamento da Criança 05 a 11 anos , 11 meses e 29 dias pelo Enfermeiro AVALIAR OS SINAIS DE PERIGO: Perguntar ou observar: 1. Há comprometimento das vias aéreas? 2. A respiração é ineficaz? 3. A criança estã não reativa? 4. Sinais de choque? 5. Alteração do estado de consciência? 6. Dor moderada a severa? 7. Hemorragia? 8. Vômitos persistentes? 9. Febre? 10. Rigidez na nuca; 11. Petequias; 12. Convulsão; 13. Cianose; 14. Edema. Verificar: 1. Temperatura; 2. FR (Normal até 30irpm); 3. Peso/altura; 4. Verificação de Pressão Arterial; 5. Sinais de violência física e psicossocial; 6. Outros problemas. • Comprometimento das vias aéreas; • Febre >37,8 °C; • Respiração ineficaz; • Criança não reativa; • Alterações do estado de consciência; • Sinais de choque; • Dor severa; • Hemorragia; • Rigidez na nuca; • Petequias; • Vômitos persistentes e convulsão; • Sinais de violência física ou intoxicação exógena; • Pacientes psiquiátricos com agitação psicomotora. Atendimento médico imediato na APS ou pela central de regulação para o hospital. Realizar os cuidados de enfermagem necessários. ADMINISTRAR A 1ª DOSE de Antibiótico supervisionado após prescrição médica. • Febre (sem sinais de perigo); • Respiração rápida; • Inquieta ou irritada; • Olhos fundos; • Bebe avidamente (com sede); • Retardo no enchimento capilar (>02 segundos); • Secreção purulenta visível no ouvido há menos de 14 dias; • Sinais de violência psicossocial Atendimento médico na APS em até 60 minutos. Realizar cuidados e orientações de enfermagem: Agendar retorno até 48 horas para consulta médica. Não apresenta sinais de perigo ou outros sinais descritos anteriormente CONSULTA DE ENFERMAGEM Pode ser agendada a consulta ou Visita Domiciliar de acordo com o caso. - AVALIAR E REGISTRAR NA CADERNETA DE SAÚDE DA CRIANCA - Orientar a mãe sobre o AME e o retorno da criança da consulta de puericultura. • Tosse há < de 1 semana sem sinal de pneumonia ou esforço respiratório; • Diarreia sem desidratação há menos de 7 dias e sem sangramento; • Febre sem sinal de perigo e risco ou doença febril grave; dor no ouvido; • Problemas na amamentação/alimentação; • Dermatite amoniacal; • Profilaxia de anemia ferropriva. CONSULTA DE ENFERMAGEM NO MESMO TURNO. Retornar em 02 dias, para consulta médica caso não haja melhora. Orientar a Mãe sobre sinais de gravidade, com retorno imediato à Unidade ou emergência (durante à noite). - AVALIAR E REGISTRAR NA CADERNETA DE SAÚDE DA CRIANCA - Orientar a mãe sobre o AME e o retorno da criança da consulta de puericultura. SEGUIR O FLUXO DE QUEIXA ACOLHIMENTO E AVALIAÇÃO DE RISCO PELO ENFERMEIRO 33 2 - SAÚDE DA CRIANÇA AVALIAR OS SINAIS DE PERIGO: Perguntar ou observar: 1. Há comprometimento das vias aéreas? 2. A respiração é ineficaz? 3. A criança estã não reativa? 4. Sinais de choque? 5. Alteração do estado de consciência? 6. Dor moderada a severa? 7. Hemorragia? 8. Vômitos persistentes? 9. Febre? 10. Rigidez na nuca; 11. Petequias; 12. Convulsão; 13. Cianose; 14. Edema. Verificar: 1. Temperatura; 2. FR (Normal até 30irpm); 3. Peso/altura; 4. Verificação de Pressão Arterial; 5. Sinais de violência física e psicossocial; 6. Outros problemas. • Comprometimento das vias aéreas; • Febre >37,8 °C; • Respiração ineficaz; • Criança não reativa; • Alterações do estado de consciência; • Sinais de choque; • Dor severa; • Hemorragia; • Rigidez na nuca; • Petequias; • Vômitos persistentes e convulsão; • Sinais de violência física ou intoxicação exógena; • Pacientes psiquiátricos com agitação psicomotora. Atendimento médico imediato na APS ou pela central de regulação para o hospital. Realizar os cuidados de enfermagem necessários. ADMINISTRAR A 1ª DOSE de Antibiótico supervisionado após prescrição médica. • Febre (sem sinais de perigo); • Respiração rápida; • Inquieta ou irritada; • Olhos fundos; • Bebe avidamente (com sede); • Retardo no enchimento capilar (>02 segundos); • Secreção purulenta visível no ouvido há menos de 14 dias; • Sinais de violência psicossocial Atendimento médico na APS em até 60 minutos. Realizar cuidados e orientações de enfermagem: Agendar retorno até 48 horas para consulta médica. Não apresenta sinais de perigo ou outros sinais descritos anteriormente CONSULTA DE ENFERMAGEM Pode ser agendada a consulta ou Visita Domiciliar de acordo com o caso. - AVALIAR E REGISTRAR NA CADERNETA DE SAÚDE DA CRIANCA - Orientar a mãe sobre o AME e o retorno da criança da consulta de puericultura. • Tosse há < de 1 semana sem sinal de pneumonia ou esforço respiratório; • Diarreia sem desidratação há menos de 7 dias e sem sangramento; • Febre sem sinal de perigo e risco ou doença febril grave; dor no ouvido; • Problemas na amamentação/alimentação; • Dermatite amoniacal; • Profilaxia de anemia ferropriva. CONSULTA DE ENFERMAGEM NO MESMO TURNO. Retornar em 02 dias, para consulta médica caso não haja melhora. Orientar a Mãe sobre sinais de gravidade, com retorno imediato à Unidade ou emergência (durante à noite). - AVALIAR E REGISTRAR NA CADERNETA DE SAÚDE DA CRIANCA - Orientar a mãe sobre o AME e o retorno da criança da consulta de puericultura. SEGUIR O FLUXO DE QUEIXA ACOLHIMENTO E AVALIAÇÃO DE RISCO PELO ENFERMEIRO Fascículo Enfermagem no Cuidado dos Ciclos de Vida no Contexto da Atenção Primária à Saúde 34 2. Condutas de Enfermagem a queixas específicas: Fluxograma 05. Atendimento a criança com Escabiose (sarna): Não Sim ALTA Consulta de Enfermagem Consulta Médica Marcar retorno em 07 a 14 dias Melhora do quadro Apresenta purido intenso, lesões disseminadas e com exsudato purulento e/ou eczematização. Orientações de Enfermagem: 1. Manter a precaução; 2. Lavar as roupas e objetos pessoais em temperatura mínima de 55 °C; 3. Tratar a pessoa infectada e contatos ao mesmo tempo; Loção de Permetrina a 5%: É usada a partir de 02 anos. A aplicação deverá ser feita em toda a superfície corporal, exceto em mucosas, deixar atuar durante 08 a 12 horas à noite antes de dormir, retirar o produto com um banho na manhã no dia seguinte, durante seis noites consecutivas. Dose de reforço: deve-se repetir uma semana após a primeira aplicação para eliminação definitiva. OU Benzoato Benzila a 10 a 25%: crianças até 02 anos aconselha-se a diluição de 01 parte de produto para duas a três partes de água. Crianças entre 02 a 12 anos aconselha-se a diluição de uma parte do produto para uma parte de água. Sem exsudato purulento, apresenta prurido e lesões disseminadas. Planejamento de Enfermagem 35 Não Sim ALTA Consulta de Enfermagem Consulta Médica Marcar retorno em 07 a 14 dias Melhora do quadro Apresenta purido intenso, lesões disseminadas e com exsudato purulento e/ou eczematização. Orientações de Enfermagem: 1. Manter a precaução; 2. Lavar as roupas e objetos pessoaisem temperatura mínima de 55 °C; 3. Tratar a pessoa infectada e contatos ao mesmo tempo; Loção de Permetrina a 5%: É usada a partir de 02 anos. A aplicação deverá ser feita em toda a superfície corporal, exceto em mucosas, deixar atuar durante 08 a 12 horas à noite antes de dormir, retirar o produto com um banho na manhã no dia seguinte, durante seis noites consecutivas. Dose de reforço: deve-se repetir uma semana após a primeira aplicação para eliminação definitiva. OU Benzoato Benzila a 10 a 25%: crianças até 02 anos aconselha-se a diluição de 01 parte de produto para duas a três partes de água. Crianças entre 02 a 12 anos aconselha-se a diluição de uma parte do produto para uma parte de água. Sem exsudato purulento, apresenta prurido e lesões disseminadas. Planejamento de Enfermagem 2 - SAÚDE DA CRIANÇA Fascículo Enfermagem no Cuidado dos Ciclos de Vida no Contexto da Atenção Primária à Saúde 36 Fluxograma 06. Atendimento a criança com Pediculose Alta Repetir o tratamento e investigar as causas Sim Não Retorno em 05 dias Melhora do quadro OPÇÃO TRATAMENTO FITOTERÁPICO: Loção antiparasitária com arruda, boldo, e melão de São Caetano. Disponível em frasco de 200 ml. Aplicar a loção no couro cabeludo, abafar com uma touca, e deixar agir por 6 horas ou por toda noite. Pela manhã passar o pente fino para retirar as lêndeas e lavar os cabelos. Repetir o procedimento 7 dias depois. ATENÇÃO: A arruda é rica em furanocumarinas (bergapteno), substância que pode gerar fotodermatite de contato, assim deve ter evitado o uso do produto e posterior exposição ao sol. •Orientar quanto aos hábitos de higiene; •Remoção de lêndeas – realizar manualmente lavando previamente os cabelos e secando bem com uma toalha. Umedecer os cabelos com vinagre morno diluído em água – 1:1. Deixar agir por 20/30 min. Usar pente fino após as aplicações. Pode aplicar em crianças < 2 anos; •Prevenção na família e na escola – tratar contactantes; •Eliminar as formas adultas; •Roupas de cama e de uso pessoal - lavar com água quente ou lavar normalmente e passar a ferro; •Higienizar escovas, chapéus e bonés. Loção de Benzoato de Benzila a 25% diluído em duas partes de água, Ou Permetrina 1% por 10 a 15 minutos durante três dias seguidos e repetir após sete dias (usar com cautela em <02 anos Consulta de Enfermagem Localização de lêndeas e/ou parasitas no couro cabeludo Planejamento de Enfermagem Consulta Médica Com infecção secundária e < 2 anos 37 Alta Repetir o tratamento e investigar as causas Sim Não Retorno em 05 dias Melhora do quadro OPÇÃO TRATAMENTO FITOTERÁPICO: Loção antiparasitária com arruda, boldo, e melão de São Caetano. Disponível em frasco de 200 ml. Aplicar a loção no couro cabeludo, abafar com uma touca, e deixar agir por 6 horas ou por toda noite. Pela manhã passar o pente fino para retirar as lêndeas e lavar os cabelos. Repetir o procedimento 7 dias depois. ATENÇÃO: A arruda é rica em furanocumarinas (bergapteno), substância que pode gerar fotodermatite de contato, assim deve ter evitado o uso do produto e posterior exposição ao sol. •Orientar quanto aos hábitos de higiene; •Remoção de lêndeas – realizar manualmente lavando previamente os cabelos e secando bem com uma toalha. Umedecer os cabelos com vinagre morno diluído em água – 1:1. Deixar agir por 20/30 min. Usar pente fino após as aplicações. Pode aplicar em crianças < 2 anos; •Prevenção na família e na escola – tratar contactantes; •Eliminar as formas adultas; •Roupas de cama e de uso pessoal - lavar com água quente ou lavar normalmente e passar a ferro; •Higienizar escovas, chapéus e bonés. Loção de Benzoato de Benzila a 25% diluído em duas partes de água, Ou Permetrina 1% por 10 a 15 minutos durante três dias seguidos e repetir após sete dias (usar com cautela em <02 anos Consulta de Enfermagem Localização de lêndeas e/ou parasitas no couro cabeludo Planejamento de Enfermagem Consulta Médica Com infecção secundária e < 2 anos 2 - SAÚDE DA CRIANÇA Fascículo Enfermagem no Cuidado dos Ciclos de Vida no Contexto da Atenção Primária à Saúde 38 Fluxograma 07. Atendimento a criança com Dermatite Amoniacal ou de Fralda Planejamento de Enfermagem Alta Consulta Médica Sim Não Retorno em 05 dias Melhora do quadro Consulta de Enfermagem Avaliar sinais flogísticos Orientações: 1. Lavar o local com água morna a cada troca de fralda; 2. Suspender o uso de lenços umedecidos, assim como outros produtos industrializados (óleos, lavandas, soluções de limpeza de pele); 3. Usar amido de milho na água do banho e/ou fazer pasta (diluir em agua até obter cremosa) para uso local; 4. Suspender fraldas descartáveis; 5. Lavar as fraldas com sabão neutro, enxaguar bem e evitar o uso de produtos perfumados; 6. Usar Nistatina creme após a cada troca de fralda por 05 dias; 7. Usar cremes a base de óxido de zinco; 8. Expor a área ao sol de 05 a 10 minutos - uma vez ao dia; 9. Fazer o último enxague das fraldas com água e vinagre (01 litro de água adicionar 01 colher de sopa de vinagre branco). 39 Fluxograma 08. Atendimento a Criança com Miliária (Brotoeja) 2 - SAÚDE DA CRIANÇA Alta Sim NãoRetorno em 07dias Sem sinais de infecção Planejamento de enfermagem Consulta Médica Imediata Com Sinais de infecção ou lesões extensas Melhora do quadro Consulta de Enfermagem 1. Usar roupas leves; 2. Banhos frequentes com sabonete neutro; 3. Enxaguar o bebê após o banho com: 01 litro de água contendo 02 colheres (sopa) de amido de milho,3 vezes ao dia ou aplicar o amido diretamente na pele como se fosse talco ou aplicar a pasta d´água em três vezes ao dia após o banho, caso as lesões sejam das formas mais rubras e/ou profunda; 4. Orientar ao pai e a outros contatos da criança sobre a barba. Fascículo Enfermagem no Cuidado dos Ciclos de Vida no Contexto da Atenção Primária à Saúde 40 Fluxograma 09. Atendimento ao lactente com Cólica Consulta de Enfermagem Aleitamento Materno Exclusivo SimSim NãoNão Cuidados de Enfermagem*Planejamento de Enfermagem* Cuidados de Enfermagem*Retorno em 07 dias ou quando necessário.Cuidados de Enfermagem*Retorno em 07 dias ou quando necessário. SimSim SimNão Cuidados de Enfermagem*Consulta Médica Avaliar 1. Colocar a criança em decúbito dorsal apoiada sobre os braços; 2. Massagear o abdome com movimentos circulares; 3. Aplicar a compressa morna (orientar bem o responsável sobre o uso da compressa); 4. Dieta da nutriz (evitar café, chocolate, pimenta, doces, dentre outros). 1. Orientar quanto a diluição e preparo do leite; 2. Orientar sobre a observação da frequência e consistência das evacuações; 3. Orientar e avaliar sobre a possibilidade de resgatar o aleitamento materno exclusivo. • Distensão abdominal associado ao choro persistente; • Quadro febril ou gemência 41 2 - SAÚDE DA CRIANÇA Consulta de Enfermagem Aleitamento Materno Exclusivo SimSim NãoNão Cuidados de Enfermagem*Planejamento de Enfermagem* Cuidados de Enfermagem*Retorno em 07 dias ou quando necessário.Cuidados de Enfermagem*Retorno em 07 dias ou quando necessário. SimSim SimNão Cuidados de Enfermagem*Consulta Médica Avaliar 1. Colocar a criança em decúbito dorsal apoiada sobre os braços; 2. Massagear o abdome com movimentos circulares; 3. Aplicar a compressa morna (orientar bem o responsável sobre o uso da compressa); 4. Dieta da nutriz (evitar café, chocolate, pimenta, doces, dentre outros). 1. Orientar quanto a diluição e preparo do leite; 2. Orientar sobre a observação da frequência e consistência das evacuações; 3. Orientar e avaliar sobre a possibilidade de resgatar o aleitamento materno exclusivo. • Distensão abdominal associado ao choro persistente; • Quadro febril ou gemência Fascículo Enfermagem no Cuidado dos Ciclos de Vida no Contexto da Atenção Primária à Saúde 42 Fluxograma 10. Atendimento a Criança com Monilíase Oral Consulta de Enfermagem Consulta MédicaNãoNão Cuidados de Enfermagem*Retorno em 02 dias,caso ocorra dificuldades na alimentação e em 07 dias se não houver complicações. SimSim Melhora do quadro Manter orientações e ALTA Cuidados de enfermagem: 1. Limpar as lesões superficiais com solução bicarbonatada: 01 xícara de chá com água (fervida e já fria) e 01 colher de chá de bicarbonato de sódio. A higiene oral deve ser feita antes da mamada e a higiene do seio materno antes e após cada oferta ao bebê; 2. Remover, quando possível, bicos de mamadeiras, chupetas, mordedores e outros. Caso não seja possível, suspendê-los ou lavá-los com água e sabão e ferver por 15 minutos; 3. Evitar beijar a criança próxima aos lábios; 4. Lavar sempre as mãos antes e após o contato com a criança, antes e após higienizar as mamas; 5. Limpar as crostas com o dedo envolvido em uma fralda limpa, ou gaze umedecida nesta solução. Realizar durante 7 a 10 dias; 43 2 - SAÚDE DA CRIANÇA Consulta de Enfermagem Consulta MédicaNãoNão Cuidados de Enfermagem*Retorno em 02 dias, caso ocorra dificuldades na alimentação e em 07 dias se não houver complicações. SimSim Melhora do quadro Manter orientações e ALTA Cuidados de enfermagem: 1. Limpar as lesões superficiais com solução bicarbonatada: 01 xícara de chá com água (fervida e já fria) e 01 colher de chá de bicarbonato de sódio. A higiene oral deve ser feita antes da mamada e a higiene do seio materno antes e após cada oferta ao bebê; 2. Remover, quando possível, bicos de mamadeiras, chupetas, mordedores e outros. Caso não seja possível, suspendê-los ou lavá-los com água e sabão e ferver por 15 minutos; 3. Evitar beijar a criança próxima aos lábios; 4. Lavar sempre as mãos antes e após o contato com a criança, antes e após higienizar as mamas; 5. Limpar as crostas com o dedo envolvido em uma fralda limpa, ou gaze umedecida nesta solução. Realizar durante 7 a 10 dias; Fascículo Enfermagem no Cuidado dos Ciclos de Vida no Contexto da Atenção Primária à Saúde 44 Fluxograma 11. Atendimento a Criança com Parasitose Intestinal Consulta de Enfermagem Consulta de Médica ≥02 anos ≤02 anos Abaixo de 10kgQueixa de prurido anal e/ou vermes nas fezes Tratar Oxiúros ou Ascaris Sim Não Alta Cuidados de Enfermagem* Retorno em 30 dias Melhora do quadro clínico? Cuidados de Enfermagem* Orientar Cuidados de Enfermagem Tratar conforme quadro da página xx. Cuidados de Enfermagem* CONSULTA MÉDICA SOLICITAR PARASITOLÓGICO Cuidados de enfermagem: 1. Utilizar água tratada ou fervida; 2. Lavar bem os alimentos e deixa-los de molho em água com hipoclorito 2% (02 gotas por litro) por 30 minutos e lavar novamente; 3. Comer carne bem cozidas ou assada e nunca carne crua; 4. Manter as unhas limpas e curtas; 5. Lavar as mãos antes das refeições e após as evacuações e ao preparar os alimentos; • Saída de verme pela boca ou nariz • dor Periumbilical, • cólicas de repetição, • diarreia persistente, • constipação intestinal, • dor, náuseas ou vômitos. 45 Consulta de Enfermagem Consulta de Médica ≥02 anos ≤02 anos Abaixo de 10kgQueixa de prurido anal e/ou vermes nas fezes Tratar Oxiúros ou Ascaris Sim Não Alta Cuidados de Enfermagem* Retorno em 30 dias Melhora do quadro clínico? Cuidados de Enfermagem* Orientar Cuidados de Enfermagem Tratar conforme quadro da página xx. Cuidados de Enfermagem* CONSULTA MÉDICA SOLICITAR PARASITOLÓGICO Cuidados de enfermagem: 1. Utilizar água tratada ou fervida; 2. Lavar bem os alimentos e deixa-los de molho em água com hipoclorito 2% (02 gotas por litro) por 30 minutos e lavar novamente; 3. Comer carne bem cozidas ou assada e nunca carne crua; 4. Manter as unhas limpas e curtas; 5. Lavar as mãos antes das refeições e após as evacuações e ao preparar os alimentos; • Saída de verme pela boca ou nariz • dor Periumbilical, • cólicas de repetição, • diarreia persistente, • constipação intestinal, • dor, náuseas ou vômitos. 2 - SAÚDE DA CRIANÇA Fascículo Enfermagem no Cuidado dos Ciclos de Vida no Contexto da Atenção Primária à Saúde 46 Quadro 02. Tratamento medicamentoso para parasitose intestinal Doença Idade/ peso Medicamento Posologia Observando Ascaridiase Acima de l0Kg Acima de 2 anos Mebendazol 20mg/ ml Albendazol 400mg 5ml 2x/dia VO por 3 dias 01 cp ou l0ml VO/ dose única Repetir após 3 semanas Ancilostomíase Acima de l0Kg Mebendazol 20mg/ ml 5 mi 2 x/dia por 3 dias Repetir após 3 semanas Amebíase Acima de 2 anos Metronidazol Não exceder 750 mg/ dose 35 mg/kg/dia 3x/ dia nos casos leves por 5 dias Extra intestinal ou sintomática 50 mg/kg/dia por 10 dias Efeitos Colaterais: náuseas, cefaleia gosto metálico, vômitos, diarréias, erupção cutânea, ataxia, leucopenia, convulsões Enterobíase ou Oxiuríase Dose para todas as crianças, independente do peso e da idade Mebendazol 20mg/ ml 5 ml 2 x/dia VO por 3 dias Repetir após 3 semanas Tratar todas as crianças da casa Estrongiloidíase Acima de 2 anos Albendazol 400 mg 1 cp VO dose única Repetir em 3 semanas Tratar todas as crianças da casa 47 2 - SAÚDE DA CRIANÇA Giardíase Acima de 2 anos Metronidazol 15 mg/kg/dia (máximo 250mg) VO 2x/dia por 5 dias Efeito Colateral: náuseas, cefaleia gosto metálico, vómitos, diarreias, erupção cutânea, ataxia, leucopenia, convulsões. Tricocefalíase Acima de 2 anos Albendazol 400 mg 10ml em dose única ou 1 cp de 400 mg VO Repetir após 14 dias s/n Efeitos colaterais: dor abdominal, cefaleia, diarreia, náuseas e vômitos Teníase Acima de 2 anos Mebendazol 20mg/ ml ou Albendazol 400 mg 10 mi 2x/dia por 3 dias 1 cp VO dose única Tratar todas as crianças da casa Fonte: SMS/SP, Saúde da Criança e do Adolescente ñas Unidades Básicas de Saúde, 2012. Fascículo Enfermagem no Cuidado dos Ciclos de Vida no Contexto da Atenção Primária à Saúde 48 Fluxograma 12. Atendimento a criança com Diarreia Idade Menores de 01 ano 01 a 10 anos Maiores de 10 anos Quantidade de SRO após evacuação diarreica 50 a 100 ml 100 a 200 ml Tudo que quiser Quantidade de SRO para levar para o domicilio 1 envelope por dia 02 envelopes por dia 04 envelopes por dia Fonte: Manejo da diarreia, Ministério da Saúde, Brasil, 2011. • Desinteria (sangue nas fezes) Consulta de Médica Consulta de Médica Tempo de diarreia 02 meses a 05 anos Consulta de enfermagem • <02 meses; Cuidados de Enfermagem*Diarreia aguda Cuidados de Enfermagem*Planejamento de enfermagem Cuidados de Enfermagem*Verificar o estado de Hidratação Cuidados de Enfermagem*Diarreia persistente Cuidados de Enfermagem*Consulta médica ≥14 dias <14 dias Cuidados de Enfermagem* Sem desidratação Criança em alerta, olhos brilhantes, sem sede, fontanela normal e turgor da pele preservado. Cuidados de Enfermagem* Com desidratação Criança inquieta, irritada, olhos fundos, bebe avidamente com sede, turgor da pele diminuído. Cuidados de Enfermagem* Desidratação grave Letárgica ou inconsciente; Olhos fundos; Não consegue beber ou bebe mal; Turgor da pele muito diminuído. Orientação da enfermagem 1. Aumentar a oferta líquida; 2. Oferecer líquidos ou solução de reidratação oral (SRO) após a cada evacuação diarreica; 3. Aleitamento materno deve ser mantido e estimulado, caso a criança não mama na mãe continuar com o leite habitual e manter a dieta normal pra criança > 04 meses que comem alimentos sólidos; 4. Caso a criança não melhore em 02 dias ou apresentar sinais de desidratação e perigo orientar os pais a levar a unidade de saúde. 1. Oferecer SRO em pequenas quantidades de acordo com a sede da criança e deverá ser contínuo até desaparecer os sinais de desidratação; 2. SRO: 50 -100 ml /kg em 04 a 06 horas; 3. Avaliação periódica pelo médico se após este período a criança estiver hidratada passar para o PLANO A; 4. Durante a reidratação reavaliar o paciente com os sinais de desidratação, caso continue, repetir o PLANO B por mais de 02 horas e reavaliar, caso a criança evolua para desidratação com choque, passar para o PLANO C; 5.As crianças que estiverem em estado de desidratação deverão permanecer na Unidade de saúde até a reidratação completa; 6. Levar à criança a unidade de saúde se a criança não melhorar em 02 dias ou se apresentar qualquer dos sinais. 49 2 - SAÚDE DA CRIANÇA Idade Menores de 01 ano 01 a 10 anos Maiores de 10 anos Quantidade de SRO após evacuação diarreica 50 a 100 ml 100 a 200 ml Tudo que quiser Quantidade de SRO para levar para o domicilio 1 envelope por dia 02 envelopes por dia 04 envelopes por dia Fonte: Manejo da diarreia, Ministério da Saúde, Brasil, 2011. • Desinteria (sangue nas fezes) Consulta de Médica Consulta de Médica Tempo de diarreia 02 meses a 05 anos Consulta de enfermagem • <02 meses; Cuidados de Enfermagem*Diarreia aguda Cuidados de Enfermagem*Planejamento de enfermagem Cuidados de Enfermagem*Verificar o estado de Hidratação Cuidados de Enfermagem*Diarreia persistente Cuidados de Enfermagem*Consulta médica ≥14 dias <14 dias Cuidados de Enfermagem* Sem desidratação Criança em alerta, olhos brilhantes, sem sede, fontanela normal e turgor da pele preservado. Cuidados de Enfermagem* Com desidratação Criança inquieta, irritada, olhos fundos, bebe avidamente com sede, turgor da pele diminuído. Cuidados de Enfermagem* Desidratação grave Letárgica ou inconsciente; Olhos fundos; Não consegue beber ou bebe mal; Turgor da pele muito diminuído. Orientação da enfermagem 1. Aumentar a oferta líquida; 2. Oferecer líquidos ou solução de reidratação oral (SRO) após a cada evacuação diarreica; 3. Aleitamento materno deve ser mantido e estimulado, caso a criança não mama na mãe continuar com o leite habitual e manter a dieta normal pra criança > 04 meses que comem alimentos sólidos; 4. Caso a criança não melhore em 02 dias ou apresentar sinais de desidratação e perigo orientar os pais a levar a unidade de saúde. 1. Oferecer SRO em pequenas quantidades de acordo com a sede da criança e deverá ser contínuo até desaparecer os sinais de desidratação; 2. SRO: 50 -100 ml /kg em 04 a 06 horas; 3. Avaliação periódica pelo médico se após este período a criança estiver hidratada passar para o PLANO A; 4. Durante a reidratação reavaliar o paciente com os sinais de desidratação, caso continue, repetir o PLANO B por mais de 02 horas e reavaliar, caso a criança evolua para desidratação com choque, passar para o PLANO C; 5. As crianças que estiverem em estado de desidratação deverão permanecer na Unidade de saúde até a reidratação completa; 6. Levar à criança a unidade de saúde se a criança não melhorar em 02 dias ou se apresentar qualquer dos sinais. Fascículo Enfermagem no Cuidado dos Ciclos de Vida no Contexto da Atenção Primária à Saúde 50 Fluxograma 13. Atendimento a criança Com Constipação Intestinal Consulta de enfermagem Crianças > 06 meses Consulta médica Planejamento de enfermagem Melhora do quadro RETORNO EM 07 DIAS Sim Sim Alta Não Não Cuidados de Enfermagem* Febre, vômito, dor ou distensão abdominal, fissura anal, anorexia e/ou hemorroidas. IMPORTANTE: Nos recém-nascidos com aleitamento materno exclusivo pode ocorrer ausência de evacuação até sete dias (constipação intestinal fisiológica), porém devem ser avaliados pelo médico. Se houver eliminação de flatos, o abdome estiver flácido ou mesmo ocorrer eliminações de fezes amolecidas em intervalos longos, sem a presença de outros sintomas, isto indica normalidade para crianças em aleitamento materno exclusivo. Cuidados de enfermagem: 1. Diminuir os alguns alimentos: batata, cenoura cozida, banana-maçã e farináceos; 2. Oferecer alimentos ricos em fibras (verduras, mamão, laranja, tomates verdes, cenoura crua, farelo de trigo e aveia); 3. Aumentar ingesta hídrica; 4. Oferecer chá de ameixa preta (01 a 02 ameixas de molho em meio copo-75 ml de água filtrada; 5. Exercício e massagem abdominal. 51 2 - SAÚDE DA CRIANÇA Consulta de enfermagem Crianças > 06 meses Consulta médica Planejamento de enfermagem Melhora do quadro RETORNO EM 07 DIAS Sim Sim Alta Não Não Cuidados de Enfermagem* Febre, vômito, dor ou distensão abdominal, fissura anal, anorexia e/ou hemorroidas. IMPORTANTE: Nos recém-nascidos com aleitamento materno exclusivo pode ocorrer ausência de evacuação até sete dias (constipação intestinal fisiológica), porém devem ser avaliados pelo médico. Se houver eliminação de flatos, o abdome estiver flácido ou mesmo ocorrer eliminações de fezes amolecidas em intervalos longos, sem a presença de outros sintomas, isto indica normalidade para crianças em aleitamento materno exclusivo. Cuidados de enfermagem: 1. Diminuir os alguns alimentos: batata, cenoura cozida, banana-maçã e farináceos; 2. Oferecer alimentos ricos em fibras (verduras, mamão, laranja, tomates verdes, cenoura crua, farelo de trigo e aveia); 3. Aumentar ingesta hídrica; 4. Oferecer chá de ameixa preta (01 a 02 ameixas de molho em meio copo-75 ml de água filtrada; 5. Exercício e massagem abdominal. Fascículo Enfermagem no Cuidado dos Ciclos de Vida no Contexto da Atenção Primária à Saúde 52 Fluxograma 14. Atendimento a criança com Febre Idade 2 a 11 meses (6 a 9 kg) 1 a 2 anos (10 a 14 kg) 3 a 4anos(15 a 19 kg) Paracetamol gts 200mg/ml 1 gt/ kg/ dose 6 a 9 10 a 14 15 a 19 Dipirona gts 500mg/ml 1 gt/ 2 kg/ dose 3 a 5 5 a 7 8 a 9 Fonte: Protocolo Coren RJ.2012 ( Adaptado). Consulta de Médica Consulta de enfermagem Planejamento de enfermagem Retorno em 2 dias para reavalição ou imediatamente se: • não consegue beber ou mamar • piora do estado geral • piora da febre. Orientação da enfermagem 1. Indicar o uso de antitérmico - Paracetamol ou Dipirona (caso não haja médico na unidade); 2. Orientar sobre o risco de administração de antitérmicos em intervalos menores de 06 horas; 3. Usar vestimentas leves; 4. Orientar retorno imediato a qualquer sinal de perigo ou piora do quadro; Avaliar sinais de perigo: • Febre acima de 37,8°C • Letargia; • Desconforto respiratório; • Rigidez da nuca; • Abaulamento da fontanela Sim Não 53 Idade 2 a 11 meses (6 a 9 kg) 1 a 2 anos (10 a 14 kg) 3 a 4anos(15 a 19 kg) Paracetamol gts 200mg/ml 1 gt/ kg/ dose 6 a 9 10 a 14 15 a 19 Dipirona gts 500mg/ml 1 gt/ 2 kg/ dose 3 a 5 5 a 7 8 a 9 Fonte: Protocolo Coren RJ.2012 ( Adaptado). Consulta de Médica Consulta de enfermagem Planejamento de enfermagem Retorno em 2 dias para reavalição ou imediatamente se: • não consegue beber ou mamar • piora do estado geral • piora da febre. Orientação da enfermagem 1. Indicar o uso de antitérmico - Paracetamol ou Dipirona (caso não haja médico na unidade); 2. Orientar sobre o risco de administração de antitérmicos em intervalos menores de 06 horas; 3. Usar vestimentas leves; 4. Orientar retorno imediato a qualquer sinal de perigo ou piora do quadro; Avaliar sinais de perigo: • Febre acima de 37,8°C • Letargia; • Desconforto respiratório; • Rigidez da nuca; • Abaulamento da fontanela Sim Não 2 - SAÚDE DA CRIANÇA Fascículo Enfermagem no Cuidado dos Ciclos de Vida no Contexto da Atenção Primária à Saúde 54 Fluxograma 15. Atendimento a Criança com Dor de ouvido - Otite média Consulta Médica Consulta Médica <02 ANOS Consulta de Enfermagem Consulta de Enfermagem >02 anos até 11 anos 11 meses e 29 dias Melhora do Quadro Retorno em 2 dias Cuidados de enfermagem: 6. Controle da temperatura e prescrição do antitérmico caso a temperatura ≥37,8°C; 7. Secar o pavilhão auditivo três vezes ao dia com algodão ou gaze e substituir o chumaço de algodão até quando o pavilhão auditivo estiver seco; 8. Fazer compressa morna no período noturno (explicar cuidado) 9. Tratar a dor com analgésico e retornar em 02 dias. • Apresenta secreção purulenta ou apresenta tumefação atrás da orelha; • Inspecionar ao toque (palpação) presença de tumefação dolorosa na parte posterior do pavilhão auricular, dor de ouvido secreção purulenta no ouvido. Sim Sim Não Alta Não 55 Consulta Médica ConsultaMédica <02 ANOS Consulta de Enfermagem Consulta de Enfermagem >02 anos até 11 anos 11 meses e 29 dias Melhora do Quadro Retorno em 2 dias Cuidados de enfermagem: 6. Controle da temperatura e prescrição do antitérmico caso a temperatura ≥37,8°C; 7. Secar o pavilhão auditivo três vezes ao dia com algodão ou gaze e substituir o chumaço de algodão até quando o pavilhão auditivo estiver seco; 8. Fazer compressa morna no período noturno (explicar cuidado) 9. Tratar a dor com analgésico e retornar em 02 dias. • Apresenta secreção purulenta ou apresenta tumefação atrás da orelha; • Inspecionar ao toque (palpação) presença de tumefação dolorosa na parte posterior do pavilhão auricular, dor de ouvido secreção purulenta no ouvido. Sim Sim Não Alta Não 2 - SAÚDE DA CRIANÇA Fascículo Enfermagem no Cuidado dos Ciclos de Vida no Contexto da Atenção Primária à Saúde 56 Fluxograma 16. Atendimento a criança com alteração respiratóriaanos 11 meses e 29 dias) Planejamento de enfermagem Consulta de enfermagem Consulta com Médico Tosse e/ou dificuldade respiratória Retorno em 05 dias Melhora do quadro clínico • Valorizar a queixa da tosse ou dificuldade respiratória; • Observar se existem sinais ou sintomas de alerta; • Identificar crianças em situações de risco (Quadro 01); • Perguntar sobre a febre e medir a temperatura axilar, se ≥37,8°C, medicar com dipirona antes de encaminhar para consulta médica; • História pregressa de asma ou “bronquite” ou uso de vasodilatadores; • Valorizar a taquipnéia (Quadro 02). QUADRO 01 SITUAÇÃO DE RISCO • Desnutrição grave; • Desmame grave; • Prematuridade /ou baixo peso ao nascimento; • Mãe adolescente ou analfabeta; • Historia pregressa de internação; • Idade <01 ano (o lactente é mais susceptível a falência respiratória e septicemia). Tratamento Fitoterápico Tratamento Fitoterápico - Guaco: Xarope indicado para a tosse (expectorante). Posologia: Crianças de três a sete anos: tomar 2,5 mL do xarope, duas vezes ao dia. Crianças de acima de sete a 12 anos: tomar 2,5 mL do xarope, três vezes ao dia. Acima de 12 anos: tomar 5 mL do xarope, três vezes ao dia. Agitar antes de usar. Nota: nos casos de afecções respiratórias agudas, recomenda-se o uso por sete dias consecutivos. Em casos crônicos, usar por duas semanas. Precauções: Não usar em pessoas com Diabetes Mellitus, gestantes, lactantes e crianças menores de dois anos. Não usar em caso de tratamento com anticoagulantes. QUADRO 01 • ≤02 MESES- Fr ≥ 60 IRPM • 03 A 12 Meses- Fr ≥ 50 irpm • 13 meses a 05 anos- Fr ≥40 irpm • ≥06 anos- Fr > 30 irpm CUIDADOS DE ENFERMAGEM: • Aumenta a ingesta hídrica para fluidificar as secreções; • Inalação com 03 a 05 ml de SF 0,9%- 03 X AO DIA; • Remover a umidade, mofo ou bolor da casa; • Manter a casa ventilada; • Evitar fumar na presença da criança; • Caso apresente os sinais de alerta: respiração rápida, tiragens e ruídos; • Controle da temperatura. Sim Sim Alta Não Não 57 Planejamento de enfermagem Consulta de enfermagem Consulta com Médico Tosse e/ou dificuldade respiratória Retorno em 05 dias Melhora do quadro clínico • Valorizar a queixa da tosse ou dificuldade respiratória; • Observar se existem sinais ou sintomas de alerta; • Identificar crianças em situações de risco (Quadro 01); • Perguntar sobre a febre e medir a temperatura axilar, se ≥37,8°C, medicar com dipirona antes de encaminhar para consulta médica; • História pregressa de asma ou “bronquite” ou uso de vasodilatadores; • Valorizar a taquipnéia (Quadro 02). QUADRO 01 SITUAÇÃO DE RISCO • Desnutrição grave; • Desmame grave; • Prematuridade /ou baixo peso ao nascimento; • Mãe adolescente ou analfabeta; • Historia pregressa de internação; • Idade <01 ano (o lactente é mais susceptível a falência respiratória e septicemia). Tratamento Fitoterápico Tratamento Fitoterápico - Guaco: Xarope indicado para a tosse (expectorante). Posologia: Crianças de três a sete anos: tomar 2,5 mL do xarope, duas vezes ao dia. Crianças de acima de sete a 12 anos: tomar 2,5 mL do xarope, três vezes ao dia. Acima de 12 anos: tomar 5 mL do xarope, três vezes ao dia. Agitar antes de usar. Nota: nos casos de afecções respiratórias agudas, recomenda-se o uso por sete dias consecutivos. Em casos crônicos, usar por duas semanas. Precauções: Não usar em pessoas com Diabetes Mellitus, gestantes, lactantes e crianças menores de dois anos. Não usar em caso de tratamento com anticoagulantes. QUADRO 01 • ≤02 MESES- Fr ≥ 60 IRPM • 03 A 12 Meses- Fr ≥ 50 irpm • 13 meses a 05 anos- Fr ≥40 irpm • ≥06 anos- Fr > 30 irpm CUIDADOS DE ENFERMAGEM: • Aumenta a ingesta hídrica para fluidificar as secreções; • Inalação com 03 a 05 ml de SF 0,9%- 03 X AO DIA; • Remover a umidade, mofo ou bolor da casa; • Manter a casa ventilada; • Evitar fumar na presença da criança; • Caso apresente os sinais de alerta: respiração rápida, tiragens e ruídos; • Controle da temperatura. Sim Sim Alta Não Não 2 - SAÚDE DA CRIANÇA Fascículo Enfermagem no Cuidado dos Ciclos de Vida no Contexto da Atenção Primária à Saúde 58 Fluxograma 17. Rastreio e atendimento a criança com alteração no coto umbilical Sinais de Infecção e/ou presença de granuloma Consulta Médica imediata Consulta de enfermagem Planejamento de enfermagem Sim Não Cuidados de Enfermagem* Avaliação do coto umbilical Apresenta anormalidade? Cuidados de enfermagem: • Realizar higiene diária com água e sabão, enxaguar e secar bem; • Aplicar álcool a 70% com cotonete ou gaze limpa após cada troca de fralda e após o banho – 3x ao dia; • Procurar atendimento mediante sinais de infecção (secreção purulenta, odor fétido, vermelhidão na apele ao redor do umbigo); • Não cobrir o coto umbilical com faixas; • Não utilizar outros produtos como: pomadas, talcos, moedas, dentre outros. 59 2 - SAÚDE DA CRIANÇA Sinais de Infecção e/ou presença de granuloma Consulta Médica imediata Consulta de enfermagem Planejamento de enfermagem Sim Não Cuidados de Enfermagem* Avaliação do coto umbilical Apresenta anormalidade? Cuidados de enfermagem: • Realizar higiene diária com água e sabão, enxaguar e secar bem; • Aplicar álcool a 70% com cotonete ou gaze limpa após cada troca de fralda e após o banho – 3x ao dia; • Procurar atendimento mediante sinais de infecção (secreção purulenta, odor fétido, vermelhidão na apele ao redor do umbigo); • Não cobrir o coto umbilical com faixas; • Não utilizar outros produtos como: pomadas, talcos, moedas, dentre outros. Fascículo Enfermagem no Cuidado dos Ciclos de Vida no Contexto da Atenção Primária à Saúde 60 Fluxograma 18. Rastreio e atendimento a criança com anemia Palidez palma leve e/ou Hb de 10 a 11 g/dl Palidez palmar grave e/ou Hb de < 10 g/dl. Consulta médica Consulta de enfermagem Planejamento de enfermagem ANEMIA Exames de rastreio 1. Hemograma completo: - Solicitar durante a realização da consulta de enfermagem e com duvidas ao grau de palidez palmar ou mucosas; - Em crianças com história anterior de anemia. 2. Protoparasitológico (PPF): - Solicitar 03 amostras, quando ocorrer diarreia frequente, infestação por parasitas recorrentes, fezes com presença de muco. Marcar retorno em 14 dias Orientações de enfermagem: • Avaliar o tipo de aleitamento; • Avaliar antecedentes da criança: prematuridade, baixo peso, e morbidade neonatal; • Associar o sulfato ferroso a suco de vitamina C e Administrar 30 minutos antes das refeições; • Alertar para mudança de coloração das fezes e aos cuidados com os dentes. Melhora do quadro clínico Sim Não Seguir as orientações e prescrição do sulfato ferroso de acordo com a idade e peso Manter acompanhamento, conforme a proposta do fluxo de atendimento da criança na unidade de saúde básica. 61 2 - SAÚDE DA CRIANÇA Palidez palma leve e/ou Hb de 10 a 11 g/dl Palidez palmar grave e/ou Hb de < 10 g/dl. Consulta médica Consulta de enfermagem Planejamento de enfermagem ANEMIA Exames de rastreio 1. Hemograma
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