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ISEC V - AS2I - 2021.1

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Medicina Unichristus - ISEC V Bárbara Gomes (S5) - 2021.1
SUMÁRIO
Políticas Públicas de Atenção à Saúde da Criança: Caderneta de Saúde da criança - Dra. Ana Amélia 3
Aleitamento Materno - Dra. Ana Lucia Rego 12
Curvas de crescimento e desenvolvimento - Dra. Ana Amélia 19
Tabela: Marcos do DNPM nos primeiros 2 anos de vida 28
Marcos do desenvolvimento e Prevenção de acidentes na infância - Dra. Ana Lúcia Rêgo 29
Puericultura na APS - Dr. Júlio César 34
RIMAS I - Dra. Ana Lúcia 38
Calendário Vacinal - Dr. Júlio César 41
Tabela: Calendário Vacinal 46
Alimentação nos dois primeiros anos de vida - Dra. Éhrika Menezes 52
Estatuto da Criança e do Adolescente - Dra. Maria Nicó 62
Consulta em hebiatria - aspectos e conceitos fundamentais - Dra. Maria Nicó 69
Educação em saúde para adolescentes - Dra. Nicó Alves 84
Casos Clínicos em Pediatria - Dr. Julio Cesar 88
Medicina Unichristus - ISEC V Bárbara Gomes (S5) - 2021.1
Políticas Públicas de Atenção à Saúde da Criança: Caderneta de Saúde da criança - Dra.
Ana Amélia
Objetivos de Aprendizagem:
1. Conhecer às Políticas Públicas de Atenção à Saúde da Criança e a caderneta de Saúde da
Criança;
2. Conhecer a agenda de compromissos para o atendimento à criança;
3. Compreender a importância da caderneta da criança.
Introdução:
● A importância de entender todos os processos inseridos na realidade familiar e os cuidados
da saúde da criança na configuração atual ajudam-nos a perceber como a atuação de
políticas públicas e disseminação da informação tiveram um papel primordial na
diminuição da morbi-mortalidade e aumento da expectativa de vida.
● Gravidez
● Família - sonhos, planos
● Plano familiar // Planejamento
“O componente neonatal precoce representava mais de 50% dos óbitos infantis”.
- Representa que a cada 10 mulheres grávidas, apenas 5 conseguiam levar os filhos para as
casa vivos.
- Mal planejamento familiar ou pré-natal que não está inadequado ou assistência ao parto
não adequado pode ser um responsável por esse problema.
“Mortalidade infantil: 70% das mortes no Brasil poderiam ter sido evitadas”.
- A importância de um acompanhamento pré-natal com todos os seus exames, na tentativa
de salvar vidas (mãe e filho).
A Mortalidade Infantil:
● É dividida em 3 componentes:
○ Neonatal precoce (0 a 6 dias)
○ Neonatal tardio (7 a 27 dias)
○ Pós-neonatal (28 a 364 dias)
● Período neonatal = 0-28 dias!
● A taxa de mortalidade infantil é um indicador bastante sensível do grau de
desenvolvimento de uma sociedade e do cuidado que é dispensado à criança.
● Na década de 70 o grande desafio era garantir a sobrevivência das crianças no 1º ano de vida
○ Primeiro ano de vida era o ano difícil de sobrevivência da criança
● Houveram muitas gravidezes que não vigoram na década de 80 e 90, então houver uma
dificuldade muito grande na gravidez bem sucedido
Medicina Unichristus - ISEC V Bárbara Gomes (S5) - 2021.1
Criança que faleciam nos 1000 nascidos VIVOS
As Metas do Milênio:
● Foram estabelecidas Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM) pela Organização das
Nações Unidas
○ Os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio foram os oito objetivos internacionais
de desenvolvimento para o ano de 2015 que foram estabelecidos após a Cúpula do
Milênio das Nações Unidas em 2000, após a adoção da Declaração do Milênio das
Nações.
○ Atenção 4 e 5:Redução da mortalidade infantil e melhorar a saúde das gestantes
● Todas essa medidas requer várias atitudes e conscientização
Medicina Unichristus - ISEC V Bárbara Gomes (S5) - 2021.1
○ requerem dinheiro, investimento e incentivos.
Disparidade das desigualdades socioeconômicas:
● Taxas elevadas de mortalidade infantil refletem níveis precários de saúde e fragilidades em
relação às condições de vida e ao desenvolvimento socioeconômico.
● Ausência de saneamento básico
● Doenças de criança
Saúde Integral:
● Pensar na criança como um todo, desde seu nascimento até o acompanhamento de seus
marcos e achievements.
● A mortalidade na infância reduziu de 53,7 em 1990, para 16,3 óbitos em menores de 5
anos/1.000 nascidos-vivos.
● Após a grande diminuição das doenças infecciosas, as principais causas de morte, em
menores de 5 anos, são os acidentes e as neoplasias.
● O Brasil conseguiu atingir a meta dos ODM para redução de ⅔ da mortalidade infantil até
2015.
○ Redução mais acentuada nos óbitos pós neonatais (de 2,4 para 4,3 óbitos/1000
nascidos vivos com redução das doenças infecciosas e parasitárias e nos déficits
nutricionais.
○ Aumento dos óbitos neonatais devido ao aumento das taxas de prematuridade.
○ Por que a prematuridade mata tanto? Por que tanta prematuridade já que temos
assistência à saúde?
■ Baixa educação
■ Baixa acessibilidade
■ Aumento de numero de gestão
■ Principalmente
■ Altas Taxas de Cesariana
○ Atualmente a implantação da equipe de parto:
Panorama Atual da Saúde da Criança Brasileira:
● Redução da desigualdade social
● Saneamento básico
● Acesso à Saúde para todos - SUS e ESF
● Falta agora que o profissional de saúde possa respeitar essa organização do sistema
Medicina Unichristus - ISEC V Bárbara Gomes (S5) - 2021.1
● Tivemos um aumento muito grande de redução para esses pontos
Mudanças:
1. Crescimento econômico responsável;
2. Redução das desigualdades de renda (ter o que comer/beber);
3. Urbanização;
4. Melhoria do graus de instrução das mulheres;
5. Diminuição de fecundidade;
6. Aumento da rede de saneamento básico;
7. Criação do SUS e ESF;
8. Políticas de Assistência Social.
Agenda de compromissos para o atendimento à criança:
● Garantir atenção integral e de qualidade à criança de 0 a 10 anos.
● Reduzir os óbitos evitáveis por condições sociais na APS
● Reduzir as internações por condições sensíveis (preveníveis) à APS
● Aumentar o aleitamento materno exclusivo
● Aumentar o número de crianças com vacinação em dia
● Reduzir a incidência de acidentes infantis
Caderneta de Saúde da Criança:
● Parte I - Para Família e Cuidadores
○ Direitos e garantias sociais
■ Identificação da criança - pág.4
● Detalhando
○ Nas primeiras páginas, parabeniza mais um brasileiro com
identificação do bebê, uma cardeneta até os nove anos de idade,
como nome da mãe, tipo, sexo, o número do cartão dos SUS,
mudança de endereço.
○ O Cartório emite a certidão de nascimento da criança (gratuito) -
grande maioria das maternidades atualmente possuem cartório
interno.
■ Assistência Social - pág.6
■ Educação -pág. 8
■ Direitos da Criança - pág. 10
■ Direitos dos Responsáveis - pág.12
■ CRAS - Centro de referência de apoio social
■ CadÚnico - Cadastro único (para ter acesso aos programas sociais)
■ Bolsa família
○ Cuidando da saúde da criança
■ Promover a saúde - pág.14
■ Puericultura
● Conhecer como essa criança está e como ela está em seu contexto
situacional:
○ Condições de aleitamento
○ Risco de doenças
○ Condições de moradia
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○ Condições alimentos
■ Consultas de rotina
■ Prevenir as doenças pela triagem neonatal
■ Os primeiros dias de vida
■ O contato
■ O choro
■ A alimentação
■ O sono
■ O banho
● Higiene do bebê
○ Evitar assaduras
○ Limpeza do coto umbilical
○ As trocas de fraldas
○ Cuidados especiais com o ambiente
○ Deve ser feito a higiene com álcool a 70%
■ Os cuidados com o umbigo
■ A cor da pele
■ Evitar diarréia
● Uma das principais sintomas ou doenças que matavam crianças,
tratando com soro caseiro e também ele ajuda não desidratar a criança
e também desequilíbrio eletrólitos
● Podemos prevenir a diarréia com a lavagem das mãos após as trocas de
fraldas e antes do preparo dos alimentos
○ Uma medida que podemos fazer antes de troca das fraldas é a
lavagem das mãos, pois isso evitar a proliferação de infecções
■ Evitar desnutrição
■ Evitar desidratação
■ Soro de reidratação oral
● previne a desidratação, mas não cura a diarreia.
■ Sinais de Perigo
■ Crianças menores de 2 meses
■ Crianças maiores de 2 meses
○ Alimentando o bebê
○ Alimentando para garantir a saúde
○ Estimulando o desenvolvimento com afeto
○ Percebendoalterações na visão e na audição
○ Promovendo saúde bucal
○ Observando com cuidado o uso de eletrônicos e o consumo
○ Prevenindo acidentes
○ Protegendo a criança da violência
● Parte II - Registros do Acompanhamento da Crianças
○ Acompanhamento da criança e consultas recomendadas
■ Mesmo que a criança não esteja doente, é fundamental levá-la ao serviço de
saúde para acompanhar o crescimento e o desenvolvimento =
Acompanhamento infantil!
○ Acompanhando o desenvolvimento
■ Escala de Denver → deve ser utilizado nas consultas de pediatria
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■ Deve ser realizada a cada consulta por médico habilitado
■ É capaz de sinalizar quando alguma habilidade precisa ser estimulada
■ Na ESF, a criança com necessidade de estímulo é encaminhada ao NDI
○ Acompanhando o crescimento
○ Acompanhamento odontológico
○ Registros de suplementação
○ Vacinação
Conhecer a caderneta de saúde da criança
● São direitos da criança:
○ Ser registrada gratuitamente
○ Ser amamentada / alimentada
○ Realizar o teste do pezinho
○ Ter acesso a serviços de saúde de qualidade, garantindo o seu crescimento e
desenvolvimento
○ Viver num lugar limpo, ensolarado e arejado
○ Ter oportunidade de brincar e aprender
○ Viver em ambiente afetuoso e sem violência
○ Ter acesso a escola pública gratuita perto do lugar onde mora
○ Receber gratuitamente as vacinas indicadas no calendário básico de vacinação
○ Ter acesso à alimentação adequada e ser acompanhada em seu crescimento e
desenvolvimento
○ Ser acompanhada pelo país durante a internação em hospitais
○ Viver num lugar limpo, ensolarado e arejado
○ Ter oportunidade de brincar e aprender
○ Viver em ambiente afetuoso e sem violência
Cronograma de consultas - PROVA
● O cronograma de consultas da criança que NÃO foi classificada como de ALTO RISCO, deve
ser programado após a visita do agente comunitário e enfermeiro.
○ Uma semana
■ Não é consulta de puericultura, e sim uma estratificação de risco da criança
■ (primeira consulta após o nascimento é feita pelo agente comunitário de
saúde em conjunto com um enfermeiro para classificar a criança em: alto
risco ou não alto risco)
■ Alto risco: prematuridade, problemas cardíacos
■ Não alto risco, deve seguir cronograma abaixo:
○ Dois, quatro, seis, nove e doze meses - relação com o calendário vacinal
○ 18 e 24 meses
Em todas as consultas de rotina, o profissional de Saúde deve avaliar e orientar sobre:
● Aleitamento materno
● Alimentação complementar
● Vacinas
● Desenvolvimento
● Cuidados de saúde
● Prevenção de acidentes
● Identificação de alterações na saúde
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Saúde Bucal:
● Deve ser realizada a partir do momento que a criança começar a comer/ mamar.
○ Higiene com fralda lima e água
○ Início de dentição aproximadamente aos 6 meses - coincide com o fim do
aleitamento materno exclusivo.
○ Pasta de dentes sem flúor até a criança conseguir cuspir
■ Pois, caso a criança ingira o flúor pode ocasionar um problema nos dentes
pelo aparecimento de placas brancas por conta do excesso de flúor que ela
ingere.
○ Após esse período pasta de dentes com flúor
○ Prevenção da Cárie:
■ Escovação dos dentes deverá ser um hábito
■ A cárie na infância poderá atingir todos os dentes rapidamente
■ A visita ao dentista deverá ser semestral
Desenvolvimento com afeto e segurança
● Deve ser sempre estimulado não importando o tipo de família a relações
● Necessário o extravasamento de amor
Saúde ocular e auditiva:
● Teste do olhinho: realizado pela primeira vez na maternidade, e repetido até pelo menos os
2 anos de vida nas consultas de puericultura (2, 4, 6,9, 12, 18 e 24 meses)
● Saúde ocular: teste de acuidade visual aos 4 anos de idade na primeira série do ensino
fundamental (ver letras, números..)
● Triagem auditiva: além da realizada no período neonatal, há a do período pré-escolar e
escolar
Sinais de Perigo (maiores de 2 meses de idade):
● Dificuldade para respirar ou respiração rápida (possível engasgo; atenção para certos
alimentos - amendoim, salsicha)
● Não consegue mamar ou beber líquidos
● Vomita tudo que ingere
○ alerta para desidratação → convulsões → coma
● Está muito sonolenta, com dificuldade para acordar
● Convulsão (ataque) ou perda de consciência
● Sinal de alerta = Ligar 192 (emergência)
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Questões
01- Leidiane, 35 anos, deu à luz à sua filha em casa. “Comecei a sentir as “dores do parto” e
como eu moro longe do hospital a criança nasceu em casa mesmo”. Como eu posso registrar ela,
doutor?
R.: Quem preenche a declaração de nascido vivo é o médico ou a equipe de enfermagem.
Quando a criança não nasceu no hospital. Nascido vivo, os pais devem fazer o registro civil
acompanhados por duas testemunhas maiores de idade que confirmem a gravidez e o parto.
02- A mortalidade infantil é um importante indicador de condições de vida. Sobre a mortalidade
neonatal, qual a principal causa?
a) Infecções neonatais
b) Prematuridade
c) Desnutrição
d) Pneumonia
e) Diarreia
GAB: B - A prematuridade é a principal causa, e como consequência podem vir as infecções
neonatais.
03- A caderneta de saúde da criança possui algumas utilidade, sendo a principal delas:
a) Registro de nascimento
b) Informações para os pais
c) Acompanhamento da criança
d) Informação para os médicos
e) Documentação de identificação
GAB: C - faz o acompanhamento da criança com suas informações
a) quem registra (cartório) é a certidão de nascimento baseada nos dados da declaração de
nascidos vivos
b) também, mas não é a principal
c) gabarito
d) também, mas não é a principal
e) não é documento de identificação
04- Perante a lei, a criança é considerada a partir do momento que respira. Qual documento
deverá ser emitido pelo médico que comprove esse registro?
a) Registro de nascimento
b) Certidão de nascimento
c) Declaração de nascido vivo
d) Prontuário médico
e) Caderneta de saúde da criança
GAB: C -
a) registro de nascimento é feito no cartório
b) certidão de nascimento é o nome dado ao registro de nascimento
c) declaração de nascido vivo é feita pelo médico / pela equipe de enfermagem (em situações
de ausência de médico)
d) prontuário é um documento intra hospitalar que a família pode ter acesso, mas não é
utilizado para comprovar registro
e) não é um documento que vai ajudar no registo
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05- Qual a principal causa de óbito em crianças menores de 5 anos, atualmente?
a) Infecções respiratórias
b) Desnutrição infantil
c) Neoplasias
d) COVID 19
e) Doenças cardíacas
GAB: C
06- Lia tem 20 dias de vida e começou a apresentar dificuldade para mamar no domingo à tarde.
Qual a conduta adequada?
a) Oferecer fórmula infantil
b) Oferecer chás e aguardar
c) Levar a UBS
d) Ligar 192
e) Oferecer água
GAB.: D
08- São sinais de desidratação infantil?
a) Fontanela deprimida
b) Sonolência
c) Dificuldade para dormir
d) Diminuição da frequência da troca de fraldas
e) Irritabilidade
09- Para que serve o soro caseiro?
a) Prevenir a diarreia
b) Tratar a diarreia
c) Prevenir a desidratação
d) Tratar a desidratação
e) Ainda não está bem definido
GAB.: C - mas não cura.
Medicina Unichristus - ISEC V Bárbara Gomes (S5) - 2021.1
Aleitamento Materno - Dra. Ana Lucia Rego
Objetivos para a definição de metas para a saúde da criança na APS:
● Garantir atenção integral e de qualidade à criança de 0 a 10 anos
● Reduzir os óbitos evitáveis por condições sensíveis à APS
● Reduzir as internações por condições sensíveis à APS
● Aumentar o aleitamento materno exclusivo
● Aumentar o número de crianças com vacinação em dia
● Reduzir a incidência de acidentes infantis
Introdução:
● OMS, MS, SBP-AM recomendam o aleitamento materno por 2 anos ou mais, sendo o
aleitamento materno exclusivo (AME) até 6 meses.
● A duração média da amamentação no Brasil é 14 meses e a do AME é de 1,4 meses.
● Em torno de 25% das mulheres amamentam entre 18 e 23 meses e menos de 10 %
conseguemmanter o AME até os 6 meses.
● A conduta mais adequada para todo recém-nascido em consultas é manter o aleitamento
materno de forma exclusiva até os 6 meses de vida, orientar a técnica correta de
amamentação e reavaliar o ganho de peso do bebê.
Amamentar é mais que nutrir a criança:
● É um processo que envolve interação profunda entre mãe e filho, com repercussões no seu
estado nutricional e aquisição de habilidades baseadas na fisiologia e no seu
desenvolvimento cognitivo e emocional de ambos (mãe e bebe).
● Tem implicações importantes em termos de políticas públicas, pois sugerem fortemente
que o investimento na promoção do aleitamento materno poderá não apenas resultar em
melhoria da saúde física, mas também na promoção de melhores resultados intelectuais e
psicoemocionais. Requer mais estudos científicos.
● Evidências de contribuição da amamentação na redução de pobreza e promoção da
equidade.
● Se 95% das crianças menores de 1 mês e 90% das menores de seis meses fossem
amamentadas exclusivamente e, se 90% crianças com idades entre seis e 23 meses fossem
parcialmente amamentadas, poder-se-ia evitar 823.000 mortes a cada ano em crianças
menores de 5 anos. (SBP, 2018)
Evidências da superioridade da amamentação:
● Redução da mortalidade e morbidade infantil
● Redução da incidência e gravidade da diarreia: a proteção da amamentação contra
infecções respiratórias e otite média foi demonstrada em vários estudos.
● Redução de alergias (dermatite atópica, aplv)
● Efeitos de longo prazo: sobrepeso/obesidade, outras doenças não transmissíveis (DM2,
leucemias) e inteligência.
● Melhor nutrição: por ser próprio da espécie
● Melhor desenvolvimento da cavidade bucal (prevenindo distúrbios na formação do palato)
● Economia
● Promoção do vínculo afetivo entre mãe e filho
● Água, chás e principalmente outros leites devem ser evitados, pois há evidências de que o
seu uso está associado ao desmame precoce e ao aumento da morbimortalidade infantil.
Medicina Unichristus - ISEC V Bárbara Gomes (S5) - 2021.1
● Segundo a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), são orientações alimentares para o
primeiro ano de vida o aleitamento materno exclusivo até os 6 meses e a introdução da
dieta complementar na consistência de papas a partir de então.
● Alimentação complementar antes dos 6 meses pode acarretar mais diarreia e doenças
respiratórias, além do desmame precoce.
Evidências dos efeitos positivos da amamentação na saúde mental:
● O leite materno contém substâncias bioativas, tais como ácidos graxos poli-insaturados de
cadeia longa (AGPI CL), que são essenciais para o desenvolvimento cerebral.
● De fato, dois derivados desses ácidos, o ácido araquidônico (ARA ou ômega 6) e o ácido
docosahexaenoico (DHA ou ômega 3), desempenham papel essencial na manutenção, no
crescimento e no desenvolvimento do cérebro.
● Uma boa mielinização é responsável por um bom fator cognitivo, que é o que ocorre com
crianças bem amamentadas.
➔ A composição muda de mamada para mamada, e de tempo para tempos. A importância do
final do esvaziamento mamário (leite posterior) durante a amamentação com a presença
de gorduras que será responsável pelo aumento de peso e saciedade da criança.
Outros fatores de proteção da amamentação positivos:
● Leucócitos
○ combate de infecções fúngicas, bacterianas e infecciosas.
● Lisozima e lactoferrina
○ enzimas que impedem substâncias de aderirem a mucosa intestinal do bebe.
● Oligossacarídeos (mais de 130 compostos) - proteção da mucosa intestinal
● Fator bífido: que favorece o crescimento do lactobacillus bifidus na criança, uma bactéria
saprófita que acidifica as fezes, dificultando a instalação de bactérias que causam diarreia,
como Shigella, Salmonella e Escherichia coli.
● Microbioma saudável
● Alguns fatores de proteção do leite materno são total ou parcialmente inativados pelo calor,
razão pela qual o leite humano pasteurizado (submetido a uma temperatura de 62,5 graus
Celsius por 30 minutos) não tem o mesmo valor biológico que o leite cru.
Pontos chaves para uma boa técnica de amamentação (OMS):
● Posicionamento
○ Rosto do bebê de frente para a mama, com nariz em oposição ao mamilo
○ Corpo do bebê próximo ao da mãe
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○ Bebê com cabeça e tronco alinhados (pescoço não torcido)
○ Bebê bem apoiado
● Pega
○ Aréola um pouco mais visível acima da boca do bebê
○ Boca bem aberta
○ Lábio inferior virado para fora
○ Queixo tocando a mama
Sinais indicativos de técnica inadequada de amamentação:
● Bochechas do bebê encovadas a cada sucção
● Ruídos da língua
● Mama aparentando estar esticada ou deformada durante a mamada
● Mamilos com estrias vermelhas ou áreas esbranquiçadas ou achatadas quando o bebe solta
a mama
● Dor na amamentação
Princípios básicos do aconselhamento em amamentação:
● Praticar comunicação não verbal - sorrir, mostrar empatia
● Fazer perguntas abertas e mostrar empatia
● Aceitar os sentimentos e as opiniões das mães
● Reconhecer e elogiar os esforços que a mãe e o bebê estão realizando
● Oferecer poucas informações em cada aconselhamento - devagar e parceria
médico-paciente durante o processo.
● Usar linguagem simples e, acessível a mãe
● Fazer sugestões em vez de dar ordens
● Conversar com a sobre condições de saúde e do bebê
Orientações básicas que devem ser repassadas às mães/famílias:
● Caderneta da criança - apresentação, importância e enfatizar o uso da caderneta.
● Início da amamentação - logo ao nascimento, o contato pele a pele nas primeiras horas de
vida
● Frequência das mamadas - livre demanda (em média 6-8 vezes)
● Duração das mamadas - variável
● Uso de chupeta - atrapalha a formação do palato; distúrbios de fala
● Desmame - o ideal é de maneira natural, após os 2 anos de idade com um desmame
progressivo e introdução alimentar intensiva.
Relação de medicamentos durante a amamentação:
● Manual “Amamentação e o uso de medicamentos e outras substâncias." MS, 2018.
○ Material de fácil consulta - Classificação de risco
○ É imprescindível que o médico saiba que tanto na gravidez como no período de
lactação, a mãe não pode tomar todos os remédios, e nem o bebê.
○ Isótopos radioativos; Ácido retinóico; Sais de ouro; Antineoplásicos e
imunossupressores; Amiodarona. Ergotamina; Anfetaminas, cocaína e maconha.
Identificação de contra indicação à amamentação:
● Absoluto:
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○ Há contra indicações formais de amamentação às mães portadoras do vírus HIV
(Vírus da Imunodeficiência Humana) ou vírus HTLV -1 (T-linfotrópico humano
tipo 1) .
○ A mulher com psicose puerperal poderia manter a amamentação desde que com
supervisão (e isso inclusive poderia ajudar no tratamento dessa puérpera).
● Temporariamente/ Relativas:
○ Infecção materna pelo CMV
■ Contra-indica o aleitamento materno em prematuros com menos de 32
semanas de vida (quando a mulher tem infecção aguda pelo CMV existe a
possibilidade de que o vírus saia pelo leite e infecte a criança).
■ Caso a criança tenha mais de 32 sem, isso não terá nenhum problema, pois
não apresentará nenhuma repercussão clínica;
○ Infecção pelo vírus herpes zoster e herpes simples
■ Nos casos de lesão da mama, é mantido o aleitamento na mama sadia.
■ Se lesão herpética em atividade (o risco de transmissão do vírus para a criança
se estabelece quando a criança tem o contato direto com lesões em atividade)
– lesões vesiculares, geralmente agrupadas sobre base hiperemiada.
○ Infecção pelo vírus da varicela
■ se as lesões surgirem em 2 dias antes ou até 5 dias após o parto
■ isolamento da criança e não amamenta
○ Infecção materna pelo vírus da hepatite C
■ No caso de fissura nos mamilos ou carga viral elevada;
■ Em algumas circunstâncias, o aleitamento materno, no recém-nascido a
termo, tem sua suspensão questionável e deve ser discutido conjuntamente
com a família, como é o caso da Hepatite C
○ Infecção materna pelo vírus da hepatite B
■ Além de dar vacina, a criança também receberá a imunoglobulina– assim a
criança pode ser amamentada.
■ Imunoglobulina e vacina em grupos musculares diferentes nas primeiras 12
horas de vida.
■ Manter aleitamento materno
○ Hanseníase
■ Em caso de lesão na pele da mama e/ou quando a doença não estiver sob
controle (sem ou com tratamento < 3 meses)
■ Hanseníase de longo tempo é permitido amamentar
○ Infecção materna pelo Tripanossoma cruzi (doença de Chagas)
■ Na fase aguda e na ocorrência de sangramento de mamilo
○ Infecção materna por Tuberculose:
■ O problema não é a secreção da micobactéria pelo leite, mas sim o contato da
criança com as secreções respiratórias
● mesmo a mulher bacilífera (< 2 semanas de tratamento) pode
amamentar: basta que a amamentação seja em local arejado e com
máscara
● além disso, o RN deve receber isoniazida e a BCG adiada
● Condições maternas não infecciosas:
○ Mães em quimioterapia ou radioterapia;
○ Mães em exposição ocupacional e/ou ambiental a metais pesados (chumbo,
mercúrio, etc.) ;
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○ Mães usuárias de medicamentos contraindicados durante o aleitamento materno ;
Posições recomendadas para a amamentação:
Causas de desmame precoce:
● “Leite fraco” ou “Pouco leite”
● Dor - posição inadequada → fissura → abscesso mamário
● Antecedentes de cirurgias ou irradiação mamária, hiperandrogenismo, síndrome de
Sheehan, insuficiência glandular congênita
● Uso de ISRS (inibidores seletivos da recaptação da serotonina), agonistas dopaminérgicos,
estrogênios.
● Mamilos invertidos, grandes ou pequenos.
● Fadiga materna, baixa extração.
Hospital amigo da criança
● 10 passos para o sucesso do aleitamento materno
PASSO 1 Ter uma norma escrita sobre aleitamento materno, que deve ser rotineiramente
transmitida a toda a equipe do serviço
PASSO 2 Treinar toda a equipe, capacitando-a para implementar essa norma
PASSO 3 Informar todas as gestantes atendidas sobre as vantagens e o manejo da amamentação
PASSO 4 Ajudar a mãe a iniciar a amamentação na primeira hora após o parto
PASSO 5 Mostrar às mães como amamentar e como manter a lactação, mesmo se vierem a ser
separadas de seus filhos
PASSO 6 Não dar ao recém-nascido nenhum outro alimento ou bebida além do leite materno, a
não ser que tenha indicação clínica.
PASSO 7 Praticar o alojamento conjunto: permitir que mães e bebês permaneçam juntos 24
horas por dia.
PASSO 8 Encorajar a amamentação sob livre demanda
PASSO 9 Não dar bicos artificiais ou chupetas a crianças amamentadas
PASSO 10 Encorajar o estabelecimento de grupos de apoio à amamentação, para onde as mães
devem ser encaminhadas por ocasião da alta hospitalar
PORTARIA GM/MS Nº 3.297, DE 4 DE DEZEMBRO DE 2020
Medicina Unichristus - ISEC V Bárbara Gomes (S5) - 2021.1
● Institui, em caráter excepcional e temporário, o incentivo financeiro de custeio para as
ações de promoção, proteção e apoio ao aleitamento materno e da alimentação
complementar adequada e saudável para crianças menores de 2 (dois) anos de idade no
âmbito da Estratégia Amamenta e Alimenta Brasil (EAAB), na Atenção Primária à Saúde.
Bancos de Leite Humano - RESOLUÇÃO-RDC Nº 171, DE 4 DE SETEMBRO DE 2006:
● A Diretoria Colegiada da Agência Nacional de Vigilância Sanitária, no uso da atribuição que
lhe confere o inciso IV do art. 11 do Regulamento aprovado pelo Decreto nº. 3.029, de 16 de
abril de 1999, e tendo em vista o disposto no inciso II e nos §§ 1º e 3º do art. 54 do
Regimento Interno aprovado nos termos do Anexo I da Portaria nº. 354 da ANVISA, de 11 de
agosto de 2006, republicada no DOU de 21 de agosto de 2006, em reunião realizada em 28
de agosto de 2006, e
● Considerando que a promoção, a proteção e o apoio à prática da amamentação são
imprescindíveis à saúde da criança, combate à desnutrição e à mortalidade infantil;
● Considerando que a atuação dos Bancos de Leite Humano constitui uma medida eficaz para
as políticas públicas de amamentação;
Brasil é referência em doação de leite materno:
● Desde 1943, quando foi implantado o primeiro BLH no então Instituto Nacional de
Puericultura, atualmente Instituto Fernandes Figueira (IFF) em Recife, da Fundação
Oswaldo Cruz (Fiocruz).
● A tecnologia brasileira é modelo para a cooperação internacional em mais de 20 países das
Américas, Europa e África.
Pasteurização do leite humano:
● Trata-se de uma tratamento térmico aplicável ao leite humano, que adota como referência
a inativação térmica do microrganismo mais termorresistente, a Coxiella burnetti.
● Pasteurização do leite materno torna Sars-CoV-2 inativo, mostra estudo
● Método utilizado em bancos de leite humano em todo o mundo é capaz de eliminar o vírus
causador da covid-19, assegurando a saúde dos bebês.
● O leite humano ordenhado cru coletado e aprovado pelo controle de qualidade deve ser
pasteurizado a 62,5ºC por 30 minutos após o tempo de pré-aquecimento. A pasteurização
não Visa a esterilização do leite, mas sim a letalidade que garanta a inativação de 100% dos
microrganismos patogênicos passíveis de estar presentes, que por contaminação primária
ou secundária, além de 99,99% da microbiota saprófita ou normal (BRASIL, 2001).
O Ceará é o primeiro do Nordeste e o sétimo do país em número de bancos de leite humano
● Atualmente o Estado tem:
○ nove bancos de leite humano
○ 14 postos de coleta de leite materno
○ 16 salas de apoio à mulher trabalhadora que amamenta, certificadas pelo Ministério
da Saúde.
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Aleitamento
materno
É recomendado o aleitamento materno
exclusivo até os 6 meses, sendo então
substituído pelo aleitamento
complementado (com papas) e mantido
até os 2 anos.
- Nos primeiros 6 meses, não devem
ser oferecidos água, chás ou
nenhum outro tipo de alimento.
- Leite humano ordenhado (LHO) →
dura 12h na geladeira e 15 dias no
freezer
COMPOSIÇÃO:
- Colostro (3-5ºdias) →mais
proteínas, eletrólitos e vitamina A
- Leite maduro (> 2 semanas) em
relação ao leite de vaca, tem →
↓proteínas (principal: proteína do
soro alfa-lactoglobulina),
↑lactose, ↑gordura (incluindo
colesterol e ácidos graxos
LC-PUFA), além de IgA secretória
POSICIONAMENTO: criança bem apoiada,
alinhada, corpo próximo ao da mãe e
rosto de frente para a mama
PEGA: boca aberta, aréola mais visível
acima da boca, lábio inferior evertido,
queixo toca a mama
CONTRA INDICAÇÕES ao
aleitamento materno:
- HIV ou HTLV materno
- CMV materno para
prematuros < 32 semanas ou
< 1,5Kg
- Herpes com lesão ativa na
mama
- Galactosemia → distúrbio no
metabolismo da galactose,
que geralmente começa a se
manifestar na 1ª semana de
vida
- Cursa com dificuldade
para mamãe, baixo
ganho ponderal,
vômitos, hipoglicemia,
convulsões,
aminoacidúria e, na
ausência de
tratamento precoce,
insuficiência hepática
e retardo mental
- Pode apresentar teste
de Benedict positivo
(detecta agentes
redutores na urina, que
estão presentes nos
erros inatos do
metabolismo glicídico)
- Deve ser confirmado
pela dosagem da
galactose-1-fosfato
uridil transferase
(GALT)
- Medicamentos: amiodarona,
linezolida, ganciclovir,
radiofármaco
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Curvas de crescimento e desenvolvimento - Dra. Ana Amélia
Objetivos de aprendizagem:
● Definir crescimento e desenvolvimento em pediatria.
● Identificar sinais de atraso no desenvolvimento infantil
● Interpretar sinais de alerta no crescimento na população pediátrica
Definição:
● Crescimento é o aumento do tamanho corporal e, portanto, ele cessa com o término do
aumento em altura (crescimento linear).
● Estreita dependência com fatores ambientais e genéticos
● Reflete as condições de vida da criança, no passado e no presente.
Crescimento:
● Qual a importância dessa informação (crescimento, peso) para o acompanhamento dessa
criança?
○ Acesso às vacinas
○ Fatores socioeconômicos, ambientais, genéticos
○ Alimentação
○ Saneamento básico (diarreia, desinteria)
○ Conhecimento do pré-natal e rastreio de situações →possíveis riscos
● A curva de crescimento é considerada como um dos melhoresindicadores de saúde da
criança.
Teoria na prática:
● O peso aos nascer é o indicador que melhor retrata o que ocorre durante a fase fetal
● Crescimento
○ Recém-nascidos com menos de 2500 g são classificados, genericamente, como de
baixo peso ao nascer, podendo ser decorrentes de prematuridade (< 37 sem) e/ou
déficit de crescimento intra-uterino.
Visita domiciliar - Objetivos:
→ Ocorre quando a criança chega na maternidade, até mais ou menos o sétimo dia de vida.
● Orientar a família sobre os cuidados com o bebê
● Identificar sinais de depressão puerperal
● Prevenir lesões não intencionais
● Promover o aleitamento materno exclusivo até o 6ª mês de vida
● Identificar sinais de perigo à saúde da criança (não dormir na mesma cama que o bebê)
● Observar as relações familiares
● Facilitar o acesso ao serviço de saúde
● Possibilitar ou fortalecer o vínculo das famílias com as equipes de saúde
● Escutar e oferecer suporte emocional nesta etapa de crise vital da família (nascimento de
um filho)
● Estimular o desenvolvimento da parentalidade
Instrumento de acompanhamento:
● Gráfico de crescimento
○ comprimento (deitado até +/- 2 anos de idade) / altura por idade (> 2 anos)
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● Deverá ser registrado a cada consulta com o enfermeiro ou com o médico
● Cada criança terá a sua curva de crescimento
● As curvas são dividias tanto pelo sexo biológico, em que azul para macho e rosa para fêmea,
como pelas faixas etárias (0 a 5 anos e 5 a 19 anos) comparadas aos registros de peso,
comprimento/altura e IMC.
➔ Percentil 50 (p50=50%) representa a média que a maioria das crianças daquela idade estão.
Se a criança sai da curva, ou seja, do padrão de normalidade é um sinal de alerta (investigar
questões de saúde, genéticas, alimentos ofertados);
➔ Idade corrigida (idade real da criança):
◆ A idade corrigida é calculada nos casos de prematuridade, que é o nascimento antes
da 37ª semana de gestação. É uma conta que considera a idade do bebê se ele tivesse
nascido a termo. Com isso, o olhar da família e do pediatra para o desenvolvimento
do bebê se volta para a idade corrigida, e não para a idade cronológica. Assim, se ele
nasceu um mês antes do esperado (das 40 semanas), cabe acrescentar um mês à
idade cronológica para obter a idade corrigida.
◆ O ideal é ter esse parâmetro em todas as consultas até, pelo menos, 2 anos. Com isso,
é possível acompanhar de forma mais precisa os marcos do desenvolvimento
infantil.
◆ Como calcular a idade corrigida?
● A idade corrigida é a idade cronológica menos as semanas que faltaram para
completar as 40 semanas de gravidez. É simples de calcular: se o parto
ocorreu com 32 semanas de gestação, o bebê foi considerado prematuro de 8
semanas ou 2 meses.
● Então, se ele tem agora 5 meses (20 semanas desde o nascimento), a idade
corrigida é 3 meses. Nesse exemplo, é necessário acompanhar o crescimento e
o desenvolvimento do bebê levando em conta que ele tem 3 meses, e não 5
meses.
◆ Aliás, ter esse entendimento é importante até para não criar expectativas irreais em
relação ao desenvolvimento da criança, baseando-se na idade cronológica dele.
➔ Comparar o gráfico do peso com o da estatura!!
◆ Pois, juntos são índices mais incisivos
● Peso na média (p50) e altura um pouco elevada (p75):
○ o que esta criança está comendo está sendo suficiente para ela crescer
no tanto em que seus fatores genéticos e ambientais permitirem.
https://blog-pt.kinedu.com/os-pediatras-recomendam-esse-aplicativo/
https://blog-pt.kinedu.com/marcos-do-desenvolvimento-infantil-2/
https://blog-pt.kinedu.com/marcos-do-desenvolvimento-infantil-2/
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Curvas de Crescimento:
● O índice de massa corporal (IMC) teve seu uso válido em crianças como bom marcador de
adiposidade e sobrepeso, além do fato de que seu valor na infância pode ser preditivo do
IMC da vida adulta.
● Recomenda-se a plotagem de peso, estatura/comprimento nas curvas de IMC por idade e
gênero desde o nascimento
Casos clínicos:
01- Luiza, nasceu parto normal, com 2,8 kg. Apgar 9/10, Ig de 38 semanas. Na consulta de 6 meses
da criança, o médico solicitou que os alunos a interpretação do gráfico:
➔ Paciente nasceu com baixo peso até normalizar
02- Carmen, 2 anos, é acompanhada na UBS desde o nascimento. Na consulta de hoje a Dra Fátima
pede para que um dos alunos do quinto semestre da Unichristus explique à mãe da criança como
estão as curvas de crescimento da criança.
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➔ Paciente nasceu com o peso baixo, ao longo do tempo entrou dentro da curva da normalidade, e após
1 ano de idade (saída do aleitamento materno e introdução à alimentação familiar) começou a sair da
curva, resultando em um aumento de seu peso.
Desenvolvimento infantil
● O Teste de Denver-II, teve sua versão original desenvolvida por Frankenburg e Dodds em
1967 na cidade do Colorado, EUA, e era chamado de Teste de Desenvolvimento de Denver
(TDD).
● O nome “Denver” se deve ao fato de que este teste foi criado na Universidade de Colorado
Medical Center, em Denver (capital).
○ Publicado novamente em 1992 - Denver II;
○ Projetado para profissionais que monitoram o desenvolvimento das crianças na
primeira infância e crianças em idade pré-escolar;
○ Utilizado e padronizado em mais de 12 países;
○ Traduzido e adaptado no Brasil por Figueiras, Pedromônico, Sales e Figueiras
(2000).
● A padronização do teste de Denver II na população brasileira foi realizada por Drachler et al.
(2007), em um estudo em Porto Alegre (Rio Grande do Sul).
● Os autores avaliaram 3.389 crianças menores de 5 anos, permitindo, assim, o ajuste do
teste de desenvolvimento de Denver II ao contexto cultural brasileiro.
● Escala de triagem (screening) que avalia e identifica crianças com risco para atraso no
desenvolvimento;
● Monitorização de crianças que tenham risco para problemas de desenvolvimento (crianças
prematuras, por exemplo).
● A escala de Denver II não é um teste de inteligência, ou seja, para medir o QI e não foi
desenvolvida para diagnosticar distúrbios de aprendizagem ou emocionais.
Teste de Denver II:
● É composto de 125 itens divididos em 4 áreas para avaliação:
○ Pessoal-Social (25 itens):
■ Envolve aspectos da socialização da criança dentro e fora do ambiente
familiar;
○ Motor adaptativo / Motricidade fina (29 itens):
■ Coordenação olho-mão, manipulação de pequenos objetos;
○ Linguagem (39 itens):
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■ Produção de som, capacidade de reconhecer, entender e usar a linguagem;
○ Motricidade ampla (32 itens):
■ Controle motor corporal, sentar, caminhar, pular e os demais movimentos
realizados pela musculatura ampla
● Preenchimento:
○ Localizar a idade da criança no teste (as escalas de idade na parte superior do teste);
○ Traçar uma linha vertical;
○ Iniciar a marcação somente dos itens que a criança consegue fazer;
○ Interpretar após.
● Aplicação:
○ Deve ser dada com os pais ou cuidador;
○ Faça com que o cuidador e a criança se sintam confortáveis para obter resposta mais
natural;
○ Remover sapatos que possam restringir a criança nos movimentos motores;
○ Criança pode sentar-se no colo do cuidador em alguns itens;
○ Cotovelos devem estar sobre a superfícies;
○ Os bebês podem ser avaliadas no chão/tablado;
○ Deve ser explicado ao pai que a ferramenta é determinar o estado atual de
desenvolvimento da criança e que não se espera que a criança passe em todos os
itens;
○ Permitir que a criança manipule item apropriado enquanto você perguntar aos pais;
○ Por último os itens do motor grosseiro;
○ Itens que usam os mesmos materiais podem ser administrados consecutivamente;
○ Manter kit de teste fora da vista da criança. Mantenha apenas os materiais que estão
sendo utilizados para a atividade atual em cima da mesa;
○ O teste deve começar com itens que caem para a esquerda da linha a idade da criança,
e continuar para a direita;
○ Passo 1: em cada área,administrar, pelo menos, 3 itens mais próximos para a
esquerda da linha de idade;
○ Passo 2: se a criança é incapaz de executar qualquer item no passo 1 (falha)
administrar itens adicionais para a esquerda até a criança passar em 3 itens
consecutivos;
○ Continue a administrar os itens à direita de todas as passagens em cada setor até 3
falhas são registradas;
○ A criança pode ter até 3 tentativas para executar cada item;
○ Pergunte ao cuidador, se os resultados são típicos de desempenho da criança.
Considere se a criança está doente, com fome, etc;
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● Pontuação:
○ P = Passou – se a criança conseguir realizar a tarefa ou o cuidador relatar que ela a
faz (desde que o item permita);
■
○ F = Falhou – se a criança não conseguir realizar a tarefa ou se o cuidador relatar que
ela não é capaz de fazê-lo (desde que o item permita);
■
○ C = Cuidado – se a criança não conseguir realizar a tarefa, ou se o cuidador relatar
que ela não é capaz de fazê-lo (desde que o item permita), ou ainda se recusa-se a
realizá-lo, e a linha cai entre 75 e 90 percentil;
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■
○ NO = Não houve oportunidade - se a criança não teve a oportunidade de realizar a
tarefa devido a restrições dos cuidadores ou por outras razões. Esta marcação só
pode ser usada nos itens que permitem pontuar pelo relato do cuidador;
○ Re = Recusa-se – se a criança recusa-se a cumprir a tarefa. A recusa pode ser
minimizada contando à criança o que ela deve fazer ao invés de pedir que faça. Desde
que devidamente orientados, os cuidadores podem tentar administrar o item. Itens
que aceitem o relato dos cuidadores como resposta não podem ser marcados como
recusa-se;
● Interpretação do teste:
○ Normal:
■ Sem Falha e no máximo 1 cuidado;
■ Conduta:retestar em outra oportunidade;
○ Risco:
■ 2 ou mais Cuidados e / ou 1 ou mais Falhas
■ Conduta:retestar em 1 ou 2 semanas;
○ Não Testável:
■ Marcações de recusa-se em 1 ou mais itens
■ Conduta: retestar em 1 ou 2 semanas;
● Como conduzir na APS?
○ A APS possui o apoio do NDI
○ Equipe multidisciplinar: fisioterapeuta, terapeuta ocupacional, fonoaudióloga.
○ Encaminhamento para CES - fisioterapia
○ UFC - NUTEP
○ UNIFOR - NAMI
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Desenvolvimento neuropsicomotor (DNPM)
Princípios
gerais do
DNPM
Se baseia em 4 esferas:
- MOTOR → diz respeito à
capacidade de locomoção
- MOTOR-FINO (adaptativo) →
capacidade de utilizar as mãos
- PESSOA/SOCIAL → capacidade de
interação com os outros
indivíduos
- LINGUAGEM → capacidade de
falar palavras com um significado
Marcos do desenvolvimento x idade
cronológica
- Idade MÉDIA
- Idade ESPERADA → limite etário
superior para que a habilidade
esteja presente
REGRAS BÁSICAS:
- É um processo sequencial e
previsível
- Motor: crânio-caudal →
segue a sequência de
mielinização do SNC
- Adaptativo: cubital-radial
(medial-lateral)
- No 1ºtrimestre, a
criança não tem
controle voluntário,
apenas o reflexo de
preensão palmar
- Primeiro pega, depois
solta
REFLEXOS PRIMITIVOS:
- São respostas motoras
estereotipadas, presentes ao
nascimento e que tem
caráter transitório devido ao
amadurecimento do SNC
- Tanto a sua ausência, como a
persistência além do
esperado, podem representar
doenças do
neurodesenvolvimento
Reflexos primitivos
Desaparecimento
1ºtrimestre Extensor cruzado Ao refletir passivamente um dos
membros inferiores, o contralateral
se estende
1,5 mês
Marcha Segura-se o RN pelas axilas e apoia
seus pés sobre a superfície
2 meses
Tônico-cervical
assimétrico (postura
do esgrimista)
Ao rotacionar a cabeça do bebê
ocorre extensão das extremidades
do lado do queixo e flexão das
extremidades do lado occipital
3-4 meses
2º trimestre Preensão-palmar Bebê fecha a mão ao colocarmos o
dedo na face palmar
4 meses
Sucção Movimentos de sucção ao estimular
os lábios
4-6 meses
De moro Elevar o bebê pelo trono e soltá-lo
→abdução seguida de adução +
flexão de MMII (“sustinho”)
6 meses (por
completo)
3º trimestre Cutâneo-plantar Extensão do hálux ao estimular a
sola do pé
12 meses
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Tabela: Marcos do DNPM nos primeiros 2 anos de vida
Motor Adaptativo Social Linguagem
Recém-nascido Postura
tônico-cervical
Fixa a visão Prefere a face
humana
--
1 mês Levanta o queixo
em prona
Acompanha um
objeto 90º
Sorri
espontaneament
e
--
2 meses Levanta a cabeça
em prona
Acompanha um
objeto 180º
Sorri social Vocaliza (emite
vogais)
3 meses
Levanta o tronco
da superfície de
apoio e tem
sustentação
pendular da
cabeça
Estende a mão
para objetivos
Contato social
mais sustentado
(presta atenção
por mais tempo)
Sons guturais
(vogais +
consoantes)
4 meses
Sustenta a
cabeça na linha
média
Perda do reflexo
de preensão-
palmar e pega
cubital
Gargalhadas --
6-7 meses
Rola e senta COM
apoio
Pega radial e
transfere objetos
entre as mãos
Prefere a mãe
Polissílabos
vogais
(mamama)
9-10 meses
Senta SEM
apoio, pode
engatinhar
Pinça
polegar-dedo,
solta objetos
retirados
Estranha
desconhecidos,
brinca de “cadÊ”
(sentido de
permanência do
objeto) →com 10
meses, começa a
angústia de
separação
Polissílabos
curtos, mais
organizados
(mama, papa)
12 meses
Anda COM apoio
e se levanta
sozinho
PEGA COM
PINÇA, entre
objetos por
solicitação
Interage, brinca,
ajuda a se vestir
FALA PALAVRAS
com significado
15-18 meses ANDA sozinho
Torre de 4 cubos,
faz linhas com o
lápis
Aponta o que
deseja, abraça e
beija, come
sozinho
Obedece a
comandos
simples, fala 10
palavras
24 meses CORRE bem,
PULA
Torre de 7 cubos,
rabiscos
circulares
Ajuda a
despir-se, conta
sobre
experiências
imediatas
Forma FRASES
COMPLETAS
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Marcos do desenvolvimento e Prevenção de acidentes na infância - Dra. Ana Lúcia Rêgo
Importante:
● Saber as necessidades de estímulo e de proteção, bem como as etapas de seu
desenvolvimento, para que se possa adiantar as medidas de proteção, antes que o trauma
ocorra.
Primeiros anos de vida:
● Maior crescimento e maturação do SN*mais vulnerável aos agravos e mais responsivo aos
estímulos.
○ *Sistema nervoso = Cérebro:
■ 1º ano: +12 cm /
■ 2º ano: +2 cm /
■ Resto da vida: +10cm
● Infância saudável → qualidade de vida adulto
● Quanto mais estímulos, melhor o desenvolvimento infantil.
Observando com cuidado o uso dos eletrônicos e o consumo:
● Crianças < 2 anos não devem ser expostas ao uso de eletrônicos, porque a convivência
familiar e social é muito importante para a construção dos laços afetivos
● Para crianças de 2 a 5 anos, a recomendação é que o tempo máximo diante desses
aparelhos seja de uma hora por dia. → disciplina
● Até os 10 anos as crianças não devem fazer uso de televisão ou computador nos seus
próprios quartos
● As crianças antes dos 12 anos não devem possuir celulares e smartphones
Conhecer marcos normais de desenvolvimento da criança:
2 MESES
● Resposta ativa ao contato social - observa um rosto
● Segue objetos ultrapassando a linha média
● Reage ao som
● Vocaliza - emite sons diferentes do choro
● De bruços, levanta a cabeça, apoiando-se nos antebraços
● Segura objetos, abre as mãos
● Sorriso social quando estimulado
4 MESES
● Observa sua própria mão
● Segue o olhar até 180º
● Busca ativa de objetos
● Grita, leva objetos à boca
● Muda de posição (rola)
● Senta com apoio, sustenta a cabeça
6 MESES
● Tenta alcançar um brinquedo
● Procura objetos fora do alcance
● Volta-se para o som
● Rola no leito
● Duplica sílabas
● Inicia uma internação
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● Brinca de esconde-achou*
9 MESES
● Brinca de esconde-achou*
● Transfere objetos da mão para outra
● Faz pinça polegar-dedo
● Senta sem apoio
● Anda com apoio
● Prefere pessoas de seu convívio
12 MESES
● Bate palmas, acena
● Mostra o que quer (aponta)
●Imita gestos
● Coloca blocos na caneca
● Produz jargão (palavra irreconhecíveis - “estrangeira”)
● Fica em pé, anda com apoio
● Segura copo ou mamadeira
15 MESES
● Primeiras palavras
● Constrói torre de 2 cubos
● Primeiros passos
● Anda sem apoio
● Anda pra trás
● Ativa e curiosa
18 MESES
● Anda, rabisca, nomeio objetos
● Usa colher para se alimentar
● Constróis torre de 3 cubos
● Obedece ordens
● Chuta a bola
● Tira a roupa
24 MESES
● Tira roupa
● Sobe escadas, corre
● Constrói torre de 6 cubos
● Aponta duas figuras
● Formula frases simples (dá água)
● Tenta impor a sua vontade
36 MESES
● Brinca com outras crianças
● Pula com os dois pés
● Arremessa a bola
● Imita riscar uma linha vertical
● Reconhece duas ações “quem faz au-au?” “quem faz miau?”
Percebendo alterações no desenvolvimento - Sinais de Alerta:
● Não busca interação, não reage ou se irrita ao contato com as pessoas e com o ambiente
● Não responde ao olhar ou aos sons, à conversa e ao toque quando é amamentada,
alimentada, colocada no colo ou acariciada.
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● Habitualmente fica isolada e não se interessa em brincar com outras crianças
● Tem dificuldade na fala e em atender aos comandos
● Faz gestos e movimentos repetitivos
● Demorou além das outras para virar de bruços, sustentar a cabeça, engatinhar e andar
● Tem dificuldade para memorizar e realizar uma tarefa até o fim
● Tem dificuldade para aprender e solucionar problemas práticos relacionados aos hábitos da
vida diária
● Tem dificuldade com o sono ou com a alimentação
● Tem sensibilidade exacerbada a determinados ruídos de motores de eletrodomésticos,
furadeiras e fogos de artifício
● Apresenta muita agressividade
● Apresenta intensa agitação, impulsividade e falta de atenção
● Desafia com frequência e tem dificuldade de seguir as regras
TESTE DE TRIAGEM DESENVOLVIMENTO - DENVER I (1967)// DENVER II (1997)
É composto de 125 itens divididos em 4 áreas:
● Pessoal-Social (25 itens):
○ Envolve aspectos da socialização da criança dentro e fora do ambiente familiar;
● Motor adaptativo / Motricidade fina (29 itens):
○ Coordenação olho-mão, manipulação de pequenos objetos;
● Linguagem (39 itens):
○ Produção de som, capacidade de reconhecer, entender e usar a linguagem;
● Motricidade ampla (32 itens):
○ Controle motor corporal, sentar, caminhar, pular e os demais movimentos
realizados pela musculatura ampla
(Vide Tabela: Marcos do DNPM nos primeiros 2 anos de vida)
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Núcleos de desenvolvimento infantil:
● De 2018 a 2020, a Prefeitura de Fortaleza implantou 18 Núcleos de Desenvolvimento Infantil (NDIs),
na Capital, totalizando 5.300 atendimentos. Atualmente, cerca de 930 crianças de 0 a 3 anos de idade
estão sendo acompanhadas, o que equivale a uma média de 350 crianças assistidas por mês nas
unidades.
Epidemiologia de Acidentes na Infância:
● No Brasil, as causas externas (acidentes e violência) foram responsáveis por mais de
158.657 mil óbitos no Brasil (Datasus,2017)
● Em menores de 19 anos de idade:
■ Tem-se o registro de cerca de 23 mil mortes por ano ou 30 mortes para cada
100.000 habitantes
● Estima-se que, para cada morte por acidentes e violência, tem-se de 10-20 crianças e
adolescentes que sofrem traumas intencionais e não-intencionais que não são registrados,
mas com grande possibilidade de deixarem danos físicos e/ou psíquicos (a falta de cuidado,
a negligência, o abandono, o stress..);
● Acidentes representam hoje a principal causa de morte de crianças entre 1 e 14 anos no
Brasil;
● Asfixias e quedas predominam no primeiro ano de vida, seguidas por queimaduras
(cuidados na cozinha) e aspiração de corpo estranho;
● A partir dos 2 anos de idade, as quedas passam a liderar o ranking, seguidas por asfixias e
queimaduras;
● Afogamento em menores de 5 anos
○ É importante atenção : piscinas, baldes com água.
● Atropelamentos, queimaduras e intoxicações ocorrem em pré-escolares maiores
● As quedas foram responsáveis por:
○ 39% desses casos, 4x > internações por traumatismos de trânsito e por choque
elétrico e 10 x > do que por queimaduras e intoxicações.
○ As quedas também predominam entre os atendimentos de emergência, cerca de ⅔
dos atendimentos.
Classificar os riscos e as medidas de proteção necessárias:
● Do nascimento a quatro meses de vida: queimaduras, traumas por impacto, afogamentos,
quedas, aspiração e sufocação
● De 5 a 12 meses de idade: quedas, queimaduras, choques elétricos, afogamentos, traumas
diversos
● Crianças maiores de um ano até 4 anos de idade: quedas
● Crianças de 5 a 11 anos: quedas, atropelamentos e acidentes com veículos automotores,
afogamentos. Para as crianças maiores de 7 a 8 anos, dependendo de sua altura, o assento
elevador - booster - pode ser suficiente, com o uso do cinto de segurança de três pontos.
● Adolescentes de 12 a 19 anos: deve-se prestar atenção aos esportes radicais e cuidados com
os jogos/desafios da internet;
CASA SEGURA
● Na caderneta existe uma lista de checagem para perigos na casa
○ A checagem inclui os princípios gerais de segurança, cozinha, banheiro, quarto da
criança, sala, quintal, tomadas
● Recomendações sobre medidas específicas de prevenção de diferentes tipos de injúrias,
mesmo que se trate de proteção ativa, menos efetiva para prevenir:
Medicina Unichristus - ISEC V Bárbara Gomes (S5) - 2021.1
○ Asfixia, afogamentos, quedas, queimaduras, choques elétricos, intoxicações e
ferimentos por arma de fogo
Orientações e conscientização:
● Dos pais para que promovam mudanças no seu comportamento, no sentido de uma
supervisão mais efetiva e da eliminação dos riscos dentro de casa.
● Isso exige uma série de incentivos externos à casa, como apoio da comunidade, vantagens
econômicas no acesso a produtos seguros e a melhoria socioeconômica-cultural como um
todo;
● As medidas de prevenção dos acidentes podem ser passivas para a maioria dos riscos de
acidentes envolvendo crianças.
Todo profissional da saúde deve:
● Reforçar que menores de 10 anos de idade jamais devem enfrentar qualquer tipo de trânsito
sem a supervisão direta de um adulto, pois os perigos do trânsito excedem suas habilidade
físicas, cognitivas, sensoriais e de comportamento.
● Considerar que todas as crianças devem viajar sempre no banco traseiro até os 13 anos de
idade, para sua maior segurança, ainda que a legislação brasileira considere apenas até os
10 anos.
● Lembrar que o modelo de assento escolhido deve ter norma técnica do país de origem, ser
certificado pelo INMETRO, adaptar-se de forma correta no banco do carro e ser
confeccionado de material resistente e durável.
● Reforçar que os bebês devem viajar no bebê-conforto, de costas, pelo menos até 2 anos de
idade ou enquanto estiverem dentro do limite de peso ou altura definido pelo fabricante do
assento.
● Orientar que crianças maiores usem assentos de elevação (booster) até atingirem a altura
de 1,45m.
PREVENÇÃO AOS ACIDENTES DOMÉSTICOS & GUIA RÁPIDO DE PRIMEIROS SOCORROS
● Engasgos: Manobra de heimlich
● Ferimentos cortantes, queimaduras, intoxicações, escoriações, fraturas, animais
perigosos...
● Orientar sobre os contatos de emergência (colocar de maneira visível na casa: geladeiras):
○ CEATOX Fortaleza (85) 3255-5012
○ Corpo de Bombeiros Militar - 193
○ SAMU - 192
● A prevenção dos acidentes com crianças preserva a vida dela, a sua condição social e a
estrutura da família, que são importantes para seu desenvolvimento saudável e feliz.
https://www.gov.br/mdh/pt-br/assuntos/noticias/2020-2/abril/ministerio-publica-guia-de-prevencao-a-acidentes-domesticos-e-primeiros-socorros/SNDCA_PREVENCAO_ACIDENTES_A402.pdf
Medicina Unichristus - ISEC V Bárbara Gomes (S5) - 2021.1
Puericultura na APS - Dr. Júlio César
Definição:
● Cuidados prestados a crianças em casas ou instituições
● Acompanhamento do crescimento e do desenvolvimento da criança nos primeiros 24
meses de vida;
Epidemiologia:
● Mortalidade infantil (nascidos vivos menos de 1 ano devida) e Mortalidade na infância (nos
primeiros 5 anos de vida)
● Neonatal precoce (0 – 6 dias)
● Neonatal tardia (7 – 27 dias)
● Pós-neonatal (28 dias – 1 ano)
● São indicadores sensíveis para avaliar as condições socioeconômicas e a infraestrutura
ambiental nacional
● No Brasil houve a diminuição da taxa de mortalidade pós-neonatal devido às melhoria no
acesso à saúde e as condições de vida (caderneta pré-natal ampla, saneamento básico)
Fases da Vida:
● Sentimento
● Ideias
● Funcionamento e expectativas da família durante e após a gestação
● Colocar a rede de saúde a disposição;
● Agente de saúde e seu elo na fases da vida
Identificação:
● Pais
○ antecedentes familiares e obstétricos, gestação, sorologias e condições de parto;
● Bebê
○ APGAR, triagem neonatal, dados antropométricos, dados vitais e alimentação;
Triagem Neonatal:
● Olhinho - reflexo vermelho
● Orelhinha - emissão otoacústica
● Linguinha - avaliar frênulo
● Coraçãozinho - oximetria (nos 2 membros, se houver avaliação maior que 3% entre as
medidas dos membros, é um teste positivo → requer exame cardíaco: ECO)
● Pézinho - 3 a 5 dias
● Outros
Fases de Crescimento:
● Intrauterino - ambiente e insulina
● Lactente - nutrição, leite materno
● Infantil - hormônios: GH e potencial genético
● Puberal - esteróides sexuais
Estatura:
● No 1° ano espera-se ganhar 25 cm
Medicina Unichristus - ISEC V Bárbara Gomes (S5) - 2021.1
● No 2º ano de vida espera-se ganhar 12 cm
● Durante a fase pré-escolar 6 – 8 cm por ano
Estatura
1ºtrimestre 15 cm
2ºtrimestre 10 cm
2º ano 12 cm
Pré-escolar 7-8 cm/ano
Escolar 6-7 cm/ano
Peso:
● No 1° trimestre ganhar 800g/mês
● No 2ºtrimestre 600g/mês
● No 3ª trimestre 400g/mês
● Macete:
○ Dobra de peso no 4-5 meses, triplica de peso com 1 ano e quadruplica a partir dos 2
anos;
Peso
1ºtrimestre 700g/mês
2ºtrimestre 600g/mês
3ºtrimestre 500g/mês
4ºtrimestre 400g/mês
Perímetro Cefálico:
● No 1° trimestre ganhar 2cm/mês
● No 2° trimestre ganhar 1 cm/mês
● No 3° a 4º trimestre ganhar 0,5 cm/mês
Perímetro cefálico
Média ao
nascer
35 cm
1ªtrimestre 2 cm/mês
2ºtrimestre 1 cm/mês
3ºtrimestre 0,5 cm/mês
Marcos do Desenvolvimento: tabela
● Motora
○ busca sucção, moro..
○ 2m: levanta cabeça
Medicina Unichristus - ISEC V Bárbara Gomes (S5) - 2021.1
○ 4m: cabeça centralizada
○ 6m: senta com apoio
○ 9m: engatinha (opcional)
○ 12m: anda com apoio
● Adaptativa
○ fica a visão
○ 3m: estende a mão
○ 6m: transfere objeto
○ 9m: pinça
○ 12m: atende solicitação
● Linguagem
○ 2m: vocaliza
○ 3m: sons guturais
○ 6m:polissílabos
○ 9m: mama, papa
○ 12m: fala palavras
● Social
○ 2m: Sorriso social
○ 6m: reconhece cuidador
○ 9m: estranha, beija, bate palmas, acena
○ 12m: interage
Acompanhamento:
● A chegada da criança
● Visita domiciliar
● Consultas
○ Ideal: mensalmente até os 6 meses, trimestralmente a partir dessa idade (9 e 12) e
pelo menos duas consultas no 2° ano
● Vitaminas
○ Vitamina D a partir do nascimento,
○ Vitamina A nas salas de vacina (6 meses, 1 ano)
○ Suplementação com Ferro começa a partir de 6 meses em casos de aleitamento
materno exclusivo, exceto se a criança estiver em uso de fórmula infantil acima de
500 mL/dia não é preciso repor ferro
● Imunizações (tabela)
○ tosse, espirros, diarreia não contraindica vacina
○ A febre contraindica!!
● Monitoramento → consultas, caderneta da criança
● Alimentação saudável
● Saúde bucal
Medicina Unichristus - ISEC V Bárbara Gomes (S5) - 2021.1
Suplementação
vitamínica
(Recomendações
da SBP)
FERRO:
- À termo e AIG → dos 3 aos 24 meses, dose de 1mg/Kg/dia
- A criança à termo que recebe 500 mL/dia de fórmula láctea,
não precisa receber a suplementação de ferro
- Prematuro ou baixo peso ao nascer → início com 30 dias e com dose
maior no 1ºano, de acordo com o peso de nascimento:
- Baixo peso (<2500 g): 2 mg/Kg/dia
- Muito baixo peso (< 1500g): 3 mg/Kg/dia
- Extremo baixo peso (<1000g): 4 mg/Kg/dia
VITAMINA D:
- Inicia na 1ªsemana de vida, com dose de 4000 Ui/dia durante o
1ºano
VITAMINA A B → recomendação OMS
- Em áreas de risco (deficiência endêmica), a suplementação
profilática é indicada ao 6 aos 59 meses e para gestantes
- Crianças < 6 meses, apenas se ALTO RISCO de deficiência
(sarampo, diarreia, doença respiratória, desnutrição grave) →
50.000 Ui em dose única
- 6 - 12 meses → 100.000 Ui VO em dose única
- 12 - 59 meses → 200.000 Ui VO a cada 4 - 6 meses
- Gestantes → altas doses NÃO devem ser administradas devido
a potencial teratogênico; indica-se 10.000 Ui/dia ou 25.ooo
Ui/semana por um período mínimo de 12 semanas durante a
gravidez até o parto
- Para gestantes a xeroftalmia, o tratamento utiliza a
mesma dose descrita para cada faixa etária, porém
repetida 3 vezes: a 1º ao diagnóstico, a 2º no dia
seguinte e a 3º após 2-4 semanas
Obs: o Ministério da Saúde mantém a recomendação de início do ferro
apenas aos 6 meses e não recomenda a suplementação de vitamina D
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RIMAS I - Dra. Ana Lúcia
Caso I Pediatria - ISEC 5 - 2021.1
A saúde de Paulo
Dona Cristina, 22 anos, mãe de 3 filhos, sendo Paulo, 6 anos, o filho mais velho. Hoje pela
manhã decidi levar o filho ao posto de saúde. Ao chegar à UPS, foram atendidos na triagem pela
enfermeira. Cristina conta que o filho está há 4 dias com febre, fazendo uso de medicamentos e
banho de ervas, mas não está melhorando. Na noite de ontem, Paulo estava muito quente, o
termômetro deu 40 graus. Após a enfermeira ouvir a história da criança, solicitou que a mãe o
levasse na sala de preparo para pesar a criança e em seguida ir para a consulta com o médico da
área.
Ao ser atendida pelo médico, Cristina contou a história de febre e acrescentou que Paulo
não está querendo comer, mas mesmo assim ele era obrigado a comer “Tem que comer, senão
apanha.”
No exame físico, o médico identificou que a criança estava com conjuntivite, tosse,
exantema em região da cabeça, e mucosa oral estava com máculas brancas com halo de
hiperemia ao redor esbranquiçadas.
O médico orientou Dona Cristina sobre o que estava acontecendo, prescreveu
medicamentos, entregou atestado para a criança não ir para a escola. Questionou Dona Cristina
como estavam as outras crianças e sobre as vacinas das outras crianças, e foi dona Cristina
respondeu “Dr. a vida é tão difícil que eu só venho no posto quando realmente é preciso. Não
tenho tempo pra isso não, tenho que trabalhar”.
Discussão:
● Criança 6 anos
● 4 dias com febre -> medicamento e banho de ervas
● Febre aguda e grande intensidade (40 graus)
● Diferencial:
- Rubéola (não é morbiliforme)
- Dengue
- Enteroviroses
- Sarampo -> manchas de poplique -> diagnóstico
- febre 40 graus
- (...) Não chegou serviços de vacinação, informação, direitos
Objetivos de aprendizagem:
1) Relembrar os princípios do SUS:
➔ Princípios Doutrinários
◆ Universalização: a saúde é um direito de cidadania de todas as pessoas e cabe ao
Estado assegurar este direito, sendo que o acesso às ações e serviços deve ser
garantido a todas as pessoas, independentemente de sexo, raça, ocupação, ou
outras características sociais ou pessoais.
◆ Eqüidade: o objetivo desse princípio é diminuir desigualdades. Apesar de todas
as pessoas possuírem direito aos serviços, as pessoas não são iguais e, por
isso, têm necessidades distintas. Em outras palavras, eqüidade significa tratar
desigualmente os desiguais, investindo mais onde a carência é maior.
Medicina Unichristus - ISEC V Bárbara Gomes (S5) - 2021.1
◆ Integralidade: este princípio considera as pessoas como um todo, atendendo a
todas as suas necessidades. Para isso, é importante a integração de ações,
incluindo a promoção da saúde, a prevenção de doenças, o tratamento e a
reabilitação. Juntamente, o princípio de integralidade pressupõe a articulação
da saúde com outras políticas públicas, para assegurar uma atuação
intersetorial entre as diferentes áreas que tenham repercussão na saúde e
qualidade de vida dos indivíduos.
➔ Princípios Organizativos: estes princípios tratam, na realidade,de formas de
concretizar o SUS na prática.
◆ Regionalização e Hierarquização: os serviços devem ser organizados em
níveis crescentes de complexidade, circunscritos a uma determinada área
geográfica, planejados a partir de critérios epidemiológicos, e com definição e
conhecimento da população a ser atendida. A regionalização é um processo de
articulação entre os serviços que já existem, visando o comando unificado dos
mesmos. Já a hierarquização deve proceder à divisão de níveis de atenção e
garantir formas de acesso a serviços que façam parte da complexidade
requerida pelo caso, nos limites dos recursos disponíveis numa dada região.
◆ Descentralização e Comando Único: descentralizar é redistribuir poder e
responsabilidade entre os três níveis de governo. Com relação à saúde,
descentralização objetiva prestar serviços com maior qualidade e garantir o
controle e a fiscalização por parte dos cidadãos. No SUS, a responsabilidade
pela saúde deve ser descentralizada até o município, ou seja, devem ser
fornecidas ao município condições gerenciais, técnicas, administrativas e
financeiras para exercer esta função. Para que valha o princípio da
descentralização, existe a concepção constitucional do mando único, onde cada
esfera de governo é autônoma e soberana nas suas decisões e atividades,
respeitando os princípios gerais e a participação da sociedade.
◆ Participação Popular: a sociedade deve participar no dia-a-dia do sistema. Para
isto, devem ser criados os Conselhos e as Conferências de Saúde, que visam
formular estratégias, controlar e avaliar a execução da política de saúde.
2) Relembrar a territorialização e a importância do acompanhamento de todas as famílias:
➔ Lugar de entendimento do processo de adoecimento, em que as representações
sociais do processo saúde-doença envolvem as relações sociais e as significações
culturais (Minayo, 2006). É o resultado de uma acumulação de situações históricas,
ambientais e sociais que promovem condições particulares para a produção de
doenças.
➔ Agente de saúde responsável por 750 pessoas em média em um território, tem sua
importância no acompanhamento em todas as fases da vida, e de todas as famílias
para repassar o seu apanhado de informações para a gestora do posto. Assim, a
gestora repassa as informações para a Regional em prol de controle e melhorias do
território.
3) Diante da principal hipótese diagnóstica, quais as condutas a serem adotadas pelo MSF
(medidas clínicas, medidas de gestão)?
➔ Evitar stress tóxico
➔ Medidas clínicas: tratamento e suporte
➔ Medidas gestão: repasse da situação para a unidade de saúde para controle da
disseminação da doença
Medicina Unichristus - ISEC V Bárbara Gomes (S5) - 2021.1
➔ Medidas burocráticas: notificação compulsória
4) Diante do diagnóstico, qual a medida deverá ser adotada pela família?
➔ Sorologia
➔ PCR SWAAB
SARAMPO AGENTE ETIOLÓGICO: Morbili Vírus transmitido por aerossóis
EXANTEMA: morbiliforme craniocaudal seguido de descamação furfurácea
PARTICULARIDADES:
- Pródromos catarrais exuberantes
- Sinal de Koplik →manchas brancas com halo hiperemiado na cavidade oral
COMPLICAÇÕES:
- Otite média aguda → mais frequente
- Pneumonia → mais grave
- Encefalite e pancreatite esclerosante subaguda
CONDUTA:
- Notificação imediata
- Precaução respiratória por aerossóis
- Profilaxia dos contactantes → vacinação de bloqueio em até 72h ou
imunoglobulina em 5 dias
- Suplementação de vitamina A
exantema morbiliforme sinal de koplik
Medicina Unichristus - ISEC V Bárbara Gomes (S5) - 2021.1
Calendário Vacinal - Dr. Júlio César
Introdução:
● As vacinas incluídas no Programa Nacional de Imunizações (PNI) do Ministério da Saúde
são aquelas em que o custo benefício compensa sua implementação.
● Metas de vacinação atuais enfrentam desafios devido à negacionistas, fake news,
“pandemia”, falsa sensação de segurança,
● A meta terapêutica em campanhas de vacinação sempre é alcançar 95% da população alvo.
Caso Clínico:
Covidiano, lactente, 12 meses, natural de Fortaleza, sem doenças prévias, comparece com a
família para atualizar calendário vacinal, com coriza e tosse seca há 3 dias. A família participa de
uma seita terra planistas contra vacinas. Há 7 dias, filho de um membro da seita teve sarampo,
que causou preocupação generalizada.
● Ao verificar cartão vacinal só havia a BCG + Hepatite B
● Como abordar os pais?
○ Não é crime → porém passível de acionar o conselho tutelar
○ O primeiro passo sempre será acolher, conversar de maneira acolhedora, mostrar a
sala de vacina, folders do MS, e até mostrar artigos - se responsável se interessar.
○ A importância não só para a criança, como para comunidade.
● Ele pode se vacinar hoje? SIM!
● Quais vacinas devem ser feitas hoje?
○ Tríplice Viral (sarampo, caxumba e rubéola) / Tetra Viral (tríplice varicela zoster)
■ se estiver com quadro sugestivo de sarampo NÃO faz tríplice!
● Até o 6º dia de doença, o bloqueio será por imunoglobulina, por
contraindicação a vacina
● Até 3 dias (72h) de doença, realiza-se a vacinação de bloqueio
(permitida a partir dos 6 meses)
■ não pode ser associada com a vacina da febre amarela.
■ tríplice pelos 12 meses...
○ Febre Amarela
■ possui intervalo de 30 dias entre tríplice e febre amarela.
■ em casos de deslocamento para áreas endêmicas necessário 10 dias prévios
aos deslocamento (período mínimo)
■
○ Pneumo + Meningo
○ DtpA
○ Não poderia ser feita
■ Rotavírus
● faixa etária restrita
○ 1ª dose → até 3 meses e 15 dias
○ 2ª dose → até 7 meses e 29 dias (intervalo mínimo de 4 semanas
entre as doses)
● risco de invaginação intestinal
● Deve-se acionar o conselho tutelar?
○ Em alguns casos, caso a conversa não seja favorável
Calendário Vacinal:
Medicina Unichristus - ISEC V Bárbara Gomes (S5) - 2021.1
Regras Básicas:
● Administração simultânea
○ Exceto Febre Amarela (FA) / Tríplice Viral → contra indicado, geralmente, para
menores de 2 anos.
● Período de latência
○ Febre Amarela - 10 dias
● Não há intervalo máximo entre doses de mesma vacina
○ Exceto rotavírus
● Sensíveis a luz
● Conservar entre 2 e 8ºC
● Falsas Contraindicações
○ Doença comuns benigna (afebril)
○ Desnutrição
○ Alergia: CI (anafilaxia prévia)
○ Crianças hospitalizadas, geralmente, não se faz vacinas orais (contraindicado)
Agentes Vivos:
● Atenuados
○ Pode causar doença
● Contraindicação
○ Imunodeprimidos
○ Gestantes
● “Bravo 34”
○ Bcg; Rotavírus; febre
○ Amarela Varicela vOp
○ TRÍplice TETRAviral
● BCG:
○ M. bovis
■ Formas Graves TB (meníngea, miliar)
○ < 5 anos
Medicina Unichristus - ISEC V Bárbara Gomes (S5) - 2021.1
○ Via Intra Dérmica
○ Eventos Adversos
■ Úlcera -
■ Abscesso -
○ CI - contraindicações
■ < 2kgs
■ Contato domiciliar TB
● mãe com TB e bebê vai nascer -> não vacina
● não vacina BCG (contra TB) , realiza-se a profilaxia (isoniazida por 3
meses, após os 3 meses realiza-se o PPD:
○ se PPD der não reator,para a isoniazida e vacina
○ se der reator faz mais 3-6 meses de isoniazida e não vacina mais
contra BCG
● Rotavírus (VORH)
○ Prevenção
■ diarreia grave
○ Cuidado
■ 1 dose – até 3m e 15d
■ 2 dose – até 7m e 29d
○ CI - contraindicações
■ Malformações não corrigidas Tubo Digestivo e invaginação intestinal prévia
■ Quem perde primeira dose, não tem recomendação de realizar mais a vacina
do Rotavírus
● VOP
○ Bivalente
■ Após VIP
○ 15m e 4 anos
○ Efeito de imunidade de rebanho
○ Ef. Adversos
■ Poliomielite Vacinal
○ CI - contraindicações
■ Contactante, imunodeficientes e hospitalizados
● Febre Amarela
○ Indicada em todo o Brasil
■ 9 meses e 4 anos
● crianças após 4 anos, que não realizaram a vacinação nos 9 meses só
faz 1 dose.
○ Ev. Adversos
■ Doença neurológica
■ Doença viscetrópica*
○ CI - contraindicações
■ < 6m
■ Mulheres amamentando cçs 6m
■ Anafilaxia a ovo
■ Imunodeficiente?? e Gravidez?? - Vírus vivo
Tríplice Viral / Tetra Viral
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● Sarampo, Rubéola e caxumba
○ Até 59 anos
○ ATÉ 29 ANOS: 2 doses
○ 30 A 59 ANOS: 1 dose
○ Dose zero (6m a 11m)
○ Feita aos12m e reforço aos 15m
○ Profissionais da saúde sempre 2 doses
● CI - contraindicações
○ Imunodeprimidos e
○ Gestantes avaliar
○ HEMODERIVADOS
● TRÍ + Varicela = Tetra
○ Até 5 anos
● Risco
○ Crise febril
Vacinas de Agentes Não Vivos
● Hepatite B / VIP
○ Precoce - ao nascer
■ Até 12hs
○ Ev. Adversos
○ CI
■ Púrpura Trombocitopênica
■ idiopática desencadeada após
■ dose anterior
○ Precoce
■ 3 doses
● Penta / DTP ou DTPa ou DT ou dT ou dTpa
○ DTP + Hib + Hep B voltada para crianças
■ Até 7 anos
○ CI
■ reação adversas mais graves a DTP muda para dTpa
○ 2-4-6 meses
○ dT
■ A cada 10 anos reforço - foco em adultos
○ dTPa
■ Gestantes
● Vacina contra Influenza
○ Campanha anual
■ Composição varia a cada ano
○ Crianças
■ 6 meses a 6 anos
○ Gestantes
■ Puerpera até 45 dias PP
○ Idosos
○ Trab. Saúde, professors, PPL
○ Portadores de doenças crônicas
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Conduta em Evento Adverso:
● Tratar
○ Abcessos
○ Úlceras
○ Reações febris - paracetamol / dipirona
● Mudar esquema se necessário
○ Convulsões / letargia grave
○ DTP muda para dTpa
● NOTIFICAR (SI-EAPV)
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Tabela: Calendário Vacinal
Organismo vivo atenuado Organismo não vivo (inativado)
Tipos de Vacinas - BCG (ID) →é a única de bactérias
vivas
- VOP (VO)
- Rotavírus (VO)
- Febre Amarela (SC)
- Varicela (SC)
- Triviral (SC) → sarampo,
caxumba e rubéola
- A via é intramuscular → uso de
adjuvantes para ampliar a
resposta inflamatória local e,
com isso, melhorar a resposta
imunológica
- Hepatite A e B
- DTP → difteria, tétano e
coqueluche
- VIP
- Influenza
- HPV
- Conjugadas:
- Hib
- Pneumo 10
- Meningo C
Contraindicações - Podem causar doença devido à
auto-replicação viral
CONTRAINDICAÇÕES gerais para vírus
vivo:
- Gestantes e lactantes (de bebê <
6 meses)
- Exceção: mulheres
amamentando em caso
de surto, deverão ser
vacinadas e o
aleitamento suspenso
por 10 dias
- Imunossuprimidos
- Corticoterapia sistêmica:
prednisona
>2mg/Kg/dia por > 2
semanas
- Uso recente de imunoglobulina
(adiar cerca de 5 meses) → pode
prejudicar a resposta à vacina
- Não causam doença, apenas
efeitos adversos
CONTRAINDICAÇÕES:
- Na vigência de doenças febris
moderadas a graves → adiar a
vacinação, pois poderia
prejudicar a resposta humoral
- Anafilaxia
Regras Básicas - As vacinas podem ser feitas simultaneamente, exceto as subcutâneas:
febre amarela + tríplice/tetraviral
- Entre estas, o intervalo deve ser de no mínimo 30 dias
- Segundo o MS, durante toda a vida iremos complementar o esquema de:
hepatite B (3 doses) + dT (3 doses + reforços a cada 10 anos) + febre
amarela (1 dose) + tríplice viral (1-2 doses)
- Não há intervalo máximo entre as doses da mesma vacina
Ao nascer: BCG + hepatite B
(Mnemônico: “BB”)
BCG
(dose única
- Protege contra formas graves da doença
(não protege contra TB pulmonar)
CONTRAINDICAÇÕES:
- Imunossupressão clínica
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ao nascer)
INDICAÇÃO (ms): < 5 anos
- Não é mais necessário vacinar devido à
ausência de cicatriz!
EFEITOS ADVERSOS → tratar com isoniazida
- Pode ocorrer adenite reacional (axilar)
- < 3 cm → conduta expectante
- Tratar com isoniazida se:
- Ulceração > 1 cm por > 12
semanas
- Abscesso subcutâneo sem sinais
flogísticos
- Linfadenite regional supurada
- Obs: RN com
transmissão vertical de
HIV pode receber!
- Peso < 2 Kg
- Lembre-se: também não
deverão receber a BCG os RN
contactantes de bacilífero →
irão, primeiro, receber
quimioprofilaxia com
isoniazida por pelo menos 3
meses e, então, fazer PPD para
orientar a conduta subsequente
Hepatite B
(0-2-4-6
meses)
- A dose ao nascer deve ser idealmente nas primeiras 12h de vida, mas poderá ser
feita até o 1º mês (se perder esse prazo, irá receber apenas as 3 doses da penta)
- Para toda a população está indicado completar o esquema de forma que se obtenha
3 doses (intervalo mínimo de 0-1-6 meses)
Aos 2 e aos 4 meses: Pentavalente + VIP + Pneumo 10 + Rotavírus
(Mnemônico: 4p - penta, pólio, pneumo e piriri)
Pentavalente
(2-4-6 meses)
COMPOSIÇÃO: hepatite B + Haemophilus B + DTP
INDICAÇÃO: < 7 anos → a partir dessa idade, não é feita a vacinação para Hib nem
Pertussis, e utiliza-se a dT (dupla do tipo adulto)
DTP
(2-4-6-15 meses
+ reforço aos 4
anos)
VARIAÇÕES:
- DTP (tríplice bacteriana celular) → a
princípio, é indicada para < 7 anos
- dT (duplas do tipo adulto) →
utilizada após os 7 anos, para
completar 3 doses em caso de
esquema incompleto e para reforços
a cada 10 anos
- dTpa (pertussis acelular) → indicada
para gestantes (> 20 semanas de
gravidez) e puérperas, para que
ocorra transmissão vertical dos
anticorpos contra Pertussis
- Em caso de eventos adversos:
- DTPa (tríplice bacteriana
acelular) → indicada após
episódio hipotônico-
-hiporresponsivo ou
convulsão
- DT (dupla infantil)→indicada
após encefalopatia
EFEITOS ADVERSOS → causados
principalmente pelo componente
pertussis
- Febre alta ou choro persistente
e incontrolável (>3h) → não
requer modificação do
esquema, pode-se utilizar
analgésico ou anti piréticos na
próxima dose
- Episódio
hipotônico-hiporresponsivo
(ocorre em até 48h após a
vacina) → tríade de hipotonia,
hiperresponsividade e palidez
ou cianose; é uma reação
adversa grave e de notificação
compulsória
- Convulsão (em até 72h)
- Encefalopatia (em até 7 dias)
VIP
(2-4-6 meses)
INDICAÇÃO: < 5 anos
- Deve ser feita antes da VOP para minimizar o risco de desenvolvimento de
poliomielite pelo vírus vacinal
Pneumo-10 - Vacina conjugada
Medicina Unichristus - ISEC V Bárbara Gomes (S5) - 2021.1
(2-4-12 meses) INDICAÇÃO: < 5 anos → reduz a incidência de doença pneumocócica invasiva e OMA
Obs: outros tipos de vacina anti-pneumocócica:
- Pneumo-13 (conjugada) → complementa a pneumo-10 para > 5 anos
imunodeprimidos (HIV, neoplasias , transplante)
- Pneumo-23 (polissacarídica) → complementa a pneumo-10 para > 2 anos e
idosos institucionalizados
Rotavírus
(2-4 meses)
INDICAÇÃO → faixa etária restrita
- 1ª dose → até 3 meses e 15 dias
- 2ª dose → até 7 meses e 29 dias
(intervalo mínimo de 4 semanas
entre as doses)
RISCO: invaginação intestinal
CONTRAINDICAÇÕES:
- Invaginação intestinal prévia
- Malformações do tubo digestivo
Aos 3 e aos 5 meses: Meningo C
Meningo C
(3-5-12 meses)
- É uma vacina conjugada
INDICAÇÃO:
- Meningo C: < 5 anos (é disponibilizada na rede pública apenas até essa idade)
- Reforço com meningo ACWY: adolescentes de 11-12 anos → introduzida pela
PNI, pretende "reativar a imunidade”, para prevenir a evolução fulminante da
meningococcemia
Aos 6 meses: Pentavalente + VIP
(Mnemônico: com 6 meses são 6 vacinas)
Aos 9 meses: Febre Amarela
Febre
Amarela
INDICAÇÃO: atualmente é recomendada em
todos os estados brasileiros, dos 9 meses
aos 59 anos
- Foi reintroduzido o reforço aos 4
anos
- Completando o calendário:
- Se paciente só recebeu 1 dose
antes dos 5 anos → fazer
reforço!
- Se recebeu a primovacinação
apenas após os 5 anos, 1 dose
basta → não necessário
reforço
Obs: se a criança recebeu a vacina em
contexto de surto, antes dos 9 meses (o que
não é mais recomendado desde 2017), a dose
deverá ser repetida aos 9 meses. Antes
deverá ser repetida aos 9 meses. Antes disso,
a presença de anticorpos maternos
(imunidade passiva) poderia prejudicar o
desenvolvimento de resposta humoral
EVENTOS ADVERSOS: doença
neurológica ou viscerotrópica
CONTRAINDICAÇÕES ESPECÍFICAS:
- Anafilaxia à ovo
- < 6 meses
- Gestantes, exceto em contexto
de surto
- Lactantes com crianças < 6
meses, exceto em contexto de
surto → nesse caso, suspender o
aleitamento 10 dias após a
vacina
Obs: HIV + sem imunossupressão
clínica e CD4 > 200 pode receber a
vacina
Medicina Unichristus - ISEC V Bárbara Gomes (S5) - 2021.1
(imunidade ativa)
Aos 12 meses: Tríplice viral +reforço de Pneumo 10 e Meningo C
(Mnemônico: Na festa de 1 ano, os Três Melhores Presentes são as vacinas!)
Tríplice viral
(12-15 meses)
- Inclui vírus atenuados de

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