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EMPRESARIAL IV P2

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EMPRESARIAL P2
Efeitos da Falência:
1- Extinção da pessoa Jurídica. - tem início a dissolução da sociedade empresária.
2-Afastamento da atividade. Art. 75, LF, o devedor (administrador)é afastado das suas atividades. 
Se for empresário individual: 
Perde a administração da empresa, 
Mantém a titularidade do seu patrimônio moral (direitos da personalidade). 
Perde a administração do patrimônio até o encerramento da falência. 
Mas pode praticar os atos da vida civil (ex: se casar)
Nada impede que o empresário individual participe do processo falimentar. Ex: impugnar créditos, prestar informações.
Pois é parte do processo falimentar. 
Se for Sociedade Empresária: 
Além do afastamento das atividades o administrador societário é afastado da condução dos negócios da massa falida.
Os sócios perdem o poder de deliberar sobre as atividades sociais. 
Todo o patrimônio do devedor (empresário individual, sociedade empresária) se torna Massa Falida. 
Obs: No caso da falência da sociedade empresária o administrador judicial assume a representação e a condução da massa falida, uma vez que a sociedade empresária perde a titularidade de seu patrimônio, inclusive do patrimônio moral (direitos da personalidade).
Direito de Recesso:
Os sócios não podem exercer o direito de recesso, retirando-se da sociedade. 
Mas podem ceder suas cotas ou ações. 
Por ato inter vivos, ou causa mortis. 
Havendo a cessão de ações ou cotas, será apenas da titularidade patrimonial, o sócio não se livra das consequências da decretação da quebra (art. 81, LF).
Inabilitação do Falido: 
Na sentença declaratória da falência o juiz deve se manifestar sobre a inabilitação do falido (art. 99, VIII, e art. 102, LF).
A inabilitação é um efeito automático da falência.
Pode decorrer de sentença civil ou penal (art. 101, LF).
Se for empresário individual.
Desde a decretação da falência ou do sequestro de bens, perde o direito de administrar seus bens e de deles dispor (art. 75, LF).
Se for Sociedade Empresária:
Se há sócios com responsabilidade ilimitada.
A falência dos sócios será decretada junto com a da sociedade empresária. 
Obs: na falência de uma sociedade empresária em que há sócios com responsabilidade ilimitada o sócio será citado para compor o polo passivo do processo falimentar e terá a sua falência decretada junto com a da sociedade. Ex: sociedades em comandita simples, e a sociedades em conta de participação. 
Se os sócios não tem responsabilidade subsidiária. Ex: sócio em nome coletivo. 
A falência da sociedade não acarreta a falência dos sócios. 
Os sócios não ficam afastados da administração de seus bens. 
Mas ficam afastados da administração ou deliberação da massa falida.
Se os sócios tem responsabilidade limitada. Ex: sociedade limitada e S.A. 
O juiz na sentença declaratória da falência deve se manifestar acerca da responsabilidade dos sócios. Depende dos atos constitutivos da empresa. 
Os sócios que não tem poder de gestão não serão atingidos pela falência. 
Obs: a inabilitação do falido não configura cerceamento da garantia constitucional do livre exercício de qualquer trabalho, ofício ou profissão. Veda o exercício de atividade empresarial, portanto, pode trabalhar como empregado. 
3ª Fase: Reabilitação do falido:
Art. 156, LF
Julgadas as contas do adm. Judicial, o juiz profere a sentença de encerramento da falência. 
Essa sentença de encerramento da falência não põe fim ao processo falimentar , dá início a 3ª fase do processo falimentar.
Se o falido tiver interesse em voltar exercer atividade empresarial, deve promover a sua reabilitação. 
Deve comprovar a extinção das responsabilidades civis e penais. 
A extinção das obrigações: 
Com o trânsito em julgado da sentença que determinou o encerramento da falência, as obrigações do falido que estavam com o prazo prescricional suspenso.
O prazo prescricional volta a correr (arts. 6º e 157, LF). 
Quando se tratar de falência de sociedade empresária. 
Não há consequências, pois a sentença de encerramento acarreta a dissolução da sociedade empresária. Extinguindo a personalidade jurídica.
Obs: se não houver a desconsideração da personalidade jurídica ou ação de responsabilização do sócio administrador ou terceiro os créditos serão extintos por ausência de sujeito passivo na relação jurídica obrigacional. 
Quando se tratar de Empresário Individual:
As obrigações que não foram adimplidas, permanecem válidas após o encerramento da falência. Quando o prazo prescricional volta a correr. 
As obrigações serão extintas:
a- adimplemento de todas as obrigações.
b- adimplemento ou novação das obrigações com garantia real (art. 158, I).
c- adimplemento de 50% dos créditos quirografários. 
d- decurso do prazo de 5 anos contados do encerramento da falência, se não houve crime falimentar. 
e- prazo de 10 anos contados do encerramento da falência se houve crime falimentar. 
f- prescrição das obrigações.
O falido pode requerer ao juízo falimentar que as obrigações sejam declaradas extintas (art. 159, LF). 
O juiz o fará por sentença. 
O falido deverá comprovar a extinção das obrigações, acompanhada da quitação dos tributos relacionados ao exercício do comércio (art. 191, CTN). 
O juiz ouve o MP e profere sentença declarando a reabilitação do falido. 
Reabilitado civil e criminalmente o falido pode voltar a exercer atividade empresarial. 
Un. III- Recuperação de Empresa.
1- Introdução: 
Não é qualquer empresa que pode usufruir dos benefícios da recuperação de empresa. 
Se o devedor empresário não demonstra viabilidade para a recuperação da empresa, a solução será a decretação da falência.
Se há viabilidade da manutenção da atividade empresarial, o devedor pode postular o benefício da recuperação de empresa. 
A viabilidade deve ser vista sob 2 aspectos:
a- condições econômicas da empresa.
b- a relevância da empresa para a economia local. 
relevância =A mão de obra e a tecnologia empregadas, volume do ativo e passivo, porte econômico da empresa, o tempo de existência da empresa. 
2- Meios de Recuperação de Empresa.
Art. 50, LF, traz um rol exemplificativo dos meios de recuperação de empresa.
a- Dilação do prazo ou revisão das condições de pagamento. Abatimento do valor das dívidas, aumento no prazo de vencimento. Ex: parcelamento das dívidas do requerente. Possibilita a reestruturação da empresa.
b- Operação Societária. Ex: cisão, incorporação, fusão, venda de cotas ou ações. O plano de recuperação de empresa deve demonstrar que a operação é realista e portanto é apta a recuperar a empresa que se encontra em crise. 
c- Alteração do controle societário. Ex: aumento de capital, mudanças na administração da empresa. Pode ser parcial ou total. A alteração deve vir acompanhada de medidas efetivas para a recuperação da empresa. 
d- Reestruturação da Administração. Substituição de todos ou alguns diretores ou administradores da empresa. Quando a crise resulta da falta de competência ou má gestão dos administradores. 
e- Concessão de Direitos Societários a Credores. Admite-se que credores tenham ingerência na administração em recuperação. Ex: a eleição de credores para aprovar ou vetar a prática de determinados atos que possam comprometer o patrimônio da sociedade em recuperação. 
f- Reestruturação de Capital. Ex: aumento de capital (com os mesmos sócios). 
g- Transferência de estabelecimento ou arrendamento. Mudança na titularidade ou na direção da sociedade empresarial. Montada uma sociedade de empregados, que arrenda o estabelecimento comercial.
h- Renegociação do passivo trabalhista. Por meio de convenção ou acordo coletivo de trabalho. Para que haja a redução de salário e de jornada de trabalho.
Obs: se a empresa realiza negociações individuais com os empregados, estas serão ineficazes e se decretada a falência, tais negociações se encaixarão no período suspeito. 
i- Dação em Pagamento ou Novação. Com aprovação dos órgãos de recuperação. 
j- Constituição de Sociedade de Credores. Os credoresconstituem uma sociedade que tem por finalidade dar continuidade às atividades da empresa. 
k-Realização parcial do ativo. Venda de bens da empresa para arrecadar recursos visando a continuidade da atividade empresarial. 
Obs: não se admite a venda de bens essenciais ao exercício da atividade econômica. Ex: venda do imóvel onde funciona a empresa com cláusula de locação. 
l- Usufruto de empresa. A sociedade empresária continua proprietária do imóvel, mas transfere a administração a um novo dirigente (usufrutuário) que receberá os frutos da exploração da atividade empresarial. 
m- Administração Compartilhada. Divisão de responsabilidades entre a sociedade empresária e os credores (ou parte deles). 
n- Emissão de valores mobiliários. Nas sociedades por ações, colocar ações no mercado. 
3. Recuperação de Empresa Judicial ou Extrajudicial. 
3.1- Recuperação Judicial. (Art. 44 e ss, LF). 
Visa reorganização da empresa. Fator social importantíssimo, que é a manutenção no emprego. Dá ênfase ao aspecto social. 
No processo de recuperação judicial terá auxílio de 3 órgãos.
a- Assembleia de credores
b- Administrador Judicial
c- Comitê de credores (facultativo- art. 27)
3.1.1- Assembleia de credores: (art. 35, LF). Órgão colegiado e deliberativo- responsável pela manifestação da vontade predominante dos credores. 
Legitimidade: 
Juiz. 
Credores (art. 36,§2º, LF), desde que a soma dos créditos represente pelo menos 25% do passivo da sociedade requerente.
Convocação: publicada no órgão de imprensa oficial e afixada no estabelecimento da sociedade empresária. 
Prazo: antecedência mínima de 15 dias em primeira convocação e 5 dias em segunda convocação. 
Quorum. 1ª convocação- credores mais da metade do passivo. 
	 2ª convocação- se instala independente do número de credores. 
Competência: 
-aprovação, rejeição ou revisão do plano de recuperação. 
-Instalar um comitê de credores e eleger seus membros. 
-manifestar sobre o pedido de desistência da recuperação. 
-eleger o gestor judicial, quando os administradores forem afastados. 
-deliberar sobre qualquer assunto de interesse dos credores. 
3.1.2- Comitê de Credores. 
Órgão facultativo.
Instalação: por deliberação de qualquer uma das classes de credores reunidos em assembleia. 
Composição:
Por 1 titular e 2 suplentes de cada classe de credores.
Competência: 
Fiscalizar o adm. Judicial e a sociedade em recuperação. 
Elaboração de um plano alternativo de recuperação. 
Se os administradores forem afastados- caberá ao comitê de credores realisar as alienações do ativo permanente. 
3.1.3- Administrador Judicial. 
Auxiliar do juízo no processo de recuperação de empresa. 
É obrigatório.
Obs: está impedido de ser adm. Judicial aquele que foi destituído, deixou de prestar contas, ou teve as contas reprovadas em outro processo falimentar ou de recuperação de empresa. 
3.2- Processo de Recuperação Judicial. (arts 55 a 69, LF)
3 fases.
Fase postulatória
Fase deliberativa
Fase execução
3.2.1- 1ª fase- Fase postulatória: 
A sociedade empresária apresenta o pedido de recuperação. 
Início- Petição Inicial
Término- despacho que manda processar o pedido 
OBS: o MP não participa da fase postulatória. Somente será intimado se o juiz determinar o processamento do pedido ou decretar a falência. 
Sujeito Ativo. 
Devedor empresário (empresário individual ou sociedade empresária). 
Obs: (art. 48, p.u., LF). O conjuge sobrevivente, os herdeiros do devedor, inventariante ou o sócio remanescente também possuem legitimidade ativa, nesta hipótese estaremos diante da denominada recuperação do espólio. 
Requisitos (art. 48).
Esteja regularmente constituído há pelo menos 2 anos. 
Não estar falido.
Não tenha obtido o mesmo benefício nos últimos 5 anos.
Não ter sido condenado ou não ter sócio controlador ou administrador condenado por crime falimentar. 
Obs: o inciso III do art. 48 foi alterado pela Lei Complementar nº 147/2014, que previa um prazo de 8 anos e foi reduzido para 5 anos nos casos de Micro empresa ou EPP. 
Petição Inicial:
Deve preencher os requisitos do art. 319, NCPC.
Deve ser instruída com os seguintes documentos (art. 51 LF):
a- Exposição das causas (em instrumento apartado)
b- Demonstrações contábeis- Ex: demonstração de resultados, balanço patrimonial (últimos 3 anos). 
c- Relação de credores (quanto ao vencimento e ao tipo de dívida). Lista deve ser nominal 
e além das obrigações pecuniárias, também as obrigações de fazer e não fazer. 
d- Relação de empregados. Lista nominal de todos os empregados indicando a função de cada um e o valor dos créditos. 
e- Contrato Social ou Estatuto. Documentos societários. 
f- Lista de bens dos sócios, contadores e administradores. Para que os credores possam verificar a possibilidade de outorga de garantias reais pelos sócios contadores e ou administradores. 
A outorga da garantia real depende da concordância do titular do bem. 
Obs: Se essas pessoas se recusam a apresentar a relação de seus bens, podem fazê-lo alegando a inviolabilidade da vida privada (art. 5º, X CF/88). Tal fato não pode impedir o acesso da sociedade empresária ao benefício da recuperação de empresa, portanto, a relação de bens pode ser substituída por uma declaração do exercício constitucional do direito à privacidade.
g- Extratos bancários e de investimento. 
h- Certidões de Protesto. Expedidas pelos cartórios em que se situam a sede e filiais da sociedade empresária. Independentemente de serem positivas ou negativas, para análise de viabilidade da reorganização. 
i- Relação das ações judiciais em andamento. Para verificação pelos credores do potencial de recuperação da empresa. 
A ausência de um dos elementos – o juiz determina a emenda a Petição Inicial. 
Normalmente o devedor empresário não tem interesse em procrastinar o processo, porque após o despacho que defere o processamento da recuperação a sociedade já passa a usufruir de benefícios. 
Se o juiz verifica que a sociedade está procrastinando – fixa um prazo para instruir o pedido, sob pena de decretação de falência. 
Do despacho de processamento da recuperação de empresa. 
Se a petição inicial atende os requisitos- o juiz profere o despacho de processamento de recuperação de empresa. 
O despacho que defere o processamento não se confunde com o despacho que defere a recuperação.
O Juiz verifica:
a- legitimidade ativa. 
b- instruída com os documentos previstos na lei.
O juiz profere o despacho de processamento de recuperação.
Obs: neste despacho ainda não se define se a sociedade possui viabilidade, isto é, se tem direito ao benefício. Somente na segunda fase (deliberativa) que haverá elementos suficientes para a concessão da recuperação judicial. 
Efeitos do Despacho de Processamento da Recuperação. 
a- nomeação do administrador judicial. 
b- dispensa das certidões negativas para o exercício de suas atividades, salvo no caso de contratação com o poder público ou outorga de incentivos fiscais ou creditícios. 
c- suspensão das ações e execuções contra o devedor, salvo: 
-Ações que demandam quantia ilíquida. 
-As reclamações trabalhistas. 
-Execuções fiscais caso não tenha concedido parcelamento. 
-Execuções promovidas por credores não sujeitos à recuperação de empresa. Ex: arrendamento mercantil. 
Obs: a suspensão das ações e execuções é temporária (180 dias, contados da publicação do edital que defere o processamento da recuperação). 
e- Determinação da apresentação das contas mensais. 
f- Intimação do MP e das fazendas públicas federal e estaduais e municipais de onde a requerente estiver estabelecida. 
Proferido o despacho é publicado o edital no DO- contendo:
- o resumo do pedido 
- Relação dos credores
- Despacho de processamento
- Advertência acerca da fluência dos prazos legais
Fase Deliberativa (2ª Fase).
Início com a publicação do despacho que defere o processamento da recuperação.
Objetivo- votação do plano de recuperação de empresa. 
Para que tal fato ocorra é necessáriaa verificação dos créditos.
Aferir a legitimação dos membros da assembleia de credores, peso proporcional dos votos.
Obs: na falência a verificação dos créditos visa a apuração do passivo a ser satisfeito na execução concursal. 
Plano de Recuperação Judicial ou plano de Reorganização de Empresa. 
Deve indicar de forma detalhada e fundamentada quais os meio pelos quais a sociedade deseja superar a crise. 
Art. 50 LF- o rol não é taxativo.
No plano de recuperação judicial pode ser apresentada qualquer proposta para recuperar a empresa.
Limitações ao PRJ (art. 54, LF)
a- os empregados com direitos vencidos na data da apresentação do pedido de recuperação, estes devem ser pagos em 1 ano.
Início do prazo: no vencimento da obrigação trabalhista. 
Ex: se data da distribuição da recuperação, devia há 3 meses, devem ser pagos no máximo em 9 meses. 
b- Créditos trabalhistas que não ultrapassem ao valor de 5 salários mínimos, vencidos nos 3 meses anteriores ao pedido de recuperação, devem ser pagos em no máximo 30 dias. (art. 54, PÚ)
c- Se o plano de recuperação judicial fizer previsão de bens onerados (hipoteca, ou penhor), a supressão ou substituição não depende da concordância do credor que titulariza a garantia real. Pois se o PRJ não for cumprido a garantia real suprimida ou substituída se restabelece por completo. 
Obs: se o plano fizer previsão de alienação do bem hipotecado, a lei exige a concordância do credor que titulariza a garantia real. 
d- Créditos em moeda estrangeira- a conversão depende da concordância do titular do crédito. 
Ressalvadas essas 4 hipóteses, o devedor pode apresentar qualquer proposta de adimplemento. 
Prazo para a apresentação do PRJ:
A sociedade empresária requerente terá 60 dias (úteis) para apresentar o plano de recuperação, contados da publicação do despacho que defere o processamento da recuperação. (art. 53)
Todos os débitos, inclusive aqueles que ainda não venceram estão sujeitos a recuperação. (art. 49)
Apresentado o PRJ- passa-se a votação do plano pela assembleia de credores- que terá 150 dias.
Concedida a Recuperação de empresa, tem início o cumprimento do plano. 
Obs: A assembleia de credores, qualquer credor, o comitê de credores e o administrador judicial, podem apresentar propostas alternativas para que se viabilize a recuperação.
Quorum par a aprovação do PRJ. (art. 44, §§1º e 2º)
Deve haver aprovação:
-Empregados- aprovação de mais da metade dos credores (independentemente do valor do crédito) 
-Demais credores- pelo voto favorável de mais da metade da totalidade dos créditos correspondentes. 
-Também é necessária a aprovação pela maioria dos presentes à assembleia de credores.
Podem ser obtidos 3 resultados diferentes: 
-aprovação pela assembleia de credores- homologação pelo juiz. 
-apoio ao plano (não atinge o quorum, mas se aproxima) – Aprovação pelo juiz.
- rejeição do plano- decretação da falência pelo juiz

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